Retornando ao seu quarto no hotel, Lapis foi chamada por seu pai:
- Filha, venha cá... Quero saber sua opinião... O senhor Peridot não parece um tanto... Estranho?
- Como quem esconde um segredo?
- É! Como um segredo...
- O bigode dele é falso... Isso deu para notar...
- Hm... E o cabelo dele está sempre arrumado... Nenhum cabelo natural consegue ficar assim. Fora que ele sempre usa ternos absolutamente fechados...
- Sempre? Nunca havia notado, mas agora que parei para pensar...
- Eu acho que já sei!
- Já sabe?
- Ele é calvo!
- Calvo?
- Exato! Ele não deve ter nenhum pelo e sente vergonha disso...
- Mas acredito que a sobrancelha dele é real...
- Uma sobrancelha bem-feita.
- Mas se a sobrancelha é bem-feita, por qual razão o bigode não seria?
- Não sei... Tem outra teoria? - Lapis negou com a cabeça.
- Bom... Ele nos acompanhará hoje no ensaio. Vamos ficar de olho.
- Kathleen, tem alguma coisa que queira me contar?
- Hum? N-Não! Não senhor.
- Tem certeza? Seus olhos estão brilhantes, sorridentes... Você está radiante, minha filha.
Lapis não entendeu direito o que seu pai quis dizer, mas agradeceu o elogio.
A família de músicos se arrumou e pegou seus instrumentos, indo em direção ao bar onde tocariam na noite seguinte. Steven levou seu violão de estimação, feito à mão por seu pai, Greg levou seu violão Martin, feito em 1901, Amethyst e Pearl pegaram todos os seus equipamentos de percussão e Lapis levou seu fiel violino Höfner.
Ao chegarem no bar, encontraram portas fechadas e Richard Peridot encostado na parede, apoiado em sua bengala, fumando um cigarro e observando a paisagem. Quando Peridot notou a aproximação do grupo, deu um sorriso e disse em alívio:
- Que prazer em vê-los novamente! Estava a pensar que tinha perdido o ensaio...
O rapaz estava elegante em um smoking preto com uma gravata borboleta em um tom de verde bem escuro e uma cartola preta para combinar com o traje.
- Que surpresa ao ver o senhor por aqui! – Rose disse ao cumprimenta-lo.
- Foi um convite meu, minha mãe. – Lapis disse – Tudo bem para vocês?
- Claro! É sempre bem-vindo, senhor Peridot.
- Fico muito agradecido, senhora MacDonovan.
- Me chame de Rose, por favor! Já é da família! – Peridot sorriu, se emocionando com a frase de Rose.
- S-Senhor... Quero lhe fazer uma pergunta, posso? – Greg chegou perto do rapaz.
- Mas é claro que pode, senhor!
- O que o senhor faz para se distrair? Ou fica o tempo todo em um escritório?
- Quando criança, costumava treinar partituras, mas peguei gosto pelas letras também...
- Ah! Que talentoso! Além de músico, é escritor!
- Agradeço, mas não... Não posso ser considerado nem músico e muito menos escritor! Sou apenas um apreciador da arte das palavras e das notas...
- Garanto que se impressionará com Lapis. – Rose disse com um sorriso.
- A voz dela deve ser belíssima...
- Sim... Embora... Ela não goste de cantar...
- Não? Ela não sabe cantar?
- Sabe! Fiz questão de ensiná-la, mas... Ela não precisa cantar... Não com a voz!
- Perdões, mas não sei se compreendi... Como ela cantaria se não fosse com a voz?
- Ah... O senhor verá e ouvirá! Ela é como o senhor... – Rose deixou Peridot mais curioso ainda.
Greg bateu palmas, esperando que o dono do bar ouvisse para abrir a porta. Não demorou muito e um senhor simpático e bem idoso usando um Kilt e uma camisa branca apareceu, abrindo a porta e deixando todos entrarem. O senhor O’Connel olhou Peridot atentamente.
