Sebastian Stan
Três dias depois de dar a ela um orgasmo como almoço, eu não estava nem um pouco menos obcecado.
– Então, quem você vai trazer hoje à noite? – Tom perguntou distraidamente, com os olhos grudados no jornal.
A viagem de volta para o escritório depois de passarmos no alfaiate foi silenciosa até então, com exceção do barulho do motor e ocasionais buzinas no trânsito. Continuei lendo os arquivos que tinha trazido comigo – fotografias de uma nova exposição no Queens – quando respondi:
– Na verdade, eu vou sozinho.
Ele olhou para mim.
– Você não tem ninguém para te acompanhar?
– Não – olhei de volta a tempo de ver suas sobrancelhas se erguerem com a surpresa. – O que foi?
– Desde quando nos conhecemos, Bash?
– Seis anos, acho.
– E, nesse tempo todo, você alguma vez já participou de algum evento social sem ter uma garota ao seu lado?
– Realmente não me lembro.
– Talvez você possa checar as colunas sociais. Tenho certeza de que pode descobrir por lá – ele concluiu, sarcástico.
– Muito engraçado.
– É estranho, só isso. É nosso maior evento do ano e você não vai levar ninguém.
– Isso realmente importa?
Ele riu.
– Você está falando sério? “Quem Sebastian Stan vai levar na festa” é a primeira coisa que as pessoas perguntam quando temos um evento desses.
– Eu acho engraçado quando você me descreve como um lobo mau que persegue a mulherada, enquanto você é um grande modelo de virtude e honra.
– Ah, eu nunca falei nada sobre ser um modelo… – ele disse por cima do jornal. – Estou apenas sugerindo que as pessoas vão se perguntar se você vai levar alguém, só isso.
Voltei a olhar meus arquivos enquanto considerava o que ele falou. Na verdade, não tinha chamado ninguém para o evento de arrecadação de fundos. Não tinha chamado ninguém porque não estava interessado em sair com ninguém.
O que era mesmo estranho. Talvez Tom estivesse certo. Desde que tinha conhecido Elizabeth, as outras mulheres pareciam previsíveis e domesticadas demais.
Tom também estava certo quando disse que o Baile Anual de Caridade Stan & Hiddleston era nosso maior evento do verão. Acontecia sempre no Museu de Arte Moderna e todas as pessoas importantes de Nova York apareciam por lá. Com o baile, o jantar e o leilão, nós conseguíamos arrecadar todos os anos centenas de milhares de dólares para uma fundação pediátrica contra o câncer.
O céu acinzentado da tarde havia clareado, mas o cheiro de temporal ainda pairava no ar quando meu carro alcançou os bloqueios em frente ao museu. Um manobrista abriu minha porta e saí do carro, ajeitando meu terno antes de continuar. Ouvi meu nome ser chamado em várias direções e câmeras começaram a disparar como uma pequena tempestade de raios na área de imprensa.
– Sebastian, onde está sua acompanhante?
– Sebastian, uma foto rápida aqui!
– Os rumores da doação para o Smithsonian são verdadeiros?
Sorri e posei para os fotógrafos, acenando até entrar no museu. Senti como se estivesse no piloto automático e fiquei aliviado por ter mantido a imprensa do lado de fora. Eu simplesmente não tinha energia para aquilo.
Os convidados eram acompanhados através do museu até o jardim do lado de fora, onde a maior parte da festa aconteceria. Multidões de pessoas bem-vestidas perambulavam com seus drinques na mão, discutindo dinheiro, suas próprias vidas e as fofocas da semana. Uma série de tendas brancas foram erguidas, cada qual iluminada por um conjunto de luzes coloridas.
Uma orquestra ficava numa ponta do jardim e uma cabine de DJ estava a postos na outra ponta.
O ar estava pesado e úmido – a noite parecia se agarrar à minha pele de um jeito quase desconfortável. Caminhei até uma linha de grandes mesas brancas repletas de cristal. Quando peguei uma taça de champanhe, senti alguém se aproximar de mim.
– Perfeito como sempre, Sebastian. Você realmente conseguiu se superar.
Pisquei ao ver Christopher ao meu lado.
– Está quente demais aqui, isso sim – eu disse, fazendo um gesto com a cabeça em direção aos drinques que ele segurava em cada mão. – Veio com a Hayley, eu presumo.
– E você veio com…?
– Vim sozinho hoje. Sabe como é, estou ocupado cumprindo o papel de anfitrião.
