Ashton Pov's
Era uma manhã fria de inverno. Fazia 5 graus negativos. Eu estava em casa me arrumando para ir ao colégio. Eu tinha 6 anos. Desci as escadas e fui para a cozinha, minha mãe estava fazendo o almoço. A Jackie tinha 4 anos. Ela estava brincando de casinha. Perguntei se minha mãe queria ajuda. Ela falou que não. Mas fiz questão de ajuda-la, peguei a forma de waffles e um liquidificador, fiz o molho e coloquei na forma de waffles. Esperei 10 minutos e retirei os waffles, depois coloquei na mesa e servi leite. Uns minutos depois a campainha tocou. Fui atender, era o meu pai. Ele me abraçou e me pegou no colo, fomos para a cozinha e a Jackie já estava na cadeira e minha mãe estava colocando o almoço na mesa. Sentei numa cadeira e meu pai também.
Minha mãe me serviu arroz, frango, batata frita e salada. Depois serviu a Jackie. Meu pai e minha mãe se serviram depois. Ficamos comendo e conversando. Então estava na hora de ir pra escola. Era o meu primeiro dia de aula. Fomos para o carro. E a garagem se abriu. Lá fora, nevava. Meu pai tentou passar pela neve, mas o carro atolou. Saímos do carro e fomos pegar o trem. Depois de alguns minutos, chegamos na escola. Nos despedimos e entramos no colégio. Levei a Jackie para a sua sala e a desejei boa sorte. Depois fui para a minha. Lá dentro haviam varios garotos em cima das classes se tacando bolinhas de papel. As garotas ficavam reunidas em grupinhos e alguns ficavam estudando ou desenhando. Larguei minha mochila na cadeira do lado da janela bem no fundão. Fui até um canto para tentar me enturmar com uns garotos mas do nada uma mochila veio voando na minha direção, e ouvi alguém gritar.
- aí novato! Pensa rápido! - um garoto gritou.
Achei que a mochila atingiria minha cara em cheio mas então um garoto veio pelo meu lado e se atirou em cima de mim.
-cuidado!!!!- ele berrou, e caímos juntos no chão. A mochila fez um barulhão quando atingiu o armário, quebrando a porta de madeira.
O garoto que tentou me atingir ficou perplexo e saiu correndo para sentar no seu lugar, mas nesse momento o diretor falou pelos autofalantes.
"O senhor Harry Styles por favor comparecer à sala do diretor."
Todos olharam para ele, ele se levantou da cadeira todo vermelho e se dirigiu para lá. Então percebi que haviam câmeras na sala de aula. O garoto que me "salvou" levantou e estendeu a mão, segurei nela e ele me puxou. Agradeci e ficamos conversando, seu nome era Calum Hood e ele tinha 6 anos. Mora à duas quadras da minha casa e tem um cachorro chamado Johnny.
Ele sentou ao meu lado no fundão e quando a professora entrou na sala ela me apresentou para a turma e fez um trabalho em duplas. Eu fui com o Calum e nos divertimos muito. Depois da aula, Calum me convidou para ir jantar na sua casa. Falei que ia ver com meus pais. Então liguei para eles e eles deixaram, falaram que iam me deixar às 7 horas na casa dele.
Cheguei lá, e o cachorro dele veio me receber. Logo depois chegou ele, apresentei meus pais e ele me apresentou os dele. Nossos pais ficaram conversando, e nós subimos para o seu quarto. Nos divertimos muito e quando chegou a hora da janta comemos pizza. Eram 10 horas e meus pais chegaram nos despedimos. Então chegou um dia no meio da aula que me chamaram para a diretoria,eu sabia que não havia feito nada de errado naquele dia. Entrei na sala, e o diretor estava com o telefone na mão, seus olhos, cheios de lágrimas. Ele me entregou o telefone, atendi. Ter atendido foi a pior coisa para mim. Eu havia perdido meus pais num acidente de carro. Os pais do Calum acolheram eu e a Jackie como seus próprios filhos durante 4 anos, já que meu único familiar vivo, meu tio, nao podia sair do Japão até que liberassem a fronteira. Calum foi como um irmão para mim durante toda a minha vida.
E assim foi por 11 anos, festas, cinemas, aniversários, ...
A Jackie não se lembra muito dele porque ela só tinha 7 anos e quando tinha 9, foi mandada para a Europa em um internato, pelo meu tio.
E então isso aconteceu. A minha vida desmoronou. Parecia que eu estava caindo num buraco sem fundo. Aquilo não podia ser verdade e ele não podia morrer assim. Ele não fez nada. Era só um garoto de 17 anos com uma vida boa e alegre. Seus olhos castanhos eram brilhantes, havia uma chama de bondade e esperança que nunca se apagava dentro nele.
E agora, aquele brilho e aquela chama, foram-se para sempre.
E eu juro Calum Hood, eu vou vingar a sua morte.
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