- Espero que o senhor O’Connel não se empolgue hoje... – Lapis cochichou para Peridot.
- Por qual motivo? – Peridot perguntou no mesmo tom.
- Ele tem descendência soviética e adora dançar Cossaco... Na última vez que ele dançou, o Kilt se levantou... Pearl teve insônia por várias semanas... – Peridot corou.
- S-Suas roupas de baixo eram feias?
Lapis soltou um risinho antes de falar ao ouvido de Peridot:
- Com Kilt, não se usa roupas de baixo... – Peridot arregalou os olhos – Portanto, se ele se empolgar, olhe para qualquer lugar, menos para ele.
O bar é um lugar bem grande e ajeitado. O balcão fica na parte direita e ocupa dois terços da extensão da parede, o palco fica na parte de trás ocupando um quarto do espaço total do bar, o resto do espaço é ocupado com mesas e cadeiras bem distribuídas.
Peridot pegou a terceira mesa da esquerda para a direita, ficando de frente para o palco. O resto dos músicos foi tomando seu devido espaço no mesmo, preparando seus devidos instrumentos. Lapis retirou seu violino da capa, sentindo os olhos de Peridot sobre si. O loiro reparou que não havia nenhum papel perto da jovem. Ela não precisa de partituras?
A garota suspirou, apoiou seu instrumento no ombro e ajeitou o queixo no apoio do violino, preparando a mão direita com o arco, esperando que a música começasse.
Peridot estava maravilhado com aquela cena, o palco iluminava Lapis de tal modo que os pequenos detalhes em dourado no vestido azul da moça se parecessem com estrelas em uma noite limpa. A garota estava tão concentrada, olhando para seu instrumento com seriedade, mesmo assim fez questão de olhar diretamente para o rapaz sentado logo a sua frente e dar um sorriso, pouco antes de começar a tocar.
Por ser proprietário de uma loja famosa de violinos, Peridot já havia ouvido todo o tipo de melodias com diversos músicos diferentes, porém nenhum som era tão perfeito e nenhuma música lhe encantou tanto quanto aquela melodia que estava sendo tocada nesse momento. Lazuli tocava com seu coração e dançava com o instrumento, envolvendo sua alma na música. As notas suaves eram soltas pelo violino e flutuavam aos ouvidos de Peridot.
“Para conseguir sentir e se envolver com uma apresentação musical, é preciso que feche os olhos e veja a música com seus ouvidos” foi o que foi ensinado a Peridot desde pequeno, no entanto aquela apresentação estaria incompleta se fechasse os olhos. Não é uma música que está sendo apresentada naquele instante, é a alma da violinista. O violino contava uma alegre história ao ouvido de Peridot, os movimentos e expressões corporais da violinista prendiam os olhos do loiro a ponto de não conseguir desviar o olhar.
“Kathleen não demonstra o que sente, mas dá pra ler seus sentimentos pelo olhar e ouvir pelo seu violino.” A frase de Amethyst ecoava na mente de Peridot, mas não são só os sentimentos que Lazuli exprime através de seu violino.
Em outras apresentações, as notas mecanicamente tocadas por seus músicos excepcionalmente bem treinados se transformam em uma partitura perfeita aos olhos do loiro, mas não nessa apresentação. Lapis transforma as notas em letras, palavras e frases. A morena não precisa de partituras, pois ela não é somente uma musicista. Assim como um escritor rabisca tinta em um papel para contar uma história, Lapis rabisca notas com seu violino nos ouvidos de quem a ouve. Porém Peridot ainda não sabia o que o violino de Lapis estava dizendo. Parecia uma história de amor, mas quem são os protagonistas?
- Sua namorada toca muito bem! – o senhor O'Connel se sentou ao lado do rapaz e disse num sussurro, fazendo-o voltar à Terra por uns instantes.
- Hm? Ah! Perdões, mas ela não...
- Ah meu jovem... Estão perdendo tempo! Peça a mão dela!
