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História Blood Love - You deserve to be happy - História escrita por AstyHaddock - Spirit Fanfics e Histórias
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História Blood Love - You deserve to be happy


Escrita por: AstyHaddock

Notas do Autor


*Boa tarde meus amores e minhas amoras.
**Teremos mais revelações nesse capítulo...
***Desculpem os erros e boa leitura!

Capítulo 21 - You deserve to be happy


Ano:1200

Hunter estava na floresta junto com seu pai e com mais alguns homens que haviam se voluntariado para caçarem o animal que estava matando as pessoas. Lógico que Hunter sabia que não era um animal o responsável pelas morte e sim Valquíria, mas ele havia decidido ir com o grupo para despistá-los, Wolf se transformaria mais uma vez naquela noite e Hunter era o responsável por manter o grupo longe dele.

Hunter estava preocupado em deixar Valquíria sozinha na vila, mas a loira havia prometido que se tivesse fome daria um jeito de se alimentar de carne crua, então ele decidiu confiar na namorada.

Já fazia algumas horas que havia anoitecido, o grupo estava de vigília, mas de repente um vento frio soprou fazendo todos, com exceção de Hunter, adormecerem.

Hunter olhou assustado, sabia que tinha algo de errado e sua suspeita se comprovou ao ver Cayena encostada em uma árvore.

- Sabe, eu estava imaginando quanto tempo demoraria para você vir conversar comigo – Hunter a encarou.

- Estava com saudades? Eu sabia que meu sentimento era correspondido – a bruxa sorriu cínica.

- Você sempre aparece para a Valquíria e sei que apareceu para o Wolf também.

- Tem razão, eu apareci para os outros, mas deixei o melhor por último, afinal você sempre foi o meu preferido – ela se aproximou dele.

- Pare com isso e vá direto ao assunto, o que você quer?

- Te ajudar.

- Por que eu aceitaria qualquer coisa que viesse de você? Se esqueceu que você matou a mulher que eu amo na minha frente? – ele disse com raiva.

- Ela está viva – Cayena deu de ombros.

- Você a transformou em um monstro.

- Então você a considera um monstro? Isso vai magoar a nossa loirinha – Caeyna colocou a mão no rosto de Hunter, mas ele se desvencilhou do toque dela.

- Me diga a verdade, o que você quer? – ele aumentou o tom de voz.

- Já percebi que você é o mais difícil de controlar – ela bufou – tudo bem, eu vou te dizer a verdade, mas com uma condição.

Cayena colocou a mão no rosto de Hunter novamente e se aproximou deixando uma distância de apenas milímetros entres seus lábios.

- Vamos nos divertir primeiro e depois eu te conto tudo.

- Não – ele a empurrou – me conte agora.

- Você é mesmo fiel, pena que a Valquíria não seja – ela sorriu debochada – mas tudo bem, então vamos ao que interessa, eu os atrai para aquela caverna para pegarem as pedras, era muito tedioso eu ser a guardiã delas, achei que seria divertido ter mais três marionetes para eu controlar.

- Nós não somos marionetes – ele disse entredentes.

- Isso é o que você pensa, continuando, eu quero que vocês se destruam, simples, e isso já está acontecendo.

- Você pode fazer o que quiser, eu, Valquíria e Wolf permaneceremos juntos.

- Então me responda caçador, aonde os dois estão?

- Caçador? – Hunter franziu o cenho confuso.

- Ah é, você ainda não sabe, mas não se preocupe, logo você vai descobrir, voltando a minha pergunta, eu mesmo respondo, Wolf está se transformando e cada vez que ele se transforma ele fica mais forte e mais fatal, e tem apenas um motivo a transformação dele, matar a sua querida Valquíria.

- Ele não fará isso – Hunter vociferou.

- É claro que ele fará, e sabe por quê? Porque nesse exato momento, Valquíria está dando todos os motivos para ele matá-la. Se você quiser salvar sua namoradinha eu aconselho você correr.

>> 

- Tem certeza de que não quer entrar? – Elsa estava na porta de sua casa conversando com Jack.

- Você sabe que a Anna não vai liberar minha entrada, além do mais preciso ficar de olho na Carina e procurar a Asty, depois da discussão que ela teve com o Peter ela vai precisar de um amigo.

