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História Bite Me - Primeiro dia de Aula - História escrita por BitchHerondale - Spirit Fanfics e Histórias
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História Bite Me - Primeiro dia de Aula


Escrita por: BitchHerondale

Notas do Autor


Pra quem ainda não percebeu, a minha Yui tem cabelo comprido (capa cap 1)
Resolvi mudar porque sim :p
Boa leitura ;D

Capítulo 2 - Primeiro dia de Aula


Fanfic / Fanfiction Bite Me - Primeiro dia de Aula

 

Acordo meio desorientada. Abro os olhos dando de cara com um quarto digno de princesinha, é tudo bastante rosa. A coberta é rosa, o dossel é rosa, as cortinas são rosa, não sou muito fã de rosa, mas o quarto é bem bonito e me passa um ar acolhedor diferente do resto da casa. Sento-me.

Uma penteadeira está posicionada na parede que dá de frente com a cama. Um espelho enorme reflete minha imagem e uma garota de cabelos loiros bagunçados, olha de volta para mim com olhos vermelhos sonolentos e inchados, de talvez, chorar durante a noite? Às vezes eu faço esse tipo de coisa, chorar enquanto durmo. Lembro-me da noite passada e minha mãos voam pro meu pescoço... Está intacto. Graças a Deus! Eu não fui mordida! Talvez tenha sido um pesadelo? Mas só de estar nesse quarto desconhecido prova que não foi apenas um sonho ruim.

Lembro daqueles dentes afiados, aqueles olhos sombrios, foi tão assustador, fecho os olhos e me abraço. Vampiros. Quem iria imaginar? A impossibilidade de uma coisa dessas ser real é tão grande, que se eu não tivesse visto por mim mesma eu nunca acreditaria.

Meus dedos seguram o tecido macio que envolve meu corpo. Abro os olhos e vejo que estou coberta apenas com uma camisola de seda rosa curta.

Eu não me lembro de ter me trocado! Além de vampiros, eles são pervertidos, as coisas não poderiam ficar piores pra mim.

Como isso tudo foi acontecer? Tinha que ser justo comigo? Eu tenho que arrumar um jeito de ligar pro meu pai antes de ser atacada.

Pensar no meu pai inevitavelmente me faz lembrar do diário, do que estava escrito lá principalmente. Minha foto de quando era pequena e meu pai me segurando em frente à igreja. Eu fui adotada? É impossível não me sentir rejeitada. Meus pais biológicos não me queriam e agora meu pai adotivo me abandonou numa casa cheia de pessoas loucas, quer dizer, vampiros. Tanto faz, é tudo a mesma coisa.

—O que é isso tudo? — nenhum deles parecia disposto a querer conversa, e isso é completamente inaceitável, porque eu tenho muuuitas perguntas para fazer. — Por favor, pai, volte pra casa logo. Eu realmente preciso de você. — choramingo pro quarto vazio. Eu sou meio patética.

—Chorar não vai te ajudar, Bitch-chan.

Olho assustada pro dono da voz. Raito. De que porra de lugar ele saiu? Argh. Tenho que me lembrar mais vezes de não usar palavrões. Todos eles estão fazendo essa aproximação silenciosa desde que eu cheguei, vou ter que me acostumar com isso se eu não quiser morrer de um ataque cardíaco. Puxo as cobertas até o queixo enquanto ele se aproxima, ele já está sentado perto demais.

—Você está muito sexy com lingerie. — sinto o sangue subindo pras minhas bochechas. —E você exala um maravilhoso aroma. Está tentado me seduzir... — ele fala enquanto vem engatinhando pro meu lado, sua respiração sopra na minha bochecha —... Bitch-chan? 

Por que meu coração está acelerado? Por que de repente está tão quente aqui?

—Uh... Eu... — fecho os olhos e respiro profundamente. O que está acontecendo comigo?

De repente, Raito é empurrado pra fora da cama. Abro os olhos pra ver Ayato o encarando com uma expressão irritada.

—Não toque no que pertence a mim sem permissão. —rosna com raiva pra Raito e se senta na minha frente.

—Ayato, não seja tão rude. — Raito resmunga lá do chão. Admito que isso está meio engraçado.

