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História Blood Sweet and Tears - Haikyu!! - Capítulo seis - Blue Eyes. - História escrita por esc_ana - Spirit Fanfics e Histórias
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História Blood Sweet and Tears - Haikyu!! - Capítulo seis - Blue Eyes.


Escrita por: esc_ana

Notas do Autor


Olá, boa leitura.❤️

Capítulo 7 - Capítulo seis - Blue Eyes.


Fanfic / Fanfiction Blood Sweet and Tears - Haikyu!! - Capítulo seis - Blue Eyes.

5 novas mensagens recebidas

Senhor Hinata?

Boa tarde, tudo bem? Me chamo Mizuki, sou secretária do Senhor Kageyama. Desde já gostaria de pedir desculpas por entrar em contato tão em cima da hora.

Estou lhe mandando mensagem para informá-lo que o Líder está requerendo sua presença em nossa sede governamental no horário estipulado de 16h30min.

Devido à minha demora, podemos marcar amanhã se o senhor achar melhor, ou quiser descansar durante o dia de hoje.

 
Aguardo seu retorno.

Boa tarde. Estou a caminho.


                                              ÃoÃ

Em movimentos rápidos, Shoyo andava de um lado para o outro em seu quarto, no hotel em que estava hospedado.

Botava uma camisa, não gostava, trocava;
Botava uma calça, não combinava, trocava;

E assim sucessivamente até por fim achar algo bom o suficiente e ficar pronto. Não botou um terno preto além de seu tamanho para não chamar atenção de uma forma desnecessária, mas também não estava usando uma jardineira amarela néon para não ficar parecendo um fanfarrão.

Estava no “pique” – como sua amiga Fernanda dizia do outro lado da tela de seu telefone.

Depois do episódio de Kyojin correndo atrás de um desconhecido por conta de um chaveiro de baleia, chamar a atenção por errar no dress code era demais para si.

Devido ao clima quente, descartou totalmente a possibilidade de um all black e foi para o básico casual, porém ainda elegante. Sua vestimenta era composta por uma camiseta manga curta na cor branca e uma calça de alfaiataria lisa na cor preta. O básico que funciona.

De acessórios, pois apenas o necessário, um relógio de couro preto, o cinto,  também preto mas com detalhes em prata na fivela; levando contraste a corrente que adornava seu pescoço, também na mesma cor e material. Nos pés deixou algo mais discreto, apenas um tênis branco para dar sentido à camiseta que estava usando.

Por fim, escovou os dentes, deu uma breve arrumada em seus cabelos alaranjados e borrifou um pouco de perfume.

Voíla. – Disse parado em frente ao seu telefone, onde Fernanda continuava do outro lado da linha, observando-o com atenção.

Sim, estava com pressa, mas jamais deixaria a amiga de fora desses momentos. Sendo assim, antes mesmo de começar a se arrumar, ligou para a ômega em chamada de vídeo e apoiou o telefone sobre o criado mudo que ficava ao lado de sua cama.

— E então? Como estou? – Questionou pondo as mãos no bolso.

— Achei bem hétero. – Fernanda afirmou com sinceridade. – Mas está bem bonito, Sho.

— Ufa! Que bom. Quanto mais hétero parecer, menos alfas inconvenientes aparecem. – Alegou sorrindo frouxo. – Há mais alguma observação? Tenho que ir em breve então se houver alguma objeção sobre o outfit escolhido, pode falar. Sabe que confio cegamente nas suas opiniões.

— Sei sim, por isso reafirmo que você está lindo. Fica tranquilo. Eu tenho certeza de que você está nervoso, mas vai dar tudo certo. – Diz fazendo um sinal positivo com a mão e Shoyo sorri. – Além disso, você sabe. Indo básico porque seu acessório é ser ruivo como folhas de outono. – Ri alto.

Embora estivesse sendo sincera, não perderia a chance de brincar com o amigo e lembrá-lo de quando um menino adolescente chegou em si com essa “cantada” a fim de ter o número de telefone de Shoyo. Claro que não deu certo.

— Não me lembre disso. – Ri junto da morena. – Às vezes me questiono de onde ele tirou coragem para algo tão... Incomum e peculiar.

Não estava desprezando o projeto de alfa que havia falado consigo, apenas achava uma perca de tempo sair pedindo o número de pessoas dessa maneira na rua. Era sincero ao achar que o menino deveria curtir sua adolescência, assim como Hinata gostaria de ter curtido se seu pai não tivesse interferido na sua vida amorosa, é claro.

