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História BNA - II (Brand New Animal) - A Voz Dela Chamando Meu Nome - História escrita por faemrye - Spirit Fanfics e Histórias
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História BNA - II (Brand New Animal) - A Voz Dela Chamando Meu Nome


Escrita por: faemrye

Notas do Autor


rói meus lobinhos, turubom com vcs? 😙💕🐺

entt entt, desculpa por atrasar, vários roles, mas tô aqui enfim! meu estágio começou entt ta uma correria, o cap já tava pronto mas cadê q eu conseguia parar pra editar??

enfim enfim, notícias!

📰📰 AVISOS 📰📰

📌 Dia 31 teremos o nosso especial de Halloween 🎃

📌 Talvez teremos 2 cap's por mês, mas se for só 1, vcs preferem que seja postado qual dia da semana? (sim, talvez só de pra eu postar pouquinho assim, me perdoem)

era só issu, boa leitura ♥️

Capítulo 23 - A Voz Dela Chamando Meu Nome


Fanfic / Fanfiction BNA - II (Brand New Animal) - A Voz Dela Chamando Meu Nome

★彡Autora Narrando 

 

Os pingos de chuva batiam violentamente contra as janelas fechadas do hospital. Estava de dia. O sol se escondia atrás das densas e escuras nuvens, fazendo parecer que a noite havia caído sobre a cidade. 

 

Pelo corredor vazio, ecoavam passos apressados de uma médica de plantão. Ela carregava consigo um bloco de notas no bolso de seu jaleco e um esteto pendurado no pescoço. Assim que ela virou o corredor, retirou um par de luvas de um dos bolsos do jaleco, colocando-as e subiu a máscara em seu rosto. 

 

— Qual a situação? — Perguntou breve assim que adentrou pela porta que cedeu facilmente a passagem. 

 

A sala estava bem iluminada, repleta de equipamentos e carrinhos com medicações. As paredes pintadas de uma cor amarelo gema com azulejos azuis em horizontal. O chão era de um piso vinílico branco e não havia janelas. Não precisava de esforço para conseguir sentir o cheiro forte de produto químico com remédio e soro. 

 

A sala contava com a presença de 3 enfermeiros. Um deles estava arrumando as bolsas de soro e medicação, outro preparava os curativos e o último arrumava a ficha da paciente. O trabalho tinha que ser feito bem rápido já que o hospital estava lotado de pacientes que haviam chegado do outro hospital que explodiu. A médica apareceu apenas para verificar o grau de urgência da paciente. 

 

— Michiru Kagemori, adolescente de 20 anos. — Começou uma enfermeira a dizer. — Vítima de uma explosão no elevador. 

 

— O elevador cedeu e explodiu no impacto. — Um outro enfermeiro completou. 

 

A médica então se aproximou da enfermeira, e a mesma apenas estendeu a ficha para que ela pudesse ler sem que utilizasse as mãos. 

 

— Frequência cardíaca está baixa… — Murmurou a médica. — Respiração.. temperatura.. ela está delirando? 

 

— Sim. Já iniciamos a medicação para normalizar os sinais vitais e estamos agora tentando limpar as feridas. 

 

— Os membros superiores e inferiores foram gravemente queimados, atingindo o tecido subcutâneo. Sem contar os estilhaços que perfuraram o corpo dela, causando sangramento. — O enfermeiro explicou, olhando para a médica esperando instruções. 

 

— Façam uma intubação, assim que terminarem com os curativos levem ela para tirar imagens. Precisamos saber se houve comprometimento de algum dos órgãos, passe na frente dos outros pacientes menos importantes para fazer isso rápido. Assim que conseguirem as imagens me procurem. — A médica disse rápido e precisamente. 

 

— Certo! — Os enfermeiros responderam juntos. 

 

Com as instruções dadas, a médica se retirou do local. Deixando apenas o eco de seus passos apressados pelo corredor vazio. 

 

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

 

★彡 Shirou Narrando 

 

 

 

— Dá pra parar de andar de um lado para o outro?! — Nazuna pede pela quarta vez. 

 

— Zuzu deixa ele.. — Nina diz de forma baixa. 