- E é claro que você é esse amigo que ela tanto precisa – Elsa disse sarcástica.

- Não começa com a implicância, a Asty já passou e está passando por muita coisa.

- Está bem, mas só porque ela é sua amiga – a loira revirou os olhos – eu vou entrar, qualquer coisa me liga.

- Boa sorte com a sua tia – Jack deu um beijo na testa dela e subiu em sua moto indo em direção a casa de Astrid.

Elsa respirou fundo e entrou na casa, Anna estava deitada no sofá assistindo algo.

- Você voltou – Anna pausou o que estava assistindo e se virou para a irmã com um sorriso largo.

- Claro que voltei.

- Estava com medo de você ir embora de novo – Anna fechou o sorriso e abaixou o olhar.

- Eu não vou a lugar nenhum – Elsa foi até Anna e a abraçou – a tia Ingridh está em casa?

- No quarto dela.

- Preciso conversar com ela, que tal mais tarde assistirmos a um filme juntas?

- Perfeito.

Elsa se afastou de Anna e subiu as escadas, ela parou em frente ao quarto da tia e bateu na porta.

- Tia, é a Elsa, posso entrar?

- Sim – uma voz gritou de dentro do quarto.

Elsa abriu a porta, sua tia estava na cama com diversos papéis espalhados ao seu redor.

- Então você decidiu voltar para casa? – Ingridh ergueu o olhar rapidamente e logo voltou sua atenção para os papéis.

- A Anna precisa de mim e eu precisava resolver algumas questões também – Elsa fechou a porta e se aproximou da tia.

- Agora você se lembrou que tem uma irmã?

- Eu nunca esqueci – a loira disse seca – sabe aonde eu estava tia?

- Não, e de verdade? Não quero saber – Ingridh bufou – estou um pouco ocupada cuidando dos negócios da nossa família, então se você puder sair..

- Eu estava em Arendelle – Elsa a interrompeu.

Ao ouvir o nome da cidade, Ingridh ergueu o olhar surpresa.

- Eu descobri algo muito interessante sobre nossa família, para ser mais exato, sobre meu pai.

- E o que você descobriu sobre ele? – Ingridh passou a mão no cabelo, estava começando a ficar nervosa.

- O meu pai era um bruxo muito poderoso, a senhora sabia disso?

- B-bruxo? C-claro q-que n-não.

- A senhora parece nervosa tia.

- Claro que estou nervosa, a minha sobrinha some por quase três anos e de repente volta falando sobre bruxaria – Ingridh se levantou da cama e foi até a janela.

- Por que você nunca nos contou a verdade? Eu e a Anna tínhamos o direito de saber o que éramos – Elsa aumentou o tom de voz.

- Eu não sei do que você está falando – Ingridh permanecia de costas para a sobrinha.

- Então me diga por que seu coração está acelerado? Por que você está suando? E por que está com dificuldade para respirar?

- Como você sabe? – Ingrid se virou para Elsa.

- Não importa, o que importa é que você não tinha o direito de nos esconder isso.

- Eu contar não mudaria nada.

- É claro que mudaria – Elsa vociferou – mudaria tudo, a Anna precisa saber.

Elsa foi até a porta do quarto e a abriu, Ingridh correu até ela e segurou seu braço.

- Não, a magia é algo ruim, ela vai destruir vocês, você não pode contar para ela.

- Não é você quem decide isso, eu vou contar a verdade para ela.

- Elsa por favor – Ingridh começou a chorar – pelo bem da Anna, ela não pode saber.

- O que eu não posso saber? – Anna surgiu no corredor.

- Nada Anna, estamos falando da empresa – Ingridh rapidamente enxugou seu rosto.

- Mentira, estávamos falando sobre nosso pai – Elsa se desvencilhou da tia e foi até a irmã.

- O que tem ele? – Anna estava confusa.

- Ele era um bruxo e você também é.

- O quê? Como assim eu sou uma bruxa?

*

*

Peter estava na casa de Heather, depois de discutir com Astrid ele decidiu visitar a morena. Os dois estavam no sofá da sala conversando.

