- Irão os três juntos? – Shane perguntou, seus olhos percorreram nos três.
- Sim. – disse Max.
- Fazer o que. – Alex disse emburrado bebendo um gole de seu vinho.
- Não seja desagradável Alex. – Shane o encarou, com um sorrisinho falso – Você sabe que terá sua compensação depois.
- Já ouvi isso antes. – Alex revirou os olhos.
- Então, Mia, como vai conseguir a cura? – Shane entrelaçou seus dedos, apoiou os cotovelos na mesa, e a cabeça sobre seus dedos.
- Eu irei até os Arcanjos .
- Não acho uma boa ideia, – Max se virou para mim – eles podem não te deixar sair nunca mais Mia, ninguém sabe o que eles querem com você.
- Eu prefiro correr o risco, do que ter a certeza que minha mãe irá morrer.
- Você é decidia, igualzinha á sua mãe. – Shane riu.
- Eu irei amanhã pela manhã, sozinha.
- Sozinha? – Max gritou ao meu lado – Ficou louca? Claro que não, eu vou com você.
- Você não vai sozinha de jeito nenhum. – Alex me fuzilou.
- Os Arcanjos estão atrás de vocês também, e a situação é outra, com vocês dois com certeza será algo ruim, e é bem provável que vocês entrem e não saiam mais, eu vou sozinha.
Max ficou emburrado, eu resolvi ignora-lo, não posso deixar que na aconteça com ele, ou Alex.
- Boa noite. – disse me levantando.
Encarei cada um deles e sai dali, caminhando em direção ao quarto, entrei e tranquei a porta atrás de mim, me joguei na cama enorme, fiquei olhando para o teto, o que será que vai acontecer amanhã? O que será que os Arcanjos irão fazer comigo? Eu tenho medo, mas preciso fazer isso, pela minha mãe, não posso perde-la de novo depois de dezessete anos, eu me recuso a deixa-la escapar pelos meus dedos.
Me levantei na manhã seguinte, fui até o guarda-roupa, ali haviam dois novos vestidos, revirei os olhos, qual é o problema dele com vestidos? Que droga. Tomei um banho rápido, voltei ao quarto e vesti um dos vestidos, ele era longo, de algodão, com duas alças finas sobre os ombros, rosa claro, me olhei no espelho e mal me reconheci.
- Nunca quis tanto o meu guarda-roupa. – disse bufando.
Calcei as sapatilhas prateadas da noite passada, sai do quarto, indo em direção á sala de estar, não havia ninguém ali, comecei a procura-los, no segundo corredor havia um porta entre aberta, caminhei até lá, ouvi Shane falar com alguém.
- Ela da conta. – ele disse.
- O problema não é ela dar conta ou não, nós não sabemos os planos dos Arcanjos, ninguém sabe o que eles querem. – era a voz de Alex.
- Acredito eu que eles só estejam curiosos.
- Eu não vou deixa-la ir sozinha, não confio em nenhum deles.
- Alex ela não é sua responsabilidade, você é seu anjo da morte, não o protetor.
- Tem razão, mas aquele idiota do Max leva muito em consideração o que ela quer, eu não estou nem ai para isso, não quero que ela goste de mim.
- Ah Alex, – Shane riu – mas acho que você gosta dela.
- Na verdade não, a garota é irritante, e intrometida, só a quero segura para que meus planos no futuro deem certo.
Ao ouvir aquilo meu coração se apertou, Alex é mesmo um grande imbecil, mas se ele acha que vai comigo está muito enganado.
Voltei pelo corredor, e estava indo em direção á porta de saída, precisava sair sem ser vista, quando virei a maçaneta senti uma presença atrás de mim, me virei assustada, Max me encarou.
- Onde você está indo?
- Até os Arcanjos, preciso que me diga como chego até eles.
- Eu vou com você.
- Não, Max por favor, me deixe fazer isso, é a minha mãe.
- Você não vai até lá sozinha.
