História Between Revenges (REESCREVENDO) - Amante?

Clarke Bieber POV

- Você não vai me dizer mesmo por que estamos voltando para casa mais cedo? - Pergunto observando o Justin dirigir atentamente sem dar a menor bola para mim.

- Vão precisar de mim para umas coisas na empresa, só isso - Diz sério.

- Justin, eu estou casada com você a praticamente sete anos, eu te conheço muito bem - Faço uma pausa - É o Chris não é?

- São os negócios Clarke, eu já te falei.

- Vocês estão brigando? - A voz da Julie nos chama atenção.

Olho para trás e sorrio para ela.

- Não meu amor, estamos só prestando esclarecimentos - Digo.

- Eu não tenho nada para esclarecer Clarke, espero que você também não tenha - Ele fala com um tom de arrogância.

Eu entendo que isso tudo do Chris é uma grande bomba para ele mas por que me tratar assim? Só pelo que eu tinha reclamado?

Eu entendo que ela queira ter um filho mas existem coisas que complicam bastante esse desejo, eu sei que de alguma forma eu sou culpada, poderia ter tomado mais cuidado mas o que já está feito não há retorno.

Me encostei na janela do carro e relaxei meu corpo, afastei os pensamentos de culpa da minha mente e voltei a me preocupar com a Amanda, ela parecia ter mudado afinal. Eu sei como a maternidade me mudou e creio que tenha sido assim para ela também, eu vi o jeito que ela travava o filho, o jeito que ela ficou desesperada quando o Charles estava em estado crítico.

Talvez a Amanda e o Chris só quisessem um recomeço, para poder criar seu filho em paz.

Ou não.

Todo mundo sabe que Atlanta é cheio de tráfico, violência e etc, quem sairia de Vancouver para vir morar aqui se não tivesse algo muito importante por cá.

Talvez eles só fossem vítimas de nós, porque pensando bem, tudo de ruim que aconteceu na vida deles tem o meu nome e o do Justin envolvido, ou dos nossos pais. E isso me faz pensar em vingança, o que motivou tudo no começo, mas não faria sentido esperar todos estes anos para se vingar, esperar o Justin ganhar mais respeito e mais poder a cada dia não ajudaria em uma vingança, eles teriam vindo quando a Julie ainda era um bebê, quando nós estávamos fracos.

Ryan Butler POV

- AMOR, CHEGOU UMA ALGUMA COISA PARA VOCÊ - Grito segurando o papel que o correio havia acabado de entregar.

Ouço os passos dela virem na minha direção com rapidez.

- Ai meu Deus - Ela agarra o papel e começa a tirar a embalagem frágil que o guradava.

- Posso saber por que toda essa empolgação? - Pergunto.

- É a resposta para o concurso de dança que eu inscrevi as crianças do orfanato.

- Aquele orfanato que o Jason te levou? Você não me disse que continuou frequentando esse lugar.

- Primeiro: Mais respeito e segundo, se você prestasse mais atenção em mim saberia onde eu estou todas sextas à tarde.

- Com o Jason?

- Não Ryan.

- Então você não ver ele lá?

- Ryan, ele é amigo das crianças, não posso impedi- lo de vê-los.

Não digo mais nada e a observo ler o papel com empolgação.

- ELES FORAM ACEITOS, PODERÃO COMPETIR.

- Você vai ser a professora deles? - Pergunto.

- Já vai começar?

- Emily, você quase não passa mais tempo comigo, fica se enchendo de trabalho.

- A questão não é essa, a questão é que você não confia em mim, não confiou quando eu queria seguir uma carreira e mesmo depois de eu ter desistido você continua não confiando.

- Então a culpa é minha que você não fez o que queria fazer?

- Não venha com essa Ryan, quer saber? Eu tenho que ir trabalhar - Diz pegando a bolsa jogada no sofá e sai.

Ela sempre faz isso.

Joga na minha cara que eu sou culpado por ela não ter uma carreira, eu não pedi para ela fazer nada disso.

Não gostava de ficar brigado com a Emily, na verdade toda vez que a gente descutia eu sentia como se tivesse levado um soco no estômago.

Não posso ser culpado por ama-la demais e ter um ciúmes maior que tudo, só de imaginar alguém olhando para ela a raiva toma conta de mim e já sabendo disso ela faz de tudo para me provocar.

Quanto mais quando tá com o Jason, aquele aborto mal feito estava nas nossas vidas até hoje, na verdade o Justin se aliou com o pai dele então é muito frequente a presença dele. A Emily não consegue ver mas eu sei que ele não mudou, não sei como ela cai no papo dele de que agora é uma pessoa diferente, eu não acredito nisso.

- Que droga - Chaz entra na sala jogando o celular no sofá.

- Pega leve aí senhor estressadinho - Digo e ele me olha atravessado.

- Você sabia que a Brianna tinha voltado de Paris?

- A Beth comentou alguma coisa, por que?

- Que ótimo amigo você é em Ryan? - Ironiza.

- Se ela não quis te fala é por que não quer que você saiba Chaz, para de correr atrás dessa garota.

- Como se isso fosse fácil - Resmunga.

- Me fala, o que te prende a ela tanto assim? - Pergunto indicando o lugar ao meu lado para ele se sentar.

- Já sentiu que ama alguém mas ao mesmo tempo odeia? Acho que eu sou assim com a Brianna, eu amo ela, sinto falta do beijo dela, do cabelo dela, do corpo dela, é como se uma parte de mim não estivesse completa sem ela mas por outro lado eu odeio ela, odeio saber que ela tem amigos e que eu sou dispensável para ela, odeio quando ela volta a fazer striptease nessas boates só por prazer, juro que já pensei em meter uma bala na cabeça dela.