- Tem certeza de que sua mãe não chegará agora?

- Absoluta, e o Hicc deve estar com o tio Fergus, pode falar sem problemas – Heather abriu um leve sorriso.

- Será que eu peguei pesado com ela? Quer dizer eu acho que ela precisava ouvir aquilo, mas não sei, talvez eu não devesse ter falado daquela forma – Peter começou a mexer as mãos compulsivamente.

- Você mesmo disse que ela precisava ouvir aquilo, você só falou a verdade – Heather colocou uma das mãos sobre as mãos dele o confortando.

- Eu sei, mas eu nunca a enfrentei daquele jeito, na verdade eu pensei que isso nem era possível por causa da ligação, eu nunca a vi daquele jeito, pela primeira vez ela não respondeu, ela não debateu, ela não brigou ou discutiu, ela ficou parada me escutando desabafar, eu só estou preocupado com ela, eu sei que tem algum motivo para ela ser assim.

- E você não sabe o motivo?

- Não, ela nunca me falou, mas desde que eu a conheci ela é desse jeito, fria, distante, com um único sentimento, raiva.

- Você acha que ela vai querer se vingar de mim? – Heather questionou receosa.

Peter olhou para ela e a puxou para um abraço.

- Eu não vou deixar ela fazer nada contra você, eu vou te proteger Heat.

Ele a afastou um pouco e a beijou, uma beijo calmo e suave, mas tiveram que interromper o beijo por causa do celular de Peter que começou a tocar. Ele pegou o aparelho no bolso e olhou o visor vendo o nome do contato que o ligava.

- É o Jack.

- Você vai atender?

- Não – Peter encerrou a ligação e guardou o celular no bolso, em menos de um minuto o telefone voltou a chamar.

Isso se repetiu por algumas vezes, até Peter resolver atender.

- Deve ser a Astrid me procurando, é melhor eu atender e resolver isso do que não atender e correr o risco de ela aparecer aqui.

Peter se levantou do sofá e atendeu a ligação.

- Peter finalmente atendeu, para que você tem um celular se não atende quando alguém liga? – Jack parecia nervoso do outro lado da linha.

- O que você quer Frost?

- Só tem uma pessoa que me chama assim – Jack estava irritado.

- Está bem JACK, me fala logo o que você quer.

- É a Asty..

- Eu não vou para casa agora – Peter o interrompeu – e fala para ela não vir atrás de mim, eu não quero conversar, eu não quero nem a ver nesse momento.

- Não é isso, ela fez um coisa.

- É claro que ela fez uma coisa, ela sempre faz, mas eu não quero saber, eu não vou voltar atrás no que eu disse.

- PETER, CALA ESSA BOCA E ME ESCUTA – Jack gritou fazendo Peter se assustar – a Asty está no hospital, ela sofreu um acidente.

- O quê? Como? O que aconteceu? – Peter perguntou preocupado.

- Ela se jogou de um penhasco com o carro e está no hospital, está inconsciente, eu liguei só para avisar – Jack disse mais calmo.

- Avisou os garotos?

- Os gêmeos estão fora de Berk e o Max está cuidando da Carina.

- Eu estou indo para aí, não deixa ninguém examiná-la.

- Vai ser um pouco difícil, mas vou tentar.

- O que aconteceu? – Heather perguntou assim que Peter encerrou a ligação.

- A Astrid está no hospital, ela se jogou com o carro em um penhasco.

- Ela fez o quê? – uma voz grossa e preocupada chamou a atenção dos dois que olhou em direção a porta, Hiccup havia acabado de entrar por ela.

*

*

Astrid abriu os olhos com dificuldade, sentiu eles doerem por causa da luz, mas decidiu ignorar a dor quando percebeu aonde estava. Ela estava deitada em uma cama em um quarto de hospital, havia alguns equipamentos ligados ao seu corpo medindo seus sinais vitais, havia um curativo do lado direito de sua testa e alguns cortes em seus braços.

Ela se sentou na cama e sentiu uma dor em sua coluna ao fazer isso, havia algo muito errado. Ela estava se preparando para se levantar quando a porta foi aberta e uma enfermeira entrou no quarto acompanhada por Jack.