Max pegou um casaco preto e grosso que estava pendurado num gancho próximo á porta e me entregou, ele abriu a porta e saiu, me puxando apressado pela mão.
- Max por favor, não quero que se arrisque.
- Eu te levo até lá, e fico esperando lá fora.
Resolvi não discutir mais, sei que seria totalmente inútil. Nós entramos num taxi, Max conversou com o taxista e ele foi dirigindo em direção ao big ben. O taxi parou, nós dois descemos, olhei até o topo do relógio, respirei fundo.
- Vem. – Max segurou a minha mão e foi me puxando lá para dentro.
Nós fomos andando por um corredor, então Max parou e olhou para cima, fiz o mesmo, e meu queixo caiu, havia uma escadaria até bem longe de onde meus olhos enxergavam.
- Tenho que subir isso? – disse já me sentindo cansada.
- Você não tem os dons de anjos, – ele riu – então sim, via ter que subir tudo isso. – assenti – Mia preste atenção, quando chegar no topo, você ira ver o relógio e o sino, ao lado esquerdo do sino vai haver uma caixinha que se parece com essas de alarmes de segurança, sabe? – eu assenti – lá você vai abrir a caixinha e digitar 0002656.
- Uma senha?
- Isso, ali vai se abrir uma porta, você entra e segue até o elevador dourado, quando ele chegar você digita o mesmo código, e então você chegará na central do nosso Plano, onde os arcanjos estarão, provavelmente alguém irá te reconhecer e te levarão até eles, não diga nada a ninguém, apenas a um dos quatro ok? Ignore as piadas maldosas de Lionel, Leonora é a mais difícil, e faça Eliel e Jorah terem uma boa impressão de você, se bem que só deles sentirem sua energia já saberão que você é especial . – ele sorriu, me dando a linda visão de suas covinhas, e então segurou meu rosto em uma das mãos. – Não sei como vai ser, mas se até o meio dia você não voltar, eu irei atrás de você.
- Tudo bem Max – sorri, fiquei na ponta dos pés e o abracei, com força, não sei o que pode acontecer lá dentro, então preciso disso.
- Você vai conseguir, sua energia fala por si, ele perceberão que você é um milagre, não uma abominação.
- Assim eu espero. – o soltei – Até mais Max. – ele assentiu.
Peguei a barra do vestido e comecei a subir as escadas, quando olhei para baixo novamente Max não estava mais ali, um arrepio percorreu a minha espinha, agora estou por minha conta, que Deus me ajude.
Até boa parte do caminho escadas a cima xinguei Shane, de todos os nomes ruins que conhecia, onde ele estava com a cabeça de deixar um vestido desses para mim? Pensei várias vezes em rasga-lo, mas não quero estar parecendo uma mendiga louca em frente aos Arcanjos, então eu juntei a barra a segurando na altura da cintura, e continuei a subir as escadarias.
Não sei quanto tempo se passou, eu já não aguentava mais, as minhas pernas doíam, e meus pulmões pegavam fogo, me inclinei para o meio e olhei para cima, ainda faltava um bocado, tomei folego e voltei a subir.
Finalmente cheguei no topo, vi o enorme relógio, na verdade suas engrenagens, olhei para o sino e fui até a parede em que Max havia dito, e lá estava um caixinha branca, eu a abri e observei os números emborrachados, digitei os números ali, e a parede vibrou, e ali apareceu o que parecia uma passagem secreta, estava escuro, mas vi o elevador dourado ao fundo, caminhei até ele, e apertei o botão empoeirado, que se acendeu a seta para baixo.
As portas se abriram, eu entrei novamente, ali havia um outro teclado igual ao anterior, digitei a senha novamente e ele começou a subir, me perguntei para onde, pois ali já era o topo, não havia mais nada acima. Alguns minutos se passaram, e o elevador parou, as portas se abriram, e meu queixo caiu ao ver o lugar que estava a minha frente.
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