“Nota mental: ligar para o meu pai mais tarde.” Pensou e constatou num acenar silencioso com a cabeça, deixando Fernanda confusa.

— Concorda comigo? Achei que acharia um absurdo. – Sorri contido. Sabia que o ruivo havia tirado a atenção de si por um segundo, nada mais justo do que brincar com isso.

— O que? Concordo com o que?

— Que você deveria achar um alfa gostosão por aí. — Respondeu sincera e Shoyo a olha de forma tediosa, negando com cabeça e sorrindo mínimo logo em seguida.

— Prefiro passar meu número para o projetinho de alfa. – Debocha e ri. – Preciso ir, Nanda. Até mais tarde.

— Até, Sho. Não esquece de me mandar mensagem mais tarde contando sobre tudo.

— Sim senhora. – Afirmou. – Estou indo, beijos, minha linda.

Após ouvir a resposta da ômega, Shoyo desligou a chamada e saltou da cadeira onde havia sentado para arrumar a barra de sua calça, saindo do quarto e indo até o estacionamento onde seu carro estava. Adentrou no mesmo e antes de dar partida, colocou o endereço informado a si por mensagem, no GPS.

                                         ÃoÃ


— Boa tarde, em que posso ajudar?

— Boa tarde, eu tenho uma reunião marcada para às quatro e meia, mas acho que cheguei um pouco cedo demais. – Shoyo disse acanhado ao olhar o relógio digital na parede atrás da mulher, e constatar que ainda eram quatro e cinco da tarde.

— Tudo bem, não há problema algum. — Sorriu. – Então, qual seu nome?

— Hinata Shoyo. Aqui está meu documento de identificação. – Diz prontamente ao por o documento em cima do balcão.

— Creio que não será necessário, senhor. – Disse sorrindo pequeno ao olhar na direção do elevador, deixando um ruivo confuso.

— Como assim?

Acompanhou o olhar da mulher, que acreditava ser beta, para o elevador e franziu a testa ao ver um homem alto vindo em sua direção. Shoyo observou como o sujeito andava espirrando poder a cada passo; todos o reverenciavam e sorriam. Era um líder nato e as pessoas ao redor não viam problemas algum naquilo.

O terno era visivelmente feito sob medida, pois tinha um belíssimo caimento em seus ombros largos e tão bem definidos, sua cintura era milimetricamente acentuada, dando um belíssimo contraste com as pernas marcadas pelo tecido caro de alfaiataria.

Nunca foi o tipo de pessoa fissurada em acompanhar grandes marcas de roupas e seus desfiles, mas Shoyo tinha certeza que aquele homem usava um sapato Ferracini Liverpool⁵ preto.

Shoyo também sempre foi cético a religiões, deuses, lendas e tudo que abrange a ideia de uma segunda ou terceira dimensão, mas de uma coisa o ômega tinha certeza, um anjo havia acabado de parar em sua frente.

Hinata se sentia paralisado por tamanha beleza, e tinha ciência que estava. Analisou com cuidado as expressões do homem; havia um sorriso ladino, porém gentil em sua boca vermelha, e que Shoyo julgou como possivelmente muito macia. A pele viçosa com apenas algumas pequenas pintas de nascença.

Era lindo, realmente lindo.  Mas nenhum detalhe se comparava à profundidade daqueles olhos azuis oceanos; olhos tão intensos, lindos e conhecidos por si.

Conhecidos.

Algo estalou dentro de si, tirando-o do transe. Shoyo arregalou os olhos ao perceber o motivo de estar sentindo essa familiaridade com o homem à sua frente, e quando o mesmo abriu a boca para questionar a expressão do ômega, este último foi mais rápido.

— Era você?

O moreno sorri contido e afirma que sim com a cabeça, antes de ir para o lado do ômega e dar um passo à frente, indicando que deveriam ir para a sala do mesmo.

— Vamos conversar no meu escritório, tudo bem? – O ruivo assentiu com a cabeça  e murmurou um “obrigado” para a recepcionista, que apenas sorriu confusa.

O caminho até o gabinete era simples e rápido, mas muito atrativo. O prédio em si era muito aerado, mas aquele corredor tinha um toque especial. Shoyo não entendia se era devido ao andar, as emoções dentro de si, ou se a vista estava influenciando; mas alguma coisa estava mexendo consigo.

Talvez fosse tudo, ou o motivo principal de estar ali. Sentia uma paz descomunal, e esperava que vivesse aquela paz até que viesse a falecer de causas naturais. Foi assim que sempre imaginou sua vida, e de forma alguma gostaria que seus planos fossem interrompidos por Atsumu.