 

A mesma estava com a ponta dos dedos já avermelhados de tanto tentar estalar, ela estava tão ansiosa quanto. 

 

Bufei, desde que ligaram do hospital dizendo que a Michiru teve uma cirurgia de emergência, nós viemos correndo pra cá. Já fazem quase.. eu acho que estávamos chegando na terceira semana, devem faltar dois ou três dias para completar. 

 

Os dias que se passaram foram muito difíceis, não só pra mim, mas para todos. Tiveram que colocar a pequena em coma induzido para ajudar na recuperação. Nos disseram que ela estava se recuperando rápido, mas agora com essa notícia..

 

— Shirou! 

 

— O quê?! — Berrei, e meu grito ecoou pelo saguão. As pessoas que estavam sentadas conversando se calaram para nos observar. 

 

— Sossega! — Nazuna implicou mais uma vez. 

 

— Me deixa! 

 

Ao gritar essas palavras, eu me sentei irritado, batendo as mãos no banco.

 

A ansiedade me corroía por dentro. Eu já não dormia a dias. Desde que tirei a Michiru dos escombros do elevador… aquela cena. 

 

Todas as vezes que eu fecho meus olhos eu vejo a Michiru lá, seu corpo um tanto irreconhecível, tampada por uma camada queimada de carne. Ela parecia uma borboleta, presa em um casulo morto. Suas asas criaram um escudo ao redor do corpo para protegê-la. Sua pele, grudada no metal ainda quente do elevador. Ainda ouço o som que a pele dela fez quando eu a puxei… Eu acreditei que ela estivesse morta. Que eu havia chego tarde e que não pude proteger aquilo que me é mais importante, de novo. 

 

"De novo" a voz ecoava em minha cabeça, me fazendo lembrar do banho de sangue de anos e anos atrás. 

 

— De novo.. — Murmurei, apertando os punhos. 

 

"Eu não fui capaz… aquilo vai acontecer de novo, eu vou perder todo mundo de novo.."

 

— Shirou? 

 

".. Todos eles vão morrer e eu não poderei fazer nada pra ajudar.."

 

— Shirou..? 

 

".. A Michiru é a prova da minha incompetência.. se ela morrer.." 

 

— Ei

 

".. Se a Michiru morrer… "

 

— Shirou! 

 

"... Ela vai morrer por minha culpa."

 

— SHIROU! — A voz da Nina me chamou, me fazendo levantar a cabeça assustado. 

 

— Hun? — Perguntei, coçando a cabeça enquanto apoiava minhas costas na parede. Suspirando cansado. 

 

— Shirou, você tem dormido? — Agora foi a vez da Melissa perguntar. 

 

— Tenho, óbvio. — Menti, mas era nitido que minhas olheiras revelavam a verdade. Provavelmente eu estava acabado, exalando cansaço com os olhos vermelhos e fundos. 

 

Eu nem lembro qual foi a última vez que olhei no espelho, eu não tenho conseguido encarar aquele reflexo falho desde que.. 

 

— A gente também tá preocupado Shirou.. — Nina diz, se sentando ao meu lado. — Mas você precisa se cuidar, se a Mori te visse assim ela te bateria. 

 

— Ela tem razão. — Nazuna se manifesta. — Eu consigo até escutar.. hahaha. 

 

— "Vai dormir criatura! Tá parecendo um zumbi, euem." — Nina fala, tentando imitar a voz da Michiru. 

 

— "Depois reclama quando eu fico acordada assistindo Netflix" — Nazuna imitou também, fazendo a típica jogada de mãos que a Michiru faria. 

 

Confesso que isso me fez rir. Não foi aquela gargalhada, mas me arrancou um sorriso. 

 

É verdade que aquela cabeça dura me daria um baita esporro, e não me deixaria em paz até que eu tivesse dormido. 

 

— Eu queria que ela estivesse aqui.. — Soltei, e o clima voltou a ficar melancólico. 

 

— Também.. — Nina disse, apoiando as costas na parede. — Mas ela é durona, ela vai ficar bem. 

 

— Ela tem que ficar bem… — Nazuna murmurou. 

