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História Between Dark n Light - Pride - John Shellwave - História escrita por Wdes - Spirit Fanfics e Histórias
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História Between Dark n Light - Pride - John Shellwave


Escrita por: Wdes e LaraEHTeodoro

Notas do Autor


Olá, leitores!
Ééér... Então... NOS DESCULPEM POR FICAR NOVAMENTE SEM POSTAR!! Estamos com diversos problemas pessoas e infernais (ou seja, escolares), mas agora que o ano está acabando, estamos mais relaxados, ainda que não totalmente, então deu tempo de escrever esse capítulo \o/
Iremos tentar continuar a escrever, porém não podemos prometer nada como "todo sábado iremos postar", mas uma coisa podemos afirmar: estamos novamente cheios de ideias!
Enfim, escreveremos e postarei os capítulos assim que for possível, ok? E, por favor, continuem lendo porque a partir daqui a história só tende a melhorar!
Agradecemos pela paciência (ou não),
~LaraEHTeodoro

Capítulo 24 - John Shellwave


Apesar de não aparentar, John não fazia a mínima ideia de como iam enforcar o Leão de Neméia e Thomas infelizmente aparentava estar na mesma situação. No momento apenas tentavam se esquivar das patas e dentes da fera que, por causa do tamanho, não possuía muita agilidade. Às vezes John fintava para os lados, tentando fazer a criatura se cansar enquanto Thomas tentava chegar ao pescoço do monstro.

- Não está dando certo - John gritou enquanto se esquivava de outro golpe.

Thomas o olhou como se ele tivesse dito “Nossa, o gelo é frio”.

- Ah, jura? Achei que ele já estivesse morto -  disse Thomas revirando os olhos enquanto tentava uma nova aproximação, mas que não deu certo pois o leão tentou atingi-lo com a cauda.

- Pare com isso, precisamos de um plano! - disse John começando a se irritar.

- Eu sei, senhor do óbvio! - Thomas correu os olhos pelo lugar e arregalou os olhos - Já sei! Distraia-o!

John olhou para ele incrédulo. Não havia entendido qual era o plano.

- Como? - perguntou.

- Apenas faça isso! - gritou Thomas de volta parecendo enfurecido e correndo para ficar em sua diagonal - Mas deixe ele bem parado!

John olhou para os lados e encontrou uma maneira de fazer o que o outro disse. Correu pela parede até a tocha de fogo grego mais próxima, agarrou-a e se dirigiu para dez metros à frente do monstro bem no meio do túnel, balançando a tocha freneticamente.

- EI, SEU BICHO FEIO! - berrou ele com a voz ainda falha por tentar se comunicar com Thomas durante o rugido.

O leão parou de atacar e começou a olhá-lo curioso e parecendo ofendido, como se entendesse cada palavra de John, o que era exatamente o que ele esperava. Thomas estava alguns passos a frente, perto da parede escolhendo algumas flechas de sua aljava.

- QUER VER UM SHOW DE VERDADE? - continuou ele - ENTÃO VEJA ISSO!

Nesse momento John começou a rebolar como se estivesse dançando uma música sensual com uma garota em uma balada. Depois começou a fazer passos de dança dos anos 80 seguido por uma tentativa relativamente falha de hip hop. O monstro entortou a cabeça mais confuso ainda e ligeiramente incrédulo. Thomas, observando a reação do monstro, se virou para ver o que estava acontecendo e parecia que seus olhos iriam saltar das órbitas e que seu queixo iria despencar até o chão. John lançou-lhe um olhar de advertência como se dissesse “Anda logo ou acabo com a sua raça”.

Thomas havia entendido o recado; pegou duas flechas selecionadas e mirou-as simultaneamente no arco enquanto John dançava tentando atrair a atenção do monstro mais ainda, o que já estava cansando o bicho. O filho de Hades atirou e cada flecha atingiu o leão em um olho, deixando-o completamente cego. A fera se ergueu sobre as patas traseiras e soltou mais um rugido ensurdecedor, obrigando os semideuses a tentarem falhamente cobrir os ouvidos de novo. O animal começou a atacar tudo cegamente a sua frente movido pela dor e raiva e quase acertou John três vezes.