Christopher riu e tomou um gole de champanhe. Ele não disse nada, mas foi impossível não notar a maneira como seus olhos se focaram em algo atrás do meu ombro.
Eu me virei bem a tempo de ver Hayley e Elizabeth voltando do banheiro. Lizzie estava incrível, com um vestido verde-claro cravejado de cristais que desciam dos ombros até a saia. Saltos prateados davam as caras abaixo da barra do vestido.
Levei um instante até conseguir dizer alguma coisa.
– Ela veio acompanhada, Bash.
Virei para Christopher com o queixo caído e olhei ao redor, tentando encontrar o acompanhante.
– É mesmo? Com quem?
– Eu.
– Como é? Sem chance.
– Deus, estou brincando. Olhe para você mesmo – ele passou a mão no queixo e acenou casualmente para alguém do outro lado do salão. Eu legitimamente queria dar uma porrada nele.
– Sebastian – ele disse, agora com a voz grave e séria. – Elizabeth é a melhor amiga de Hayley e um membro importante da minha equipe. Confio em sua intuição para os negócios mais do que em qualquer pessoa, mas seu histórico com as mulheres não é exatamente impecável. Sei que sou a última pessoa que pode dar conselhos, mas aqui vai: não faça nenhuma idiotice.
– Calma. Não é como se eu estivesse querendo arrastar a moça pra uma rapidinha num closet ou qualquer coisa do tipo.
– Não seria a primeira vez – ele disse, com um sorriso, enquanto terminava o champanhe.
– Nem para você, meu amigo – eu respondi.
Christopher pareceu quase aliviado quando o deixei lá, e por um breve momento, eu quase me senti culpado por ter mentido. A verdade era que, embora eu quisesse arrastá-la para o closet mais próximo, eu também queria um momento para apenas observá-la.
Atravessei o jardim, cumprimentei algumas pessoas e agradeci outras por suas doações, mantendo Elizabeth em minha visão periférica o tempo todo. Parei ao lado da grande escultura de Lachaise e fiquei observando à distância, cativado por sua beleza naquela noite.
Elizabeth usava um vestido longo e justo, acentuando perfeitamente a silhueta e enfatizando algumas de minhas curvas favoritas.
Lembrei de sua imagem na boate, selvagem naquele vestido curto demais e nos saltos altos demais, e comparei com a sofisticada mulher que agora estava diante de mim. Percebi que o que fizemos naquela noite não era algo comum para ela. Mas acho que, até aquele momento, eu não tinha entendido exatamente o quanto aquilo não fazia parte de sua personalidade. Ela parecia equilibrada e delicada… embora, ainda assim, houvesse algo mais, um tipo de atrevimento que se escondia debaixo daquele exterior altivo.
Meus olhos tracejaram a linha que descia de seu pescoço até os seios, e imaginei o que ela estaria usando debaixo do vestido. Tentei pensar o que libertou aquela mulher que transou comigo num canto de uma boate cheia de gente.
Eu tinha certeza de que Christopher não estava de brincadeira quando sugeriu que eu ficasse longe de Elizabeth. Ou que sua noiva iria comê-lo vivo – e a mim também – se descobrisse nosso caso. Christopher estava obviamente ciente de que eu tinha um interesse pela Elizabeth mais do que casual, mas nós éramos muito amigos e, apesar de seus protestos, ele nunca interferiria se isso fosse o desejo de Lizzie.
Mas Hayley… era uma questão completamente diferente. Ela parecia muito esperta, seu olhar parecia muito observador. Eu conhecia pouco a futura sra. Evans, mas sabia muito bem que, se Christopher tinha encontrado sua cara-metade, eu não deveria cutucar essa onça com vara curta.
E, apesar disso tudo, eu estava gostando bastante desse joguinho que eu e Elizabeth estávamos jogando.
Quando a orquestra começou a tocar uma música lenta, fiquei olhando algumas pessoas saírem de suas mesas para se aventurar na pista de dança. Andei ao redor do jardim, fiquei atrás de Elizabeth e toquei-a em seu ombro nu.
Ela se virou e seu sorriso minguou quando me viu.
– Bom, oi para você também – eu disse.
Elizabeth tomou um longo gole de seu champanhe antes de responder.
– Como vai você nesta noite, sr. Stan?
Sr. Stan? Eu tive que sorrir.
– Então você fez uma pesquisa básica sobre mim, não é? Devo ter causado uma impressão e tanto.
Ela retribuiu com um sorriso educado.
– Uma rápida busca no Google pode revelar muitas coisas interessantes para uma garota.
