-Tenho pessoas atrás da Noelle, estamos espalhados pela cidade e vocês tem que fazer a sua escolha.
Ele quis esmurrar o policial, a situação dependia muito de quem estava aqui e quem estava com a garota. Os conhecia há muito tempo para ter confiança, sabia que a protegeriam a qualquer custo e esse era o problema, preferia que saíssem sem qualquer dano, mas se a situação ficasse critica alguns deles fariam qualquer coisa para que a Loup ficasse viva. O que faria a seguir definiria o seu futuro.
Trocou olhares com J-hope, brilhando em determinação, era muito certeira suas opiniões sobre a situação, por último olharam para a irmã do rapaz e ficou muito claro o que fariam. Jeongguk sacou a pistola deixando todos em alerta, foi rápido e disparou na perna da garota. Em seguida Lin correu para derrubar Seokjin, por fim o Jung avançou sobre o carcereiro do Min o derrubando com força no chão, pegou o namorado e saiu correndo para desamarrar e tirar a venda. O deixou com os outros dois homens e correu em direção ao homem que estava se levantando do chão, se recuperando com sua cabeça zumbido. Os lumes carregavam uma energia sombria, com sede de sangue nos olhos, seus passos largos e rápidos conseguiu alcançar e acertar um soco na boca, devolvendo o que fez ao seu amado. Não pararia por aí, ninguém seria capaz de pará-lo assim que começasse.
O grito de dor de Emma ecoou pelo local, mas não ficou parada e foi ajudar seu líder dando uma cotovelada na vampira. Jin a segurou pela cintura tentando ajudá-la, então o Stekel entrou em ação correndo até ele e ficando por trás dando uma chave de braço.
-Vai se arrepender disso Jeongguk.
-Não, você vai se arrepender de ter mexido com a gente.
Por mais que o vampiro estivesse em vantagem por suas capacidades físicas, o homem possuía experiência em técnicas de lutas para ficar um pouco mais balanceado. Jogou o tronco para frente acertando a barriga do outro homem, em seguida se abaixou dando outro golpe perto da costela e seus movimentos ágeis fizeram o braço em volta do pescoço afrouxar e foi o suficiente para conseguir escapar. No bolso de trás pegou uma faca de prata banhada em alho, a lâmina era curvada com os símbolos dos caçadores embutido, o cabo de feito de madeira e cumprimento de onze vírgula cinco centímetros. Tentou atingir um golpe, porém o moreno foi rápido em desviar indo para trás, outro golpe foi em direção a sua perna e novamente desviou por pouco e a ponta da lâmina conseguiu arranhar superficialmente. Ele fez uma expressão de dor por ser um material letal que poderia causar muita dor a sua espécie, sendo assim decidiu que não pegaria leve porque precisava chegar bem em casa, se abaixou pegando a sua adaga presa na lateral da sua canela e o cortou de raspão.
Bem próximo podia ouvir os outros gritando ou xingando, Lin viu que a arma de fogo pertencente a caçadora caiu no chão, então se preocupou em mantê-la ocupada e longe. Assim, depois que sua cintura foi solta pulou sobre a garota com o soco inglês preso na sua mão direta, Emma deu um passo para trás escapando e outro golpe veio em seguida, perto da barriga e conseguiu acertar se aproveitando disso usou sua mão esquerda para puxar o braço da garota, trazendo-a para perto acertando outros golpes no rosto e abdômen, gritando de dor ela usou seu braço livre para segurar a cabeça da mulher e pressionar o olho dela com o polegar. Marie parou de acertar socos, passou seus dois braços por baixo do braço dela e levantou com força jogando para cima se desvencilhando e logo após ergueu o joelho dando uma joelhada no queixo, a menina caiu no chão cuspindo sangue.
Jung chutava o homem caído no chão descontando toda sua raiva, Seokjin percebendo seus dois colegas caídos ficou apreensivo. Mesmo caída a garota não daria o braço a torcer, assim que a vampira puxou seus cabelos vendo o seu rosto a viu sorrir sarcástica, infelizmente abaixou a guarda e foi acertada por uma bala de prata da pistola que ela conseguiu pegar, seu ombro ardeu e deu um grito bem alto, o cheiro entregava que as balas foram banhadas em sangue de lobisomem. Seu corpo todo ficou fraco, contudo fez de tudo para ficar firme e forte, apertou bem os punhos pronta para dar outro soco e definitivo, acertou a mandíbula alheia fazendo o osso e os dentes trincarem e rachar, depois não restou mais mais forças para apertar o gatilho e caiu derrotada.
