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História Bloodshed - I. Irmãs Do Destino - História escrita por teorifera - Spirit Fanfics e Histórias
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História Bloodshed - I. Irmãs Do Destino


Escrita por: teorifera

Notas do Autor


Bold: Narrativa em 1° pessoa
🔈: Com música
🔇: Sem música

Capítulo 2 - I. Irmãs Do Destino


Fanfic / Fanfiction Bloodshed - I. Irmãs Do Destino

Para começarmos esse conto de sangue, violência e relacionamentos abusivos teremos que voltar à um certo ponto da história, especificamente à 12 anos atrás, em uma pequena igreja interiorana do Japão.


Nesta igreja católica vivia um padre, uma alma solitária e vitima dos próprios atos. Um dia, um mensageiro de preto veio e lhe foi dado um lindo cordeirinho. Alguns anos mais tarde, foi lhe dado mais um, e pouco depois mais um veio à sua porta. Crianças de mundos tão diferentes...


Mas, unidas pela esperança de dias melhores lhes aguardavam

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.

.


21 de Junho já havia chegado ao Japão, as flores já haviam desabrochado, a macieira do quintal vizinho estava carregada de lindas maçãs vermelhas, pássaros cantando e altas temperaturas dignas de um verão foi um cenario bonito de se ver. Era o dia que todos paravam o que estavam fazendo só para aproveitar o dia, que era o caso de três estudantes da escola católica local que haviam feito sua escapada para comemorar algo que tornava o dia ainda mais especial, algo planejado à semanas: Um aniversário.

ー Ai meu Deus! Não acredito que fez isso mesmo!! ー A loira sussurra-grita atrás das meninas, trocando risadas.

ー Bem, a culpa é deles por deixar a chave do portão em qualquer lugar. ー A de cachos negros responde com um sorriso confiante, orgulhosa da sua traquinagem.

ー Será que alguém viu a gente?  ー A morena de óculos de grau exclama ainda preocupada. ー O que aconteceu com a parte da "saida discreta"?

ー Nunca disse que era um plano perfeito. ー Diz Shay em defesa levantando as mãos em derrota.

ー Alguém pode me dizer para onde estamos indo? ー A loira pergunta segurando o riso, visivelmente ansiosa.

ー Fazer algo bem mais legal que voleibol.ー Shay responde trocando um sorriso orgulhoso com Shindo.


🔈Surfaces - Good Day


O plano das meninas era constituido por uma extensa lista de atividades que incluia pegar o ónibus para o centro da cidade para ir no shopping mais badalado da região onde se tinha de tudo. 

Lá, iriam passar no brechó para fazer bagunça na sessão de fantasias e acabar comprando três pares de patins, tomar sorvete enquanto se derretem com a fofura dos animais do petshop, mais tarde andar de patins no saguão do shopping, obviamente passar na cabine de fotos e tirar algumas várias fotos de recordação, dar uma espiadinha na loja de instrumentos e fingir ser uma popstar, dançar com alguém que ama no fliperama até o momento de pegar o ónibus para casa, claro, encerrando com uma ultima traquinagem como jogar uma bala de mentos na lata de coca-cola de uma recalcada que olhou feio para a aniversariante. 

ー Precisamos fazer isso mais vezes! ー Yui confessa animada, muito para a surpresa das outras que a olham boquiaberta.ー E-Eu só estou dizendo que... não iria ser tão ruim se uma ou duas vezes ao ano fizéssemos algo assim, em família.

Ouvindo a explicação de Yui as meninas perceberam que, mesmo não tendo o mesmo sangue, elas eram uma família agora e desde do primeiro dia que chegaram foram muito bem recebidas pela loira que vinha ser a filha do padre Komori. 

ー Nós podiamos fazer isso em todos os aniversários, pode ser a nossa tradição de família! ー Shay reforça o argumento de Yui que a faz sorrir.

ー Essa foi a melhor ideia que ouvi o dia interio, tirando a ideia de jogar mentos na coca daquela velha avarenta, não me arrependo de nada. ー Shindo responde orgulhosa.

ー Na verdade, era nossa professora de latin, ela deve ter reconhecido a gente na cidade... então, ops.ー Yui corrigiu a outra que arregalou seus olhos amendoados.

ー Ah! E só agora você me fala?! Por que não me pararam?! ー Shindo exclama em pânico ao perceber o que a primeira vítima da sua primeira traquinagem foi um professor.