– Você nunca ouviu falar que a internet está cheia de rumores e falsidades? – eu me aproximei e passei os nós dos dedos ao longo de seu braço. A pele estava macia e suave, e notei a maneira como ela se arrepiou. – A propósito, você está linda hoje.
Ela encontrou meu olhar e tentou decifrar minha expressão. Apesar de se afastar um pouco, murmurou:
– Você também não está nada mal.
Fingi estar surpreso.
– Você acabou de me elogiar?
– Talvez.
– Seria um desperdício para nós dois termos caprichado no visual e não dançarmos ao menos uma vez. Você não concorda? – Elizabeth olhou ao redor do jardim e eu acrescentei: – Apenas uma dança, flor.
Ela tomou o resto do champanhe e colocou a taça na bandeja de um garçom que passou por nós.
– Apenas uma dança.
Pousei minha mão em suas costas e a conduzi até um canto escuro da pista de dança.
– Gostei do nosso almoço naquele dia – eu disse, tomando-a em meus braços. –Talvez possamos repetir. Quem sabe com um cardápio diferente.
Ela sorriu com o canto da boca e olhou por cima do meu ombro.
Puxei seu corpo para mais perto, provocando aquele levantar de sobrancelha que eu estava começando a gostar tanto.
– Então, o que está achando de Nova York?
– Diferente – ela disse. – Muita gente. Muito barulho – ela inclinou a cabeça e finalmente olhou para mim. – E os homens são um pouco atrevidos demais.
Eu ri.
– Você fala como se isso fosse uma coisa ruim.
– Acho que depende do homem.
– E quanto a este homem?
Ela desviou os olhos e sorriu com educação novamente. Percebi que Elizabeth era uma mulher acostumada a ser observada em público.
– Olha, estou lisonjeada por sua atenção. Mas por que você está tão interessado em mim? Será que não podemos apenas admitir que tivemos uma noite divertida e deixar as coisas como estão?
– Eu gosto de você – eu disse, dando de ombros. – Gosto muito quando você mostra seu lado pervertido.
Ela riu.
– Meu lado pervertido? Essa eu nunca ouvi antes.
– Bom, é uma pena. Agora conte para mim, o que você pensa quando fantasia? Você pensa sobre sexo gentil e doce?
Ela me lançou um olhar de desafio.
– Às vezes, sim.
– Mas também pensa em ser tocada no meio de um restaurante sem ninguém perceber? – eu me inclinei e sussurrei em seu ouvido: – Ou em dar numa boate?
Senti quando ela engoliu em seco e sua respiração ficou trêmula, quando ela se endireitou e colocou uma distância socialmente aceitável entre nós.
– Às vezes, é claro. Quem não tem esse tipo de fantasia?
– Muitas pessoas não têm. E ainda mais pessoas não realizam.
– Por que você está tão obcecado com isso? Tenho certeza que poderia mirar esse sorriso para qualquer mulher e levá-la para alguma sala vazia neste museu.
– Porque, infelizmente, eu não quero nenhuma outra mulher. Você se tornou um grande mistério para mim. Como pode esconder um paradoxo tão grande por trás desses olhos verdes? Quem era aquela mulher que transou comigo na frente de todas aquelas pessoas?
– Talvez eu apenas quisesse sentir como era fazer algo tão maluco quanto aquilo.
– E foi incrível, não é?
Ela não hesitou quando olhou para mim:
– Sim. Mas veja só – ela disse, dando outro passo para trás. Meus braços caíram para o lado. – Não estou interessada em ser o brinquedinho de ninguém agora.
– Na verdade, sou eu quem quer ser o seu brinquedinho.
Balançando a cabeça, ela tentou esconder um sorriso e depois voltou a olhar para mim.
– Pare de ser charmoso assim.
– Venha me encontrar no andar de cima.
– O quê? Não.
– No salão vazio ao lado dos banheiros. É só subir as escadas e virar à direita – eu me aproximei e beijei seu rosto como se estivesse agradecendo pela dança.
Comecei a me afastar justamente quando a música parou e foi anunciado que o jantar seria servido no lado de dentro, seguido imediatamente pelo leilão. Fiquei imaginando se ela me encontraria. Se arriscaria deixar seus amigos e sumir sem dar explicação. Se sentia a mesma adrenalina que eu.
O som das conversas aumentou quando saí do ar úmido da noite e entrei no ar condicionado do museu. Subi a larga escadaria e serpenteei pelo corredor até o salão vazio e escuro. As vozes foram sumindo enquanto eu fechava a porta atrás de mim, deixando apenas uma fresta aberta.