Vendo sua colega derrotada, notando que é o único ainda de pé e bem, correu tomando distância de Jeongguk. Sabia que o vampiro seria veloz e conseguiria alcançar, então foi rápido para pegar o dardo dentro do casaco e mirou na primeira pessoa que apareceu como seu alvo, o dardo saiu certeiro em direção ao Min, que caiu na mesma hora no chão. Os momentos a seguir passaram como um flash, Hoseok correu até ele para tirar o dardo cheio de um líquido roxo, todos reconheceram o que era e então o Stekel correu até o Kim, acertando um chute no peito fazendo o caçador cambalear. Deu um passo para frente dando um tapa no seu ouvido para desnortear, um pouco zonzo ele deu mais dois passos e antes que tentasse acertar outro golpe com a faca, o outro homem o desarmou e ficou por trás o imobilizando. Seu pescoço bem preso e respirava com dificuldade, ficou bravo pelo resultado desse embate.
-Eu posso cair, mas o Yoongi vai cair junto, sabe o que tinha no dardo?
-Sei, mabony.
-Exatamente, não vão ganhar essa.
-Filho da puta — Apertou mais o pescoço — Não pense que vamos te matar, vai ficar vivo e dar um aviso aos outros caçadores — Continuou a pressão até o homem perder o folego e desmaiar. Jogou o corpo desacordado sobre o ombro e andou até os demais, chegou até um dos subordinados de J-Hope — Cuide dele e o deixe bem amarrado, os outros também. Esses caçadores vão pensar duas vezes antes de se meter com a gente.
-Certo.
Em seguida ajudou sua irmã a andar, apoiando o braço bom em seus ombros, andaram até os outros dois vampiros para ver a situação do amigo. O corpo tremia no solo, sua pele antes fria se encontrava quente e tudo isso era culpa desse composto raro. Mabony é um veneno antigo feito a partir da mandrágora, inventado por uma bruxa há muitas décadas atrás, pela alquimista especialista em veneno Hilda Mabon, tinha certa inimizade por vampiros e essa foi a sua motivação para criar algo tão nocivo.
-Merda… — Hoseok lamentou derramando lágrimas — Yoongi, me responde, está consciente?
-Precisa levar ele para tirar o veneno do organismo, conhece algum curandeiro?
-Conheço, vou precisar chegar lá muito rápido.
-Tem razão… — O celular no seu bolso vibrou, viu no visor o nome da sua namorada — Alô? Amor tudo bem?
Sua voz chamou a atenção dos demais, preocupados que fosse a noticia ruim. Por sorte era uma noticia boa, depois que desligou o telefone seu rosto estava mais pálido que o normal, o medo tomou conta do seu corpo que não conseguia se mover.
-O que? Tá tudo bem com ela?
-Sim, minha filha vai nascer hoje.
-O que está esperando? Precisa voltar para a cidade.
-Mas e o Yoongi? A Lin tá ferrada e ainda tem os corpos dos caçadores vivos.
-Eu cuido do Yoongi, vou levá-lo até o curandeiro.
-E eu vou ficar bem, vou me curar rápido e vou ficar cuidando dos caçadores. Os homens do J-Hope vão me ajudar a mantê-lo em controle. Relaxa que vamos cuidar de tudo, vai atrás dela.
Seu cérebro demorou alguns segundos para processar tudo, assim que entendeu saiu correndo para pegar o barco estacionado na costa.
[…]
-Tudo bem, última contração foi há dezoito minutos e permaneceu constante. Respira e inspira Elle.
Não conseguia ficar parada no mesmo lugar, ficava andando pela sala de um lado para o outro, suava e ofegava parecia que morreria e não aguentaria. Respirava profundamente para tentar prolongar o máximo possível, Jimin estava inquieto e preocupado, sequer sabia quando o amigo voltaria ou se chegaria a tempo e atrasar um parto pode causar problemas. Alguns gritos ecoava pelo cômodo, toda vez que a contração alcançava o ápice repetindo baixinho, “Ele vai chegar”, quase como um mantra. Recebeu a ligação dizendo que o moreno estava na estrada a caminho do hospital e se encontrariam lá, era questão do tempo para ele se deslocar do castelo até Limerick.
