Mariana se assustou quando pegou no celular e tinha mais de vinte ligações de Clara. Com a mão trêmula pegou o celular e levou ao ouvido para ouvir algumas mensagens de voz da esposa. Mensagens de Clara e Ivan.
15:00 Horas Amoooor cadê você princesa? Estou com saudades eu te amo, me perdoa eu fui infantil mesmo. Vamos conversar sobre isso ok. Sua Clarinha. :)
15:30 Eu errei amor, realmente fiz tempestade em copo d'água. Me perdoa amor da minha vida, você está tendo muita paciência comigo. Eu te amo tanto me perdoa? :(
15:45 - Estou morrendo de saudades, vem ficar comigo amor, não me deixa sozinha, preciso dos seus beijos e dos seus abraços. Preciso ter a certeza de que tudo está bem. S2.
15:55 - Estou sentindo muito sua falta, você ainda está magoada comigo? Poxa amor, por que você não responde? Isso que você está fazendo não está certo, eu estou preocupada.
16:15 - Marina Meirelles, você não tem mais casa não eh? Eu liguei pra Flavinha e ela disse que você saiu com a Van, onde vocês foram? Vai me deixar o dia todo sozinha em casa?
16:25 - Mãe atende o telefone preciso falar com você, a minha mãe não está bem, ela está chorando muito.
16:40 - Eu quero você em casa em dez minutos Marina Meirelles ou vou me chatear com você - Ameaçou e bufou no áudio.
17:30 - Acaso esqueceu que tem um filho pequeno? Que tem uma família? Onde você está? Com quem você está Marina? Estou extremamente chateada com você, quando você chegar em casa vamos ter uma conversa séria, você não é solteira pra ficar no mundo sem dar satisfação a uma hora dessas ok.
18:00 - Te liguei tantas vezes mãe, você está bem? Estamos preocupados com você, por favor mande notícias.
18:30 - Estou extremamente preocupada com você, por que está fazendo isso? Heim? Por que eu sei que estou chata, eu prometo que vou melhorar amor, volta pra casa eu preciso de você - soluçou do outro lado da linha.
18:50 - Eu estou aqui com o Ivan em casa e com dois filhos seus na barriga e você no oco do mundo, batendo perna sabe Deus com quem até essas horas - Você nunca me deixou sozinha tanto tempo - a voz embargou.
18:55 - Eu estou sem saber o que fazer, ela não para de chorar, por favor volte logo pra casa.
19:37 - Eu não vou mais pedir pra você voltar pra casa, fique onde está, você deve está muito bem, até esqueceu que é uma mulher casada e mãe de família - suspirou.
19:50 - Finalmente consegui acalmar ela, eu já não sabia mais o que fazer. Volta logo ok.
20:00 - Amor volta pra casa, não me maltrate assim, eu preciso de você Marina.
Marina estava estarrecida como ficou tanto tempo sem voltar pra casa - foi muito negligente deixá-la sozinha sem notícias.
Ouviu o último áudio e ficou com o coração tão apertado que se pudesse colocaria asas no carro pra chegar em casa no mesmo minuto - Clara estava aos prantos, estava chorando muito. No áudio não ouvia uma palavra sequer, apenas muito choro.
Anitta percebeu a cara de preocupação da amiga e falou - pelo jeito ela está realmente preocupada, por que ficou tanto tempo sem falar com ela Marina, se ela está grávida e acima de sete meses, você não deveria tê-la deixado sozinha por tanto tempo.
M - Eu estava chateada com ela, mas não fiz por mal, fiquei um tempo com a Vanessa e depois acabamos nos encontrando.
A - Você devia ter me contado, aí eu não teria prendido você por tanto tempo.
M - Sem problemas, Anitta eu vou conversar com ela, vamos nos acertar.
Vinte minutos depois Marina descia do carro da delegada.
Você quer descer? Conversar mais um pouco? Tomar um café ou um vinho? Perguntou pois não sabia o que dizer, no fundo estava louca para entrar e ver a esposa.
Marina desceu do carro e a delegada a acompanhou para se despedir.
A - Não Marina, não é hora, vai lá conversar com sua mulher. Logo marcamos e nos encontraremos novamente.