- Você acordou – Jack respirou aliviado.

- Por que eu estou aqui? – Astrid o encarou.

- Você sofreu um acidente, aparentemente perdeu o controle do veículo que estava e acabou caindo em uma penhasco, por sorte foi encontrada antes que o pior acontecesse – a enfermeira respondeu com um sorriso.

- Eu vou para casa – Astrid tirou o cobertor que a cobria e colocou seus pés no chão.

- A senhorita ainda não pode ir, precisa esperar o médico lhe dar alta – a enfermeira foi até Astrid e colocou as pernas dela novamente na cama e a cobriu.

- Eu estou bem – Astrid disse um pouco irritada.

- Isso é o médico quem dirá, vou chamá-lo para examiná-la – a enfermeira se virou para Jack – não a deixe sair daqui.

- Vamos logo antes que ela volte – Astrid se levantou assim que a enfermeira saiu do quarto.

- Nem pensar – Jack rapidamente foi até ela e a colocou novamente na cama.

- O que você está fazendo?

- O que ela pediu, te impedindo de sair daqui – ela a ajeitou na cama.

- Você ficou louco Frost? Eu não posso ser examinada.

- Tarde demais, você já foi – ele deu de ombros.

- O quê? – ela gritou – Eles não podem, eles vão ver que tem algo de errado comigo.

- Asty, eu sei que está preocupada, mas tenta se acalmar.

- Me acalmar? Eles vão ver que eu não tenho um tipo sanguíneo, vão ver que os meus batimentos cardíacos são extremamente lentos, e meu coração fica até dias sem bater uma vez sequer, sem falar na minha pele, espera – ela adotou uma expressão pensativa e olhou para seu corpo – como eles conseguiram colocar essa agulha no meu braço? Como eles conseguiram me perfurar e como os meus batimentos estão normais no monitor?

- Não sei, quando eu cheguei aqui você já estava assim, já havia uma agulha no seu braço e sobre seus batimentos, eles não estão normais, o médico disse que estão muito lentos.

- Para um humano, mas olha só – ela apontou para o monitor – está a 20bmp.

- Eu não sei explicar Asty, não sei como isso aconteceu e nem como você continua machucada, já deveria estar sem nenhum arranhão.

- Tem alguma coisa errada – Astrid abaixou a cabeça pensativa.

- Sim, mas não pense nisso agora, pense em se recuperar.

- Quem me trouxe para cá?

- A enfermeira disse que foram alguns garotos, eles estavam fazendo trilha e viram o carro dentro da água, mas isso não importa e sim o que você fez – ele se sentou ao lado dela na cama.

- Eu?

- Asty, você não acha mesmo que eu acredito que foi um acidente, eu sei que você se jogou.

- Eu estava apenas me divertindo – ela deu de ombros.

- Desde quando se jogar de um penhasco é diversão? – ele aumentou o tom de voz.

- Você gostava disso.

- Gostava, do verbo não gosto mais – ele segurou na mão dela – Asty, tinha um motivo para fazermos isso, foi por causa do Peter?

- Não, claro que não, você acha que eu ia me machucar propositalmente porque eu tive uma discussão idiota com meu irmão mais novo? – ela perguntou sarcástica.

- Você sabe que ele tem razão.

- Não, não sei – ela tirou a mão dele de sobre a sua.

- Você não pode controlá-lo.

- Eu não só posso como vou, ele vai perceber que é para o bem dele.

- Ele vai te odiar.

- Eu não me importo – ela aumentou o tom de voz – eu prefiro que ele me odeie, mas esteja vivo, mas esteja bem, do que ele me amando e morto igual a mim.

- Ele já está morto.

- Você entendeu o que eu quis dizer – ela o encarou.

- Sim, eu sei o que você passou, mas isso não significa que vai se repetir – ele segurou novamente a mão dela.

- Eu prefiro não arriscar.

- Isso deveria ser uma decisão dos dois.

- Não, porque eu sei o que eles vão decidir, eles vão fazer a mesma escolha que eu e o Steven fizemos – os olhos dela se encheram de lágrimas – eu estou tentando proteger os dois.

- Já passou tanto tempo, você precisa superar o que aconteceu.