Os barulhos chamaram a atenção da vizinha idosa, que foi bater à porta para saber o que estava acontecendo.
-O que houve? A garota está bem?
-Sim, está. Tentou fechar a porta e foi impedido pelo pé alheio.
-Estou escutando gritos, não minta para mim.
-Ela está com contração.
-Vai nascer? Não tem que ir ao hospital?
-Ela não quer.
A mulher simplesmente escancarou a porta e entrou, indo até a Loup sentada no sofá ainda respirando fundo.
-O que está acontecendo aqui?
O momento não permitia se importar com muita coisa, então só olhou a senhora e não deu muita importância.
-É muito simples, minha filha vai nascer.
-Então precisa ir ao hospital, ou vai fazer igual antigamente e chamar uma parteira?
-Vou depois… tenho a consulta marcada.
-O que te impede?
-O pai da minha filha não estar aqui.
Isla olhou confusa para os dois, suas sobrancelhas se levantaram surpresa como se tivesse entendido a situação.
-Ele é gay?
-Não sou gay, a senhora pode por gentileza ir embora?
Noelle aperta forte o estofado fazendo uma careta, tentando manter a respiração.
-Não vou deixar essa menina quase dando a luz aqui, vou ficar. Seja lá o que você for dela, não cuida direito. Como pode só aceitar e não levá-la ao médico?
-Escuta aqui senhora, eu não fui ao hospital porque não quero, então para de ser intrometida e vai pra casa do caralho. Eu tô morrendo de dor e fica enchendo o saco, o Jimin tá fazendo de tudo que pode e ele é a porra do meu tio. Então… Agh! Vai embora — Disse rápido trincando os dentes se segurando para não soltar outro grito. Os dois se olharam um pouco espantados, logo em seguida a moça começou a chorar — Me desculpa, eu estou tão tensa, isso doí demais, eu não quero nunca mais ter filho na vida.
Sem dizer nada a senhora se aproximou e a abraçou, passando a mão nas costas para confortar.
-Tudo bem querida, fica tranquila. Você consegue fazer isso, não está sozinha — Se afastou e tirou as mechas do cabelo preto do rosto alheio — É muito forte, seja lá o que o pai da sua filha está fazendo, ele vai vir. Então respira fundo e se acalma — Ela apenas concordou balançando a cabeça ainda derramando algumas lágrimas — Pegue uma toalha e uma bacia com água fria, vou tirar os sapatos dela e massagear. As contrações vão continuar vindo, o hospital fica muito longe daqui?
-São vinte minutos de distância.
-Certo, talvez temos algumas horas para que chegue o momento, vai dar tudo certo.
Trocou de roupa colocando uma roupa de moletom, deitada no sofá tinha um ventilador ligado para manter seu corpo fresco, uma toalha dobrada na testa, os pés levantados sendo massageado de momento a momento. As contrações foram diminuindo o intervalo, deixando tudo ainda pior de aguentar, o tempo parecia que se arrastava para passar e parecia estar presa nessa tortura que não passava.
-As contrações estão curtas, essa criança vai nascer. Vamos ao hospital!
-Não posso.
-Menina, pense na sua filha, vai trazer muitas complicações se aguardar mais. Não adianta teimar, vamos do mesmo jeito. Rapaz pegue as coisas dela.
O Park correu para o quarto e pegou as bolsas, chegou veloz e pegou a mais nova no colo.
-Então vamos, no meio do caminho ligue para o Jeongguk.
Desceu as escadas com cuidado para não tropeçar, mesmo não sendo necessário a idosa quis ir junto e foi no banco de trás do carro. No meio do caminhou pegou o celular ligando e foi atendida no primeiro toque.
-Estou indo no hospital, não vai dar pra te esperar.
-Eu já cheguei na cidade, acho que levei algumas multas, mas foda-se. Vai direto ao hospital, te encontro lá meu amor.
-Tudo bem.
Era muito ouvir a voz dele, ficava mais calma apenas com isso. Quando o veículo parou em frente a clínica, foi ajudada para descer e caminhar até a entrada, uma enfermeira veio de encontro já trazendo uma cadeira de rodas.
-Ela está dando a luz, precisa urgente do doutor Brock. Jimin tomou a frente disparando a falar.
-Certo que horas começou?
-Cinco horas da manha a bolsa estourou.
