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História Better in Time - Proof - História escrita por tat_maslays - Spirit Fanfics e Histórias
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História Better in Time - Proof


Escrita por: tat_maslays

Notas do Autor


Boa tarde, e boa leitura a todos...
Por gentileza... Leiam as notas finais....

Capítulo 9 - Proof


If I'm a woman with no fear
Just like I claim I am (ohhh)
Then I'll believe in what you say

Proof, PARAMORE

 

A primeira coisa que Delphine fez, assim que o assistente estranho de Cosima deixou sua sala, foi entrar em contato com Beth Childs para ajudá-la a verificar os amontoados de papéis deixados.

Beth não demorou a chegar e assim que ela chegou, foram as duas ao escritório de Art revelar as novas descobertas e por alguma razão desconhecida para Cormier a promotora, Alison Hendrix encontrava-se no recinto. Ela sabia da proximidade entre os dois e se não fosse pelo horário acharia totalmente normal a presença de Ali.

- Quando me mostrou os avanços, achei que precisaríamos dela. – sussurrou a morena, assim que recebeu o olhar curioso de Delphine. 

- Você despediu o Instituto? – perguntou Alison assim que subiu os olhos até a loura.

Aquele era o teor da conversa que a promotora e o policial discutiam, e a presença dela no departamento de polícia devia-se única e exclusivamente a curiosidade sobre as informações, que Beth explanara de forma breve, pelo telefone.

- Eu não sei o que nada disso significa!  – gesticulou Alison deixando as folhas que Delphine lhe alcançara nas mãos de Art.

- Sim eu os despedi porque Art me obrigou.

- Como você bem sabe Ali, Dra. Niehaus deu um murro bem nas fuças do juiz. – explicou ele ignorando as explicações de Delphine e folheando os arquivos. – Se isso é obrigar alguém a algo, então mantenha o termo. – finalizou com rispidez parando em uma das folhas.

- Eles pegaram o juiz! – afirmou Art.

- Eles pegaram o juiz? – indagou Alison ainda incrédula - Isso são ótimas notícias.

- O que eu disse a você? Disse que ela era boa! – afirmou Beth satisfeita com os trabalhos das investigações.

Talvez Beth Childs não tivesse ideia de como a doutora era realmente boa, pensou Delphine sem referir-se naquela colocação, ao lado profissional da cientista.

- A cabeça da garota foi esmagada pelo mecanismo de travamento de um Bel Air 56. Aqui está a evidência! – mostrou Beth apontando com o dedo, na folha que Art tinha em mãos, os dados do relatório do Dyad.

 - Mais desenhos animados com homem palito? – brincou Ali, olhando para Delphine.

- Sim, mas, sabe, podemos melhorá-los com um computador antes do julgamento – corrigiu a policial satisfeita com os avanços das investigações e com as provas que Cosima e sua equipe haviam juntado.

- Olhe a evidência Ali. – pediu Art.

- Se você estiver errada sobre isso, minha carreira está acabada! – ameaçou ainda encarando Cormier, antes de pegar as folhas com Art e correr os olhos minunciosamente.

- Então, não me digam para olhar a evidência, porque você sabe que eu vou olhar a porra da evidência. E você... – pediu Alison levantando o olhar fuzilante para Delphine que sorria. - Me tranquilize!

- Childs e eu, nós olhamos a evidência, e ambas acreditamos que tem o suficiente aí para conseguirmos um mandado de busca para os veículos do juiz Chevalier.

- É melhor que aquele cara tenha feito isso, porque irritar um Juiz Federal. É MUITO INSENSATO! – informou a promotora deixando as folhas de lado e olhando de uma a outra.

- Um pequeno traço de sangue, qualquer DNA seria suficiente para prendê-lo – justificou Delphine esperançosa.

- Você já despediu o Dyad, né!? – questionou Art.

- Sim! – respondeu Delphine prontamente.

- Contrate-os de novo. – interrompeu Alison.

- Certo... – concordou Cormier tentando esconder o sorriso que não lhe deixava os lábios, por finalmente estar revertendo a situação na qual havia se colocado.

- E se tudo isso der errado, esteja pronta para testemunhar que o juiz bateu em uma porta ou qualquer coisa desse tipo. – proferiu Alison - Terei o seu mandado de busca em uma hora!

- Okay.

- Então, por que vocês ainda estão aqui? – indagou Art com urgência deixando subentendido que queria que as duas sumissem de sua sala.

 (...)