M - Obrigada, Anitta, abraçou a loira - foi um prazer revê-la.
A - O prazer foi todo meu, se abraçaram de forma carinhosa e logo Marina entrou na mansão - Anitta entrou dentro do carro e deu partida saindo pelos portões da mansão.
Do alto da janela Clara observava a cena com muito ciúme, então Marina estava realmente com outra mulher e teve o descaramento de voltar para casa com essa mulher - milhões de caraminholas passaram por sua cabeça.
Será possível, eu aqui a tarde toda sofrendo por achar que ela estava sofrendo por causa do nosso desentendimento e ela no mundo com outra mulher fazendo sabe-se lá Deus sabe o que - estava com raiva - Muita raiva - Liguei tantas vezes e ela não atendeu nenhuma vez. Quantas mensagens de voz enviei e ela nem para responder, um estou bem mas não quero falar com você ao menos isso eu esperava ouvir dela - pensou chateada.
Quem será aquela mulher? Quem será aquela mulher que trouxe ela aqui? Cadê o carro dela? Se questionava internamente - milhões de pensamentos passavam em sua cabeça freneticamente.
Não queria que Marina visse seu estado deplorável. Procurou uma desculpa e não encontrou optou por fingir que estava dormindo.
Eram exatamente 21:30 a hora em que a fotógrafa entrou dentro de casa.
A passos largos Marina adentrou a mansão e subiu as escadas praticamente correndo foi no quarto do filho pequeno o Martin e o mesmo já estava dormindo, deu um beijo e seguiu para o quarto do Ivan, o rapaz estava na casa da namorada havia acabado de sair depois que finalmente conseguiu acalmar a mãe e viria para casa um pouco mais tarde, quem falou foi Julia a babá do Martin. Seguiu para o quarto.
Assim que abriu o quarto encontrou Clara dormindo. Será que estava mesmo dormindo?
Clara estava em posição fetal, o tamanho da barriga não ajudava muito.
A morena não estava dormindo, estava fazendo um esforço hercúleo para manter a calma, sua respiração estava acelerada.
Marina tirou a roupa e foi para o banheiro, tomou um banho, elas tinham um lema de nunca deitar na cama com roupas de rua ou ter chegado da rua ou qualquer outro lugar fora de casa - tomou um banho se secou, colocou o pijama e em seguida deitou ao lado da esposa.
Beijou os cabelos da morena e beijou o pescoço - Clara se afastou.
C - Onde você estava? Lembrou que é casada? Lembrou que tem família? Perguntou sem olhar a fotógrafa.
M - Amor me perdoa, eu sei que estou em débito com você - tentou se aproximar.
Clara abriu os olhos e o que Marina viu lhe cortou o coração, a morena estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, os olhos estavam inchados e vermelhos pelo choro contínuo.
Você não lembrou de mim a tarde toda, nem a noite, você não lembrou que é uma mulher casada, que seu dever é está com sua mulher e seus filhos - Acusou. Você me abandonou a tarde toda, liguei mais de vinte vezes e seu telefone estava desligado. Onde você estavaaa? Berrou fora de si. Onde você estava? Com quem você estava? Por que não me atendeu.
Levantou-se da cama com dificuldade e andou de um lado para o outro.
Clarinha eu não estava fazendo nada demais - eu fui ao galpão e de lá fui para o quiosque com a Vanessa e ficamos conversando por um tempo.
Vanessa estava no galpão com a Flávia por volta das 18 horas quando liguei - Acusou.
M - Sim ela retornou para o galpão para ajudar Flavinha - eu fiquei no quiosque, encontrei a Anitta uma amiga da faculdade e ficamos conversando eu nem vi a hora passar - me desculpe.
C - Uma mulher, você estava até essas horas com uma coleguinha da faculdade Marina Meirelles? Cadê a porra do seu carro? Perguntou num berro. Clara nunca tinha gritado assim com Marina, a fotógrafa estava sem reação.
M - Por favor não grite, tentou se aproximar - Eu não fiz nada de errado amor, eu juro - tentou se justificar. Eu não fiz nada premeditado, eu estava chateada e conversei um pouco com a Van e depois que encontrei a Anitta ficamos conversando e tomando água de coco e uns drinks, não foram tantos, foram apenas umas poucas doses.
