All Might: Esse vilão não tem limites.
Hawks: Ele parece ser ainda mais maligno que o Tai Lung.
Rei: Não sei porque, mas quando ele abre a cauda dele, tenho uma sensação pesada… a sensação de perigo iminente.
Alucard: Perdão, esqueci de colocar o meu anel para diminuir a minha aura.
Rei: Não era disso que eu estava falando.
Heróis/Alunos: Também tenho essa sensação.
Inko: Além de que ele parece mais ameaçador.
All For One: Pirralhos! O que nós vamos assistir agora?
Júlia: Poderia nos respeitar mais, por favor? A educação mandou lembranças!
Alucard: Olha, não sou uma criança! Tenho mais de 8 mil anos e na minha raça já sou mais que adulto!
Júlia: Acho que ele não tá nem aí, viu?
Júlio: Respondendo o All For One, vocês assistirão não um rap, mas sim, um momento crucial na vida do Po.
Izuku: Será algo relacionado ao rap do Shen?
Alucard: Será sim, brócolis.
Júlia: Isso se passa num momento depois do Po e dos Cinco tentarem derrotar o Shen. O Po tomou um tiro do canhão do Shen e foi mandado pra bem longe, mas sobreviveu.
Koda: Menos mal…
Júlio: O resto vocês terão que assistir para descobrir!
O garoto aperta o controle remoto e põe a cena para eles assistirem.
A cena apresenta um ambiente escuro e meio sombrio, com algumas árvores. Um indivíduo estava de costas, na frente de uma fogueira.
Tamaki: Ãhn… Quem é?
Júlio: É a Xamã que previu o futuro do Shen. Ela quem salvou o Po.
Alunos/Vilões: Hein?!
Alucard: Mais tarde, explicamos o que é um xamã.
Quando a câmera corta, vemos Po deitado atrás da Xamã, cheio de agulhas de acupuntura pelo corpo.
Twice: Eita! O estrago nele foi feio, hein?
O panda tenta sair de fininho, mas o barulho chama a atenção da cabra. Po rapidamente finge continuar desmaiado, o que aparentemente dá certo.
Jiro: Não é possível que ela realmente acreditou nisso…
Quando a câmera foca na cara de Po, ele rola um pouco para esquerda, apenas para dar de cara com a Xamã. O Dragão Guerreiro se levanta num pulo devido a um susto.
– Au! – Ele geme, por causa da dor.
Ochako: É, não acreditou. – Ela fala para a garota dos fones.
Ele vê que a Xamã estava segurando uma tigela com um tipo de sopa.
– Tá… – Ele afirma – Você não vai me forçar a comer… DÃÃ… – A Xamã tinha colocado uma agulha na testa dele, deixando-o com cara de tantã.
Bakugo: Não consigo acreditar que foi esse cara que virou o Dragão Guerreiro! – O loiro fala, desacreditado com a tamanha patetice do panda.
Alucard: Tenho feito essa pergunta todo dia, Bombinha de São João.
Bakugo: Me chamou de que?! Seu sanguessuga!
Alguns riem com a careta de Po.
Alucard: Conversamos depois… - Ele fala, com cara de poucos amigos.
A cabra o faz ingerir a sopa por inteiro, retirando a agulha com o serviço finalizado.
– Blé! – Ele resmunga, com o sabor daquele troço.
– Se eu quisesse você morto, teria te deixado naquele rio.
– Por que me salvou? – Ele pergunta, confuso.
Nejire: Sim, por quê? – A azulada pergunta, curiosa.
– Para que possa cumprir o seu destino.
– Que história é essa…? Onde é que eu tô?
O ambiente ao redor era natural. Um planalto com algumas árvores, mas parecia todo sombrio e abandonado.
Hagakure: Eu não estou com um bom pressentimento sobre esse lugar…
Ojiro: Eu também não. – O loiro fala, em concordância.
Alucard só fica com cara de confuso.
– Que lugar é esse? – Po pergunta.
– Ah… – A Xamã suspira. – Me admira que você se lembre tão pouco. Mas… Você era tão pequeno quando aconteceu…
Gritos começam a ecoar na cabeça do Po.
– Ah! – Ele grita, segurando a cabeça. Os sons param repentinamente.
Tenya: E-Esse lugar…
Ochako: Ele é…
Alucard: Sim, é.
O panda ofega e se vira, ficando de costas para a anciã, enquanto rasteja para perto de um rio. A anciã fala:
– Mas talvez você se lembre.
– Aquilo não passa de um pesadelo bobo!
– Pesadelo ou lembrança?
Kaminari: Ser ou não ser? Eis a questão.
Pensando nisso, Po olha para o rio, encarando seu reflexo. Ele vê o reflexo de seu eu bebê, que ria animadamente.
Mina: Awwwwwn!!! O Po era tão fofinho quando era bebê!!