Cosima conseguiu ver pelas barreiras de vidro no laboratório principal o momento em que Delphine Cormier entrou no recinto. Ela fazia uma analise de um fóssil e baixou rapidamente os olhos para o esqueleto, evitando ao máximo observar a policial. Esperando mentalmente que ela não estivesse indo em sua direção.

Foi inevitável manter o foco no trabalho quando a loura colocou-se do outro lado da mesa metálica, tamborilando os dedos compridos, onde a fragrância distinta do perfume usado por ela invadiu suas narinas. O que menos queria naquele momento era encarar Delphine Cormier.

Exatamente por aquele motivo, pedira para Scott no dia anterior levar todos os relatórios sobre o caso Bowles.

- Você está de volta, baby! Você está recontratada! – disse Delphine sem esconder a animação.

Cosima levantou os olhos até ela, atendo-se por alguns instantes a encará-la. Os cabelos louros estavam soltos e as roupas eram as que a detetive costumava usar, mas o sorriso que se estendia pelo rosto cínico da detetive a fez sentir mais raiva dela, do que a que nutria até então. E não era apenas de Cormier que a antropóloga sentia raiva, ela também sentia de si mesma por que não pode evitar a maneira descomunal como seu corpo sentia-se atraído pela loura. Era difícil para ela acreditar que havia perdido a cabeça ao ponto de ter beijado aquela mulher. A bebida alcoólica definitivamente operava milagres.

Não era segredo para ninguém que a conhecia que saía com mulheres e se envolvia com elas, mas apesar da atração sexual, Cosima era um tanto seletiva com as mulheres as quais se envolvia, tanto que em um passado não muito longínquo havia se envolvido com uma pesquisadora da NASA, e pelos problemas que ela sempre enfrentava ao se relacionar, por confiança que sempre exigia, e por questões de personalidade, tudo findara antes mesmo de começar.

Se Niehaus fosse avaliar o quesito personalidade, ela e Delphine mal conseguiam manter um diálogo, quem diria um envolvimento.

- Eu segui em frente! – informou Cosima secamente. Interrompendo o que fazia para encará-la.

O olhar fuzilante que recebeu fez com que a detetive perdesse totalmente a linha de raciocínio. Ela não esperava uma festa de boas vindas, mas Delphine estava se acostumando tanto com a Cosima receptiva que por um momento esquecera como ela podia ser fria com as palavras.

Queria tanto poder beijá-la de novo e derrubar aquela prepotência com a qual ela lhe tratava.

- O que é isso? Um macaco? – questionou Delphine, apontando para os restos mortais que a cientista tinha espalhado na maca. Ela tentava mudar o foco da conversa. 

- Não, isso é um ardipithecus kadabba*, o mais antigo conhecido...

- Certo! O abracadabra aí pode esperar. – interrompeu Delphine dando a volta na maca e se colocando na frente dela. - Nós temos um mandado para o carro do juiz. Então, vamos?! – pediu dando um passo para trás e esperando que a morena se arrumasse para acompanhá-la, o que não aconteceu.

- Tem algo errado? – questionou a detetive vendo-a ignorar totalmente suas palavras.

Cosima apenas encarou-a, não fazendo menção alguma de que iria deixar o que fazia.

- Estou irritada com você! – proferiu Cosima em tom amargurado, levantando as mãos e espalmando-as no tórax de Delphine, empurrando-a com força. Ela cambaleou, não chegando a cair, e se recompondo passou as mãos sob o blazer escuro. Olhando-a como se não entendesse a que atitude dela significava.

- Por que está irritada? Porque eu a despedi e a contratei de novo? – questionou Delphine mantendo uma distância segura da cientista, para que não fosse pega de forma desprevenida – Isso é coisa do governo.  Eu só sigo ordens! – justificou tentando não alterar o tom de voz.

- Não! – afirmou Cosima. – Eu estou irritada porque você me deixou bêbada para me despedir, e então ter relações sexuais comigo...  – disse por fim a cientista. Cosima não aprovara os meios usados por ela.

- Não! – interrompeu Delphine antes que ela terminasse. - Eu me embriaguei para então despedir você. E você decidiu não fazer sexo comigo, o que eu aceitei graciosamente. – zombou Delphine sentindo o rubor lhe subir a face.

- Então, você está se arrependendo dessa decisão? – questionou Cosima.

- Não. Não estou. Foi uma ótima decisão e continuo achando isso! – mentiu Delphine, esperando que a antropóloga não decifrasse seu semblante.

Sim, se arrependia de ter embebedado-a, sabia que não tinha sido uma atitude nobre.