- Como se supera algo assim? Eu nunca vou esquecer, eu nunca vou me recuperar.

- É por isso que você afasta o Hiccup? Você tem medo da história se repetir?

Astrid não respondeu, apenas abaixou a cabeça deixando as lágrimas escorrerem por seu rosto.

- Eu sei que você discorda, mas você merece ser feliz – Jack a abraçou de lado – deixe o Peter e a garota serem felizes e se permita ser feliz, mesmo que seja com um caçador.

- Eu não posso.

- Pode sim e deve, olha para mim, de todas as pessoas no mundo talvez eu seja a que menos mereça ser feliz, e mesmo assim eu estou tentando.

- Você se declarou para Elsa?

- Ainda não, mas eu não a afasto, eu estou sempre com ela e eu não controlo a vida dela, eu a deixo fazer as escolhas dela e quando algo de ruim acontece, quando ela fica triste ou percebe que escolheu errado eu estou lá para apoiá-la e consolá-la. Eu sei que você quer protege-los, mas você não pode, não de tudo, o que você pode fazer é continuar do lado deles e se por acaso algo parecido com o que aconteceu com você, acontecer com eles, você vai ser a primeira pessoa que eles vão pedir ajuda, porque eles vão entender que você sempre estará com eles para o que precisarem.

- Você os devia ter transformado, eu não sei fazer isso, eu não sei cuidar deles.

- Sabe sim e você faz isso muito bem, só faz algumas besteiras de vez em quando – ele sorriu – deixe-os fazerem as escolhas dele e faça as suas, se permita ser feliz, dê uma chance para você e o Hiccup.

- E se ele for um caçador?

 - Vocês vão resolver isso juntos, mas você nunca vai saber se vai dar certo se não tentar.

- Obrigada – Astrid abriu um leve sorriso e o abraçou mais forte.

Ela ouviu a porta ser aberta e sentiu o perfume que ela conhecia muito bem.

- Eu não queria interromper – Hiccup se virou para sair do quarto,

- Não interrompeu, eu já estava saindo – Jack rapidamente se levantou da cama – ela é toda sua.

O platinado empurrou Hiccup para perto da cama e saiu do quarto.

- Hicc, o que você faz aqui? – Astrid perguntou assim que Jack fechou a porta após sair por ela.

- O Peter estava na minha casa quando avisaram ele sobre o acidente, eu queria ver como você estava.

- Eu estou bem – ela forçou um sorriso.

- O que aconteceu? Você se jogou em um penhasco.

- Eu não me joguei, foi um acidente.

Os dois ficaram um tempo em silêncio encarando um ao outro.

- O Peter veio com você? – Astrid quebrou o silêncio após um tempo.

- Sim, ele está assinando alguns papéis eu acho, não entendi direito, mas ele falou que precisava resolver algo – ele se aproximou mais dela – a Heat também veio.

- Eu imaginei, ela não se afasta do Peter – Astrid suspirou.

- Eu sei o que você fez, você queria afastar eles.

- É complicado Hicc.

- Então me explica, olha, a Heat gosta realmente do Peter e pelo que eu vejo, ele também gosta dela, então por que não deixar que eles sejam felizes?

- Pode não parecer, mas eu faço isso para o bem dos dois.

- Eu também sou irmão mais velho Asty, eu sei como é querer proteger a ponto de se intrometer na vida do outro, mas isso não é certo.

- Eu sei – os olhos dela ficaram marejados novamente – é só que, eu não quero que ele sofra como eu já sofri.

- O que aconteceu? – ele se sentou na cama de frente para ela.

- Eu tinha um noivo – ela abaixou o olhar.

- Um noivo? – Hiccup perguntou surpreso – Mas você é muito nova para ter um noivo.

- Isso não vem ao caso, a questão é que eu o amava, mas aconteceu algo e eu não consigo superar, eu não quero que ninguém passe pelo que eu passei – algumas lágrimas escorreram pelo rosto dela.

- A gente não tem controle sobre a maioria das coisas Astrid, e é normal sofremos por amor – Hiccup passou o polegar no rosto dela, enxugando as lágrimas.

- Eu não quero que eles sofram, eu não quero que você sofra – ela ergueu a cabeça para olhar para ele.