Esperei lá dentro por um momento, ouvindo os sons abafados da festa que continuava no andar de baixo, prestando atenção para ter certeza que estava sozinho no salão escuro.
Ocasionalmente alguém andava pelo corredor acarpetado e entrava no salão vazio para fazer breves telefonemas ou procurar pelos banheiros. Parecia que cada som que eu fazia ecoava pelo corredor, meus sapatos batiam no chão de madeira enquanto eu vasculhava o local. O salão era longo, mas não muito largo, e a cidade brilhava do outro lado das janelas.
Ao longo de uma parede, ficava uma mesa retangular parcialmente coberta por uma tela ornamentada. Fora isso, o salão estava completamente vazio. Andei até a mesa e me encostei nela, atrás da tela e fora do alcance de qualquer vista. Então, esperei.
Mais de quinze minutos depois que a deixei – e depois de quase desistir de esperar – a fresta na porta se expandiu e um facho de luz se estendeu pelo chão. Observei a figura de seu corpo através da tela, iluminada pela luz que vinha do corredor. Eu sabia que na escuridão eu permanecia invisível para ela e aproveitei a oportunidade para observá-la procurar ao redor.
Eu podia imaginar a pulsação em sua garganta batendo com nervosismo e excitação. Saindo de trás da tela, finalmente permiti que ela me visse, como uma silhueta marcada pelas luzes da cidade.
Ela cruzou o salão com os olhos colados nos meus enquanto lentamente diminuía a distância entre nós. Estava difícil decifrar sua expressão no meio da escuridão, então esperei que ela falasse algo, me mandasse para o inferno ou pedisse para transar com ela de novo. Mas não disse nada. Apenas parou a centímetros de mim, hesitando por um momento antes de agarrar meu casaco e me puxar para perto.
Seus lábios estavam quentes e insistentes, e tinham sabor de champanhe. Imaginei-a tomando uma taça inteira de uma só vez, tentando encontrar a coragem para subir até aqui.
Esse pensamento me fez gemer e fechar os olhos enquanto ela abria a boca para mim, com a cabeça inclinada para trás e a língua pressionada contra a minha. Toquei um seio com uma mão e agarrei fortemente sua cintura com a outra.
– Tire isso – ela disse, com as mãos mexendo na minha gravata e os dedos nos botões da camisa.
Conduzi a nós dois andando de costas e abri o zíper de seu vestido, que deslizou de seu corpo e se derramou em seus pés no chão. Ela estava completamente nua debaixo do vestido.
– Você estava assim o tempo todo? – perguntei, tomando um mamilo em minha boca e olhando para cima, para os seus olhos.
Ela confirmou com um gesto de cabeça, os lábios separados enquanto passava as mãos em meus cabelos, sussurrando palavras como mais e use os dentes e por favor. Eu a guiei até a mesa, segurando-a por trás dos joelhos para empurrá-la em direção à borda.
Meus dedos percorreram suas costelas e chegaram em sua barriga. Olhei em seus olhos, erguendo uma sobrancelha enquanto passava minhas mãos nos saltos de seus sapatos.
– Vamos deixar estes no lugar – eu disse, olhando para seu corpo nu. Ela era perfeita: pele macia, seios maravilhosos, mamilos rosados.
Inclinei seu corpo e percorri com a língua um caminho descendo por seu pescoço até os seios, pressionando meu polegar numa marca que eu aparentemente deixei nela no sábado.
– Aposto que você olhou para essa marca todos os dias – eu disse, admirando meu trabalho e pressionando um pouco mais forte.
– Você está falando demais – ela disse, abrindo minha camisa. – Você está vestido demais.
Raspei meus dentes em seu mamilo, chupei e assoprei.
– Me toque – eu disse, pressionando sua mão em meu pau.
Ela apertou e eu mergulhei o rosto em seu ombro.
As mãos dela tremiam enquanto desabotoavam minha calça, abaixando-a imediatamente.
Ela se inclinou na mesa, esticando o corpo e deixando que as sombras delineassem as curvas de seu peito.
– Sebastian – ela sussurrou, cheia de desejo nos olhos.
– Sim? – eu estava distraído por seu pescoço, pelos seios e pela mão que envolvia meu pau.
– Você tem uma câmera?
Como ela fazia isso? Como alguém tão comportada, tão naturalmente refinada, podia se soltar completamente daquela maneira? Enfiei a mão em meu casaco – que ainda estava pendurado em meu ombro – e puxei meu celular, segurando-o na frente de seu rosto.