- Se seu plano era deixá-lo furioso, parabéns, conseguiu! - gritou ele.

- Tenha paciência, pequeno gafanhoto - disse Thomas calmamente enquanto desviava de uma patada.

O leão podia ter ficado cego, mas ainda conseguia ouvir o que eles diziam e avançou em sua direção. Os dois se separaram e Thomas pegou uma flecha com uma fitinha vermelha enrolada na extremidade não afiada e colocou-a em posição.

- Se agache e tampe os ouvidos! - gritou ele.

John não tardou a obedecer e se jogou no chão de terra batida com as mãos nos ouvidos. Sua mãe provavelmente o mataria ao ver suas roupas sujas daquele jeito, mas não havia outra maneira. De repente, tudo pareceu irromper de uma vez só. O baque da explosão era como a sensação de apertar o play para escutar uma música sem saber que o volume está no máximo, só que multiplicada duzentas vezes mais.

Quando tornou a abrir os olhos, alguns momentos depois, seus ouvidos produziam um zumbido estranho. Localizou Thomas exatamente onde estava antes, embora estivesse se levantando do chão com as mãos agarradas ao arco de ferro estígio. Levantou a cabeça e indicou algo para que John visse e logo percebeu o que havia acontecido. O filho de Hades havia lançado uma flecha explosiva sonora em direção ao leão para deixá-lo surdo. A fera jazia confusa e completamente tonta no solo ainda há dez metros a frente deles. A explosão sonora proveniente da flecha de Thomas não havia sido o suficiente para matá-la ou afastá-la, como esperado, mas para confundi-la a ponto de cair no chão. Os semideuses trocaram um breve aceno de cabeça e partiram para cima dela.

Correram os dez metros restantes e pularam para as costas da vítima, agarrando sua garganta com força. John primeiro sentiu a maciez e o calor do corpo do leão emanando. Não tardou a sentir sua traquéia se comprimindo, junto com seus músculos e tendões do pescoço. Seus dedos se afundaram nos músculos e seguraram firmemente a cartilagem. O monstro se debatia e atacava cegamente ao redor dos semideuses, sem chegar a atingi-los, enquanto eles intensificavam o aperto cada vez mais. Seu rosto inchou assim como seu corpo e ele explodiu em um monte de pó, deixando John e Thomas caírem em direção ao chão.

Caíram de barriga para baixo e assim permaneceram por cerca de dez minutos, cansados o bastante para não conseguirem levantar.

- Eu levanto se você levantar  - disse John com a voz arrastada e abafada por causa do chão.

- Então vamos permanecer aqui por um longo tempo - respondeu o outro.

O silêncio voltou a se instaurar até que o estômago de Thomas roncou alto o bastante para fazer o chão tremer levemente.

- Certo, chega de enrolar, vamos comer alguma coisa - disse Thomas se levantando.

John não fez nenhuma objeção, afinal também estava faminto - embora não tanto quanto o amigo.

Com muito esforço, se levantaram e engatinharam até suas respectivas mochilas, que não estavam muito longe. John pegou sua mochila afeminada (Ele jurava que Lauren iria pagar por aquilo) e olhou seu conteúdo. Ainda haviam os sanduíches de peito de peru que a irmã havia preparado para ele. Como já faziam alguns dias que saíram do Acampamento, junto com seus escassos conhecimentos culinários deduziu que logo logo aqueles lanches iriam estragar, então resolveu comê-los de uma vez por todas. Até que eram bons.

Thomas, ao seu lado, comia um pacote de Doritos e a outra metade de um sanduíche de rosbife, além de alcaçuz e uma lata de Coca-Cola que ainda por cima estava gelada. John jurou descobrir como ele fazia isso.