—Cala boca, ela é minha. — Ayato não tira seus olhos de mim. Isso está me deixando desconfortável. Aperto mais as cobertas ao meu redor.

—Por favor, parem com isso. — tento falar com autoridade, mas minha voz é tão inofensiva que eu me xingo internamente.

—Pessoal! — Olho pra cima e vejo Reiji parado em frente à cama. — Vocês vão se atrasar. — ele nos repreende.

—Merda... — Ayato fala irritado se afastando de mim — Você de novo, Reiji.

—Mas eu estava me divertindo. — Raito reclama aborrecido.

—Você também precisa se trocar. — Reiji diz pra mim.

—Me trocar?—agora eu fiquei confusa. — Vamos a algum lugar?

—Não é óbvio? — olho para suas roupas. Estão com um uniforme escolar. — Você irá para a escola.

—Escola? — mas é de noite. Eu nunca estudei de noite. — Tão tarde?

—O quão obtusa você pode ser? Precisa que soletrem tudo? Isso é desprezível. —Reiji diz irritado me fazendo recuar com seu tom de voz. —Você está indo para uma escola noturna. — diz calmo dessa vez. Isso é que é controle.

—Oh. — por que exatamente? — Mas é tão tarde pra ir à escola.

—Não podemos ter você andando durante o dia só porque você tem o senso comum de um mortal. Enquanto você residir na casa Sakamaki, você deve se ajustar ao nosso estilo de vida.

—Mas...

—Se você tem alguma reclamação, está convidada a sair a qualquer momento. — ele nos dá as costas e vai andando até a porta. Parece até um professor, "Quem não está a fim de assistir a aula faça o favor de se retirar da sala." E é claro que mesmo querendo ninguém sai. Espera aí, o que ele disse mesmo?

—Mas você disse que se eu tentar fugir, eu estarei morta.

—Você disse alguma coisa? — pergunta com uma voz ameaçadora.

—N... Não! — por que ele tem que ser tão assustador?

—Então se apresse e coloque o uniforme que está ali. — ele aponta para os pés da minha cama.

O uniforme é bonito. Uma camisa branca, um colete, e um blazerzinho preto por cima. Uma saia curta rodada preta e um laço vermelho pra por embaixo da gola da camisa, é uma espécie de gravata.

Quando olho ao redor todos já saíram do quarto. Estou sozinha mais uma vez.

Minhas mãos passam por uma forma familiar na cama e quando olho, vejo que é meu rosário. Alguém o deixou aqui pra mim. Minhas veias se aquecem com tal consideração. Foi um presente do meu pai, e desde então nunca me separei dele. Pensando no meu pai, decido uma coisa de repente. Agora pode ser a hora exata.

—Tenho que achar um jeito de ir naquela sala de novo e pegar o diário. — isso já está decidido.

Saio da cama e vou apressada pra porta. Assim que eu a abro recuo assustada com Ayato parado lá.

—Yui. —diz enquanto olha minhas pernas. A vergonha me faz corar. — Você ainda não se trocou?— seus olhos sobem por todo meu corpo lentamente até pararem nos meus olhos e sua boca se abre em um sorriso malicioso. —Eu estaria honrado em te ajudar com isso.

—Eu... Eu estou bem, obrigada. — e fecho a porta na cara dele. MEU DEUS!

Visto-me rapidamente, vou ter tempo de achar o diário depois. Coloco uma meia 3/4, botas e o uniforme. Vou até o banheiro e escovo os dentes correndo. Lavo o rosto. Agora a maquiagem, passo delineador, rímel e escovo meu cabelo. Estou pronta. E em tempo recorde!

[...]

Vamos de limusine pra escola. Está um silêncio confortável dentro do carro. Sento-me ao sul, do lado da porta, o mais próxima possível da saída, com Ayato a minha esquerda. Olho pra janela, me movendo desconfortavelmente fingindo não estar vendo sua inspeção cuidadosa do meu corpo.

Shu está sentado no banco do lado oeste com Kanato e Raito.

Shu escuta música com os olhos fechados, enquanto Kanato fala baixinho com o ursinho dele e Raito parece tirar um cochilo.

