Romenia - Castelo Dimistrescu.
— O calor do sol da manhã aquecia os lençóis de seda e linho da cama da Condessa. - o rádio começou a tocar junto ao despertador que havia marcado 8:00.
~ Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar De noite embalamos teu sono, De manhã nós vamos te acordar ~
— Uma bela música - Lady Dimistrescu abriu os olhos e de pé Edwina segurava uma bandeja.— É uma música brasileira, Carmen Miranda. Eu cantei uma versão em Romeno em 1958.
— Oh eu gostaria de ouvir um dia. - disse Edwina colocando a bandeja no colo da Condessa. Edwina era uma velha conhecida de Alcina, as duas se conheceram em. 1926 nos tempos loucos. Foi um amor rápido mas que deixou saudades. - porém Alcina continuou se correspondendo por cartas com Edwina ou Edi como ela mesma chamava. Edi havia sido vitima de outro projeto do governo, e acabou se tornando uma metamorfa capaz de ler a mente de de suas vítimas entrando em torturando elas. Mas ela nunca conseguiu ler a mente de Alcina.
— O que está pensando? - perguntou Edi. — Em nada na verdade - respondeu a Condessa bebericando seu chá. — eu me dou o luxo de não pensar em nada durante a manhã.— Está certa - Edi se serviu de chá puro e então bebeu.
— Quando eu acho que estou perto sua mente cria outro muro, e mais um e mais um. - ela beijou Alcina no canto dos lábios. Alcina olhou para ela.— Eu acho que eu sei o que está pensando agora. - disse Edi beijando o canto do pescoço.
— É eu pensei, mas é um dia relativamente cheio. - Edi parou com um sorriso brincalhão.— Certo, de noite então? - Edi perguntou envolvendo a mão da Condessa na sua.
— Sem sombra de dúvidas. - Alcina não tinha certeza. Ela bebeu o chá e Respirou fundo. Sua noite foi conturbada, seus sonhos ultimamente tem sido borrões abstratos. Elizabeth - Morgan. Coisas do futuro e coisas do passado.
Alcina se levantou soltando o roupão no chão e indo em direção ao banheiro. — ela entrou na banheira ficando apenas com o pescoço de fora. Thalía rodeava o banheiro organizando as coisas enquanto Alcina apenas olhava para o teto.
— Está tudo bem vossa graça? - Perguntou Thalía.— Sim Mor.. Thalía. Estou apenas distraída. - disse Alcina se perguntando porquê estava dando tantas explicações a uma criada.
— Você pode ir. - disse a Condessa. Thalía se retirou do ambiente e Alcina respirou fundo.
Quando o banho chegou ao fim, a Condessa secou seu corpo e esfregou a pele um um óleo extremamente cheiroso. Seus cabelos haviam crescido em dois anos então foi o suficiente para fazer um coque. E vestir um vestido branco confortável. Ela começou a se maquiar, quando ela finalmente olhou para o espelho para ver uma figura indignada de braços cruzados.
— É sério?! - Max cruzou os braços irritada com o vestido bufante.— Bom dia querida. - disse Alcina se virando.
_ Ah não ficou ruim, você está linda. - disse Max.— Eu estou parecendo um bolinho! . Alcina teve que concordar.
— O que você quer vestir então? - Alcina Perguntou enquanto calçava os sapatos e colocava brincos.
Max andou até Alcina segurando um livro, e facilmente escalou a perna dela. Alcina a apoiou e Max abriu a página do livro.
— Quero me vestir assim! - ela apontou para figura.— Quer se vestir como as roupas do príncipe da Rússia? - Perguntou a Condessa apertando a vista, os óculos fazem falta.
— É esse cara mesmo - eu adorei essa roupa.A roupa era uma blusa longa e preta com detalhes dourados e com o final pontudo. Calças finas e sapatos dignas de um príncipe.
— Bem está em cima da hora, temos que ver se Donna concorda em fazer uma. - disse Alcina se levantando colocando Max no chão.— Ah com certeza ela vai, ela me adora - disse Max convencida. Um traço adorável.