 - Então por que você age assim?

- Porque eu não sei agir diferente, eu não sei demonstrar carinho, afeto, ou amor – ela abaixou o olhar novamente.

- Nunca é tarde para aprender – ele segurou na mão dela – eu sei que você tem medo pelo que aconteceu com o seu noivo, mas se fechar só vai piorar as coisas, você não pode passar o resto da sua vida sozinha, porque alguém te machucou, você merece ser feliz.

Astrid abriu um sorriso involuntário.

- O que foi? – Hiccup franziu o cenho confuso.

- Você é a segunda pessoa a me dizer isso em menos de uma hora, acho que é algum tipo de confirmação.

- E quem foi a outra pessoa?

- O Frost.

- Ah, o platinado – Hiccup soltou a mão de Astrid – ele é por acaso seu..

- Não – Astrid o interrompeu – ele é apenas meu amigo, só isso, e eu não devia ter beijado ele, eu não posso brigar com você por flertar com alguma garota e depois beijar outro homem, ainda mais na sua frente.

- Nós não temos nada, então você pode fazer o que quiser.

- Você não ficou chateado por eu ter beijado outro?

- Não – ele deu de ombros.

- Então eu posso chamá-lo aqui e beijá-lo que você não vai se importar?

- Não.

- Mentira, como você pode mentir para uma garota hospitalizada e doente? – Astrid fingiu indignação.

- Você não disse que estava bem? – ele arqueou a sobrancelha rindo.

- Desculpa.

- Pelo quê?

- Por ser assim – ela disse baixo – eu digo que gosto de você, mas ajo de forma ao contrário, eu não sei demonstrar as coisas direito.

- Ciúmes você sabe demonstrar bem – ele sorriu e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha – me desculpa também.

- Pelo quê? – ela perguntou confusa.

- Eu fiquei com raiva por causa do seu beijo com o platinado, mas daí eu me toquei de algo, você já demonstrou ter ciúmes de mim, mas eu nunca demonstrei ter de você, até agora – ele sorriu – eu te acuso de me afastar, mas eu nunca tentei entender porque você fazia isso, eu morri de saudades o tempo que você ficou fora da cidade, mas eu não te disso isso quando você voltou, eu fico com medo de você gostar de outra pessoa, mas eu nunca fiz nada para você continuar gostando de mim, você já se declarou para mim, mas eu nunca te falei como eu me sinto em relação a você.

- Hicc, não precisa.

- Eu gosto de você, eu tentei não gostar porque eu sempre te achei meio louca, de verdade – ele sorriu a fazendo sorrir – mas eu simplesmente não consigo parar de gostar de você.

- Você não vai querer gostar de mim, não quando descobrir quem eu sou de verdade.

- Eu já gosto de você, mesmo conhecendo o seu jeito isolado e solitário, tenho certeza de que quando eu te conhecer melhor, vou gostar ainda mais.

- Não vai, eu sou um caso perdido, eu sou toda quebrada e eu machuco as pessoas que eu amo, eu não sei amar alguém, eu sou tóxica, eu não mereço..

Astrid não terminou a frase, foi interrompida por Hiccup que a beijou. Ao se dar conta do que estava acontecendo ela rapidamente retribuiu, mas logo o ar faltou e eles tiveram que se afastar.

- Você não devia ter feito isso.

- Foi a única maneira de fazer você se calar.

- Então quer dizer que se eu quiser um beijo seu, basta eu começar a falar sem parar, igual eu estou fazendo agora?

- Sim – ele segurou o rosto dela com as duas mãos.

- Então acho que vou começar a falar sem parar de novo – ela sorriu e Hiccup se aproximou dela novamente para beijá-la, mas foram interrompidos pela porta que foi aberta de repente.

Hiccup se levantou da cama em um sobressalto enquanto Astrid ria do constrangimento dele.

- Senhorita Hofferson, vejo que está melhor – o médico se aproximou da cama dela.

Astrid percebeu que ele estava com uma curativo no pescoço, ela olhou para Jack que estava atrás do médico.

- Estou ótima, posso ir para casa?

- Sim, foi exatamente isso que eu vim fazer, lhe dar alta – o médico sorriu e pegou o prontuário de Astrid.

