Eu subia as escadas com a visão sendo atrapalhada pelo sangue que escorria de algum lugar da minha testa e eu tinha medo daquilo acabar virando algo pior. O prefeito entrou numa sala que se parecia seu escritório, apenas pelo corredor, percebi que haviam diversos arquivos separados em caixas. Seria muita coisa para levar e não quero ter que deixar pistas de que eles fugiram. Daqui alguns dias, a polícia irá recolher tudo e ficará tudo bem com eles.
Por um tempo esqueci que havia subido para ajudar a descer com o filho deles e quando me lembrei, fui para uum dos quartos. Ao entrar, vi uma criança que parecia ter uns seis anos deitada em sua cama. Ainda de pijamas e meio pálido, parecia estar muito doente. Por mais que o prefeito tivesse feito coisas erradas com a ajuda de G-Dragon, foi tudo pensando no filho.
- Filho, acorde! - pedia sua mãe.
Quando abriu os olhos e viu parado em sua porta, um homem com o rosto, mãos e a camiseta sujas de sangue... aquilo o deixou assustado.
- Tudo bem, não fique com medo. Ele veio apenas para nos levar para um lugar. - ela tentou o acalmar.
- Mas ele está com sangue. - comentou ele.
- Eu estou bem. - afirmei, sendo gentil com ele. - O que ele tem?
- Pelo o que os médicos disseram, ele está com uma infecção no estômago. - explicou. - Anda com muita febre, náuseas e fraco. Passa o dia todo deitado. - pausou. - Os remédios são caros e meu marido vem trabalhado muito para suprir as necessidades dele.
- Eu entendo. - concordei. - Então... qual é o seu nome? - perguntei a ele.
- Yu Xing. - respondeu.
- Bom, Yu Xing, eu irei levar vocês para um outro lugar, mas não se preocupe com nada... ficarão bem. - tentava interagir com ele, para que não ficasse com medo de mim ou da situação.
- Tome isso, vai te ajudar um pouco. - afirmou ela quando me deu uma toalha. - Sinto muito por ter jogado o vaso na sua cabeça, mas você entrou como um criminoso.
- Eu sei, mas essa era a única forma que eu conseguiria entrar. - pausei ao pegar a toalha da sua mão. - Obrigado.
- Eu peguei alguns papéis, tinham tantos... tive que escolher alguns. - anunciou o prefeito na porta do quarto com muitas folhas.
- Não se preocupe, a polícia virá depois para pegar o resto. - disse e limpei um pouco do sangue do meu rosto.
Eu larguei a toalha no chão e fui até a cama. Com um pouco de dificuldade, peguei o garoto no colo e descemos juntos.
[...]
Estávamos bem longe da casa deles, ambos nos bancos de trás... com o filho em seus braços. Eu dirigia e estava certo de que ninguém nos veria agora, estando tão longe e numa estrada deserta. Já estar dirigindo aquele carro me fazia estar mais aliviado. Uma grande parte do meu nervosismo havia ido embora e estávamos bem.
- Taehyung, está me escutando? - falei em voz alta.
* - Jungkook! Que bom que entrou em contato! O nosso sistema havia caído e pensamos que algo havia acontecido com você *
- Eu estou à caminho da polícia. - afirmei. - Estou com o prefeito Lee Chen Yu, a esposa dele e o filho pequeno deles... eu apenas havia desligado o comunicador.
* - Já pensou se tivesse acontecido algo ou se não tivesse conseguido ligar de volta? Você é maluco, cara! Não sabe o quão desesperador foi para a equipe... não faça isso nunca mais ou verá seu pai pessoalmente. *
- Okay, eu entendi. - suspirei de tanto que ele falava sem parar no meu ouvido. - Pode me rastrear e me ajudando com o caminho. Decidi pegar uma estrada deserta que vai até o centro da cidade, de acordo com o prefeito. Era o mais seguro, já que eu suponho que G-Dragon tenha verificado todos os meus passos até a casa do prefeito.
* - Entendido... hm... Continue nesse seguimento e daqui duzentos metros, vire à esquerda e continue indo reto. Chegará no centro, próximo do banco central. Depois disso, entrarei em contato para dizer o resto do endereço que estamos. *
- Certo. - respondi seus comandos.
O céu estava claro e não havia sinal de que teria uma chuva ainda hoje. Fico me imaginando agora como estão todos eles... será que Tao e Jiyeon estão conseguindo? Será que alguém deles anda desconfiando de mim? Eu ando tão aflito nesta questão e o que resolveria tudo isso seria apenas voltando para o ninho de cobras.
- Chegaremos dentro de uns dez ou vinte minutos. - anunciei ao olhar no retrovisor e os ver um pouco mais tranquilos. - A equipe de Seoul também está esperando por vocês. Suponho que quando chegarmos, eles entrarão num acordo com o prefeito.
- Tem certeza que está conseguindo dirigir com esse corte? - perguntou o prefeito.
- Não se preocupe comigo... ficarei bem. - pausei. - Vocês que devem estar bem em primeiro lugar... serão testemunhas importantes para nossa missão.
Depois de termos ficado num silêncio absoluto, passei delicadamente minha mão na testa e saia pouco sangue, estava se controlando e isso era um bom sinal.
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