 

Depois do que aconteceu no hospital, eu não conversei com a Nazuna. Ela de alguma forma parecia que estava me evitando. Então não tive chance de perguntar o que havia acontecido, o porquê só a Michiru estava no elevador e ela não.. 

 

Uma parte minha queria perguntar, mas só de olhar para o rosto dela eu consigo ver que ela se sente culpada. A mesma não tem dormido também, mesmo alegando que sim. Ela carrega o mesmo olhar vazio que o meu, o olhar de quem nunca vai se perdoar. 

 

— Depois que a Michiru melhorar, vamos em um parque aquático? — Nina soltou, e todo mundo olhou pra ela. 

 

Ficamos alguns segundos em silêncio, encarando a Nina, até que como se houvesse sido planejado, todos nós começamos a rir. 

 

— Cara, eu queria estar só a Nina agora. — Nazuna falou, balançando a cabeça em negação. — Geral tenso e ela manda uma dessas. 

 

— Mas é poxa! — Nina tentou se defender. Acredito que ela seja tão inocente que nem percebeu. — Vai abrir um parque aquático daqui à alguns dias, eu li no jornal! 

 

— Minha filha! — Nazuna quase gritou, mas caiu na gargalhada antes de terminar. 

 

— Vocês estão rindo da criança, mas ela, diferente de vocês acredita na amiga. — Melissa diz, cruzando os braços enquanto fazia cara feia pra gente. Mas a mesma havia rido também. 

 

A Nina e a Melissa tinham razão. A pequena é forte. Por mais duro que tudo tenha sido, ela vai se recuperar. Eu tenho que acreditar nela, eu preciso. Por ela. 

 

Respirei fundo, tentando achar a calma que o ambiente começou a exalar. Não podia perder a fé na Michiru, ela ia sair dessa. E quando saísse, eu estaria lá, ao lado dela. 

 

— Michiru Kagemori? — Uma enfermeira chamou pelo corredor, e todos voltaram a ficar tensos. 

 

Eu nunca vi a Melissa correr tão rápido. Por mais durona que ela demonstrasse ser, ela morria de preocupação. Provavelmente só estava se mantendo forte por nossa causa. 

 

— É a gente! É a gente! — Melissa gritou enquanto corria até a moça. — O que aconteceu? Ela tá bem? Moça ela tá bem?! 

 

As mãos da Melissa tremiam. 

 

Nina e Nazuna levantaram junto, ficando atrás da Melissa. Uma segurava a mão da outra em silêncio. 

 

Eu, por impulso, me levantei também. Mas me controlei para não voar na moça igual as meninas, por mais que minha vontade no momento fosse cruzar o corredor e ir até a Michiru eu mesmo. E que se foda o resto. 

 

— A Michiru está bem, podem rela— 

 

Antes que a moça pudesse terminar, a Nina começou a chorar. 

 

— Poxa moça falava na hora! — Reclamou entre soluços. — Era só chegar já falando "Parentes da Michiru ela tá bem" 

 

— Senhora continua, como a minha filha tá? — Melissa disse, ignorando a fala da Nina. 

 

A enfermeira abriu um pequeno sorriso, parecia simpatizar com a situação. 

 

— Ela está bem, foi uma cirurgia pequena, porém necessária e correu tudo bem. — Ela explicou calma. — Agora ela está repousando, mas decidimos não repor o coma. 

 

— Então ela tá acordada? — Perguntei alto, chamando sua atenção. 

 

— Sim, ela—

 

Antes mesmo que ela terminasse de falar, eu passei pelas meninas correndo. Toda a velocidade que eu tinha, toda a ansiedade que me segurava, toda a preocupação que pulsava em meu peito eu usei para correr. 

 

Ouvi algumas vozes gritando, mas tudo o que eu sentia — e seguia — era o odor da pequena. Meus instintos me guiavam até ela como um ima. Eu voava pelos corredores em alta velocidade, desviando de tudo o que poderia me atrapalhar — nem que fosse por 0,1 segundo — de chegar até ela. 

 

— Michiru! — Clamei por seu nome quando faltavam apenas alguns passos para adentrar no quarto. 