C - Cadê seu carro Marina Meirelles? Cadê seu carro? Perguntou num só fôlego.
M - Calma Clara, você não pode se aborrecer, não pode se alterar por favor fique calma - tentou se aproximar novamente e Clara estava muito nervosa ainda. Eu deixei o carro no estacionamento do galpão, estava um pouco tarde e tive preocupação porque o estacionamento estava fechado, por isso a Anitta me deu uma carona.
C - Ficou tão entretida que esqueceu o próprio carro - boas lembranças Marina? Boas lembranças te tiraram o juízo?
M - Do que está falando? O que você está tentando insinuar? Perguntou a fotógrafa.
C - Eu vi, você estava muito bem acompanhada, por isso não se lembrou de sua mulher grávida de dois filhos seus - acusou novamente - É mais fácil a companhia de uma loira, delegada neh? Que segurança ela transmite - suspirou se sentando na cama. Estava nervosa com os olhos ardendo, querendo derramar novas lágrimas. A respiração ofegante - Marina tentou se aproximar e Clara se afastou.
Não quero seus abraços - se deitou e se virou para o lado oposto da esposa.
M - Nem meus beijos? perguntou tentando se aproximar - beijou as costas da morena que não se mexeu - tem certeza que não quer?
C - Vá abraçar a Anitta, talvez seja mais fácil abraçar aquela magrela, já que eu estou gorda, enorme, uma orca - suspirou.
M - Que isso meu amor? Não tem motivos pra você sentir ciúmes da Anitta, ela é apenas uma amiga.
C - Amiga essa que com certeza você levou pra cama na época de faculdade - acusou com o dedo em riste. Fala? Você transou com ela ou não? Perguntou com raiva.
M - Clara você sabe do meu passado eu nunca escondi de ninguém o que eu fui antes de conhecer você - aumentou duas oitavas na voz, estava chateada, tentando ficar bem e Clara sempre querendo brigar, sabia que errou e que realmente não devia ter ficado tanto tempo longe da esposa e que foi realmente muito irresponsável em não lembrar de atender o telefone ou ver se estava com a carga.
C - Eu não perguntei isso, eu perguntei se você já foi pra cama com aquela lá - bufou.
M - Eu fiquei com a Anitta sim Clara, mais foi só sexo, saímos sem compromisso - A Anitta e eu estávamos apenas pra curtir tanto eu quanto ela, nós saímos algumas vezes mais foi só sexo.
C - Sexo? Sempre sexo, sempre foi assim neh, Haaaa transei por transar, foi só sexo - Suspirou.
M - Eu nunca escondi o que eu fui, acho que minha vida sempre foi exposta em tudo que é coluna de jornal neh? Não sei o porquê dessas acusações - defendeu-se.
C - Eu não quero saber de mais nada, vou dormir, estou cansada Marina, carregar dois filhos na barriga não é tarefa fácil, preciso descansar - suspirou.
C - Fica aí se você quiser, senão pode ir procurar sua amiga, talvez a companhia dela seja bem mais interessante que a minha, afinal você passou tanto tempo com ela que esqueceu até que tinha uma família te esperando e me deixou em casa sozinha morrendo de preocupação e sem contar que no estado em que estou isso se torna um maior agravante. Só depois o Ivan chegou e ficou comigo quase todo o tempo,algo que era seu dever e sua obrigação cuidar de sua esposa e dos seus filhos, sem contar que o Martin chorou muito antes de finalmente dormir.
Marina ficou arrasada pois sabia que a morena não estava totalmente errada, no seu lugar também estaria puta da vida.
Clara se levantou e foi ao armário e pegou um monte de travesseiros - Marina ficou olhando para a morena completamente estupefata sem saber o que pensar, estava curiosa sobre o que a esposa queria fazer.
O que está fazendo? Perguntou sem acreditar.
Clara fez uma parede de travesseiros e se deitou sem dar uma palavra, em quase oito anos de casadas as duas nunca dormiram brigadas uma do lado da outra com essa parede de travesseiros.