Assim como também se arrependia de não ter derrubado aquela arrogância dela com uma boa noite de sexo. Era latente o quanto queria aquela mulher e esperava que aquilo fosse algo de momento, pois teria que superar.

- O que está acontecendo, Cos?

- Não me chame de Cos. Meu nome é Cosima Niehaus, e para você é Dra. Niehaus! – proferiu secamente virando o corpo rapidamente, saindo do contato que Delphine impusera.  Ela tirou o jaleco com raiva e pegou o casaco dirigindo-se  a saída.

– Que fique claro que não estou fazendo isso por você. – esclareceu. Era melhor terminar o trabalho. Não era bom contrariar o governo.

- Não quero saber os seus motivos. O que importa é que você está de volta. – concluiu Delphine para si mesma. Nunca iria admitir que havia embriagado-a com o intuito de demiti-la. Nunca. Havia sido uma boa estratégia para derrubar a banca de “Ser” superior e provavelmente usaria em outros casos, com outras mulheres. Não com ela.

(...)

- Esse carro foi limpo, polido e repintado, e os tapetes são novos.– informou Paul  aproximando-se de Delphine.  A policial, juntamente com Art tinham o juiz Chevalier sob custódia, e fazia mais de uma hora que os veículos do juiz eram revistados.

Devido a visita inesperada o magistrado havia solicitado o acompanhamento de seu advogado. Que olhava de um a outro, como se o que estavam fazendo ali fosse perca de tempo.

- Certo! Então nada foi encontrado? – questionou Delphine encarando Paul.

- Nada! – confirmou o policial com um movimento negativo de cabeça. Ele mostrava o parecer sobre  a verificação  no veículo Bel Air 56 que havia sido encontrado na garagem do juiz, veículo que o Instituto Dyad identificara como sendo o que ocasionara a lesão em Charlotte.

- Posso ter meu carro de volta agora? – indagou o juiz Chevalier interferindo na conversa.

A loura encarou-o, um tanto quanto que irritada pela situação e totalmente decepcionada por não ter algo que o incriminasse. Tinha certeza que ele era culpado, mas se não tivesse uma prova não poderia ficar ali eternamente.

- Não vejo razão para não tê-lo. – concordou o advogado olhando com desdém para Cormier. - Você só fez cooperar em todos os estágios dessa investigação sem sentido. - completou o homem de média estatura e cabelo calvo ainda encarando a policial.

- O quê? É isso? – interrompeu Cosima tentando entender por que o juiz se aproximava do veículo. – Ele deve ficar longe!

- Bem, nós não temos nada! – completou Delphine desgostosa. – Deixe-o!

A cientista olhou para Cormier, como se procurasse solução plausível para o caso.

A todo momento Delphine impedira que ela própria se aproximasse de cada um dos veículos, e naquele momento autorizava o juiz.  Assim que recebeu o sorriso que o juiz dava em sua direção achou melhor intervir.

- Minha equipe deveria olhar o carro! – disse Cosima.

- Por quê? – questionou Delphine ofendida.

- Porque somos mais espertos que vocês.

- Como? – indagou Delphine não acreditando no que ela falara. Cosima realmente não tinha tato para conversar com as pessoas.

- Por favor, você realmente acha que os melhores e mais brilhantes vão ser profissionais da lei? – indagou Cosima se aproximando do veículo e analisando-o por cima - Não, os melhores e mais brilhantes vão para a área científica! – ela deu a resposta após o silêncio de Delphine.

- Sério? – cutucou Delphine tentando não se irritar com ela. – Porque  um dos que conheci parecia que não poderia encontrar o próprio umbigo sem tropeçar. – finalizou se referendo a maneira que Scott agira ao entrar em sua sala.

Cosima ignorou a tentativa da detetive de lhe tirar do sério. Não queria perder a compostura com tantas pessoas a sua volta. Saiu de perto do veículo e se aproximou de Delphine que ainda mostrava-se irritada.

- O mecanismo de travamento tem que ser removido. – afirmou Cosima dirigindo-se a Paul.

- Certo, com licença! – obedeceu ele, acatando as palavras da morena. E o fez, principalmente para sair da área de tensão que as duas haviam estabelecido.

- Quer saber? – desabafou Delphine não desviando os olhos dos de Cosima - Você realmente precisa aprender como falar com seres humanos. – advertiu-a, não gostando da maneira como ela agira com seu colega segundos antes.