 

Assim que coloquei a mão na maçaneta, senti a porta ceder. Tive que segurá-la com as duais mãos para que ela não caísse no chão. 

 

— D-Droga! — Reclamei meio baixo, eu nem percebi a força que usei pra abrir a porta. 

 

Sem nem soltar o objeto, eu cacei a pequena com os olhos. Nunca achei que procurá-la com a minha visão fosse demorar tanto, parecia que aquela corrida não havia adiantado de nada. Que o mundo faria com que levasse horas até que meu olhar se cruzasse com o dela mais uma vez. 

 

E enfim, lá estava ela. 

 

 

 

★彡 Adrien Narrando 

(Alguns Dias Atrás) 

 

 

— Vocês conseguiram o bagulho? — Akko pergunta, ela parecia uma fugitiva com aqueles óculos escuros. 

 

— Sim, mas não foi fácil.. — Lysandre diz de uma forma sombria, ele parecia tenso com o que fez e carregava consigo um envelope pardo nas mãos trêmulas. 

 

— Vimos coisas.. que não podem ser 'desvistas… — Toshirou murmura baixo, colocando as mãos na cabeça. 

 

— Aí, quanto drama. — Sucy simplesmente aparece dizendo sem paciência, puxando o emvelope da mão do Lysandre. 

 

— Sucy você estraga toda a graça das coisas. — Akko responde, tirando o óculos da cara. 

 

Acontece que, já fazem alguns dias desde que a Akko contou que a Michiru era uma feral. A Lotte teve um pequeno surto, mas levou de boa. Já eu nem liguei, agora, sabendo que ela é uma feral, só tinha um lugar onde ela possa estar; em Animalia. 

 

A questão era em qual parte. 

 

Depois dessa revelação, eu e as meninas começamos a tentar ler jornais ou ver notícias de lá, mas acontece que algumas coisas são bloqueadas pras redes de Internet de fora. Então não ajudou em nada. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes tentei ligar para ela e nada. E cada dia que passava minha preocupação só aumentava.

 

Estávamos quase cedendo as magias voodoo da Sucy quando o Toshirou teve a brilhante ideia de roubar — sim, roubar. — a ficha da Michiru, e com isso nós poderíamos ver as informações pessoais dela. 

 

Com a ideia em mãos, só tínhamos que bolar um plano. As fichas ficavam em uma sala dentro da direção — informação recebida graças ao Toshirou e sua habilidade em paquerar garotas. Resumindo, ele paquerou uma representante e ela nos deu a informação. — agora só faltava pegar as chaves, distrair o direto e ficar de vigia caso algum professor ou funcionário tente entrar na direção. 

 

Separamos o grupo em 3: Lotte e Akko pegavam a chave que ficava na salinha dos professores, dentro da direção. Eu e Sucy tomávamos conta do corredor enquanto o Toshirou e o Lysandre, após pegar as chaves, pegavam a ficha. 

 

Acontece que por alguma obra do destino não achamos o diretor em lugar nenhum. Nos avisaram que ele havia saído pra alguma reunião importante então não foi difícil executar o plano. 

 

— Por que vocês estão assim..? — Lotte pergunta aos meninos, me tirando de meus devaneios. 

 

— Nós achamos o diretor… — Toshirou diz, só agora reparei que ele e o Lysandre haviam se sentado no chão. Ambos estavam abraçando o próprio joelho. 

 

— C-Como assim?! O Diretor não tinha saído?! — Akko quase que grita. 

 

— E ele viu vocês? — Sucy pergunta, parando de abrir o envelope. 

 

— Não… — Lysandre murmura. 

 

— Tá e então? O que aconteceu? — Akko pergunta novamente curiosa. 

 

Nesse momento, os meninos trocaram olhares e fizeram expressão de vômito. Balançando a cabeça em negação. 

 

— Não me faz lembrar dessa cena! Por favor! — Toshirou súplica. — Alguém tem ácido sulfúrico? Preciso lavar os olhos..!

 

— Ih… gente? — Lotte fala, olhando para nós e nós nos entre olhamos. 

 

Acontece que nesse momento nem eu, nem a Akko, nem a Sucy e muito menos a Lotte sabíamos o que fazer. 

