Acho que bebi demais, minha mãe havia colocado algumas taças de champanhe na mesa para quem quisesse. Eu tomei uma, depois mais uma, e então mais outra.....
Quando me dei conta estava bêbada, e completamente zonza. Pior, foi quando minha mãe pediu para que eu acompanhasse o Rafael até a porta.
Meu plano era: não diga nada que não dirá nenhuma besteira.
--- E então?
Perguntou ele com as mãos nos bolsos e erguendo os ombros como quem diz que tanto faz.
--- Eu acho que não to muito normal.
Falo e ele ri.
--- Você está bêbada?!
Pergunta ele depois de um tempo me fitando.
--- Nããão! Mas quer saber?
Pergunto deixando-o curioso, ele pergunta:
--- Sim?
--- Você tem olhos lindos!
“Huumm... Isso foi besteira, e das grandes.”
Ele ri alto e então volta para olhar para mim para perguntar ironicamente:
--- Você deve ter bebido muito pouco heim?
--- O pior é que é verdade... E amanhã eu ainda terei de ir para escola...
Falo chateada olhando para meus sapatos. Ele parece entender o que quero dizer, pois logo depois diz:
--- Escola é uma merda.
--- Como foi a sua vida colegial?
Pergunto já interessada nisso. Pergunto-me se foi excluído (pouco provável), ou se foi popular (muito mais provável).
--- Ah... Foi tranqüila, eu não tinha muitos amigos, mas eu tinha amigos, é isso que importa... Mas e você?
--- Eu? Minha vida colegial se resume a estudar até dormir com a cara no livro.
“Mais e mais besteira!” Penso depois de poucos segundos depois que falei. Rafael já estava rindo de novo.
--- Bem isso... Tchau Lu!
Ele fala animadamente ao entrar em casa.
--- Tchau Rafael!
Então ele fecha a porta e volto pra casa. Estou meio que cambaleando até a porta de casa.
Tomo um bom banho e escovo os dentes de jeito bem demorado e bem feito, assim eu não acordaria com cheiro de alcoll.
Cai no sono na mesma hora em que me deitei. Então pude me perder em meus própios pensamentos de novo. Acho bom poder viajar em meu mundinho de vez em quando.
“O Rafael é tipo uns quatro anos mais velho que eu, ele já acabou o colégio e vive fazendo vídeos no youtube. Isso é tipo tudo que sei sobre ele, sem contar que ele é extremamente engraçado, carismático e muito conversador... Mas aqueles olhos azuis são realmente lindos.... Meu deus!”
Então eu adormeci...
... ... ...
Acordei completamente indisposta no dia seguinte, acho que por causa da ressaca (Nãããããoo!!! Foi porque dormi de barriga para cima! ‘-.-), mas de qualquer jeito, acordei cedo.
Porque eu acordei tão cedo? Não sei! Pergunta para o meu despertador que começou a tocar as cinco e vinte apesar deu ter colocado para as seis e vinte.
Mas, já como estava acordada comecei logo a tentar disfarçar minhas olheras com maquiagem. Coloquei meu uniforme e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo mau feito.
Odeio meu uniforme. Olho-me no espelho, ele tem uma saia quadriculada vermelha e azul, ela vai até o joelho, mas eu a subo para que fique mais curta, batendo pouco abaixo da metade da coxa.
Uma blusa social de botão branca e uma gravata vermelha combinando com a saia. Tem também um All Star azul para combinar com a saia.
Ele é todo arrumadinho, eu odeio isso em uniformes.
Sai de casa, estava muito claro para mim, o sol queimava meus olhos e cada pequeno barulhinho fazia meus ouvidos estremecerem. È a ressaca, o que poderia fazer? Aposto que até meu mau humor é culpa dela.
Mesmo assim segui em frente até a escola, e logo fui falar com Layce que daria um surto ao saber que o Cellbit é meu novo vizinho.
--- Layce!
Chamo-a para que venha até meu acento enquanto a professora não chega.
--- Sim?
Ela pergunta virando-se para mim, Layce tem realmente uma aparência diferencial. Diferente de mim é muito difícil esquecer seu rosto.
Ela tem olhos azuis e cabelo rosa, normalmente ela está usando gloss rosa para destacar seu cabelo e seus lábios ao mesmo tempo.
--- Você vai querer vir a minha casa hoje.
Afirmo com certeza.
---Hmm? Por que?
Ela pergunta como quem não entendeu nada e logo eu digo:
--- Porque o Cellbit agora é o meu vizinho!
--- Duvido, ta tentando me trolar?
Ok, eu costumo fazer muitas brincadeiras com as pessoas, não é á toa que ela não acreditou. Então peguei o meu celular e mostrei uma foto de nós dois que eu tirei na noite passada.
Ela começou a gritar descontroladamente me abraçou enquanto dava pulinhos.
--- O que está acontecendo aqui?
A professora entra na sala repentinamente e pega a cena deu e minha colega maluca pulando na sala de aula.
--- Desculpa pró!
Fala Layce e então antes de se sentar sussurra para mim:
--- Hoje eu vou para casa com você!
Então a aula começou.
... ... ...
