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História Boku No Hero - Black Bunny - Capítulo IV - História escrita por Donna1987 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Boku No Hero - Black Bunny - Capítulo IV


Escrita por: Donna1987

Capítulo 4 - Capítulo IV


Fanfic / Fanfiction Boku No Hero - Black Bunny - Capítulo IV

Capítulo IV

Sentado sobre o sofá com suas pernas cruzadas entre si e seus a dedilharem – Como um piano – O encosto do sofá sua atenção estava no homem mais velho.

                Havia um silêncio sem a presença de All Might, um vazio gigantesco sem sua presença tão exuberante, pelo menos, para Midoriya. O silêncio prevaleceu e caiu como o véu da noite, acompanhado do som do relógio a badalar com o marcar da hora em ponto. Sua mãe deveria estar preocupado com ele, afinal, Midoriya ainda não havia chegado em casa, mesmo avisando que iria se atrasar.

                Longe de estar entediado seus olhos observavam aquela casa, e apesar de ser velha existiam coisas que valor inestimável. De longe ele observava a capa do All Might, pendurava sobre um dos armários como um pano velho de chão. Apenas por sua paleta de cores ele sabia que era de uma edição limitada isso se não fosse autentico do herói. As paredes haviam pôsteres de Gran Torino e All Might, juntamente de uma mulher que ele não havia reconhecido como heroína à primeira vista, mas que aparentava ser amiga de Yagi e Gran Torino, uma vez, que havia um retrato dos três muito bem organizado em cima da cômoda.

                Notando os olhares atentos do menor, Gran Torino, bateu sua bengala sobre o chão, quebrando o silêncio pela primeira vez enquanto estavam sozinhos. A atenção do esverdeado voltou para ele como um piscar de olhos, devorando-o com seus olhos cheios de um brilho como se não soubesse o tamanho da merda que ele entrava. Sua bengala deslizou pelo assoalhado xadrez do chão, tocando a beirada da mesa de centro, aonde, ainda havia copos e o resto dos peixes que mal foram tocados pelo homem.

                O silêncio caiu novamente no ambiente e mesmo assim a atenção do garoto estava sobre o velho.

                Erguendo com um movimento brusco e rápido sua bengala a mesa de madeira se ergueu do chão, girando sobre a força, impressionante, posta naquele movimento ao deixar as peças de vidro a caírem sobre o chão em um baque alto. Alerta pelo o som os olhos do garoto pareciam diminuir perante a mesa a levitar sobre o ar e faíscas esverdeadas saltaram de seu corpo com o som agudo de algo a quicar e para sua surpresa a mesa, que antes levitava, estava a voar em sua direção. A sola de seus sapatos bateram contra o chão, empurrando seu corpo, juntamente do sofá, para trás ao caírem sobre o chão em um segundo baque alto.

                - O que? – Guinchou o garoto com o brilho a desaparecer de seu rosto.

                O barulho de borracha a bater sobre algo ressoou novamente pelo ambiente. Como um flash branco e amarelado o idoso saltou pelas paredes, subindo sobre o teto e descendo com um chute em formato de lua crescente sobre o chão. Apavorado pela ideia de ser pego por aquele golpe o garoto rolou sobre o chão, puxando o forro do sofá que se enrolou sobre seu corpo. Seus braços, agitados, retiravam o forro e o jogava para o lado, mas para sua surpresa e horror, um chute acertou seu peitoral.

                Midoriya voou alguns centímetros do chão, caindo sobre o mesmo ao rolar de forma deplorável a tossir sangue. Seus olhos pareciam dilatar e embaçar e sua mão voou em direção ao seu peito com uma dor saltitante sobre suas costelas, uma dor familiar, como se algo tivesse quebrado. Ele se ergueu sobre o chão, deslizando seus sapatos sobre o assoalho ao escutar novamente o som de algo a quicar sobre o ar.

