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História Black Cat - Viajem a Marte - História escrita por NemesisXlll - Spirit Fanfics e Histórias
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História Black Cat - Viajem a Marte


Escrita por: NemesisXlll

Capítulo 63 - Viajem a Marte


Fanfic / Fanfiction Black Cat - Viajem a Marte

Universo B629 - Paris, França.

Pouco depois da transmissão enviada pela nave sonda Marte Express, verificando positivamente através de instrumentos a descoberta de um lago subglacial, cerca de uma milha abaixo da superfície, a Agência Espacial Europeia confirmou também que o radar havia encontrado grande quantidade de minério de ferro, formando o que parecia ser uma superfície metálica abaixo do solo. Infelizmente, o radar de penetração teria acidentalmente perturbado a eterna hibernação de uma indescritível criatura com eras de idade e devastadora fome. A entidade foi despertada de seu sono de 500 milhões de anos no reservatório subterrâneo do Planeta Vermelho. A abominável besta de tamanho colossal se ergueu das profundezas estígias de seu covil, liberando um medonho urro ululante que causou a imediata fissura e explosão do planeta em bilhões de fragmentos. O evento registrou magnitude equivalente a 18,5 na escala Richter, segundo cientistas do ESA. Os astronautas à bordo da Estação Espacial Internacional que acompanhavam o trabalho evidentemente perderam sua sanidade diante da visão da maldita abominação gerada pelas estrelas e aprisionada naquela rocha. Antes, porém, eles conseguiram enviar para o Controle da Missão através de transmissões cada vez menos coerente um alerta de que a criatura se dirige agora para a Terra, devendo chegar até a próxima semana. Poucos instantes depois o sinal foi abruptamente cortado pela tripulação, seguindo-se gritos histéricos. Administradores da ESA, inicialmente otimistas com a descoberta de água em estado líquido em Marte e com as implicações positivas para uma futura colonização, mudaram sua mensagem para um alerta... gritando e xingando em mensagem apenas parcialmente compreensível, a medida que arrancavam os próprios olhos de suas órbitas no esforço vão de apagar a imagem daquele horror vasto avançando contra o pequeno planeta azul. A criatura avançava, prestes a devorar todas as vidas daquele insigniificante planeta da mesma maneira que um dia iria devorar a luz das estrelas. E o mesmo estava prestes a ocorrer aqui...

***********************

Universo A626

Os mandamentos acabavam de pisar no solo de Marte, mas não na superfície vermelha, e sim no piso liso de metal no subsolo marciano. A frente deles, haviam sete seres de pele azulada e brilhante, bípedes, com quatro longos braços e sem nenhum rosto, apenas cabeças em formas ovais que cintilavam... olhar para o interior delas era como contemplar o universo. Um deles se aproximou de Dylan e, mesmo sem nenhum órgão de sentido aparente ou mesmo uma boca, a criatura começou a falar com ele.

- Sejam bem vindos... espero que não se importem pelo elo mental que estabelecemos com vocês a fim de facilitar a compreensão mútua. 

Dylan deu dois passos a frente.

- De maneira alguma... isso vai facilitar muito nossa comunicação. Meu nome é...

A criatura o interrompeu.

- Sei quem você é.

Uma outra atrás dele se aproximou também.

- Sabemos quem todos vocês são.

Zola passou na frente de Dylan.

- Se sabem quem nós somos, então também sabem o que viemos fazer aqui. 

A criatura no centro moveu a cabeça para ele.

- Vocês vieram para destruir a criatura a quem chamam de... Leviatã.

Zola sorriu.

- Exatamente...

- Não podem.

A criatura exclamou, mas Zola continuou com o sorriso.

- É mesmo? E por que não poderíamos destruir sua arma de destruição em massa?

Dylan se aproximou e tocou Zola no peito.

- Fica frio... não queremos começar uma guerra.

Uma dos aliens se aproximou.

- A criatura não é uma arma... ela é a fonte de vida do planeta. 