Marina ficou olhando incrédula, estava estarrecida - Você não vai dormir brigada comigo Clara, lembra do que prometemos uma para a outra?
Clara não falou nada, continuou calada, na verdade estava embargada no choro - apenas se cobriu com o edredom, puxou todo cobrindo a cabeça.
Marina não aguentou ver aquele pacotinho encolhido na cama - levantou se aproximou dando beijos e fazendo carinho.
Aos poucos foi puxando o edredom - Clarinha vamos conversar, pediu se aproximando.
C - Eu não quero falar com você, você me abandonou e abandonou seus filhos o dia todo, você não sentiu nossa faltaaaaa - foi correndo pra ficar de bate papo com outra mulher no mundo, sabe-se Deus onde - falou completamente magoada - você nunca fez isso Marina, você nunca fez isso comigo - vai virar rotina? Diz pra mim… por que se for virar rotina eu não quero isso pra mim.
M - Clara do que você está falando? Perguntou extremamente preocupada.
Clara retirou o edredom e se sentou na cama, o rosto banhado em lágrimas, estava extremamente sensível - olhou nos olhos da fotógrafa e disse - Você deixou seu carro em outro lugar pra vir com outra mulher pra nossa casa, como acha que estou me sentindo? Veio para nossa casa de carona com uma mulher com quem você já levou pra cama, uma mulher com a qual você trepou, e ainda acha que tenho que ficar alegre - Eu queria ver se fosse eu pegando uma carona com o Cadu uma hora dessas, se eu passasse horas sem atender suas ligações e depois ele me deixasse na nossa casa. Ou se eu encontrasse Annabelle e pegasse carona eu iria ver se você ia gostar.
Clarinha não vamos por esse lado, eu não fiz nada de errado, eu não tenho motivos pra mentir pra você. Eu te amo tanto por favor, vamos ficar bem, não quero que se aborreça amor, pensa nos nossos filhos - pediu se aproximando.
C - Eu penso nos nossos filhos, você que não pensou nos seus filhos quando saiu no mundo e me deixou chorando sem você o dia todo.
M - Eu te amo - chorou também.
C - Eu também te amo - chorou mais forte. Clara tentou falar mas Marina não deixou a beijou intensamente, a morena resistiu e tentou relutar - Marina não deixou e forçou o beijo e a morena tentando resistir - Marina chupou a língua da esposa que começou retribuir o beijo de forma intensa e apaixonada - As línguas se provando com saudades e com urgência, o encaixe que sempre existiu entre as duas estava ali, logo foi se acalmando e Marina deu vários selinhos - logo encostaram as testas e ficaram esperando as respirações se acalmarem.
M - Quando você vai entender que é o grande amor da minha vida? Perguntou fazendo carinho no rosto da morena que estava com os olhos fechados.
Clara ainda chorava um pouco.
M - Olha pra mim - fez carinho - Eu errei em ficar sem dar notícias, realmente me distrai eu peço perdão - Eu não traí você Clara, eu nunca te trairia. Eu só fiquei conversando com uma amiga que não via há muitos anos.
C - Eu só quero deitar e dormir, estou com dor de cabeça, podemos conversar amanhã? Pediu manhosa.
M - Vou ligar pra doutora Eleonora, vou perguntar que remédio você pode tomar - falou preocupada.
C - Não precisa eu já falei com ela - ela disse que podia tomar um paracetamol e eu já tomei.
Marina ficou se sentindo péssima de saber que a esposa passou mal e precisou falar com Eleonora.
Marina apenas abraçou a esposa e deixou a cabeça da morena repousar em seu braço, em seguida fez carinho na mulher e uma massagem relaxante.
Clara deitou em seguida dormiu, estava exausta depois de um dia de cão - a briga e tudo mais, estava realmente estressada e isso não fazia bem ao estado em que estava.
xxxxxx
Amanheceu o dia, e Marina quase não havia dormido, estava preocupada com a crise de estresse que Clara teve no dia anterior. Levantou-se e foi buscar um café da manhã reforçado para a esposa.
Passou no quarto do Martin, ele estava dormindo - beijou o filho e ficou ali admirando a cria, passou no quarto do filho mais velho e ele estava tomando banho.