 

— Enfim, o envelope. — Disse simples, dando de ombros para os dois. 

 

A Sucy me acompanhou e também deu de ombros para a situação dos meninos, voltando a sua atenção para o envelope em suas mãos. 

 

— Vocês vão simplesmente ignorar a gente? — Toshirou diz, cruzando os braços. 

 

— Você não quer contar, não tem nada que a gente possa fazer então. — Sucy responde normalmente com a sua voz fraca, sem nem olhá-lo. 

 

— É.. perturbador demais.. para ser contado.. — Lysandre murmura. — Eu nunca mais vou comer abacaxi.. 

 

— Tá, o que rolou? Por que abacaxi?! — Akko pergunta mais uma vez, se aproximando dos meninos enquanto batia os pés ansiosa. 

 

Resolvi ignorar a situação e me aproximei da Sucy, ela já havia aberto e envelope e agora estava olhando os papéis. 

 

Peguei alguns da mão dela e cacei com os olhos informações paternas ou número de contato residencial dos pais. 

 

— Achei. — Sucy diz calma, me mostrando a folha. 

 

— Não é longe.. da pra ir de trem. — Respondi confiante depois de ler os papéis. 

 

— Gent— Ia chamar, mas na hora que me dei conta da situação eu parei de falar. 

 

Toshirou estava jogando água nos olhos dele enquanto a Lotte tentava pará-lo — não sei porquê, se fosse eu deixava ele se molhar. — enquanto o Lysandre estava chorando com a Akko confortando ele. 

 

— … 

 

 

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

 

 

— Qual é a história do abacaxi?! — Akko pergunta pela milésima vez, e até eu já estava ficando irritado com a insistência dela. 

 

— Akko, deixa isso pra lá, por Anubis, chega. — Sucy diz, dando pequenos tapas com a testa no corrimão do trem. 

 

Estávamos agora indo até a casa da mãe da Michiru — sim, é esse o nível de preocupação — para saber o que havia acontecido. 

 

Os meninos não sabiam que a Michiru era uma feral, e nem a Sucy. Resolvemos não contar pra eles e se a mãe dela falasse que ela estava em Animalia, tentariamos dizer que era pela amiga dela que tentou se matar. 

 

Só faltava uma estação até chegarmos e o Toshirou já ameaçou se jogar da janela do trem umas 23 vezes por causa da Akko. Eu também estava curioso para entender a história do abacaxi mas resolvi deixar pra lá, seja o que for, deixou eles perturbados e minha intenção é achar a Michiru, não internar meus amigos. 

 

Quando o trem parou, eu segui na frente com o telefone aberto — já que só eu era responsável o suficiente para ter um mapa baixado no celular — enquanto o pessoal me seguia. 

 

— Já pensou a Michiru tá bem, só resolveu largar a faculdade? — Sucy diz, enquanto puxava o cabelo da Akko para ela parar de perturbar os garotos. 

 

— Impossível. — Akko responde na hora. 

 

— Se ela estivesse bem, ela teria retornado as ligações. — Lotte completa. 

 

— Mas vai ver ela foi roubada.. — Toshirou comenta, colocando os braços atrás da cabeça. 

 

— Cala boca gente, chegamos. 

 

 

 

★彡 Shirou Narrando 

 

 

A pequena estava lá… deitada com o corpo coberto, olhando para a janela. Os braços dela estavam enfaixados. Seu pulso estava espetado e arrumado de um jeito que ela conseguisse receber o soro pela veia. Havia um tubinho que entrava pelo nariz dela, dando a volta em sua bochecha e ficando preso por trás de sua orelha. 

 

Ao lado da cama dela, haviam vários saquinhos — de soro ou outras medicações — pendurados, fazendo com que vários daqueles tubinhos ficassem espalhados. 

 

Fiquei observando-a por alguns segundos. Ela estava ali. Viva. Eu conseguia ver o coração dela bater através de uma máquina, ouvindo aqueles bips enquanto as linhas verdes subiam e desciam em constância. 

 

— Pequena.. — Chamei de forma falha, quase incrédulo. 