Depois de uns minutos, ao descer do ónibus, os primeiros pingos de chuva de verão começam a cair do céu nublado, deixando o ar abafado mais fresco no entanto, não foi tão satisfatório para Yui já que morria de medo dos trovões que rugiam baixo até o momento e a loira deixa isso bastante evidente.

ー Ei, coragem, é só uma chuvinha.ー Diz Shay com um sorriso reconfortante segurando a mão da loira. 

ー Eu sei, é só que... é um sentimento tão ruim. É como se meu coração fosse sair do peito a qualquer momento, cada vez que ouço um trovão...ー Yui desabafa sobre seu medo incontrolável de trovões. ー Dá muito medo.

ー Bem, nesse caso, vamos cuidar para que seu coração não saia do lugar, tá? ー Shay tranquiliza com um sorriso confiante dando um aperto de leve na mão dela. 

ー É!! Com a gente, ninguém pode!! ー Shindo sai correndo pela chuva declarando aos quatro ventos.

Sentindo uma certa coragem sobrenatural, Yui sorri genuinamente e as pré-adolescentes começam a correr para casa na chuva de verão. E se assim começou uma tradição anual de familia.


🔇 Surfaces - Good Day


ー Nadeshiko Shindo, Yui Komori e Shay Harker!! ー A voz familiar de um padre muito zangado faz as meninas paralisarem na frente da porta da porta de casa. ー É bom terem um excelente motivo para não colocar as três de joelho no milho! 

Claro, depois de levarem uma bronca do padre por pegar dinheiro da caixa de doação da igreja, enganar um professor, fugir da escola e ir para o centro da cidade sem um adulto em troca da promessa de que isso nunca mais se repetiria e a ameaça, mais uma vez, não se concretiza.

ー Pelo amor de Deus, por que ainda estão paradas ai?! saiam já da chuva! Vão ganhar uma pneumonia de presente! Pobrezinhas se molharam toda, só vão logo se trocar...

ー Tá bom... desculpa pai, a gente te ama. ー As três acabam completam a mesma frase subindo as escadas tentando suavizar a situação delas, o que parece funcionar.

ー Papai também ama vocês!... nessas horas eu sou "papai". Ai Deus, por que não me deu uma ninhada de cachorrinhos, seria mais facil.ー Seiji responde alto depois começa a retrucar as ultimas partes.

No quarto, as meninas se preparam para dormir depois do longo dia. Embora estivessem de castigo pelo proximo fim de semana, tinha valido o esforço. Yui coloca as fotos que tiraram na cabine colada com fita adesiva no espelho da penteadeira. De repente uma súbita preocupação atinge a loira bem no peito, um pressentimento de que algo estava para acontecer e a pior parte era que ela não fazia ideia do que era mas não algo bom.

ー Acha que vamos continuar juntas quando crescermos? ー O pensamento de Yui acaba saindo em voz alta em um tom meio melancólico o que despertou a preocupação nas outras.

ー Que papo é esse Yui? claro que vamos!  ー Respondeu Shay automaticamente com firmeza.

ー Mas vocês já sabem o que vão fazer quando crescer! você vai ser policial, a Nadeshiko vai ser reporter e... eu serei deixada para atrás.ー Yui responde de cabeça baixa.

Nadeshiko e Shay se olham em simpatia, logo indo até Yui para oferecer seu conforto em um abraço. Com o tempo, a filha do padre tinha encontrado conforto e segurança nas duas meninas, não era o mesmo apego que tinha com seu pai pois estava quase sempre de viagem e geralmente acabava sozinha mas então as meninas vieram uma depois da outra, que a fazia se sentir menos sozinha no mundo.

ー Ha! Não no meu turno! E você é talentosa e dedicada, com a voz que você tem podia ser uma cantora famosa.ー Afirma Shay com otimismo.

ー Sério mesmo? ー a loira acaba corando suavemente lisonjeada com o elogio.

ー Super sério! E as probabilidades da gente se separar são bem baixas, fiz as contas, então nada a temer.ー Shindo responde despreocupada.ー Ah e também, não leva o lance das profissões tão a sério, ontem eu queria ser bailarina igual ao filme do Flashdance.

ー Então você é o que hoje? ー Yui pergunta curiosa.

ー Professor Indiana Jones. ー A menina responde com um sorriso brilhante e orgulhoso.

As duas começam a rir em surpresa com a resposta da outra que ajudou a levantar o astral de Yui, deixando o clima perfeito para encerrar aquele dia especial.

E o que o destino uniu, nenhum homem podia separar.






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