Reiji e Subaru estão no assento do lado norte. Reiji lê um livro enquanto Subaru olha pela janela.

Observo todos cuidadosamente. É impossível desviar meu olhar pra longe. São realmente muito lindos. Meu coração dá um pulo.

Percebo que eles mantêm certa distância uns dos outros. São todos irmãos não são? Eles não se dão bem? Não falam uns com os outros? Ayato me pega no flagra encarando e me força a olhá-lo.

—O que se passa em sua mente tábua?!— ele se aproxima enquanto eu recuo, minhas costas batem na porta e ele me puxa contra seu corpo. — Você tem muita coragem para desafiar a mim... Tábua!

A indignação ferve em mim fazendo-me levantar a voz.

—Por que continua me chamando assim? Tábua, tábua! Eu tenho um nome e é Yui Komori! — falo com irritação sem abrandar meu olhar firme no dele.

—Calada—seu tom é aborrecido. — A sua opinião não importa para mim, TÁ-BUA!

Reiji fecha o livro com força.

—Ayato, quantas vezes devo-lhe dizer? Leve suas atividades para o seu quarto. — ele fala friamente 

Ayato dá um suspiro e se afasta de mim cruzando os braços.

—Isso é pra você. — Reiji me dá uma caixinha com um suco vermelho — 100% de suco de Cranberry é o melhor remédio para sangue fraco.

—Mu... Muito obrigada.

—Você não precisa me agradecer—seu tom me corta. — Você deve ficar consciente de que é a nossa presa e beber isso diariamente.

Abaixo minha cabeça. Por que ele sempre tem que ser tão assustador? Acho que estou tremendo. Por que ficam dizendo essas coisas pra mim?

—Os dentes dela estão batendo. — Kanato fala dando uma risadinha. — Teddy, quando os mortais sentem medo, elas refletem com esse tipo de comportamento. —dessa vez ele está falando pro ursinho. —É engraçado, por isso dê uma boa olhada. — ele vira o urso pra mim. GAROTO PERTURBADO DA PORRA.

[...]

O carro estaciona em frente a uma escola E-NOR-ME! Todo mundo para e nos olha assim que descemos do carro. Um burburinho começa. Mexo-me desconfortável querendo achar um buraco pra enfiar minha cabeça e me esconder pra sempre talvez. Ouço quando uma menina cochicha pra outra: “o que ela está fazendo com os meus Sakamaki?” Pego um fragmento da conversa sussurrada que está mais próxima. “Será que ela está namorando algum deles?”  “É claro que não. Só porque ela é bonita não quer dizer nada.”   “É verdade. Os Sakamaki sempre tem uma menina com eles. Essa aí vai sumir tão rápido quanto as outras.”   “Você é cruel Moka.”   “Não sei não. —uma voz masculina se junta à delas. — eu gostei dessa loirinha.”

Começo a corar bem na hora que Reiji se aproxima e me vira bruscamente pra ele.

—Você está na mesma classe do Ayato e do Kanato, então vá com eles.

—Certo.

—E a não ser que você queira uma surra, não tente nada imprudente. Entendido?

Ele está falando sério? Meu Deus ele está. Não consigo abrir a boca por conta do choque e ele aperta meu braço.

—Sua resposta?— pergunta friamente.

—Sim. Claro.

Desvencilho-me dele. Vou andando pelo corredor e entro na minha sala. Não tem ninguém exceto Ayato e Kanato que conversa com Teddy.

No quadro tem um aviso:

Preparação de alimentos em economia da casa - Juntem-se na sala de treinamento às 19h30min

 

—Oh, é preparação de alimentos. — não consigo conter a empolgação. Adoro cozinhar, mesmo não sabendo tããão bem.

—Preparação de alimentos?— Ayato resmunga e depois dá um sorriso. Ele se levanta vindo em minha direção.

Por que ele continua sorrindo?

[...]

—Takoyaki? —pergunto. Isso me pega totalmente de surpresa. Eu realmente achei que ele me levaria para a aula na sala de treinamento. Mas cá estamos. Na cozinha do colégio. Comigo sendo obrigada a bancar a cozinheira de um vampiro de 17 anos que aparenta ter 10. É tudo muito confuso. Como diria um menino da minha antiga escola, é uma porra louca. Ai Ai, perdoe-me pelo palavrão paizinho. Mas que diabos é takoyaki? Nunca comi isso.