Suspirou pesado.
            O alfa ao seu lado percebeu.

— Está desapontado? — Falou chamando a atenção de Shoyo para si, que negou prontamente com a cabeça enquanto entrava no escritório junto do moreno.

— Só estou digerindo essa situação. – Responde sincero, de certa forma.

— Por que?

— Ah. Não é todo dia que meu cachorro corre atrás do meu chefe, então, bem… É algo inusitado, por assim dizer. – Shoyo responde sem jeito enquanto fita o escritório do homem, até seus olhos alcançarem uma pequena placa sob a mesa do homem.

•Kageyama Tobio – Líder•

Hinata suspira contido novamente e retrai uma vontade grotesca de morder os próprios dedos.
Baseado na reação dele no parque, tinha certa compreensão de que não seria dispensado de sua função – essa que não havia sequer começado ainda.

— Fico feliz que tenha se lembrado. – O homem afirma e Shoyo sente sua alma ser soterrada de aflição e uma vontade de surtar tomar conta de si, mas o ômega se limita a um suspiro tímido.

Dizem que a cada suspiro que damos, estamos mais perto da morte, então se for assim, Shoyo já estava considerando seu velório para o dia de amanhã.

— Bem, não é como se tivesse acontecido há semanas, então é impossível não lembrar. – Shoyo fala calmo e arruma a postura em seguida, ficando com a coluna ereta e as pernas cruzadas. – Posso perguntar algo?

Tobio assente.

— Assim, só para desencargo mental. Você vai me mandar de volta para Miyagi?

Tobio nega;
Shoyo solta um suspiro de alívio;
Tobio percebe.

— De forma alguma. — Se levanta de onde estava e anda até o filtro de água. — Quer algo para beber?

— Não, obrigado. – Nega e sorri pequeno ao ver o homem retornar para a mesa a sua frente e se sentar. – Nem me punir?

— Eu deveria? – Questiona sério e Shoyo se cala, procurando uma resposta e falhando em achá-la. – Exatamente. Coisas desse tipo podem acontecer, ele não me machucou e só queria brincar com meu chaveiro. Está tudo bem, sim?

— Mesmo?

— Sim. Apenas não deixe-o sozinho daquela forma. É perigoso para seu próprio cão. – Alerta e ao ver Shoyo concordar, suaviza a expressão.

— Obrigado, senhor Kageyama.

— Hum? Pelo o quê? – Questiona confuso.

— Por me deixar continuar aqui.

Shoyo é sincero em sua resposta, notando isso, Tobio sorri.

— Como ele está? – Questiona após alguns minutos de silêncio, intrigando a Shoyo, que o olha confuso. – Kyojin. Como ele está?

— Ah, sim. Está bem, a tutora do hotel que estou é gentil e cuida muito bem dele.

O alfa junta as sobrancelhas em estranhamento. — Hotel?

— Sim. Estou em um hotel. – Dá uma pausa, buscando resposta para aquela reação. – Por que?  Algum problema?

— Na verdade, sim. Achei que já havia sido designado para onde você morará.

— O Senhor Takishima, me falou algo sobre “diferença em alojamentos para cada classe.” – Fez aspas no ar e sorriu torto. – Ele disse que meu caso era um pouco diferente e que alguém cuidaria disso pela manhã, mas não me falaram nada; então não entendi.

Tobio assentiu lentamente com a cabeça antes de arrumar a postura em seu assento de couro e suspirar. Não era nenhum leigo, tinha plena consciência de qual era a “situação diferente” de Shoyo.

Sabia que o ômega havia sido marcado, mas que não havia nenhum alfa ou dependentes registrados em seu nome, sendo assim, era de fácil entendimento que ele era o que a sociedade gostava de chamar.

Era um ômega abanando, ainda que Kageyama odiasse a expressão.

Aprendeu desde cedo a importância dos Ômegas na matilha e o papel que os mesmo desempenhavam, estando além de serem apenas procriadores naturais.

Tobio se preparou para o cargo que ocupa agora durante anos e anos. Sempre entendendo que existe uma diferença gritante em ser chamado de líder e ser líder. Aprendeu desde cedo que deveria sempre ouvir e cuidar das necessidades de seu povo, e prezar pelo cuidado dos mesmos.

Quando criança, presenciou muitas cenas nojentas de alfas intimidando ômegas e betas, às vezes, até mesmo homens e mulheres de sua própria classificação. Por vezes teve o vislumbre de ver como os homens se comportam como animais, mesmo sendo tão evoluídos fisicamente.

Erro, nem animais agiam daquela maneira.
Eles não eram completamente sem escrúpulos.