- Não tenho certeza se ela aceitaria...
- Meu jovem... Não está ouvindo a música? Ela toca com o coração e essa melodia transborda amor e felicidade!
- Sim... Isso eu sinto, mas... Isso poderia ser para outro.
- Não... Ela toca olhando para ti.
- Ela está de olhos fechados, não dá para saber...
- Não, não está! Está cego?! Olhe de novo, meu rapaz...
Peridot olhou mais atentamente e reparou que os olhos de Lapis estavam semicerrados, mas não fechados. De fato, Lapis olhava para ele enquanto tocava. Peridot finalmente entendeu o que seu violino dizia, isso o fez sorrir e seu coração se acelerar. Lapis está dizendo que o ama.
O ensaio durou duas horas, porém Peridot poderia ficar por lá, ouvindo sua amada por um dia todo e nunca se cansaria.
O loiro ainda estava em êxtase quando Lapis desceu do palco e foi até o rapaz que se levantou de um salto quando ela se aproximou. Lazuli perguntou com um sorriso tímido e um pouco envergonhada:
- E então? O que achou?
Peridot sorriu e suspirou, mas antes de responder, o senhor O'Connel disse:
- Ele se apaixonou pela senhorita. – Lapis arregalou os olhos, alternando o olhar para o dono do bar e para Peridot.
- É... – o rapaz concordou sem ouvir – Espera!!! O quê?!
- Acho que ele quis dizer que você se apaixonou pela música. – Lapis soltou um risinho.
Peridot confirmou com a cabeça.
- A s-senhorita tocou muito bem! Esse violino tem um som muito bom.
- O-Obrigada... Sim, mas poderia ser um pouco melhor... Ele está velho e seu arco muito desgastado. Ele me acompanha a tanto tempo! Nem sei se conseguiria me desfazer dele...
- Sei bem como é! Ainda tenho o violino que meu avô fez para mim. As cordas já estão enferrujadas e os pelos de crina de cavalo no arco estão quase todos partidos...
- Toca violino também?
- Se eu não tocasse, não merecia ser dono de uma empresa de violinos, não é mesmo? Embora Raven tocasse melhor que eu...
- Quem é Raven? Se me permite perguntar...
- Minha irmã. Ela tocava muito bem, mas nada igual a senhorita... Me atrevo a dizer que é a melhor violinista que ouvi em todos os meus vinte e oito anos de existência nesta Terra! - Lazuli corou um pouco com o elogio do rapaz.
- Está sendo modesto e exagerado... – Lapis foi se retirando mais para esconder suas bochechas coradas.
- N-Não! Não estou! – Peridot disse se colocando na frente de Lazuli – Do fundo do meu coração! Você é a melhor violinista do mundo! Sua mãe me disse que não gosta de cantar... Eu entendi a razão! Suas notas são suas palavras! Seu violino é sua tinta e nossos ouvidos são o papel... Você não toca uma canção, mas conta uma história!
Lapis deu um sorriso sem graça.
- S-Seus elogios me deixaram sem graça...
- Peço perdões...
- N-Não! Tudo bem. Vamos fazer uma pausa e depois vamos continuar a ensaiar, se achar muito incômodo...
- Não é incômodo! M-Muito ao contrário... Se me permitirem ficar, ficarei com o maior gosto! Ouvirei todas as histórias que quiser me contar...
- Como o Senhor O’Connel não abre nas quintas, reservamos todo o dia para nosso ensaio, então, vamos ficar todo o dia ensaiando...
- Não se preocupe, minha jovem! – o dono do local se intrometeu na conversa – Seu precioso namorado ficará comigo trocando ideias e prosas! Ele não se entediará.
Lapis arregalou os olhos e tanto a moça quanto o rapaz coraram violentamente e balbuciaram palavras, tentando negar. O velho O’Connel nem parou para ouvir e já foi para trás do balcão, encher algumas canecas e entregar aos presentes, deixando os dois atrapalhados para trás. Nenhum dos jovens tinha coragem de se olharem diretamente, apenas de canto de olho.