- Mas já, ela não deveria ficar em observação? – Hiccup questionou preocupado.

- Não há necessidade, os ferimentos foram superficiais, ela está muito bem – o médico assinou algo no prontuário e foi em direção a porta – senhorita Hofferson está liberada e por favor, não dirija mais naquela parte da floresta.

- Obrigada – Astrid forçou um sorriso enquanto via o médico sair do quarto.

- Eu me ofereceria para te levar em casa, mas vim no carro do Peter – Hiccup falou um pouco incomodado com a presença de Jack.

- Eu a levo – o loiro se aproximou dos dois – eu vim com minha moto.

- Ela acabou de receber alta, ela não vai andar de moto, é perigoso – Hiccup encarou o platinado.

- Ela estará mais segura na minha moto do que em qualquer outro lugar desse planeta, eu sei como cuidar dela.

- Sabe tão bem que no seu primeiro dia na cidade ela já sofreu um acidente.

- Chega – Astrid se levantou da cama ficando em pé perto dos dois – deixa eu apresentar vocês corretamente, Hicc esse é o Jack, meu melhor amigo e Jack esse é o Hicc.

- Oi – Hiccup falou entredentes.

- Então você é o famoso Hicc? – Jack abriu um sorriso cínico – A Asty já me falou muito de você.

- Estranho, ela nunca me falou de você.

Jack se virou para Astrid com uma expressão magoada, a loira apenas revirou os olhos.

- Eu não vou com nenhum dos dois – ela mesmo tirou a agulha e seu braço e começou a olhar pelo local – vocês sabem aonde estão minhas roupas? Odeio essa camisola.

- Suas roupas estavam molhadas, mas vou pedir o Max para trazer alguma roupa sua – Jack disse solícito e pegou o celular ligando para o Max.

*

*

- Vou ter que sair, tenho que levar roupas para a Asty no hospital – Max disse para Carina que estava sentada na cama olhando para o nada.

- Posso ir com você? – ela se levantou empolgada.

- Acho melhor não, sabe como é, hospital, muita gente machucada, com sangue, não é uma boa ideia.

- Então eu vou ter que ficar aqui sozinha? – ela bufou irritada.

- Sim e nem pense em sair dessa casa, logo os gêmeos devem chegar e te fazer companhia, eu não demoro, se sentir fome tem sangue no freezer.

Max pegou uma roupa de Astrid e saiu da mansão.

Assim que Carina viu o garoto sair com o carro ela foi até a cozinha, pegou uma bolsa de sangue e a devorou, mas continuava com fome, pegou seu celular e ligou para Elsa, mas a platinada não atendeu.

Carina bufou chateada, estava com tédio e com fome, precisava conseguir sangue fresco. Ela saiu da casa e foi em direção a floresta, teria que conseguir pelo menos algum animal.

Ela já estava desistindo de procurar quando ouviu uma barulho e um cheiro de fumaça, andou mais alguns metros até se deparar com um grupo de jovens acampando.

Ela se aproximou deles devagar, até que foi percebida por uma garota.

- Oi, você está bem? – a garota se aproximou dela – Está perdida, precisa de ajuda?

- Sim, eu preciso – Carina mantinha sua expressão de garota indefesa.

- Pessoal, tem uma menina aqui precisando de ajuda – a garota gritou para os amigos que logo se aproximaram dela.

- Como a gente pode te ajudar? – um garoto perguntou.

- Basta ficarem quietos – Carina o segurou pelos ombros enquanto suas presas cresciam, o garoto a olhou assustado e tentou afastá-la, mas já era tarde demais, ela já havia cravado seus dentes nele.


Notas Finais


*Espero que tenham gostado.
**Como vemos Anna é uma bruxa também, no decorrer dessa fic vocês vão perceber que quase ninguém é humano.
***Como eu tinha falado, tivemos um momento fofo Hiccstrid, e o Hicc finalmente se declarou para Asty.
****Vocês tem alguma teoria sobre o porque de a Astrid não estar se recuperando tão bem e aparentar estar mais fraca? Me digam o que pensam.

****É isso, beijos de luz e até a próxima!


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