— Certo - Alcina se levantou e as duas caminharam até os aposentos de Lady Beneviento, que em época de festas tinha a função de costurar roupas. Ela era habil nisso. Então a mesma não tinha recusas sobre o trabalho.
As duas entraram na pequena - sala atelier para ver Donna costurando o fim da saia de um longo bem longo vestido branco endereçado a Condessa. — Isso está esplêndido Donna. - disse a Condessa.
— Oh, obrigada. E bom dia irmã, como posso te ajudar?— Max quer outra roupa. - disse a Condessa se sentando.
— O que há de errado com a sua roupa max? - perguntou donna. Max pareceu um pouco envergonhada.— Eu não combino com ela. - disse Max.
— Eu posso ficar com essa! - Angie gritou.— Certo certo, e o que tem em mente?
Max virou o livro.
— Oh você quer se parecer com o príncipe da Rússia? - perguntou Donna.
— Ah o cara é estiloso. - disse max cruzando os braços.— Bem por sorte eu tenho tecidos pretos e fio de ouro, então você vai ter sua roupa de príncipe.
— INCRÍVEL! - Max comemorou.
Alcina deu um pequeno sorriso.
— Edwina veio aqui pela manhã. - disse Donna.— Ela é cheia de vontades não é? - perguntou Donna.
— Ela tem um gosto diferente. Max estava emburrada.— Bem era mais fácil fazer roupas para a Morgan, Theo teve que buscar todo o material em Bucareste para roupa e ..
A Condessa observava em silêncio.
— Me desculpe eu..— Tudo bem Donna, continue. Max Quando acabou de ser medida saiu emburrada.
— Eu fiz besteira? - perguntou Donna. Alcina apoiou a mão no queixo.
— Honestamente não, só está vendo a vivência. As meninas não gostam Muito de Edwina. Mas elas precisam se contentar.
— Entendo, deve está sendo complicado. - disse Donna começando a cortar o tecido.— Nem me diga, é uma guerra. Mas eu faço o que eu quiser. - disse a Condessa.
— Claro, e você gosta de Edwina certo? - perguntou Donna.— E.. Claro, claro que gosto. - Disse Alcina.
— Certo. - Donna respondeu sem olhar para o rosto da Condessa.
Ao meio dia Alcina se dirigiu a sala de jantar, ela entrou e encontrou Bela, Cassandra e Daniela em silêncio. Max mexia na comida, Theo estava de pé encostada na parede.
— Olá querida - edi sorriu antes de dar um beijo rápido em Alcina e se sentar.
Daniela virou os olhos e bebeu o sangue da taça.— Como foi o dia meninas? Ansiosas para o baile? - perguntou a Condessa.
— Sim - as três responderam ao mesmo tempo sem o ânimo declarado.
— Ah estou vendo o ânimo- disse a Condessa. Melhorem essa cara até de noite.
— Sim mamãe - as três disseram.
— Tenho certeza que vão ficar belíssimas - comentou Edi.— Quem te perguntou? - disse Daniela.
— Daniela! - Alcina a corrigiu.
— Tudo bem querida, nem deus agradou a todos.— Se desculpe agora Daniela, isso foi extremamente rude!
— Não, eu não sou obrigada a ser simpática com quem eu não gosto.— Oh é mesmo? - então eu não sou obrigada á deixar você sair de segunda a quinta. Está da castigo e eu quero a foice.
— O que!? Isso não é Justo.— Não me faça pedir de novo. - disse Alcina de forma firme.
— Daniela revirou os olhos e entregou a foice. Em seguida empurrou a mesa levantando e batendo a porta.
Bela e Cassandra começaram a comer rápido sem olhar para mãe.— Alcina respirou fundo.
— Está tudo bem querida, uma hora ela se acostuma. - disse Alcina.Ela vai ter que lhe dar com isso. Disse Edwina.
— Sim, eu sei - Alcina soltou a respiração.Cassandra terminou a refeição seguida por Bela.— Ficaremos na Estufa hoje mamãe. As duas falaram.
— Certo, as sete estejam prontas.— Sim mãe. -: as duas viraram enxames e sairam janela a fora.