- M-Me desculpe p-por isso. E-Eu não... – Peridot começou.
- E-Eu que peço perdões! Ah... Eu nem sei por que está se desculpando!
Peridot ficou sem palavras, abriu a boca para responder, mas logo a fechou, pensou um pouco e enfim achou palavras:
- E-E por qual razão está se desculpando?
- Bem... P-Por... Eu não sei.
- Geralmente nos desculpamos quando fazemos algo errado, mas o que fizemos de errado?
- Tem um ponto... S-Somos só amigos! Não é? – essa frase doeu no coração de Lapis.
- É... Somos só amigos. – a resposta também doeu em Peridot.
Ambos sorriam de forma forçada quando O’Connel chegou com duas cervejas. Quando Peridot foi pegar sua caneca, Lapis foi mais rápida e pegou ambas, sem notar que havia roubado a caneca do rapaz e virou uma seguida da outra, entregando as duas canecas vazias nas mãos do dono, arrotando e em seguida dizendo e se dirigindo ao palco:
- D-Desculpem... Poderia me arrumar outras duas, por favor?
Os homens se entreolharam com os olhos arregalados e as bocas abertas.
- Acho que vou trazer mais quatro! Duas para a moça e duas para o senhor...
- N-Não... Pode fazer só uma para mim...
- Vou fazer quatro pra cada... Esses dois precisam de um empurrão de touro! – O’Connel disse para si mesmo.
E assim seguiu o resto do dia, com muita música boa, algumas canecas cheias e ótimas companhias.
O relógio dava sua quarta badalada do novo dia quando Lapis resolveu parar de tocar suas notas já trocadas e embaralhadas pelas vinte e cinco canecas de sidra que havia ingerido.
A primeira a ceder foi Pearl, na segunda caneca, seguida por Steven com cinco, ambos conseguiram chegar em casa um pouco mais inteiros. Amethyst caiu no meio de uma das músicas e não conseguiu se levantar, acabando por dormir lá mesmo, de cabeça para baixo. Greg e Rose, após perceberem que haviam excedido o limite, desceram e também foram para casa. O senhor O’Connel dormiu abraçado com uma garrafa de Whisky no balcão. Naquela noite o dono foi subir no palco para dançar, mas foi impedido por Peridot com a desculpa de querer mais canecas de sidra.
Lapis desceu do palco, quase caindo no último degrau e, andando dois passos para frente e um para trás, conseguiu chegar até a mesa onde Peridot permanecia acordado e atrás de nada menos que vinte canecas vazias.
- Acho que... Que está na... Na hora de irmos... – Lapis disse com um pouco de dificuldade.
- Ah não! Queria te... Ouvir mais! Lapis! Você... É linda! Quero... Te ouvir tocar só... Pra mim... Todos os dias! Todos os dias da minha... Da minha vida! – Lazuli sorriu – Quer se casar comigo?
- Eu adoraria tocar... Tocar para você de novo... – Lapis se sentou ao lado de Peridot – E é claro... Claro que eu... Que eu caso!
Peridot sorriu, soluçou e colocou uma das mãos sobre a mão esquerda da garota.
- Lapis... Eu te amo Lapris!!!!
O sol estava a pino quando Ruby, Sapphire e Garnet, sentindo falta do amigo, procuraram pelos MacDonovan. Estes disseram que Peridot passou o resto do dia anterior no bar e que não tinham visto ele, nem Lapis e nem Amethyst no dia de hoje.
Chegando no local indicado, Garnet notou que a porta estava aberta e entrou com as companheiras. O bar estava limpo e arrumado. Amethyst e o senhor O’Connel sussurravam algo no balcão.
- Boa tarde. Algum dos senhores sabem do paradeiro de Richard Peridot? – Garnet perguntou.
- Boa tarde senhoritas, sabemos sim! – Amethyst disse – Atrás do balcão, mas não os acordem.