– Essa aqui serve?
– Tire fotos de nós.
Pisquei desconcertado. Então pisquei de novo. Será que ela estava brincando?
– Uau. Com certeza.
– Sem mostrar o rosto.
– É claro.
Um instante de silêncio se passou enquanto nós dois considerávamos o que eu poderia fazer com aquele celular na mão. Ela queria fotos daquilo que estávamos fazendo. Adorei saber que ela se excitava com isso tanto quanto eu. Eu percebia em sua pulsação acelerada e em seu olhar lascivo.
– E ninguém nunca poderá ver – ela disse.
Eu sorri.
– Não gosto da ideia de compartilhar qualquer parte de você. É claro que ninguém poderá ver.
Ela se inclinou para trás e eu levantei o celular, mirando nela. A primeira foto foi de seu ombro. A segunda foi de sua mão em cima do seio, com o mamilo preso no meio dos dedos.
Um gemido suave escapou de seus lábios enquanto eu acariciava sua coxa até chegar ao meio das pernas.
Ouvimos vozes ecoando no corredor, que nos arrancaram daquela fantasia e nos trouxeram para a realidade de que precisaríamos eventualmente voltar lá para baixo. Coloquei uma camisinha e passei o polegar em seus lábios, deslizando para dentro de sua boca.
Ela respondeu sem palavras, envolvendo minha cintura com suas pernas e tentando me puxar para mais perto. Observei a mim mesmo deslizando para dentro dela exatamente no momento em que a porta do salão começou a se abrir.
Assim como antes, o brilho do corredor invadiu o salão, atravessando a tela e pintando seu corpo com uma faixa de luz. Ela parou de respirar, mas eu não interrompi meus movimentos; ao invés disso, levantei seu queixo e fiz um gesto para fazer silêncio enquanto eu entrava nela novamente. Um calor subiu do meu pau até minhas costas com a sensação de ser envolvido por ela.
Ela fechou os olhos com força e eu agarrei sua cintura para me apoiar, enfiando com vigor, empurrando-a ainda mais contra a mesa. O brilho que vinha da cidade foi suficiente para eu capturar uma foto escura e sensual da minha mão na sua pele. Passos cruzaram o salão em direção à janela, e suas pernas me apertaram como se quisessem impedir que eu fugisse.
Olhei seus mamilos se enrijecerem e seus lábios se abrirem em excitação. Não se preocupe, pensei sorrindo. Não vou parar.
Meus movimentos eram curtos e eu agarrei um seio, apertando o mamilo.
– Eles estão logo ali – sussurrei, inclinando meu corpo para beijar seu pescoço e sentir o ritmo selvagem de sua pulsação debaixo dos meus lábios. – Eles poderiam nos ver se quisessem.
Ela ofegou e eu apertei novamente, mais forte desta vez.
– Não vou tirar. Apenas quero enfiar cada vez mais fundo, sem parar.
– Mais forte – ela suplicou no meio de um suspiro.
– No seio ou aqui em baixo?
– Nos dois.
Praguejei na pele de seu pescoço.
– Você é uma depravada, sabia disso?
Sua boca se abriu num grito silencioso quando aumentei a velocidade, desejando ir ainda mais fundo. Senti sua barriga tensionar contra mim e sua cintura pressionar de volta com mais insistência. Merda, ela era quente e lisinha, e, se ela não gozasse logo, eu não aguentaria muito mais. Felizmente, com um gemido, ela enterrou as unhas dolorosamente no meu ombro, com seu corpo enrijecendo enquanto se derramava em mim. Senti a cabeça leve, uma euforia, como se algo dentro de mim estivesse prestes a explodir.
O som de passos voltou, e então parou logo atrás da tela. Senti meu orgasmo se acumular, quente e forte o bastante para me fazer ver estrelas. Minha vista se escureceu quando enfiei uma última vez, com a cabeça enterrada em seu pescoço, perdido para qualquer outra sensação enquanto gozava profundamente dentro dela.
E então veio o silêncio, no momento em que nós dois tentávamos conter nossa respiração acelerada e não ousávamos nos mover.
Fiquei vagamente ciente de um som de respiração do outro lado da tela, como se alguém estivesse ali esperando. Escutando. Virei a cabeça e vi os olhos arregalados de Elizabeth, com os dentes enterrados no lábio inferior. Alguns instantes se passaram até que os passos voltaram a soar, e a luz sumiu de nossos corpos suados quando a porta se fechou.
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