                Em sua frente, novamente, o idoso avançava com um olhar determinado é calmo é com o deslizar para trás o esverdeado pareciam desviar do novo chute que se lançava em sua direção. Com uma mobilidade invejável, Gran Torino, bateu a sola de seus sapatos sobre o solo, exatamente aonde Midoriya estava antes de desviar, e com um pequeno vapor a sair de suas solas o homem saltou para o teto, pregando-se lá ao criar uma cratera com suas mãos e pés. Sem tempo para deixa-lo pensar ele desceu em uma nova investida no garoto que saltou para trás com o auxílio de sua individualidade.

                - Gran Torino?! – Gritou o garoto. O suor escorria por seu queixo, descendo pro seu pescoço.

                Novamente o idoso não o deixou terminar sua frase. Ao invés de continuar com movimentos óbvios de avançar ele se lançou sobre a parede, ricocheteando como uma bala para todas as direções em volta de Midoriya. Parado sobre o centro o garoto apenas visualizava os flashs coloridos a irem e virem em sua direção. Seu rosto se virava ao tentar acompanhar o movimento acelerado do homem, suas mãos se erguiam em forma de defesa enquanto seu corpo girava em câmera lenta em comparação ao idoso. Era impressionante como o velho conseguia ser rápido, isso, levando em conta que nem deveria ser seu auge.

                O primeiro chute acertou suas costas enquanto ele olhava para a parede. O impacto tão forte o desiquilibrou ao avançar para frente com passos irregulares e cambaleantes, abrindo brecha para o segundo chute cair sobre sua barriga, forçando-o a se curvar para frente ao tampar a região afetada. O bufar de dor que se seguiu deixava sua saliva escorrer para fora, simplesmente para ser silenciada com o soco sobre seu queixo com sequencia para um chute atrás de seu joelho, derrubando-o sobre o chão com hematomas claros em sua pele. Choramingando de dor o golpe de misericórdia veio em direção as suas costas, com o pé dourado de Gran Torino a se cravar sobre a blusa do garoto. O impacto, forte, levantou uma nuvem de poeira e fez o garoto espumar por sua boca.

                - Isso é ridículo. – Ele apontou ao saltar para seu sofá, agarrando a bengala que foi deixava lá com seu avanço. – Você é patético.... Er.... Garoto. – Ele coçava sua nuca em busca do nome do menino, mas infelizmente nunca o encontrou.

                Uma sensação de raiva tomou conta de Midoriya. Com suas mãos a se apoiarem sobre o chão ele se levantou a limpar a espuma em sua boca. Seu corpo estava dolorido e sua roupa suja de poeira. Essa era a sensação de limpar uma casa com sua própria cara?

                - Como você pretende se tornar um vigilante se não consegue nem me acompanhar?

                - O que...? – Gemeu o garoto. Parado sobre seu lugar ele observou o idoso. – Isso foi um teste...

                - Me diga.... – O “a” se arrastou eternamente. – Garoto, você parece ser esperto. Então por que deseja se tornar um vigilante ao invés de um herói? Arrume o sofá e sente para conversarmos.

                Acenando com a cabeça ele caminhou para o sofá, erguendo-o para sua posição original antes de sentar em cima dele. Sobre o forro no chão havia um pequeno e familiar pacote de balas de gomas, que ele aceitou, e começou a mastigar.

                - Ser um vigilante e uma medida temporária. – A bengala bateu sobre seu joelho, forçando o garoto a guinchar de dor.

                - Isso é o que ele está falando. Eu quero saber de você! Não quero ouvir um discurso pronto e robótico.

                - Bom.... Vejamos. Eu passei no exame para entrar na Academia U.A. – O homem fez sinal para prosseguir. – Mas em compensação não consegui passar para entrar no curso heroico. Eu sei que não sou uma criança especial e sei que tudo que estou fazendo agora e por que em foi emprestado essa individualidade. – Ele olhou para sua mão. – Mas eu gostaria de trilhar meu caminho. Eu sempre quis ser um herói e agora me foi dado uma chance. Eu não vou desistir dela tão facilmente e não vou deixar uma reprovação me impedir de fazer o que eu quero. Sim, eu sei, que eu poderia ir para outras escolas, mas isso apenas diminuiria o nível de meu ensino e meu aprendizado, afinal, Academia U.A formou lendas como All Might e até mesmo você. Eu não pretendo ficar parado estagnando em outra classe a espera de uma chance no festival esportivo.... All Might, novamente, está me dando uma chance de fazer o bem. Ser um vigilante e algo provisório até eu ganhar o festival esportivo e me transferir para a turma 1-A. – Seu punho se fechou e milagrosamente ele respirou fundo ao continuar. – Eu não posso falhar agora. Eu estou em debito com All Might é por isso eu decidi ser um vigilante.