Desceu para a cozinha e estava preparando o café da esposa quando Ivan entrou na cozinha.
O rapaz se aproximou e beijou a fotógrafa.
I - Bom dia mãe.
M - Bom dia filho, quer café? Suco?
I - vou tomar um café com leite e torradas.
M - Por que acordou tão cedo? Caiu da cama? Logo hoje que é sábado.
I - Eu vou para a praia com os meus amigos e a Fernanda.
M - Está bem filho, eu vou fazer o café da manhã da Clarinha. Se ela acordar animada irei leva-la para caminhar um pouco na praia.
I - Vocês brigaram né?
M - Não foi nada de mais filho - tentou tranquilizar.
I - Minha mãe passou o dia chorando por que você saiu e não falou nada, ela ficou preocupada com você. Por que você não atendeu?
M.- Eu fui com a Vanessa no quiosque conversar um pouco, quando estávamos saindo encontrei uma amiga da faculdade e ficamos conversando acabei perdendo a hora - respondeu envergonhada.
I - Isso nunca aconteceu, como você esqueceu de dar notícias? Não entendi nada.
M - Eu não sei o que houve, me distrai filho e isso não vai mais acontecer.
I - Espero que não, eu não quero ver ela angustiada como ontem, ela chorou a tarde toda, eu não sabia mais o que fazer - suspirou - Te liguei tantas vezes, por que não atendeu? Te liguei mais de dez vezes pra você e não lembrou uma vez de olhar o telefone? A ligação chamava e depois ia pra caixa.
M - Eu estava no silencioso…
I - Toda tarde até a noite e não olhar a tela do celular? O papo estava bom então - ralhou o jovem.
M - Não faz isso filho, o meu carrasco interno já está me martirizando pesado - suspirou.
I - Eu te amo, e você estando errada eu vou falar, você sabe disso neh? Perguntou fazendo carinho.
M - Eu sei abaixou a cabeça e foi abraçada pelo rapaz.
I - Não se esqueça que ela está frágil, ela está com dois filhos seus dentro da barriga dela, está se sentindo frágil, se sentindo gorda, se sentindo fora de forma, com medo que você não a deseje mais - Ontem fiquei com ela até muito tarde e ouvi um muro de lamentações e choros, ela nem queria comer eu praticamente obriguei ela a comer. Só fui para o quarto quando vi que você chegou e ficou mais arrasada ainda quando viu aquela loira que te trouxe e depois te abraçando de forma carinhosa. Sem contar o Martin neh?
M - Isso não vai mais acontecer eu prometo - Filho eu não traí a Clarinha, eu juro.
I - Eu sei que não traiu, sinceramente isso nunca passou na minha cabeça - Só que você foi imprudente de deixá-la sozinha por tanto tempo, ainda mais estando grávida.
M - Estou envergonhada - baixou a cabeça novamente.
I - Mãe não estou brigando com você e nem te criticando - Só que quando ela errou com você quando você estava grávida eu te defendi com unhas e dentes. É meu dever defender as duas - Vocês são tudo em minha vida, você e meus irmãos. Eu não posso perder vocês - se emocionou. Marina também ficou com os olhos marejados.
M - Eu prometo que não vai mais acontecer beijou o rosto do filho. Vou levar o café da manhã pra ela, eu vou me entender com ela eu prometo.
I - Ta certo mãe - beijou e abraçou a fotógrafa e logo Ivan foi para a praia e Marina subiu para o quarto com o café da esposa.
Assim que entrou no quarto Marina colocou na mesinha e em seguida deitou ao lado da morena que ainda dormia.
Se aconchegou e sentiu o bebês mechendo - Sorriu encantada quando Clara foi acordando com a voz rouca.
M - Bom dia minha vida - bom dia meus filhos - beijou a barriga da mulher.
C - Bom dia - respondeu ainda sonolenta.
M - Conseguiu dormir bem? Perguntou beijando a testa da mulher em seguida dando um beijo casto.
C - Dormi sim - se levantou para fazer a higiene pessoal.
M - Trouxe nosso café da manhã - O Ivan foi a praia com os amigos e a Fernanda - você quer dar uma volta no calçadão, tomar uma água de coco?