 

Apoiei a porta quebrada em um canto qualquer e caminhei devagar até a tanuke. Meus olhos pareciam que ficaram presos a ela pós qualquer outro barulho, nem que fosse de tiros, tiraria minha atenção dela. 

 

— Michiru… — Chamei mais uma vez, mas parecia que ela não estava escutando. 

 

Ela só foi perceber a minha presença quando eu me aproximei de sua cama. Ela virou o pescoço devagar, fazendo uma leve careta acompanhada de uma expressão de dor. Quando ela virou o rosto, pude ver que, do outro lado de sua face havia alguns curativos. 

 

“.. O lado que eu a encontrei deitada..” 

 

—… S.. Shi.. rou… — Ela me chamou. 

 

A sua voz, apesar de rouca, chamou por mim. Meu coração parecia que bateu aliviado pela primeira vez na vida. Meus olhos queriam se encher de lágrimas e minha vontade era de abraçá-la e nunca mais soltar. Ficar lá ao lado dela, deitar naquela cama e fazer carinho em seu cabelo até que ela melhorasse. A voz dela chamando meu nome… Era tudo, tudo, tudo o que eu precisava ouvir. 

 

Me aproximei dela vacilante, me sentando ao seu lado. Eu acredito que talvez esteja sorrindo de orelha a orelha. 

 

— Pequena..! Oi..! C-Como você tá…? — Minha voz saiu completamente falha. Se eu vacilasse por um instante, choraria ali. 

 

Ela se mexeu na cama, tentando sentar, mas eu a impedi. 

 

— Não! Michiru fica deitada.. por favor, você não pode se esforçar..! — Falava, me questionando se tocava ou não em seus ombros. 

 

Acabei por tocá-la, fazendo uma pequena, bem pequena pressão para que ela continuasse deitada. Só aquele toque em seu corpo, sentindo-a. Fez com que uma onda quente percorresse pelo meu corpo. 

 

“ Ela tá viva! Puta que pariu!” 

 

— .. Shirou… O.. O que.. a.. aconteceu..? — Perguntou ela com a voz cansada. 

 

— Houve um acidente no hospital.. o elevador.. mas você tá bem! É isso que importa! 

 

“ É só isso que importa…” 

 

— Você está se sentindo bem? Tá doendo em algum lugar..? 

 

Conforme eu perguntava, meu corpo se aproximava do rosto dela como que por vontade própria. Minhas mãos foram de encontro com o seu rosto, acariciando devagar sua bochecha. 

 

Suspirei mais uma vez aliviado, e pude ver que com o meu toque, a Michiru fechou os olhos, arrumando o pescoço para que suas bochechas ficassem mais perto de minha mão. 

 

—…Eu… eu tô bem… — Respondeu ela, abrindo os olhos para me observar. —.. Só tô muito cansada… eu não lembro… haha.. de quase nada.. 

 

“ Ainda bem..” 

 

— Tudo bem… eu só.. 

 

“ Por favor, nunca mais me assusta assim” 

 

— Eu só.. 

 

“ Eu achei que você fosse morrer..” 

 

— Eu… 

 

“ Por favor, não me abandona” 

 

Abaixei meu corpo em direção a Michiru, abraçando-a com cuidado. Ela parecia de porcelana… qualquer toque poderia quebrá-la e eu respeitei isso. Passei a ponta de meus dedos de forma delicada pelos seus ombros, me aproximando mais e mais e a beijei, sentindo um líquido quente escorrer pela minha bochecha. 

 

— Eu fiquei tão preocupado… — Falei baixo, afastando nossos lábios em uma distância muito, muito curta. — Nunca mais faz isso comigo… eu preciso de você. 

 

Encostei minha testa na dela, fazendo mais uma vez carinho em sua bochecha. Selando nossos lábios logo em seguida. Minha vontade era de beijá-la com força, demonstrando naquele beijo o quão preocupado eu estava. O quão eu a amava. 

 

“ Eu te amo” 

 

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Notas Finais


tentei escrever bastante dessa vez..
👉🏻👈🏻 goxtaru?

nn esqueçam de escolher qual dia da semana 💕

bjs bjs, até o Halloween meus lobinhos 🎃🐺♥️


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