Daniela estava sentada em sua cama escrevendo em seu diário frustrada .Ela escutou batidas na Porta.— Vai embora! - Daniela gritou. Mas mesmo assim a porta se abriu. Ela olhou e viu Edwina parada.
— O que você quer? - perguntou Daniela.
— Conversar. - Disse Edi fechando a porta. — Eu não quero conversar - falou Daniela se enfiando em um livro.— Olha é temporário, vai ficar tudo bem. Eu não quero ser sua inimiga. - Disse Edi.
— Eu não gosto de você, eu gosto da Morgan....— É mais ela não está aqui. Então lide com isso. - falou Edwina.
— Eu não quero você aqui. - disse.
— É existem dois métodos. Ou você lida com isso e para de ser uma pedra no meu sapato, ou quando eu casar com a sua mãe eu faço cada dia da sua vida ser um inferno sua pestinha mimada.
Daniela se afastou.— Até parece que ela vai se casar com você! - disse Daniela. — Ela ama outra pessoa.
— Isso é indiferente, disse Edi. Mas eu te garanto se ficar no meu caminho faço questão de mandar você para longe daqui.
— Você... não faria - disse Daniela.
— Pague para ver pirralha. - disse Edwina se retirando dos aposentos.
A noite se aproximou e a Condessa estava sentada em frente a penteadeira. Novamente chegava aquele momento de vazio. De sentir que algo estava faltando. Ela mesma fechou seu colar de pérolas e se levantou.
O vestido da Condessa não tinha mangas, era longo e com alguns pedaços de seda e branco. O tecido parecida estar jogado por seu corpo desenhando suas curvas e os seios fartos. Novamente Donna havia acertado.
Lady Dimistrescu se retirou dos seus aposentos andando em direção a escada. Quando ela apareceu os rostos de viraram para ela. Lady Dimistrescu colocou um leve sorriso nos lábios e desceu as escadas deslizando a mão pelo corrimão, ela deu um sorriso para Edi que pegou sua mão e beijou.
Então um barulho de vidro foi ouvido, todos olharam para onde o barulho veio, assim como Alcina. Morgan estava ali, parada em silêncio. Usando uma roupa preta e sapatos escuros. Alcina sentiu seu coração bater, o vidro se referia a taça de cristal que ela havia esmagado em sua mão. A mulher soltou a taça no chão e saiu andando pelo meio dos convidados e sumiu.
— Querida? - Edi perguntou. Alcina olhou e esboçou um sorriso.— Obrigada por virem, esse é um momento muito especial visto que a safra é um sucesso. Então significa muito a presença de todos. O coração da Condessa estava apertado.
— a safra é feita com garrafas de vinho vermelha e vinhas douradas. - a Condessa avaliou a garrafa.
— A safra como puderam ver recebeu o nome Morgana, alguém que foi muito importante para mim. - Alcina olhou para todos. Uma boa noite, e apreciem a festa.
O salão se encheu de aplausos. A Condessa colocou a garrafa no apoio, e andou um pouco antes de ser segurada pelo braço.— Foi esplêndido querida - disse Edi.
— Obrigada. - Alcina deu um pequeno sorriso.
Alcina já havia decido o nome e desenho da safra a muito tempo. Ela olhou o salão para ver se enxergava Morgan, mas não havia um sinal dela. Edi levou Alcina para conversar com alguns empresários o que ela dominou muito bem, visto que ela tinha o tino e o jogo de cintura para tal.
— Querida, que tal uma dança? - perguntou Edi.— Claro - Alcina deu sua taça a Thalia e seguiu Edi para o meio do salão.
Ela conseguiu ver Morgan atravesando as portas para a ponte que seguia a direção da capela. A Condessa a seguiu, e então finalmente a viu. Morgan estava parada com as mãos apoiadas no muro, sua roupa era linda e elegante, e ela apertava sua Cartola entre os dedos.
— Sabia que é falta de decoro não cumprimentar o anfitrião? - disse Alcina parada. Morgan se virou, e Alcina se assustou um pouco com a expressão séria.
— Você estava bem ocupada e cumprimentada. - disse Morgan com uma voz grave e levemente raivosa.