C - Não sei podemos ver - respondeu sem ainda olhar direito pra esposa.
M - Você está com raiva de mim, está magoada neh?
C - Com raiva não, magoada nem sei - eu me decepcionei com você Marina.
M - Me perdoa, vamos ficar bem, eu prometo não mais fazer isso - respondeu sincera.
C - Espero que não faça mesmo, eu não quero ficar como fiquei ontem - suspirou.
M - Não vai, eu prometo - fez carinho.
Clara levantou-se e foi tomar banho. Assim que retornou colocou um vestido e se arrumou.
M - Vamos fazer o que? Hoje é sábado - Quer sair um pouco?
C - Estava pensando em ir para a casa da mamãe - Quero ver minha irmã e conversar um pouco.
M - Pensei em caminhar um pouco na praia com você, tomar uma água de coco - o que você acha?
C - Pode ser - depois na volta passamos lá na minha mãe - falou sem demonstrar alegria, a verdade que a morena ainda estava muito chateada e isso era notável…
M - Vou pegar o Martin, a Júlia está de folga hoje, então vamos que vamos, a Antônia vai conosco para ajudar com o Martin - Elas tinham uma babá para os finais de semana e folgas da Júlia.
Assim que entrou no quartinho do bebê organizou as bolsas com algumas mudinhas de roupas, uns brinquedos em seguida desceu, junto com a Antônia.
M - Ivan está no Leblon com os amigos - falou carinhosa.
C - Ele me disse que ia - Ao menos não me deixa preocupada - alfinetou.
M - Sim, ele me disse - tomou café e seguiu para a praia.
C - Eu chamei a Graça e a Backs para tomar uma água de côco.
M - Que bom amor, achei super animado. Elas são sempre tão divertidas.
Não demorou muito tempo e seguiram para a praia.
Marina colocou o Martin na cadeirinha e a babá entrou e foi no banco de trás ao lado do menino, a fotógrafa ajudou Clara a se acomodar no banco do passageiro e seguiram para a praia.
Clara estava meio introspectiva, não estava conversando muito como sempre fazia, geralmente era bem alegre e sempre esbanjando um sorriso estonteante a todos que estavam ao vosso lado e os que não estavam.
Devido ao sol muito forte Antônia seguiu para o apartamento de Elena no Leblon e lá ficaria aguardando Clara e Marina retornarem da praia. O garoto estava bem acostumado com a Júlia e com a Antônia e não chorava, muito simpático e fofo enchia a casa de sorrisos alegria de todos a sua volta. Geralmente ficava apenas uma horinha com o menino pois o sol do Rio de janeiro não era apropriado para bebês.
Você quer que te acompanhe Antônia? Perguntou Marina beijando o filho.
A - Não precisa dona Marina, eu já sei o caminho de cor neh Martin? Sorriu para o garotinho que abriu um sorriso lindo como o sol. Eu vou pra casa da dona Elena com esse pequeno príncipe - Sorriu largo realmente amava aquele menino.
Assim que Antônia pegou o menino no colo, levou para perto de Clara para dar um beijo na mãe. Se despede da mamãe Martin. Clara finalmente abriu um sorriso maior que o sol e beijou o pequeno com tanto amor, tanto carinho que chegava emocionar.
Logo a moça seguiu com a criança e as duas mães babonas ficaram olhando até que a moça seguiu para o prédio.
Logo depois Marina puxou a cadeira de praia e sentou mais próximo a esposa.
M - Está confortável amor? Se o sol te incomodar podemos sair mais cedo, não devemos se expor muito ao sol - falou cuidadosa e fez carinho no rosto da morena que fechou os olhos.
C - Eu estou bem, não se preocupe, vamos ficar um pouco, logo as meninas chegam por aí.
M - Fica brava comigo não amor - pediu realmente sincera. Eu não fiz nada de errado não, só me distrai mesmo, me perdoa - pediu segurando a mão da mulher.
C - Eu não estou mais com raiva, o que estou sentindo vai passar, vamos ficar bem como sempre fomos.
Marina se aproximou e beijou a testa da mulher - Eu te amo, nunca esqueça disso.