Enquanto comia, seus pensamentos vagaram novamente para seus amigos que estavam em algum lugar naqueles túneis. Pensou principalmente em Sophie e Lauren. Pensou nos olhos azuis de Sophie e no sorriso de Lauren - tão familiar quanto a sua própria imagem no espelho. De repente os pensamentos que viera tentando evitar, se fizeram presentes, como uma espinha que você não deseja notar, mas acaba notando não importa o quanto dejese que ela não exista; sua mente foi abarrotada de um segundo para o outro com todas as hipóteses catastróficas do que poderia estar acontecendo com as suas amigas.

John olhou para baixo, para seu sanduíche, e sentiu repulsa. Não conseguia dar mais uma mordida que fosse. Sentiu-se saturado, não como se seu estômago estivesse satisfeito, mas como se estivesse repleto de ar - a ponto de explodir. Ele colocou o lanche sobre a mochila e a lembrança de que sua irmã o havia preparado fez com que seu coração reduzisse a velocidade para 1 batimento por século. John sentiu como se o espaço interno de seu tórax tivesse encolhido e como se seu coração estivesse tentando fazer-se caber em uma azeitona.

O rapaz ergueu os olhos para Thomas, que não parecia mais perturbado do que o usual, e seguiu com o olhar até a escuridão no horizonte do túnel. Aquela não era a primeira vez que ele sentia tamanha angústia. Ao longo da vida John já havia experimentado essa agonia despropositada inúmeras vezes… A diferença é que agora parecia quase palpável, uma dor física.

Sua caixa toráxica diminuía mais e mais a cada instante, e John percebeu com grande aflição que seus pulmões tinham se juntado ao pequeno espaço em que seu coração já estava. Havia se tornado impossível respirar. John sugou uma grande quantidade de ar em desespero, e então tossiu, atraindo a atenção de Thomas que percebendo sua aflição, foi em sua direção, mas John não conseguia prestar atenção em mais nada, apenas em sua falta de ar inexplicável.

— John? Você se engasgou? — Thomas se aproximava com a mão estendida até o ponto médio entre eles, sem se aproximar nem recuar, sem saber o que fazer.

— N-não exata…mente… - respondeu John com grande esforço.

Thomas parecia apavorado, seus olhos estavam esbugalhados e sua pele empalidecia:

— Vire de costas!

— O... O… Quê? - John, ainda não conseguindo se estabilizar, olhou-o como se ele estivesse ficando louco.

Thomas subitamente agarrou suas costas e começou a virá-lo de costas para si mesmo, em seguida, começou a aplicar em John a manobra de heimlich apertando seu diafragma com uma força descomunal e, acima de tudo, desnecessária.

— CARA… - gritou John usando todo o oxigênio que lhe restava - EU… NÃO… ESTOU… SUFOCANDO!

Ele então, começou a chutar Thomas para longe enquanto recuperava o ar, obrigando-o a soltá-lo.

— O que está acontecendo então? - perguntou o amigo.

— Eu… não… s-

John não conseguiu terminar a frase. Sentiu uma enxaqueca repentina e implacável lhe atacar a cabeça como se alguém tivesse o atingido com um bastão de baseball. Em seguida sentiu a visão escurecer como quando se vai de um lugar muito escuro para um muito claro. Ele segurou a cabeça com as próprias mãos, massageando as têmporas de olhos fechados. A dor de cabeça foi embora tão rápido quanto veio e, para sua surpresa, a angústia e a falta de ar partiram junto com ela.

Thomas o olhava com cara de pão de queijo amanhecido.

— John? Você está bem?