Olhando pro ambiente, começa um flashback. Temos vislumbres daquele ambiente anos atrás, quando era uma vila. Haviam várias crianças pandas empinando sua pipa. Em meio a elas, os pais biológicos de Po acenavam pra ele.
Tenya: Foi o que eu pensei! Foi onde o Po nasceu…!
Ochako: *sorrindo* Esse lugar é tão bonito!
A câmera sobe para o céu, mostrando várias pipas voando. Depois, desce para um Po bebê, que rasteja de forma desajeitada com um boneco de panda de pelúcia em suas mãos.
Midnight: Pobre Po… Tão pequeno e não esperava o que fosse acontecer com sua família…
Voltamos para a época atual, com Po já de pé, com a Xamã atrás dele.
– Este já foi um próspero vilarejo. – Disse a anciã. – O jovem Shen iria herdar o trono de Gonmen City. Mas ele queria mais. Eu previ que alguém surgiria para impedí-lo. Um panda. Mas eu não pude prever o que o Shen faria depois.
Bakugo: Podia ter previsto!!
Aizawa: Quieto, Bakugo!
Escutamos o choro do Po bebê.
De volta aos flashbacks, Shen aparece em meio à vila em chamas. Ele solta um grito agudo enquanto empunha sua lança, ordenando que vários lobos com tochas em mãos ataquem os pandas.
Os alunos e seus parentes ficam horrorizados com a destruição. Aquilo era diferente de um simples ataque de vilão que eles em seu mundo. Aquilo era genocídio… feito por um vilão mau de verdade. Sem falar que com a maneira de como os olhos de Shen e dos lobos estavam retratados, eles pareciam verdadeiros monstros.
Na casa de Po, o pequeno panda estava assustado, abraçando seu boneco de pelúcia em meio às chamas.
À distância, o garotinho avista Shen, que estava acompanhado de dois lobos. O pavão abre sua cauda.
– Matem todos!!! – Ordena Shen.
As reações dos heróis também não eram das melhores. Eles enfrentaram muitas coisas ruins durante suas carreiras, mas outra coisa era ver um genocídio pelo ponto de vista de uma criança.
All Might e Gran Torino estavam cerrando os punhos em seus assentos. Aquela imagem aterrorizante de Shen só os lembrava de uma pessoa… All For One.
Eri se agarrou a Mirio e começou a chorar. Shen, com sua cauda aberta, a fazia lembrar de seus pesadelos com Overhaul.
Alguns vilões como All For One, Shigaraki e Kurogiri não se importavam muito com o que viam. Já outros como Toga, Twice, Spinner e, surpreendentemente, Dabi, ficaram visivelmente desconfortáveis ao ver que Po havia perdido sua família desse jeito. Stain não era nenhum dos casos, mas estava, no mínimo, surpreso. Nagant estava cerrando os punhos enquanto mordia o lábio inferior. Aquilo tinha trazido as lembranças de todos os assassinatos que ela foi ordenada a fazer ao longo da vida.
Obedecendo seu líder, os lobos correm até o bebê Po, pulando para atacá-lo. Para sua sorte, seu pai, Li Shang, aparece, e acerta os dois soldados com um martelo. A mãe de Po aparece.
Sero: Engulam essa, seus otários!!! – Grita, torcendo para Li.
– Pega o nosso filho! E foge!! Vai!!! – Li diz para a esposa.
Inko: Está arriscando a vida pela família dele… – A esverdeada murmura com lágrimas nos olhos, recebendo tapinhas de conforto nos ombros dados por Mitsuki.
Sem hesitar, a panda fêmea deixa seu filho em seus braços e sai correndo. Em meio ao caos, Po acaba deixando seu brinquedo cair. O boneco de panda é esmagado por várias tábuas.
De volta ao presente, Po acha seu velho brinquedo soterrado debaixo das madeiras.
Alguns como as meninas da U.A e Izuku estavam com vontade de chorar depois de ver tudo que aquele vilarejo passou.
Olhando a pelúcia, o Dragão Guerreiro tem vislumbres do momento em que viu sua mãe pela última vez.
– Ah!! – Ele interrompe as lembranças. Aquilo era demais para ele. – Ah…!
Fuyumi: Isso está sendo demais para ele lembrar de uma só vez… – Ela fala, com pena.
– Pare de resistir. – A Xamã orienta. – Deixe fluir.
Momo: Ele… parece querer fugir do passado. Ela quer que ele aceite seu passado, não é?
Os irmãos loucos só assentam com a cabeça, assim como seu colega vampiro.
Refletindo nisso, Po olha para o céu, as primeiras gotas da chuva já caindo. Ele cuidadosamente deixa seu velho brinquedo no chão. O panda começa a fazer os movimentos que aprendeu com Shifu para se concentrar em sua paz interior.