C - Eu também te amo, mais do que você pode imaginar - falando isso virou o rosto para o mar e ficou olhando o quebrar das ondas, porém estava muito calada. Deu até alguns sorrisos, mas quem a conhecia inteiramente sabia que a mulher ainda estava chateada. No fundo Clara estava se sentindo muito insegura, não estava se sentindo bonita embora estivesse linda aos olhos de todos que a olhavam, falavam por uma só boca que ela era a grávida mais linda que alguém já tinha visto nessa vida, e para Marina não era diferente achava a esposa linda em todos os momentos.
Não estava se achando sexy e se perguntava se Marina realmente gostava de fazer amor com ela com toda aquela barriga, afinal carregar duas crianças não era tarefa fácil, principalmente a locomoção, até para dormir estava muito complicado, tudo se iluminava quando a morena olhava para sua barriga e sabia que estava com dois pedacinhos da pessoa que era o grande amor de sua vida Marina Meirelles. Ali tinha certeza que todas as dores na coluna, pernas e braços valem realmente a pena.
Logo Graça chegou acompanhada de Rebecca a tarde foi bem alegre, de muita conversa jogada fora, muitas risadas gostosas.
G - Animada para começar a limpar cocô de crianças a noite toda e aguentar chororô? Perguntou à sapeca.
C - Dar esses filhos para Marina é a coisa mais linda que já pensei viver nessas vidas, além do Ivan e do Martin é Claro.
G - Eu sei amiga, eu te amo muito, estou muito feliz por vocês - era o sonho que finalmente virou realidade. Logo vocês estarão com os bebês nos braços de vocês. E eu vou ser a titia mais coruja desse mundo com essas pequenas.
C - Você já mima o Martin demais depois deixa um bolo de manhã e eu e a Mari que aguente.
G - Tia é pra mimar e cuidar mesmo, vocês que são mães que segurem as birras - gargalhou e levou um tapa de leve na mão, sua danada eu enviar os três pra sua casa, e vou ficar com apenas o Ivan - deixe está quando menos esperar envio os três para um final de semana na casa da tia Graça e da tua Backs.
Todos Gargalharam - Marina continuava numa conversa sem fim com a Backs e Clara com a Graça.
G - impressão minha ou você está triste amiga? Brigou com a Mari? O que houve?
C - Nos desentendemos ontem e ela saiu para andar na rua e passou a tarde e a noite quase toda sem dar notícias e eu fiquei muito preocupada, e fiquei muito chateada quando vi chegando em casa com uma delegadazinha às 21:30, enviei mensagens para ela a tarde toda, pedi e implorei e ela nem no celular tocou. Das 13 horas que saiu de casa até às 21:30 Eu não tive nem notícias e nem mandado. Fiquei chateada com ela e estamos ainda nos entendendo.
Achei desnecessário ela fazer isso e fiquei realmente decepcionada, quando falo sinto vontade de chorar - quando menos esperou uma lágrima escorreu por debaixo do óculos.
G - Por favor não chore - pediu carinhosa - Vocês se amam e vão se entender. Você está muito fragilizada depois da gravidez e isso é normal, os hormônios alterados o ânimo e o humor oscilam muito.
C - É verdade, eu estou me sentindo estranha - será que ela ainda me deseja ou será que está me achando feia?
G - Você é louca? Perguntou com um sorriso.
Clara você é a grávida mais linda que eu já vi nessa vida. Acalma seu coração, ela te ama muito.
C - Está certo vou me esforçar.
A conversa foi maravilhosa, uma tarde super agradável.
Todos foram almoçar na casa de Chica, inclusive Graça e Backs.
Depois do dia de praia e muitas brincadeiras foram para casa - Antônia já havia dado banho no Martin, Ivan já havia jantado e estava no quarto jogando videogame.
Clara subiu para o quarto a pequenos passos subindo as escadas, acompanhada de Marina que a ajudava.
Eu devia ter mandado fazer um elevador nessa casa, você está se locomovendo com mais dificuldade amor, sua barriga está enorme com as nossas bebezinhas - falou fazendo carinho.