—Faça-me o melhor takoyaki do mundo! — Ayato repete.

—Mas... Temos que assistir as aulas! — relembro a ele.

—Sem responder. — fala emburrado— Eu vou comê-los para você. Comece a cozinhar.

—Você não está fazendo sentido.

—COZINHA PRA MIM! Crocantes por fora e macios por dentro, não esqueça!

Pego de má vontade o livro de receitas e o ignoro enquanto ele me observa. “Eu vou comê-los para você.” Resmungo internamente. Até parece, que idiota.

Esse livro é bem pesado. Será que causaria algum estrago se eu o jogasse na cabeça do Ayato? Dissolvo o pensamento assim que ele aparece na minha cabeça. Isso só iria atrasar, pretendo terminar isso logo pra chegar a tempo na segunda aula. Com um suspiro que deixa bem claro minha contrariedade com tudo isso, começo a preparar o bendito takoyaki.

[...]

—Terminei. — finalmente. Eles têm uma aparência bem deliciosa.

Ayato pega um takoyaki pra provar e fecha os olhos enquanto mastiga. Ele deve gostar mesmo disso.

—Huummm. — ele suspira e abre um sorriso de aprovação. Sinto uma pontada de orgulho de mim mesma por saber que o agradei, mas isso é irrelevante. Nós estamos fazendo algo errado.

—Eu matei aula no meu primeiro dia. — me queixo pra ninguém em particular.

—Não se preocupe com as pequenas coisas! — Ayato me repreende. —Pegue um pouco.

Eu pego um e... MEU DEUS! QUE INCRÍVEIS!

—Eles são bons! — falo surpresa.

—Viu?— ele enfia dois na boca ao mesmo tempo.

Pego a louça suja e levo pra pia.

—Eu tenho que arrumar tudo e ir pra minha próxima aula.

Enquanto eu lavo a louça, vou percebendo que isso é a coisa mais injusta de todas. Esse ruivo folgado tem que vim trabalhar também.

—Ayato, me ajude! Eu só fiz takoyaki porque você pediu!

Ele resolve me tratar com o silêncio. Se ele pensa que vou lavar tudo isso sozinha ele está muito enganado.

—Vamos Ayato... — viro-me pra começar a xingá-lo e dou de cara com ele. Dou um pulo pra trás com o susto. Meu Deus! Meu coração bate forte contra o peito. Ele quer me matar só pode. Olho pro seu rosto com a maior raiva que posso reunir pronta pra gritar com ele, mas assim que vejo aquela sua expressão faminta, um alarme de PERIGO! começa a soar no meu cérebro. Isso não é bom, isso não é nada bom. O medo dá as caras me fazendo recuar pra longe dele.

—Por que está se afastando? Estive me segurando desde ontem.

Não consigo pensar em nada que vá detê-lo, então eu corro. O mais longe que eu chego é a janela, pois o Ayato está na direção dá porta, se eu quiser chegar à porta vou ter que passar por ele. Ótimo! Estou encurralada, que grande primeiro dia de aula.

—Deixe-me chupar seu sangue. — congelo no lugar, o que eu vou fazer? O que eu poderia fazer? Ele nem mesmo fez uma pergunta, ele já está decidido.

Ayato vem até mim e me segura pela cintura. Seu toque me faz querer correr, mas minhas pernas estão que nem gelatina, inúteis. Ele vira meu rosto pro lado e afasta meu cabelo do pescoço lentamente. —Sua pele parece deliciosa, sem qualquer marca de presas. — Ah Meu Deus! —Eu terei todas as suas primeiras vezes. — ele diz com os olhos cravados nos meus, como uma promessa. Então finca as presas no meu pescoço.


Notas Finais


*Takoyaki é um popular bolinho redondo japonês que mais se parece com uma panqueca temperada feita com uma massa muito mole, quase líquida, e frita em uma chapa especial para Takoyaki. Normalmente ele é recheado com pedaços cortados ou um polvo pequeno inteiro, raspas de tempura (tenkasu), gengibre picado e cebolinha.


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