handporn.net
História Birds on a wire - Beijando desconhecidos - História escrita por Ellie_Sky - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Birds on a wire >
  3. Beijando desconhecidos

História Birds on a wire - Beijando desconhecidos


Escrita por: Ellie_Sky

Capítulo 2 - Beijando desconhecidos


Fanfic / Fanfiction Birds on a wire - Beijando desconhecidos

[Chara]

–Você esteve quieta durante todo o caminho. Está tudo bem?–Pergunta Asriel fazendo a menina sair de seus devaneios. Por um momento, pisca sem entender o que está acontecendo ao seu redor. Seus irmãos a encaravam com feições preocupadas e tudo que ela conseguiu fazer foi sorrir.

–Sim. Só estou pensativa–Responde enfim conseguindo tomar controle de suas ações. Não conseguia parar de pensar naquele teste. Era um assunto que lhe tirava o sono.

–Chara, eu sei que você não gosta do papai, mas tente entender o ponto de vista dele. A mamãe já o deixou uma vez. Deve ter doído–Diz Frisk com a voz mansa enquanto a encarava profundamente. Por isso era uma droga ter irmão gêmeo, eles sabiam exatamente o que você estava sentindo.

Chara se lembrava daquela época. Não devia ter mais de 9 anos. Os três ficaram sobre a responsabilidade de Asgore enquanto Toriel ia ao supermercado. Naquele dia choveu e ela e Asriel pediram para brincar com as poças de lama. O resultado foi uma pneumonia já que eles não se agasalharam direito. Quase havia morrido e Toriel não perdoara isso. Fora irresponsável da parte de Asgore e ela ameaçou sair de casa com todos eles. Realmente o fizera, mas depois de 2 meses eles reataram.

–Não entendo porque esse fato é importante–Comenta Chara chutando uma pedrinha que há no asfalto–A mamãe voltou. Só porque ele sofreu por 2 meses tem que castigar a população toda pela vida inteira? Ele está arranjando casamento para nós. Quem disse que eu pretendia me casar?

–Não se preocupe–Diz Asriel colocando a mão em seu ombro e apertando de leve com um sorriso no rosto–Eu tenho certeza de que você vai cair com alguém que gosta. Você é uma boa pessoa e a vida costuma retribuir.

–Espero que você tenha razão–Diz ela com um sorriso forçado. Não queria mais falar sobre aquilo. Eles estavam ali juntos, agora. Era isso que importava.

[...]

Todos já haviam ido dormir. Levantou cuidadosamente, para que a cama não fizesse barulho, e seguiu até a a janela. A abriu com cuidado olhando para baixo. Mesmo que já tivesse feito aquilo milhares de vezes, sempre conferia a altura. A preparava psicologicamente.

Passou uma das pernas sobre a janela e depois outra, se sentando. Antes de pular olhou para trás. Frisk continuava dormindo profundamente. Às vezes ela achava que não tinha uma irmã e sim um anjo sem asas. Nunca conhecera uma pessoa tão atenciosa como ela.

Com um suspiro se impulsionou para frente. Sentiu um frio na barriga e depois o arbusto fofo a envolvendo. Sorriu feliz e levantou batendo na calça para que as folhas grudadas caíssem. Aquele arbusto a ajudara diversas vezes já. Devia muito a ele. Mesmo que não desse nem frutos e nem folhas, ele era especial, quase como um membro da família para ela.

Andou despreocupadamente, mesmo que já tivesse passado do horário do toque de recolher, não havia ninguém nas ruas. Apenas aliados. A noite era deles e ninguém poderia impedir isso.

Logo chegou no lugar que queria. A construção era grande, as paredes eram cor de caramelo e o telhado vermelho. Porém o que mais chamava a atenção era a placa aonde se lia: "Autoreconhecimento - A ajuda para aqueles que não aceitam seu destino"

Sorriu feliz enquanto dava a volta parando na porta dos fundos. Aquele lugar era bem diferente pela manhã. Se lembrava exatamente do dia em que fora levada para lá por Asgore. Reclamou durante todo o trajeto. Mas de nada adiantara, aquele lugar era apenas um disfarce, um modo de recolher pessoas para sua causa. Grillby realmente havia feito um ótimo trabalho.

Assim que chegou perto da entrada pode ouvir a música tocando alto. As luzes piscavam em diferentes cores e se movimentavam pelo lugar. Logo que pisou no chão de madeira sentiu sua liberdade lhe invadindo.

Se dirigiu até o armário de madeira e retirou a pequena chave que ficava em seu bolso. Logo que a colocou na fechadura e girou pode ouvir um 'click'. O abriu, guardando a chave e pegou seu crachá. Nele havia uma foto sua aonde ela segurava uma placa com seu nome e um número. Cada um possuía um. O dela era 245-892.

O colocou no pescoço e se dirigiu até a multidão. Se seu pai soubesse que ela frequentava um lugar como aquele, com certeza a deserdaria. Logo sentiu uma mão tocando seu ombro. Olhou para trás de deparando com um menino ruivo com roupas de garçom.

–Grillby!–Exclama ela com um sorriso e logo lhe dá um abraço apertado. O menino retribui rindo e passa a mão por seus cabelos, os afagando. Eles eram grandes amigos–Hoje o movimento está bom hein?

–Pois é. Fico feliz que cada vez mais pessoas estejam reivindicando as ordens de Asgore. Quem sabe um dia não teremos pessoais suficientes para fazer uma revolução e lutar por nossos direitos?–Diz ele ainda sorrindo. Chara concorda com a cabeça enquanto olha para o lugar.

Nele há vários posts sobre liberdade de amor. Grillby defendia os homossexuais, os bissexuais, os transgêneros, os heterossexuais, todos aqueles que queriam amar quem quisessem. Como ele mesmo dizia: "Amor não tem padrão. Quem tem padrão é armário sob medida. E não há amor que caiba nele."

Era por isso que gostava daquele lugar, você tinha o direito de escolher. O objetivo era simples: Você poderia beijar quem quisesse. Durante o ato você tentaria encontrar alguém que gostasse, que confiasse. Se duas pessoas se gostassem, aquele seria seu lugar como ponto de encontro. Poderiam namorar sem ninguém as julgar.

–Espero que encontre alguém essa noite–Disse ele tirando a menina de seus pensamentos.

Ela sorri e concorda com a cabeça enquanto se aproxima dele, o puxando pela gola da blusa, extinguindo o espaço que existia entre eles. Quando seus lábios se tocam, ela sente uma onda de eletricidade lhe invadindo. Os lábios de Grillby eram quentes comparados ao seu.

Quando se afastam o menino está sorrindo e com as bochechas levemente avermelhadas. Chara nunca tinha tentado aquilo, não com ele pelo menos. Fora uma ideia maluca que passara por sua cabeça e pelo jeito não fora tão ruim assim.

–Tente se divertir também. Você se preocupa demais com os outros e acaba esquecendo de si mesmo. Nunca se sabe quem você vai encontrar nessa multidão–Diz ela e ele concorda com a cabeça.

–É, eu acho que é para isso que estamos aqui–Responde ele enquanto passa a mão pelos cabelos com um sorriso.

Chara concordava com quem dizia que a noite era uma criança. Afinal, ela não tinha muito tempo de sono, mas pelo menos conseguia ser quem ela realmente era por algumas horas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...