Estávamos andando de volta para casa, eu e Layce. Ela estava com algumas roupas na mochila (não sei porque, mas estava) para poder se trocar antes deu apresentá-la para ele.
Estou me sentindo meio... Sei-lá! Sinto que algo ruim vai acontecer.
Entramos em casa, tinha um bilhete na porta:
“Oi Lu, tem almoço na geladeira, o Rafael se ofereceu para tomar conta de você enquanto estou fora. Eu tive uma emergência no hospital e temo que só voltarei de noite, te amo.
Mamãe”
Eu e Layce trocamos de roupa rapidamente, fico impressionada com o tamanho do short jeans de Layce, porque é muito curto, tava mais para calcinha jeans.
Eu visto uma blusa um pouco mais justa desta vez, gosto dela porque combina com tudo. Sua cor é creme e coloco um colar cor de bronze por cima o que a deixa ainda mais bonita.
Um short jeans que bate pouco abaixo da metade da coxa sendo um short apropriado diferente do de Layce. Coloco um coturno cor de café e lá vamos nós.
--- Vem Layce, vamos para casa do Rafael.
--- CELLBIT!
Ela corrige e eu reviro os olhos, eu a amo, mas detesto quando me corrigem.
Andamos até a casa dele, é ela quem toca a campainha e eu digo:
--- Pode abrir, sou eu.
--- Oi Lu.
Ele fala me dando um rápido toque de mão então olha para Layce e pergunta:
--- Quem é essa?
Ok, até ai estava tudo bem, mas logo Layce estraga tudo se pendurando em seu pescoço e dizendo:
--- Meu nome é Layce!
--- Hhhuumm... Oi Layce
Fala ele a empurrando com delicadeza para longe. Pelo jeito ele estava tão chateado com a situação como eu.
--- Oi Cellbit!
Layce já tinha recebido o recado, mas não tinha desistido. Acho que esse é um dos únicos aspectos que eu e Layce temos em comum, somos muito teimosas.
Ele abriu a porta para que possamos entrar, Na sua sala de estar posso observar um sofá cor de creme, uma mesinha de centro e um bocado de outras decorações espalhadas por ai.
Havia uma escrivaninha no canto com uma estante e alguns materiais para filmagem, afinal, ele é um youtuber. Fazer o que?
Sua casa no geral é simples, porem bastante bonita.
--- Querem jogar algum vídeo game?
Pergunta ele animado como sempre e já deixando para lá o lance de Layce.
--- Claro, senhor rei dos games tenha misericórdia de nós e não nos esmague durante a partida!
Falo com uma voz bem fininha e exagerada e nós dois rimos, só nós dois, porque Layce ficou nos encarando.
--- Porque não assistimos um filme?
Layce sugere e eu já imagino suas segundas intenções.
--- Claro, porque não?
Digo e ele concorda ligando a TV. O filme que ela escolheu foi Instrumentos Mortais o que me deixou ainda mais certa de suas intenções.
Comentários durante o filme:
Cellbit: Cara porque ela não chega logo para filha e diz: Oh filha esse desenho é do capiroto! Num pode!
Lunna: Cara! Que cão indiabrado é esse! Sai demônio!
Layce e Lunna: BEIJO! BEIJO! BEIJO! Afffff
Cellbit: Era pro gay morrer para os dois ficarem juntos!
Lunna: Homofóbico! Kkkkkkk
Cellbit: Caralho! Cumo assim esses pestes são irmão???
Lunna: Aaah! Nããão! Vou ali cortar os pulso!
Cellbit: kkkkkkkk
(Entre outros comentários)
Quando o filme acabou eram umas quatro horas da tarde. Eu e o Cellbit fomos beber água enquanto Layce escolhia uma serie para a gente assistir junto.
--- Já imaginou se você namorasse uma garota e aí descobrisse que são irmãos?
--- Nossa! Não pensei e nem quero pensar!
Fala ele.
--- E se você gostasse de alguma garota homossexual?
Pergunto. Estou apoiada na bancada da cozinha e ele está ao meu lado.
--- Isso não vai acontecer.
Ele diz com toda certeza do mundo isso me faz perguntar se ele já não gosta de alguém, essa idéia faz com que o sentimento estranho invada meu corpo inteiro. Uma chama que sobe minhas entranhas. Acho que o nome disso é ciúmes. Mas não poderia ser.
Nos encaramos por um tempo, seus olhos azuis dentro dos meus e meus olhos verdes dentro dos seus.
--- Você tem olhos bonitos.
Ele fala e eu rio sem graça e digo:
--- Você ta fumando muito Nescau!
Quando minha mãe chegou levamos Layce para a casa dela e voltamos para casa. Enquanto estávamos no carro ela falou algo do tipo:
--- Filha?
Ela fala aflita.
--- Sim?
Pergunto olhando pela janela, a vista era muito bonita.
--- Eu vou ter que viajar por uns três dias para fazer uma cirurgia em uma paciente.
Minha mãe estava muito aflita por pouca coisa. Isso já tinha acontecido antes.
--- Tudo bem mãe, eu vou me comportar.
--- Não é isso, é que eu pedi para o Rafael cuidar de você enquanto estou fora.
--- Oque????????
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