- Eu falo seis idiomas! – respondeu com orgulho - Dois dos quais você nunca ouviu falar, então não diga que não sei falar com as pessoas.

- Você é uma insensível – disse Delphine entre os dentes, tentando não fazer alarde para a discussão que se iniciara.

- E você é uma idiota supersticiosa. – completou Cosima como se estivesse afetada pelas palavras dela, mas não estava. Realmente estava acostumada a lidar com pessoas como Delphine Cormier. Pessoas que não possuíam o mesmo conhecimento que ela, e evitava a todo custo prolongar aquelas discussões porque era uma total perca de tempo.

- Consiga uma alma! – declarou Delphine não contendo mais a raiva que aquela mulher lhe despertara.

- Consiga um cérebro!

O silêncio se estabeleceu e as duas continuaram a se encarar.

- Detetive Cormier – interrompeu Paul voltando com o dispositivo removido em uma das mãos e algo indecifrável em meio a uma pinça metálica preso na outra.

- O quê? – perguntaram as duas em uníssono interrompendo a discussão.

Delphine estava com o tom de voz alterado, pois não conseguira manter o controle naquele embate com Cosima. Irritava-se porque Cosima jogava baixo demais e parecia muito plena com tudo o que dizia. Mulher detestável.  

- Eu sou a detetive Cormier! – afirmou Delphine indo de encontro a Paul. - O que é isso? – questionou pegando o objeto com a pinça.

- Não tenho ideia! – afirmou Paul semicerrando os olhos, para analisar mais de perto o objeto que a detive tinha em mãos.

- É um estribo. – interrompeu Cosima aproximando-se, um tanto indignada com a ignorância. - É um osso interno do ouvido. – explanou a cientista ao olhar para o rosto de interrogativa de Delphine.

- De Charlotte Bowles? – perguntou Delphine.

- Bem, eu não tenho como saber de quem é. Não sem fazer testes primeiro. – informou Cosima.  - Qualquer um que tenha feito ciências no ensino médio deveria saber disso. 

Niehaus buscava em seu íntimo uma justificativa para aquela falta de conhecimento. Provavelmente aquela era a causa de não terem encontrado nada no veículo, e se não fosse sua presença ali, Delphine com certeza perderia o caso.

- Qualquer um com o mínimo de educação do ensino médio iria dizer, "ei, de quem mais poderia ser?" – ironizou Delphine.

- Mande isso para o Dyad. Iremos checar se tem DNA! – pediu Cosima pegando um dos pacotes plásticos de análise e guardando a evidência deixando-a em seguida nas mãos de Paul. Já estava cheia daquela discussão. Olhando uma última vez para a loura deu as costas  e deixou-a falando sozinha.

Delphine a viu sair sem entender em que mundo estava quando cogitara a hipótese de se relacionar com aquela mulher. Era visível que elas não se suportavam.

- Certo, quer saber? – indagou Delphine encarando Paul e olhando para a cara assustada do juiz. - Juiz Ferdinand Chevalier, o senhor está preso! – disse tirando a algema do bolso interno do blazer e envolvendo-a nos pulsos do juiz com firmeza.

- Eu sou inocente! – afirmou ela, que continuava a negar qualquer envolvimento.

- Todos dizem isso!

Delphine havia conseguido o que queria. Prendê-lo. E além do sucesso na prisão do culpado ainda tinha provas mais que suficientes para incriminá-lo, caso o exame confirmasse que o estribo era realmente de Charlotte. Naquela altura dos acontecimentos não podia negar que Cosima realmente a ajudara, mas trabalhar com uma mulher como ela exigia muitas doses de paciência, além de o dobro de doses de autocontrole.   

(...)

Por um motivo alheio ao conhecimento de Delphine, Art havia convocado Dra. Niehaus para o interrogatório e embora estivesse feliz por vê-la, o clima nos últimos dias não eram os dos melhores.

Delphine tentou ignorar a presença dela, e encarava satisfeita o homem que desde o começo soubera ser o culpado daquele crime. Juiz Ferdinand Chevalier o qual estava sentado na cadeira acolchoada do outro lado da mesa retangular em madeira.

Cormier não escondia a satisfação que ainda mantinha-se por vê-lo lá, e com o resultado de DNA fornecido o qual confirmava que o estribo pertencia a Charlotte faltava apenas a motivação do crime.

Ao iniciar as perguntas a policial logo percebeu o nervosismo na voz do juiz. Ela notou também que as palavras eram confusas, e por vezes até mesmo contraditórias, fatos que pela experiência como policial ela definia como característica comum em pessoas culpadas ou que  omitiam informações.

