Nos últimos meses havíamos estabelecido uma nova rotina entre os estudantes de Hogwarts, uma rotina que tinha mudado cada um de nós. Durante o dia assistíamos às aulas, durante as tardes a maioria dos semideuses ou alunos da Grifinória ficava em detenção por não conseguirem guardar a língua dentro da boca e depois do jantar íamos à reunião do “grupinho de estudos” com Umbrigde em nossa cola tentando descobrir o que fazíamos. A maioria parecia se divertir com as aulas não só de feitiços, mas também de defesa pessoal, mas aquilo estava me deixando uma pilha de nervos, não só porque Dorian me enchia a paciência, mas também porque meus pesadelos estavam voltando pra me tirar às preciosas horas de sono.
- Acho que a maioria de vocês já esta pronto pra um combate. – Ayd disse chamando atenção dos outros, já que tinha assumido o posto de professor, já que Dorian já não estava mais disponível. – Vocês estão se esforçando bastante, então vamos ver o quanto progrediram.
- Por favor, cara deixe de ser mentiroso, a maioria aqui é uma merda. – Dorian disse nos fazendo rolar os olhos.
- Vou imaginar um mundo em que você não é um perfeito babaca. – Ayd disse o ignorando.
- Porque, só babaca já deixa você feliz? – Dorian disse erguendo as sobrancelhas.
- Sua inexistência me deixaria extasiado. – Ele perdeu a maturidade que nos restava.
- Digo o mesmo, não ter você como cunhado já diminuiria meus problemas na metade. – Dorian disse maldosamente.
- Vocês dois querem parar! – Eu gritei me colocando no meio dos dois. – Que saco, parecem duas crianças!
- Tá de TPM queridinha? – Dorian disse sarcástico erguendo uma sobrancelha. – Ou tem medo que eu mate o seu namoradinho?
- Vai sentar Dorian! – Eu disse enquanto ele e Ayd se encaravam com ódio.
- Me obriga lindinha. – Ele deu um sorriso maldoso.
- Te deixar aleijado seria um prazer. – Ayd disse frio como gelo atrás de mim.
- Pode vir boneca. – Dorian disse o provocando.
Não era como se eu ali fosse realmente impedir alguma coisa, se os alunos de Hogwarts acharam que a briga entre Ayd e Fred no ano passado tinha sido boa com certeza mudaram de ideia quando começaram a ver meu namorado e meu irmão indo muito além de alguns meros socos. Eu não tinha ideia do porque esses dois se odiavam tanto, mas o objetivo deles estava bem claro ali.
- Draco faz alguma coisa! – Eu disse parando uma faca com minha varinha antes que atingisse alguém.
- Eu?! Porque eu?! – Ele gritou indignado do outro lado da sala. – Essa luta esta ficando interessante.
- Draco! – Eu o censurei sentindo minha cabeça doer.
- Você esta bem? – Cedrico perguntou preocupado.
- Estou sim, tenho que parar esses dois... – Eu disse ignorando a dor antes de ver a cena inesperada.
Era obvio que os dois tentavam se matar pra valer e as provocações de Dorian não ajudavam em nada, mas em questões de segundos podemos ver a parede impenetrável da Sala Precisa ser estourada com um rojão de energia provocado pro Ayd. A última vez que eu tinha o visto fazer isso tinha sido a dois anos atrás pra decepar a cabeça de um gigante e dessa vez quem estava em sua mira era Dorian, cujo o corpo atravessou a parede abrindo uma cortina de poeira.
- Carrie! – Hazel me apoiou quando cai de joelhos sentindo minha cabeça explodir. – Carrie!
- Acha mesmo que uma coisa como essa pode me matar? – Eu podia ouvir a sua voz melodiosa que seguia junto uma gargalhada assombrosa. – Vou ter o prazer de guiar sua alma até o inferno.
- Não e se antes eu levar a sua. – O garoto loiro estava com sangue por todo corpo, mas de alguma forma conseguia ainda se manter firme de pé.
- Faça eles... Pararem... – Eu disse me apoiando nos ombros da menina.
- Carrie seus olhos! – A menina disse me olhando assustada.
Eles se digladiaram sem se importar com o publico que já se dispersava pra evitar que facas ou escombros caíssem por cima de suas cabeças o resto do castelo apareceu e tudo o que eu tentava fazer era com que aquela garota parasse de gritar em minha cabeça. Não em importa porque tudo o que eu preciso fazer é com que meu amado já desperto pare de lutar insanamente. Desvencilhei-me dos braços da filha de Plutão me aproximando dos dois, a mão do filho de Ares ficou vermelha com uma aura raivosa quando ele enterrou com força o corpo de Thanos no chão.
- Aposto que é agora que eu “morro”. – Ele disse sarcástico tossindo sangue. – Está aqui pra assistir meus “últimos momentos”, querida?
- Carrie... – O coitado loiro disse afetado saindo de cima do outro.
- O que houve com você?! – Eu me ajoelhei ao seu lado colocando sua cabeça em meu colo.
- Você aconteceu comigo. – Thanos riu irônico enquanto um de seus olhos deixava de ser azul dando lugar ao mortal castanho. – Me deixou tão corroído e louco que me fez preferir não sentir nada.
- Eu não queria levar tanto tempo pra despertar, mas esse corpo... – Eu sentia as lágrimas dominarem os olhos humanos de meu corpo. – Está frágil e...
- Como eu pude amar uma mulher como você, Macária? – Ouvir essas palavras com seu sorriso foi como levar uma facada enquanto eu o via se afastar. – Por mais que meus sentimentos me segassem, agora posso ver que a única coisa que trouxe pra ambas das minhas vidas foi desgraça. – Ele passou sua mão suave por meu rosto limpando minhas lagrimas. – Não chore mais sangues, meu doce. – Ele disse frio e sem sentimentos sussurrando em minha orelha. – Só cansei de ser o escravo seu e de Thanatos.
- Sei que não quer dizer essas coisas... – Segurei sua mão quando ele se levantou. – Só precisa voltar a sentir novamente...
- Você é quem sente demais e se não quer ter a sua ruína deveria amar só um. Não que eu realmente ligue, mas eu prefiro a morte a voltar a sentir algo outra vez. – Ele disse friamente. – E se eu pudesse ter sentimentos acho que eu diria pra que parasse de ser uma descarada e deixasse a mente dessa coitada em paz, é enlouquecedor conviver com uma suicida feito você, o que dirá com você presa em sua mente. Só de sentir sua presença eu me apaixonei pela última pessoa que eu queria ter esse tipo de pensamento e como a narcisista egoísta que você é, nem mesmo parou de tentar pra pensar em como eu em sentiria.
- Thanos...
- Não docinho aqui é o Dorian... – Ele disse com uma voz tenebrosa e com os olhos bicolores. – E eu espero que você queime no Tártaro.
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