                - Você fala demais para quem levou uma surra. – O homem rugiu e segurou sua bengala. – Mas respeito uma pessoa que tem um sonho para sonhar. – A bengala escorreu por sua mão, caindo sobre o chão. – Mas você sabe que está trilhando um caminho que não pode ter mais volta?

                - Perdão?!

                - Ser um herói é uma coisa. Ser um vigilante e outra coisa. Quando herói não somente você, mas como todos a sua volta vivem em perigo constante de ser atacado por um vilão. Quanto maior a sombra do herói maior será sua sombra. All Might é All For One comprovam isso. – O clima pareceu esfriar com a menção do nome desconhecido. – Heróis protegem as pessoas acima de tudo que os orgulha. Durante um ataque de vilão suas prioridades sempre será salvar as pessoas e depois cuidar do vilão, mesmo que isso signifique dar sua vida por essa profissão. Essa profissão não é como você sonha, não é como todos vocês sonham. O índice de heróis que vivem acima dos quarenta anos é baixo, os que vivem até os sessenta ainda mais baixo. Traumas e cicatrizes moldaram seus caráteres é os fizeram mais forte ou os derrubaram de um fardo pesado demais para ser carregado. – Ele respirou fundo. – Não estou tentando te assustar, mas enfim, ser um herói não é como você está sonhando. Você já viu a cicatriz do All Might, presumo, essa e uma lembrança que ele carregara pelo resto de sua vida. Essa cicatriz pode acontecer com qualquer herói e suas vidas mudaram drasticamente. Isso não é um conto de fada ou um desenho animado que passa na televisão.

                Ele continuou:

                - O vigilante beira os princípios básicos do heroísmo, mas trilha um caminho que beira o vilanesco. Eles agem por seu próprio caráter e orgulho, deixando sua própria ética e moral acima de seus deveres, assim, tanto prejudicando a si mesmo com cicatrizes que podem afetar permanente sua vida e de seus companheiros como a própria morte deles e das pessoas que os vigilantes tentam resgatar. Vigilante são procurados pela segurança deles mesmo e da população. Uma pessoa sem treinamento, sem experiencia e sem equipamentos pode se tornar uma benção ou uma ameaça para todos. Seus princípios podem ser corrompidos e quando perceber você cruzou a linha que o separava de um vigilante e de um vilão. Você pode morrer apenas por querer salvar a bolsa de uma velhinha, você nunca saberá que arma será apontada para sua cabeça e nem como se preparar para essa situação. Você, garoto, morreria assim que pisasse nas ruas.

                A porta da sala finalmente se abriu, permitindo que o herói de cabelos loiros entrasse no local destruído. Sua expressão parecia pálida em como o ambiente estava e mais pálida ainda ao ver Midoriya embranquecer como um fantasma.

                - Vilões não se importar com essas coisas que eu citei. Eles não vão parar por que você está machucado ou por que você é uma criança. Se for preciso eles vão te matar ou matar as pessoas a sua volta para te afetar, ou pior, matar os civis para que você se mantenha longe deles. Você é esperto garoto, não custa nada esperar um ano é virar um herói preparado para essa situação, psicologicamente e fisicamente, do que entrar de cabeça em um mundo do qual você não está pronto. Pense nisso. Pense no que você está disposto a arriscar e no que você realmente quer.

                - Sorahiko!

                - Está tarde. – Ele se levantou de seu assento. – Foi um prazer te conhecer, Midoriya. Espero que as palavras desse velho possam colocar um pouco de juízo em sua cabeça.

                



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