C - Eu estou enorme mesmo, é verdade - mas logo elas vão nascer e tudo volta ao normal, não precisa se preocupar estou conseguindo andar tranquilamente - devagar igual uma pata, mas estou caminhando - sorriu tímida.
Marina beijou o Martin e o Ivan enquanto Clara seguiu para o quarto do casal. Assim que chegou sentou-se um pouco, as costas estavam doendo bastante,não lembrava de sentir-se tão pesada quando estava esperando o Ivan.
Também vocês são duas né meus amores? É natural que a mamãe esteja gorda, feia e cansada - suspirou. Se admirou olhando no espelho enorme que tinha no closet.
Conseguiu tirar a roupa com um pouco de dificuldade em seguida foi para o chuveiro, a temperatura estava do jeito que a morena adorava, nem quente e nem frio, estava em meio termo. As duas usavam essa mesma temperatura então quase nunca mudavam a temperatura do chuveiro a não ser em caso de extremo frio ou extremo calor coisa que só quem entendia realmente é que morava no Rio de Janeiro.
Marina entrou no quarto e ouviu o barulho de água caindo, sua amada estava tomando banho - completamente excitada tirou toda a roupa e entrou no no box do banheiro de forma silenciosa - Clara estava tão distraída que não percebeu a presença da amada chegando por trás e de certa forma levou um pequeno susto quando sentiu a boca da fotógrafa beijando suas costas.
C - Que susto amor, que me matar ? Perguntou com um sorriso.
M - Matar você? Nuncaaaaa - quero você bem viva e em meus braços - mordeu a orelha. Eu te amooooo - sussurrou no ouvido da morena que se arrepiou.
C - Eu também te amo - devolveu o sussurro.
A fotógrafa começou a beijar o pescoço da amada e se encaixou por trás - se beijaram e logo Marina ajudou a morena a tomar banho, certo que devido a barriga grande a morena não conseguia tomar banho como sempre gostava de fazer, sempre muito higiênica Clara tinha pavor de ficar com algumas espécie de odor e isso era um cuidado absurdo.
C - Não consigo lavar direito nem a minha pepeka - reclamou.
M - Eu ajudo você meu amor - sussurrou e mordeu a orelha da outra. Marina ajudou a morena a se ensaboar, passou sabonete líquido nas partes íntimas e limpou do jeito que a morena sempre fazia, até na depilação a fotógrafa estava ajudando, assim como Clara fez com ela quando estava esperando o Martin.
Está limpinha, cheirosinha e depiladinha - pronta pra receber uma chupada bem gostosa - falou safada.
C - Eu estou muito feia isso sim, não quero que me veja assim - suspirou.
M - Feia? Oi? Perguntou sem entender.
C - Sim, isso mesmo - Estou me sentindo feia.
M.- Amoooor para com isso, você está linda, tão linda - Eu amo você do jeito que você é e está. Lembra quando eu fiquei insegura quando estava grávida do Martin? você me apoiou em tudo, sempre tão companheira, sempre tão amável, eu me senti tão amada em teus braços Clara - Eu quero que se sinta amada assim como eu me senti. Você é especial é o meu grande amor, eu não sei viver sem você. Ainda que você não estivesse grávida e tivesse engordado bastante eu iria continuar te amando do mesmo jeito. Eu amo você por completo, eu não te amo apenas por beleza, eu te amo por teu caráter, por tua alma, por teu coração e te amo por que você é tudo de mais valioso que tenho nessa vida - você e os nossos filhos.
Sem esperar Marina tomou a boca da morena em um beijo arrebatador, beijo esse que foi correspondido com a mesma intensidade.
C - Me ama Marina, faz eu me sentir especial em teus braços.
M - Você é especial, eu te amo.
C - Preciso tanto de você amor, parece que esse tesão se multiplica quando você me toca - gemeu ao sentir a mão da esposa ficando seu sexo com maestria.
M.- Então deixa eu amar você - falou sedutora.
C - Sempre, eu nunca vou me negar a você - retribuiu os beijos apaixonados.
Marina deitou de lado e continuou tocando na sua mulher intimamente. Clara gemia entre os beijos quentes.
fizeram amor intensamente, encontrando novas posições e assim chegaram ao ápice juntas.
Continua…
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