Todos ficaram confusos com o que o marciano havia dito. Ele ainda continuou enquanto mantinha os quatro braços levantados.

- Vou lhes mostrar enquanto os levamos até o problema. 

Várias imagens começaram a ser projetadas nas mentes de cada um dos mandamentos, que ajudavam a acompanhar a narrativa que ele contava enquanto o piso onde estavam se movia acima do solo, flutuando até o desconhecido. 

- A muito tempo, quando seu planeta ainda começava a se desenvolver, nossa civilização já prosperava, graças a ajuda da energia vinda do centro do planeta... não entendíamos o que era a principio, mas compreendiamos que estava ligada à cada ser vivo do planeta. Mas, como vocês devem saber, onde existe uma fonte de poder, existe um conflito. Conforme nossa espécie evoluía rapidamente graças a energia vinda do centro, novas formas de guerrear surgiam... novos armamentos eram criados. Até que chegamos ao ápice...

Li o interrompeu. 

- Guerra nuclear...

Ele continuou enquanto mostrava as imagens mentais.

- Sim... isso forçou os sobreviventes a recomeçar no centro do planeta. Foi quando descobrimos a origem da energia que nos nutria.

Foi aí que as imagens pararam, e eles perceberam que estavam sobre um tubo de metal. Eles passaram por uma extensa e enorme janela de metal, que dava para algo escuro. Ele então continuou...

- Contemplem... a fonte de vida que tem nos mantido vivos por todo esse tempo...

Nesse momento, um grande e colossal olho se abriu do lado de fora, preenchendo completamente aquela gigantesca janela, fazendo todos os mandamentos ficaram em silêncio, até que Amanda se aproximou da janela.

- Puta que pariu... olha o tamanho desse olho... como vamos lutar contra uma coisa do tamanho de um planeta?

Zola se aproximou.

- Pensei que gostasse de coisas grandes. 

Amanda se virou irritada.

- Vai se foder Zola... isso é sério.

Lisa se aproximou tocando o vidro.

- Agora eu entendo... destruir essa criatura significaria destruir sua civilização. 

Um dos marcianos se aproximou dela.

- Ainda não sabemos explicar como, mas ao que tudo indica, um dos seus aparelhos que sondavam a superfície árida do planeta aparentemente gerou vibrações sísmicas que o acordaram, depois de tanto tempo.

Dylan se aproximou.

- Então está decidido, não iremos destruí-lo. Não podemos, já que isso significaria a morte do planeta. 

Lorenzo tocou no ombro dele.

- Dylan, será que podemos conversar... a sós?

Gabriel se aproximou deles.

- Eles são telepatas e só se comunicam por elos mentais... creio que o conceito de privacidade não exista nesse planeta.

Dylan olhou para Lorenzo.

- Algum problema?

Lorenzo o olhou.

- Acha mesmo que devemos deixar... isso aí vivo?

Dylan removeu a mão de seu ombro.

- E que escolha nós temos? Foi culpa da Terra ele ter acordado.

Lorenzo olhou para os marcianos.

- Eles mesmos não tem certeza de como o monstro veio a acordar, além do que, temos um dever para com a Terra... acho que temos que escolher: todos aqui contra cada criatura viva na Terra.

Gabriel o empurrou.

- Não viemos aqui para destruir nada... viemos para oferecer nossa ajuda.

Gabriel se aproximou dos aliens.

- Terão nosso auxílio. 

Lorenzo cruzou os braços.

- E desde quando você fala por todos nós?

Gabriel olhou para trás.

- Você ouviu o Dylan... iremos ajudar. Mas se discorda conosco quanto a isso, sei que nossos amigos ficariam felizes em te mandar de volta à Terra. 

Lorenzo ficou em silêncio por alguns segundos.

- Que seja... quando tudo der errado, estarei aqui pra dizer que avisei a todos vocês.

Li se aproximou, ficando no centro.

- Ótimo... se os meninos já terminaram a disputa de poder, temos dois mundos para salvar.



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