História Blinded By The Lights - A chamada lamentação

Quando abri meus olhos, a luz forte que entrava pela janela quase me deixava cego e estava mais calor que o normal. Meu rosto parecia estar paralisado por ter levado um soco mais forte que o outro, realmente... Mino sabe como se dá corretivo em alguém.

- Ah, você acordou! - exclamou Tao, aliviado. - Estava dormindo á um tempinho já.

Ele e Rosé estavam em pé pelo meu quarto, provavelmente á tempos me esperando acordar e assim terem certeza que eu estava realmente bem.

- Muitos dias? - indaguei.

- Não, só por quase dez horas. - pausou Rosé. - Me desculpe por não ter feito nada para te ajudar, pois Mino me amarrou por este propósito.

- Não precisa me pedir desculpas, até porque eu deveria ter seguido o plano de Mino e não ter aproveitado a festa como se fosse um convidado - expliquei. - Eu era apenas um capataz e nada mais ali.

- Depois que você foi atingido pela a pistola de Mino e caiu no chão, eles riram de você e começaram a conversar normalmente. Só depois de alguns minutos que Tao entrou e viu você quase perdendo todo o seu sangue que fizeram algo. - disse Rosé.

- G-Dragon dizia sem parar que você tinha algo que eles poderiam aproveitar e por isso Mino me deixou ajudar você. - afirmou Tao. - Mas... se sente melhor?

- Minha cabeça ainda está doendo e minhas pernas também. - retruquei. 

Quando olhei para meu lado esquerdo, pude me ver através do espelho que estava em cima de meu criado mudo... meu rosto estava com hematomas roxas e profundas...parecia ter acabado de sair de um acidente feio de trânsito. Com alguns curativos na minha testa contra o corte que havia feito pelo o golpe que levei de Mino.

- Logo vai passar, ligamos para um médico vir atender você e Jay. - anunciou Rosé, com os braços cruzados e um olhar de profissional. - Caso queria saber, Jay levou algumas surras na entrada do leilão do BM e acabou quebrando o braço.

- Como ele vai trabalhar? - perguntei.

- Mino acabou de chamá-lo para conversar na sala dele. - respondeu Rosé. - Mas não se preocupe, ele não vai mais machucá-lo e nem mandar alguém fazer isso por ele.

- O que G-Dragon é? - indaguei e tendo certeza que meu escuta estava conseguindo ouvir tudo o que eles irão dizer... principalmente Rosé, já que ela convive mais com ele e com certeza sabe de alguma coisa que Tao poderia não saber.

- G-Dragon é na verdade um membro do governo chinês que acabou tendo esse posto tão cobiçado, pois seu pai deixou como herança para ele e tem rumores pequenos de que ele mesmo matou seu pai para ficar no lugar dele. É um cargo que fica bem próximo do presidente. - afirmou Tao, enquanto andava de um lado para o outro no quarto. - E como qualquer outro político, ele é corrupto e temos uma prova bem real disso... o Mino. 

- Eles têm relações de negócios á sete anos, porque Mino já trabalhava com o pai de G-Dragon nessa mesma época. Porém eu diria que eles realmente têm relações de negócios á uns dois anos. - completou Rosé. - A única coisa que sei sobre isso é que tem haver com mercadorias e alguns outros serviços. 

Eu tinha total certeza que Rosé sabia, mas não queria me dizer. Isso não é um problema para mim, já que logo logo eu ficarei sabendo de alguma fora... com a ajuda de alguém ou não. 

- Com licença. - pediu Jay educadamente ao entrar no quarto. - Eu poderia conversar com JK?

Ambos saíram e me deixaram sozinho com ele.

- Como foi a conversa com Mino? - questionei.

- Ele apenas me disse que eu poderia ficar de repouso enquanto o meu braço recupera e depois irei trabalhar no mesmo ritmo. - pausou. - E você? Como está? Fiquei sabendo que o G-Dragon viu você apanhando.

- Mino me deu vários socos e até mesmo tentou me sufocar, porém ele não teve essa coragem o suficiente... porque sabe que precisa de mim. Porém estou melhor. - afirmei tendo total certeza do que estava falando. - Mas se eu não tivesse lhe dito para continuar no posto e ter ficado com você, nada disso teria acontecido. Se está com o braço nesse estado é minha culpa. - me lamentei. 

- Cara, às vezes... a gente leva uma surra sem ter feito nada de errado. - ele tentou ser poético. - Quem colocou isso na sua cabeça tinha sido eu... deveria ter ficado quieto mesmo.

- Quanto tempo terá que ficar com esse gesso? - indaguei ao apontar para seu braço direito.

- O médico disse que por uns dois á três meses, mas pode ser até antes, se eu tomar os remédios no horário e tentar ter uma vida saudável. - replicou. - Então, nada de cigarros mágicos, mulheres ou bebida! - ele fez biquinho, demostrando sua tristeza.

- Vai se fuder, cara! - comecei á rir disso.