Pensando nisso prometeu para si mesmo que mudaria isso para todo o sempre, e que sua matilha faria o certo pelo certo. Foi assim então que no dia vinte e dois de dezembro de dois mil e onze, em seu vigésimo aniversário, Kageyama se tornou aquele que mudaria o Distrito de Ohayo, levando paz e zelo para os ômegas.

Um alojamento especial foi criado com a intenção de proteger os seres doces dos amargos. Cada um em sua necessidade e cuidados específicos; mas agora sentia que era diferente.

É claro que haviam ômegas como Shoyo dentro da cidade, num alojamento específico para eles. O problema é que além dele ficar relativamente longe da escola onde trabalharia, Tobio sentia do fundo de seu âmago que Hinata deveria ficar perto de si.

Perto de seus olhos, ouvidos e sentidos.

Não sentia que havia algo de errado consigo ou com seu emocional; apenas queria ter certeza de que o ômega ficaria bem.

Era apenas isso.
Ou esperava que fosse.

Sem mais delongas, tomou sua decisão.

— Geralmente você ficaria junto com aqueles que vivem na mesma condição que a sua, entretanto, ficaria um tanto quanto longe da escola; sendo assim, você morará no apartamento vizinho ao meu.

Despejou de uma única vez, sem tempo de se questionar que atitude medíocre era aquela, ou porque havia tomado-a. Apenas respirou contido e se levantou, seguindo até o ômega para sentar ao seu lado.

— E não se preocupe, não há alfas inconvenientes por lá. Ninguém irá atrapalhar o seu conforto.

Sorriu amigável e Shoyo sentiu seu cérebro explodir, parecia que o alfa conhecia e sabia tudo sobre si. Seu jeito de falar denunciava uma falsa afinidade entre ambos, e Hinata sentia aquilo.

Tobio sorria, mas Shoyo sentia sua alma se corroer interiormente, sabia que era questão de tempo até tudo acontecer novamente, e não iria mentir, tinha medo.

Medo de estar vivendo sua vida tranquilamente e de repente, tudo desmoronar diante seus pés e, mais uma vez, fugir como um covarde. Shoyo sentia essa falsa afinidade, falso sentimento de que ambos sempre foram amigos ou conhecidos.

— Onde fica o médico veterinário mais próximo? — Questiona sério.

— Há cinco minutos do prédio onde meu apartamento fica. – Kageyama responde com estranhamento. – Por quê?

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Shoyo ficou calado por um total de cinco minutos, e o alfa ao seu lado percebeu sua quietude, tanto que contou os segundos que ficou sem resposta. Mas minutos após, o ômega tornou a falar.

— Bem, eu... – Hinata começou após respirar fundo algumas centenas de vezes, deixando até Tobio incerto sobre a proposta que fez. – Sendo sincero, para mim, tudo bem ficar junto com os ômegas que tem a mesma condição com a minha, não tem grande relevância o alojamento ser longe, principalmente porque eu tenho  carro e consigo me locomover tranquilamente. – Pausou e Kageyama assentiu com a cabeça.

— Mas..?

— Mas eu tenho um cachorro pelo qual eu daria minha vida para cuidar e proteger. Sendo assim, eu fico onde o médico veterinário for mais próximo. – Conclui firme e certo de sua decisão.

— Ótimo. – Tobio diz e sorri. – Então a  partir de agora seremos vizinhos.

— Sim. – Sorri mínimo. – Vou conversar com Kyojin para ele não bater na sua porta todos os dias, às seis e quarenta e cinco da manhã, para pedir novos chaveiros ou pelúcias. – Shoyo diz contendo o riso.

— Que específico. – Kageyama responde ao se levantar e ficar do lado de sua mesa. – Pelo jeito você é do time que acorda bem cedo.

— Péssima análise. Meu cérebro só funciona se eu me levantar depois das oito da manhã. – Shoyo diz sorrindo.

— Então eu vou deixar um urso de pelúcia diferente em sua porta, todos os dias às oito e dez da manhã para Kyojin. O que acha?

— Eu acho que você vai gastar uma fortuna. – Shoyo responde sincero ao se levantar.

— Possivelmente, mas é apenas um mero detalhe. – Sorri convincente e Hinata apenas o observa atentamente. – Vamos?

— Onde?

—  Conhecer a cidade.


Notas Finais


Tradução Capa:
E eu vou embora, embora esta noite
O chão sob meus pés está aberto
Eu tenho me segurado com muita força
Mas não há nada aqui.

Tradução Título:
Olhos azuis.

Obrigada por ler, até a próxima.🤍


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