-Isso já tem três horas, vamos fazer o parto imediatamente, você é o pai?
-Não.
-É parente?
-Sim, mas não vou entrar, o namorado dela vai querer entrar na sala.
-Tudo bem, acerte o resto das coisas na recepção. Vamos mamãe.
A mulher saiu disparada pelos corredores, muito habilidosa em guiar entrou na sala de parto especificamente para parto normal, faria os exames inicias e se necessário iria para a sala de cirurgia. Outra enfermeira surgiu e arregalou os olhos.
-Noelle?!
-Olivie… Disse em um suspiro.
-Se conhecem?
-Estudamos juntas.
-Sim… Pegou o soro logo colocando a agulha na veia. A outra mulher trocou as roupas da paciente colocando a roupa do hospital sem nada por baixo, posicionou as pernas abertas da garota e pegou a luva.
-Vou fazer o exame para ver com quanto está de dilatação — Pressionou os dedos no colo do útero, um teste horrível e desconfortável, o exame de toque — Está com oito centímetros de dilatação, precisa estar com dez. Então está quase na hora, é muito em cima da hora para fazer a cesárea, tem algum problema de pressão?
-Não, nada… Aah! Contração.
-Vou pegar o arquivo dela, Noelle Stekel. Aqui. Entregou para a enfermeira mais velha.
-Certo, o doutor já deve estar chegando. Eu e a estagiaria vamos ficar aqui com você, fique de pé que vamos aplicar a anestesia epidural.
-Graças a deus essa dor vai passar.
A ajudaram ficar de pé, com o tronco inclinado a enfermeira pegou a injeção dando uma quantidade de anestesia. Após isso a ajudaram a ficar deitava novamente.
-Vai fazer efeito muito em breve, e dor vai aliviar.
-Tudo bem… tudo bem… — Inclinou a cabeça para trás cansada, mesmo que tivesse arregaçada para estranhos tudo o que estava sentindo ultrapassa qualquer vergonha — Não sabia que estava fazendo enfermagem.
-Entrei ano passado na faculdade.
-Que bom, é o primeiro parto que presencia?
-Não, fica tranquila, mesmo sendo estagiaria faço tudo certinho — Arrancou uma risada da garota, sentindo falta da amizade dela — Escuta, eu sei que não é melhor momento, mas não me importo com o que houve no passado. Só vou ajudar no seu parto, sem ressentimentos.
-Para de ser boba, estou feliz que esteja aqui.
O médico entrou pela porta.
-Olá, tudo bem Noelle?
-Não doutor, socorro.
-Vamos te ajudar fica tranquila, Susan quanto de dilatação agora?
-Nove centímetros.
-Certo, pode começar a fazer força — A enfermeira saiu e o homem se sentou no pequeno assento em frente as pernas dela. Por mais que ainda não estivesse com dez centímetros, um híbrido tende a ser extemporâneo e atrasar ainda mais pode causar problemas — Empurra o bebê com força Noelle.
Segurou na barra de metal ao lado da cama, fez força gritando alto, suava e respirava ofegante.
-Não vou conseguir. Disse chorando.
-Consegue sim, é só empurrar. Tenta de novo.
Apertou mais forte a barra, fazendo força querendo que tudo acabasse de vez, a dor aliviou de intensidade pelo sedativo, mas ainda era bastante dolorido. Gritou do fundo garganta fazendo mais força.
-Isso, você está indo bem, só continuar assim.
A porta foi aberta de supetão, Jeongguk entrou vestido com uma bata hospitalar por cima das roupas, touca na cabeça e touca descartável nos pés. Ela sorriu assim que o viu, parou ao lado da namorada segurando sua mão.
-Você conseguiu chegar.
-Consegui meu amor. Estou aqui. Beijou a bochecha suada, afastou as mechas dos cabelos da face, cariciou a mão que segurava e também deu um beijo.
Suas energias estavam esgotadas, queria desistir de vez e implorar por uma cesárea, porém quando escutou o choro fino do bebê foi o som indescritível e bonito de se escutar. Foi como voltar para o momento presente, a enfermeira pegou o bebê, limpando com o pano para enrolar em uma manta e entregar aos pais. Noelle segurou meio sem jeito, emocionada sem acreditar na pequena pessoa que acolhia, quando a cabeça encostou no busto da mãe foi o suficiente para a pequena se acalmar e o choro cessar.