O filho de Poseidon levou algum tempo para assimilar o que acabara de acontecer, ademais, agora ele tirava algum prazer do simples ato de respirar. Sua mente, agora capaz de algum raciocínio, apegou-se ao que tinha pensado antes da “crise despropositada” e, quase como se o pensamento não lhe pertencesse, a imagem de Lauren veio à sua mente. Embora não pudesse dizer como, em seu âmago sabia que o propósito da crise fora causado pela dor de sua irmã gêmea. A sensação lhe trouxe uma onda de pânico, pois agora tinha certeza de que pelo menos Lauren não estava bem, quem diria então os outros grupos, se é que estão sozinhos ou com ela.

— Estou - respondeu, mas se deteve ao contar o que havia pressentido. Se contasse, com certeza o amigo ficaria em pânico, talvez até mais que ele próprio, o que não faria bem a ambos. Mas, por outro lado, ele era o namorado de sua irmã, afinal, então decidiu que Thomas merecia saber - Mas não sei ao certo se Lauren também está.

— O que quer dizer? - Thomas franziu o cenho, observando John tão cautelosamente quanto como se mirasse uma flecha em um alvo.

— Sabe quando você se sente angustiado? Como se algo fosse dar errado? Foi como me senti agora. Depois senti como se alguém tivesse me acertado com um taco de golfe na cabeça. Só que durante esse processo era Lauren que me vinha à mente.

Thomas parou um momento e fechou os olhos, respirando bem fundo. Em seguida reabriu-os e começou a analisar o amigo.

— Acha que isso tem a ver com o fato de vocês serem gêmeos? - perguntou ele.

John ponderou por um instante, a ideia ainda não havia lhe ocorrido.

— Provavelmente, não sei.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, imersos em seus próprios pensamentos, até que uma ideia recorreu a John: se um deles dois, Lauren ou John, morressem, o outro morreria também? Ou apenas sentiria uma dor extrema? Ele preferiu nunca saber a resposta para essa questão e também decidiu não pensar mais no assunto.

— Bem - disse Thomas, quebrando o silêncio - Você já terminou de comer?

— Já, na verdade perdi a fome. Se continuarmos agora, pode ser que encontremos os outros. - respondeu o filho de Poseidon começando a arrumar suas coisas - Vamos?

— Era exatamente o que estava pensando - anuiu Thomas se levantando ao lado de John. E assim os dois seguiram seu percurso adentrando a escuridão do túnel grego.

Passado cerca de um quilômetro, John já começava a se exaurir. Sentir a dor de Lauren provavelmente gastara suas energias.

— Ei, cara, será que podemos…

Nesse momento, o túnel clareou minimamente, porém não no tom verde que as tochas de fogo grego produziam, mas sim em branco. Os dois semideuses olharam para a frente e localizaram um ínfimo ponto de luz. Em seguida, se entreolharam. Nenhum dos dois hesitou perante ao próximo passo e, sem trocar nenhuma palavra, se puseram a correr simultaneamente.

John observou com atenção o lugar a sua volta. O túnel continuava em uma formação rochosa por mais alguns metros a frente. Depois disso, havia apenas pequenos arbustos secos espaçados entre si, dispostos em cima de pequenos morros. Além disso havia uma imensa planície e algumas montanhas ao fundo.

O calor o atingiu muito antes da contemplação: era uma paisagem rara, árida, e o horizonte parecia não ter fim - era apenas adornado com imagens púrpuras de montes altos, muito altos. A cena parecia uma página arrancada dos seus livros de história da arte na escola. A majestosidade da natureza parecia zombar, sem disfarce, da miudeza humana; se estendendo por milhas e mais milhas oferecendo a John um sentimento de desolação, como se não houvesse mais ninguém além deles em um mundo que se resumia à cactos, arbustos e gramados ressecados.

— Ok - disse John - Estamos perdidos.

Thomas olhou longamente para a paisagem e então sorriu, parecendo orgulhoso de sua próxima declaração:

— Bem vindo ao Arizona.


Notas Finais


Novamente pedimos sinceras desculpas pela demora e agradecemos muito por continuarem lendo nossa fanfic!
Beijos,
~LaraEHTeodoro


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