Enquanto o olhava, um tanto inquieto na posição que se encontrava, o que voltava sempre a intrigar Delphine era a motivação, porque precisava do motivo, o que o levara a cometer tal ato. Seria aquilo que faria tudo fazer sentido.

- O que a jovem viu? – questionou Delphine observando o desdém com que o homem a olhava, se negando a responder. – Me responda? – voltou a questionar incisiva.

Cosima não ligava para aquela questão como Delphine, e estava lá porque queria ajudar. Estava evitando ao máximo encará-la e como antropóloga avaliava apenas o comportamento do acusado. Para a cientista por quê pouco importava. As provas indicavam que ele era o culpado e isso já era suficiente para ela. Não sabia por que Delphine tinha que insistir com aquilo.

Delphine desde o começo dissera que ele era o culpado mesmo sem provas e isso ainda intrigava Cosima, mesmo não acreditando naquela intuição ou tirocínio, como os agentes da lei costumavam classificar. E enquanto olhava a aparente calma da policial, Cosima se assustou quando ela espalmou a mão com força sobre a mesa e gritou com o juiz.

 - ME FALA O QUE ACONTECEU LÁ! – esbravejou a detetive.

- Mantenha a compostura para com o meu cliente! – interrompeu o advogado.

- É detetive, mantenha a compostura! Eu sei que se você não tiver uma motivação seu caso cai por água a baixo. – zombou Ferdinand sem responder a pergunta dela.

A antropóloga observou a maneira como ele voltou a tocar no nariz de forma impaciente. Um gesto que o juiz fizera inúmeras vezes desde o curto período de tempo ali. Foi então que Cosima notou o desgaste no tecido nasal.

- Agora, considerando que você não teve motivo, eu tenho certeza que você vê que não há sentido algum manter meu cliente preso.

Niehaus então aproximou-se de Delphine e devido a tensão que pairava e os avanços que seriam totalmente impossíveis se o juiz continuasse tão evasivo nas respostas. Ela então sussurrou para Cormier o que tinha observado no  juiz.

 - Eu sei o que aconteceu. Quando o procurador disser ao júri, todos vão acreditar também. – declarou Delphine impressionada com a revelação feita pela cientista. - Você teve seu septo realocado... Não é? O que foi? Cocaína? Metanfetamina? Charlotte viu você cheirando algo? – insinuou Delphine observando o rosto do acusado se transformar consideravelmente. Ele parecia assustado com o que ouvia.

- Você achou que a tivesse matado nas escadas, então foi pegar o carro para tirá-la de lá. – interpôs-se a antropóloga observando que Delphine precisava de ajuda na linha temporal dos fatos. - Ela voltou à consciência enquanto você a colocava no porta-malas. Você se assustou e entrou em pânico, nisso acabou batendo o porta-malas na cabeça dela, e foi isso o que a matou! – terminou Cosima, observando pelas feições do homem que tudo o que havia acabado de dizer era o que realmente havia acontecido.

- Eu só queria pará-la. Saber o que ela tinha visto. – revelou o juiz.

- Talvez suborná-la? – insinuou Delphine, totalmente satisfeita com a revelação que ele acabara de soltar. Chevalier acabara de confessar sua culpa no crime.

- Mas ela correu e caiu... – continuou o juiz sabendo que seus esforços para manter sua inocência da acusação haviam sido em vão devido à confissão de instantes antes.

- Já é o suficiente, Ferdinand! – interrompeu o advogado do juiz, levando a mão ao ombro direito do cliente enquanto balançava a cabeça negativamente. Ele estava inconformado com o deslize cometido pelo juiz.

- E é mesmo! – conclui Delphine. – Não precisamos de mais nada!

 


Notas Finais


Comunicado importante: Venho informar a cada um que acompanha essa história que devido a problemas de cunho pessoal, não estarei mais atualizando-a por tempo indeterminado. Tomo essa decisão, de informa-los pelo carinho enorme que tenho por cada um e pelo apoio que sempre me foi dado em vários aspectos. A história continuara disponível e a retornarei quando melhor convier, findando assim o momento de hiatus. A história tem muitas novidades e mais algumas tramas para desenrolar e pretendo compartilhar cada um desses momentos com vocês... Desde já agradeço a compreensão de cada um e nos vemos, se tudo correr bem, em breve. Bjss e um ótimo dia a todos.
p.s: minha fanfic Cophine: Defy Them continuará sendo atualizada.


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