- Bro, você precisa de um psicólogo - Digo perdendo o riso.

- É sério Ryan, eu amo ela mas quando eu sei que ela está se divertindo sem mim quero que ela morra. Aquilo de "Se sua felicidade não for comigo tudo bem" não é comigo, se a felicidade dela não for comigo prefiro ver ela morta.

Porra Chaz, eu não sei dar concelhos.

A porta é aberta e a Clarke entra com a Julie, logo depois o Justin.

- Não era para vocês estarem com a cara boa? - Pergunto ao perceber a animação de enterro em que eles estavam.

- É dá sua conta? - Justin pergunta me fuzilando com os olhos.

Uau.

- Não liga Ry, a cabeça dele deve tá quente - Clarke diz e sai da sala.

- Ei baixinha - Chaz chama a Julie - O que acontece com seus pais?

- Não sei tio, acho que eles brigaram por causa do moço Chris.

- Julie, vá brincar e pare de se manter em assunto de gente grande - Justin fala claramente bravo.

- Para de ser rude com ela, não desconte sua raiva na menina - Chaz diz depois que a Julie sai de cabeça baixa da sala.

- Não tô com cabeça para vocês hoje.

- Justin, que história é essa do "Moço Chris?" - Pergunto.

- O Chris tá vivo.

Então é sério.

Surpreso não é exatamente a palavra que eu usaria por que depois daquilo que a Clarke nos mostrou uma dúvida nasceu.

- Você falou com ele? - Chaz pergunta.

- Por cinco minutos, fiquei de encontrar ele mas não fui para ficar com a falsa da minha esposa e a minha filha.

Falsa?

- O que tá acontecendo? - Questiono.

- Resumindo: Amanda está de volta, casada com o Chris, o Chris tá vivo e é pai do filho da Amanda. A Clarke não quer engravidar de mim e eu encontrei uma mensagem no celular dela bem compremetedora de um número desconhecido - Ele diz sorrindo irônico.

- E você não ligou para o número ou tentou descobrir de quem é? - Chaz pergunta e ele fica em silêncio.

- Tá com medo de descobrir o que quer que isso seja não tá? - O encaro.

- Eu não tenho medo de nada, só estou vendo até onde ela vai com isso.

- Pera, você tá achando que a Clarke tá te traindo?

- Não tá claro Chaz? Quer que eu desenhe?

- Quando se trata dá Clarke é óbvio que você tem medo, me passa esse número, eu vou descobrir o que tá acontecendo enquanto você cuida de descobrir tudo que o Chris esteve fazendo esse tempo todo, e se ele é uma ameaça - Digo.

- O Chris nunca faria nada contra nós - Chaz resmunga com um meio sorriso.

- O Chris que eu conheci está morto, este daí eu não sem quem é.

- É o nosso amigo Ryan.

- Não podemos ter certeza.

••

Dois dias depois

Clarke Bieber POV

- Mãe, o que a gente veio fazer aqui? - Julie pergunta descendo do carro.

- Eu já te disse, vim fazer uma visita para uma pessoa, não saia de perto da casa ok? Eu volto em um segundo - Digo me afastando.

Eu sei que isso não é certo e eu também sei que provavelmente o Justin viu a mensagem no meu celular e ele iria descobrir logo mas eu não podia parar agora, na hora certa eu iria contar para ele.

O Justin está frio comigo, hoje é a passagem de ano e ele ainda não havia voltado a falar comigo direito. Ele foi se encontrar com o Christian mas não me contou nada, só que ele não seria perigo para nós.

Me viro mais uma vez para me certificar que não teria ninguém observando e também para ver a Julie.

Segurei o envelope na mão de toquei a campainha com a outra. Fiz isso por mais duas vezes mas ninguém atendeu.

Estranho.

Max disse que era para eu trazer os resultados na casa dele já que não poderia passar no hospital hoje, ele teria me ligado para desmarcar.

Girei a maçaneta da porta e estava destrancada, entrei na casa.

- Max? - Chamo mas não obtenho resposta.

- Aqui - Um gemido quase inaudível soa vindo da cozinha, vou até lá e me deparo com o homem caído no chão e uma poça de sangue ao redor.

- Meu Deus Max - Digo mais abaixando, ele estava com duas balas, uma em cada joelho.

Peguei meu celular e liguei para emergência.

Deram cinco minutos para chegar.

- Mãe? - ouço a voz da Julie dentro da casa e logo ela adentra a cozinha.

Seu olhar crava no sangue e a cor some de seu rosto a deixando pálida.

- Calma Max, eles já vem - Digo e ele apenas assenti - Filha, pode me esperar no carro?

- Ele vai morrer?

- Julie, vá para o carro.

E ela sai correndo.

Minutos depois a ambulância chega e ela o Max, tive que prestar um rápido esclarecimento aos policiais que foram chamados e logo depois sai dali.

Chegamos em casa e todos estavam na sala, menos o Chaz.

Justin estava com um sorriso vitorioso e assim que eu entrei ele me olhou feio.

- Oi pai, oi tia, oi tio - Julie cumprimenta eles e vai para o colo do pai.

- Onde vocês estavam meu amor - Justin pergunta para ela.

- A gente foi na casa do moço e tinha bastante sangue lá - Ela responde, ninguém ali pareceu surpreso.

Justin coloca ela sentada no sofá e se se levanta vindo até mim, ele encosta a boca na minha orelha e sussurra:

- Espero que tenha gostado da surpresa que eu fiz para o seu amante.

Amante?