As moças se entreolharam confusas antes de contornar o palco, passando por trás da cortina e encontrar uma sala com um alvo pendurado com vários dardos enfincados nele e na parede, uma mesa de sinuca com algumas bolas encaçapadas, dois tacos caídos no chão e Lapis de cartola e cigarro na boca, sentada em uma cadeira, abraçada a um Peridot babão. Ambos dormindo serenamente e com um sorriso enorme nos rostos.
- Ela se apaixonou. – Sapphire disse em um sussurro.
Lapis tentava se lembrar do que havia acontecido, mas não conseguia. Ela havia acordado em uma das cadeiras de trás do palco, usando a cartola de Peridot e com um cigarro na boca.
- Tem certeza que não se lembra de nada? – Amethyst insistiu.
- Depois que você caiu e não se levantou, eu não lembro de nada... Nem sei como eu fui parar atrás do palco! Não sei quando meus pais saíram, nem quando Richard se... Violet, do que ri?
- Não! Nada! Foi só... Só uma piada que me contaram...
Amethyst viu o momento que Peridot foi carregado no colo por Garnet. O rapaz estava completamente apagado, assim como Lapis.
- Está bem... E como está a dor de cabeça?
- Bem melhor... Obrigada... Lapis... Acho que bebi demais ontem...
- Bebemos... – Lazuli suspirou – Agora vamos para casa antes que meus pais criem caraminholas na cabeça pela nossa demora.
Enquanto isso, na pousada McBrian, Richard Peridot estava em pânico, seu terno amarrotado e torto, sua gravata estava presa no botão da camisa, haviam imensas olheiras sob seus olhos vidrados, além de estar descabelado, as mãos quase arrancando tufos de seu próprio cabelo.
- MY STARS! MY STAAAAAAAARS! EU ESTRAGUEI TUDO!!! E-EU ESTRAGUEI TUDO, SACRLETT! – Peridot finalmente largou suas madeixas e começou a sacodir Ruby pelos ombros – O-O QUE EU DIGO?! C-C-C-COMO EU VOU SEQUER CONSEGUIR OLHAR PARA ELA, SCARLETT?! ME DIGA!!! G-GISELLE, ME DIGA TAMBÉM!!! STEPH... E-Eu estraguei tudo...
O rapaz largou os ombros de Ruby e caiu de joelhos, com as mãos no rosto. Scarlett tentava se recompor e voltar ao normal depois da tontura causada pelos sacolejos.
- Não acredito que tenha estragado tudo... – Stephanie disse com sua calma habitual.
- E-Eu me declarei para ela, a pedi em casamento e ela... ELA ACEITOU! Eu não podia ter feito isso! Raven não... Raven não teria se colocado nessa encrenca toda!
- Mas você não é ela! Se lembra? Você não é sua irmã!
- Exato! Eu não sou minha irmã! – Peridot se colocou em pé – E é esse o problema! E-Eu não sei... Não sei se ela descobriu... ESSA É A ÚNICA MALDITA COISA QUE EU GOSTARIA DE LEMBRAR! M-Mas... Mas isso eu não consigo...
- Mas e se ela não conseguir se lembrar também? – Ruby perguntou, tentando dar alguma esperança – Ela havia bebido bem mais que você... Pode ser que nem se lembre de nada!
- Eu duvido... Ela estava alterada, mas não aparentava tanto. Você não a viu pegando duas canecas cheias e virando, uma após a outra! Se eu fizesse isso teria entrado em coma na hora!
- Se ela se lembra ou não, vamos descobrir hoje à noite.
- Hoje? Por... OH MY STARS!!! É HOJE A APRESENTAÇÃO! Eu não vou!
- Ah você vai sim!
- Não vão me obrigar!
- Não precisamos... – Ruby ficou de frente para Peridot e continuou – É só te lembrar dela tocando.
- ... ... ... Eu odeio vocês...
- Não, não odeia.
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