-Oi filha, é a sua mãe. Segurou a mãozinha pequena, o dedo indicador foi agarrado com força.
-Oi Jeong — Acariciou levemente a cabeça com poucos cabelos pretos, sua voz atraiu e a criança abriu os olhos na direção do pai — Ela reconheceu a minha voz… é o papai linda… não acredito, os olhos dela se parecem com os seus. Disse segurando a vontade de chorar.
-Tem certeza?
-Sim, um pouco mais escuros que os seus.
-Certo mamãe e papai, pode dar a garota para a gente, Noelle precisa descansar não é mesmo?
-Onde vão levar ela? Perguntou assim que Susan pegou a pequena.
-Fazer o teste do pezinho e alguns exames rápidos, Olivie vai te levar ao quarto e já levo a Jeong-Le até lá.
Dentro do quarto como era o horário do café da tarde uma moça entrou e deixou um carrinho com chá e bolacha.
-Tudo bem? Como está se sentindo?
-Morta de cansada. Vestida com um pijama, descansava com tudo certo e arrumado, só restava recuperar suas forças.
-Você foi ótima, nossa filha é linda.
-Ela ainda tem cara de joelho, mas obrigada, foi difícil.
-Noelle! Não fala assim da minha filha. Resmungou emburrado.
-Não adianta fazer bico, sabe que é verdade. Depois vai mudar e acho que vai ser linda mesmo — Colocou a mão sobre os seios — Será que vai demorar pra eu começar a ter leite?
-Acho que não, nossa isso é estranho. Não é estranho?
-Muito, achei que era só eu. Essa sensação de ser mãe é nova.
-Digo o mesmo, de ser pai é obvio. Vamos nos sair bem — Se aproximou para deixar um beijo na testa alheia — Coma as bolachas, imagino que nem comeu.
-Nem tive apetite, vou comer — Deu um gole no chá — Nossa tá sem açúcar, bem que falam que comida de hospital é sem gosto.
A porta de madeira branca foi aberta, Susan entrou com o berço hospitalar e parou ao lado da cama.
-Olha quem chegou, ela tá acordada, bem animada.
Viram a neném com os olhos abertos olhando ao redor.
-Que fofa, Susan quando eu começo a ter leite?
-Já deve ter na verdade, algumas mulheres demoram, pra saber tem que colocar a neném pra mamar. Vamos tentar?
-Vamos.
Pegou a menina no colo e levantou a camisa, aproximou a face do peito esquerdo e em seguida chupou o bico, porém logo afastou.
-Ela não está com fome, outro sinal que pode perceber é as mãos. Como estão abertas quer dizer que não está fome agora, então na próxima vez é só fazer igual. É uma menininha bem esperta. Eu estou indo, tchau.
-Tchau.
Assim que ficaram sozinhos perceberam Jeong olhando atentamente os rostos dos pais.
-Parece que ela sabe quem somos.
-Será que tem a ver sobre ser híbrida?
-Pode ser, pode se desenvolver mais rápido eu acho.
-Explica isso melhor, isso não quer dizer que amanhã se eu acordar vou tomar um susto com uma criança de três anos?
-Não, não é algo tão fora do normal. É bem sutil, as crianças normalmente nascem com noves meses e tem a capacidade de uma com essa idade, porém a Jeong tem a capacidade de uma criança de um ano e dois meses, só tem o tamanho pequeno mesmo.
-Será que ela vai se tornar um gênio?
-Ela é minha filha, tenho as minhas dúvidas.
-Acabou de insultar toda sua linhagem chamando de burra? — Ela deu risada e imediatamente parou por sentir dor — Não posso rir, doí.
-Também deve estar toda arrebentada.
-Nossa que vontade de socar sua cara, a culpa é sua, quem me engravidou?
-Eu sei, desculpa.
-Nunca mais quero filho, só se for cesárea, paguei por todos meus pecados. Coloca ela no berço.
-Eu não sei segurar criança.
-Vai ter que aprender, apoia a cabeça dela em um braço e o outro passa por baixo.
-Assim? Indagou com os braços ocupados.
-Isso, não é difícil — Parou um tempo analisando essa nova imagem, do homem segurando sua filha. Uma coisa simples que encheu seu coração de amor, ficou quentinho — Você fica lindo assim. Disse e virou para o lado pegando no sono.
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