— Desculpa acho que não entendi. - disse Alcina em ar de deboche.— Não brinque comigo. - disse Morgan se aproximando. Alcina não se lembrava quando a presença de Morgan ficou tão intimidadora.
Alcina caminhou mais um pouco ficando perto de Morgan, a olhando nos olhos— Ou o que? - perguntou Alcina que então sentiu a mão de Morgan descer até o fim das costas, e então Morgan apertou um pedaço específico do final das Costa, e Alcina sentiu seu corpo contrair, e levemente ela soltou um gemido baixo. Não tinha como Morgan saber, era impossível. Alcina abriu os olhos devagar.
— Você escolheu isso. Não eu - disse Alcina sentindo as lagrimas sendo criadas e seu coração ter feridas rasgadas novamente.— Eu..eu sempre escolhi você acima de tudo acima da...porra da minha sanidade. - Morgan apertou um pouco o pulso de Alcina que sentiu agora a força descomunal de Morgan.
— Morgan você está me machucando. Morgan soltou a mão de Alcina que sentía seu coração bater muito rapido.
A ruiva afastou esfregando os cabelos por trás. — Sabe eu poderia matar ela bem alí, e acredite Alcina eu me controlei muito.
— Qual é o seu problema!? Isso são resultados das suas escolhas! Que droga. - Alcina falou alto sentindo as Lágrimas molharem seu rosto e escorrerem.
— Tem razão. - Morgan vestiu a cartola.
— Onde você vai?! - Alcina Perguntou meio atordoada.— Embora, para onde mais eu iria? Eu não vou ficar me torturando aqui Alcina. Vendo você..
— Feliz? - perguntou Alcina tentando compreender tudo que estava— Dançar com outra qualquer - Morgan disse com a voz cheia de mágoa e então passou por Alcina sumindo.
Alcina abraçou a si mesma e entrou na capela respirando fundo.— No fundo ela gostou, gostou de retribuir na mesma moeda o que Morgan causou nela. mas por outro era desesperador sentir o que ela sentía, ela querer agarrar Morgan e abraçar. Mas o medo de sofrer novamente era apavorante.
....
De manhã Alcina acordou sozinha no quarto, ela exigiu ficar sozinha. Edwina tentou insistir o casou uma leve discussão mas depois ela entendeu e se retirou.
Alcina virou de lado sem vontade de levantar, ela esticou a não até a mesa de cabeceira e puxou uma carta. Havia sido escrita por Morgan.
Consegue Imaginar eu e vocêeu imagino. Eu penso em você dia e noite, é mais que certo Pensar na mulher que você ama e abraçá-la forte. Ligar para você e ouvir sua voz, eu gostava das ligações, E você fala que pertence a mim, e acalma minha mente Imagine como o mundo poderia ser tão bom.
Eu não consigo me ver amando ninguém além de você,Por toda a minha vida Sempre que você estiver comigo,amor, os céus serão azuis
Por toda a minha vida. - M.w
— Alcina apertou a carta contra o peito olhando para cima. Ela havia destruído quase todas as cartas de Morgan, exceto esta. Essa em especial recordava Alcina de Elizabeth, e Morgan mais do que nunca a recordava. Ela simplesmente não podia jogar a carta fora.
Ela escutou uma batida na porta e então Edi entrou.— Bom dia. - ela disse suavemente.
— Bom dia. - Alcina disse com um pequeno sorriso.— Tudo bem? Me desculpe por ontem. Eu estava preocupada.— Tudo bem. Eu estou bem - disse Alcina se sentando na cama para receber a bandeja.
Alcina antes de se levantar sempre bebia uma xícara de chá acompanhada por um fígado fatiado como folha. Era quase um ritual. Em seguida ela se levantava e ficava até as 8 na banheira, duas criadas geralmente ajudavam ela se vestir. E então ela tomava o café da manhã com suas filhas. Isso inclua Max que acabou entrando nesta visão.
— A Condessa se levantou tirando o roupão e indo para o seu banho. Edi Respirou fundo e então viu pela gaveta da mesa de cabeceira uma carta saíndo. Ela andou até lá e puxou a carta dando uma lida.
— Morgan. - ela se virou para ver o endereço de envio.— Você arrumou um problema muito, muito sério....
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