Stain: O que ele está fazendo?
Júlia: Uma técnica que ele aprendeu com Shifu pra se concentrar em sua paz interior. – Ela diz, sorrindo para a tela.
Ao deixar uma gota d'água cair na sua mão, as lembranças voltam a fluir. Sua mãe estava fugindo com ele em meio à uma nevasca, numa floresta. Um dos soldados de Shen aparece ao seu lado, tentando atacá-los com uma mordida.
Tsuyu: (Kero)... Isso é muito assustador… – Ela fala, com olhos preocupados e um dedo no queixo.
Ao invés de interromper a lembrança, Po continua deixando a gota d'água fluir pelo seu braço. Ele tem vislumbres assustadores dos lobos tentando atacar sua mãe, mas isso não interrompe sua concentração.
Tento fugido temporariamente dos lobos, a mãe de Po o coloca dentro de uma cesta de comida. Mais especificamente, numa cesta de rabanetes.
Spinner: Uma… caixa de comida? - O mutante ergue uma sobrancelha.
Po abre os olhos em choque, se lembrando de como foi adotado por Ping.
Tenya: Por que ele tá tão surpreso?
Júlio: O Ping encontrou ele numa caixa de rabanetes.
Shigaraki: Ou seja… ele já ligou os pontos.
Nas lembranças, Po bebê chora, mas sua mãe o acalma, segurando suas patas e aplicando um beijo em sua testa. Ela acaricia o rosto do seu filho pela última vez, com lágrimas nos olhos.
Izuku pareceu ter ficado bem abalado. Ele se lembrou do dia em que descobriu que era sem individualidade (Ou quirkless, chame como preferir), e sua mãe o abraçou com lágrimas, repetindo pedidos de desculpas em seus ouvidos.
Outros que pareceram ter ficado bem abatidos foram a família Todoroki, até mesmo Dabi. Este último não estava com as mãos tremendo, como Shoto e Endeavor, ou com lágrimas nos olhos como Rei, Fuyumi e Natsuo, mas ele abaixou a cabeça, cerrando os dentes.
Chorando em silêncio, a panda fêmea se afasta do filho, correndo de volta para a floresta enquanto Po chorava. Sua mãe atrai a atenção do exército do Shen, e imediatamente é perseguida por vários soldados lobos, e até mesmo pelo próprio Shen. A última coisa que o bebê Po conseguiu ver foi a cauda do vilão se abrindo e se fechando novamente. Depois disso, silêncio.
Um silêncio tenso e preocupante cobriu toda a sala. Ninguém se atreveu a dizer uma palavra. Todos já entenderam o que havia acontecido, e ninguém abriu o bico naquela atmosfera tensa.
Em tempo atual, Po, enfim, deixa a pequena gota líquida cair em cima de uma plantinha. O Dragão Guerreiro ofega, chocado com tudo o que viu.
Po se senta, sem saber o que dizer, enquanto a Xamã se aproxima dele por trás.
– Sua história pode não ter tido um começo muito feliz… Mas não é isso o que define quem você é. É o restante da sua história quem você escolhe ser.
All Might: Exatamente. Não são nossas histórias que definem quem somos, são nossas escolhas.
Escutando as palavras da anciã, Po relembra de todo o resto da história. Desde ser adotado por Ping até derrotar Tai Lung e ser reconhecido por todo o vale como o verdadeiro Dragão Guerreiro. Os flashbacks terminam com o bebê Po sendo alimentado por Ping no restaurante, na noite do dia em que foi adotado.
Ochako: Chuif… – Ela enxuga uma lágrima. – Isso é lindo… – A morena sorri.
Po arregala os olhos, percebendo que ele não tinha que fugir do seu passado.
Fim
Shoji: Ele… passou por muitas coisas…
Júlio: Sim, mas ele precisava lembrar disso.
Lady Nagant: Como assim?
Júlio: Ele precisava lembrar disso, porque desde que começou a enfrentar o exército do Shen, ele temia ter sido abandonado pelos pais, por isso, ele não gostava de ficar lembrando disso, o que só piorou depois de confrontar o Shen sobre esse assunto. O Po, ao ver tudo isso, percebeu que foi sim, abandonado, mas não por ser desprezado, mas sim para ser salvo. Vendo isso, Po finalmente pôde aceitar seu passado, e encontrar sua paz interior! – Ele conclui com um sorriso.
A explicação do rapaz fez os meta-humanos refletirem sobre isso, principalmente os alunos e a Liga.
Alucard: A propósito…
Alucard libera uma onda de aura celestial e sombria, fazendo todos os civis, heróis, vilões e alunos se ajoelharem. Até a Júlia e seu irmão.
Alucard: Katsuki Bakugou, REPETE O QUE DISSE! Se quiser morrer, repete, seu bastardo de me###. – O vampiro grita irritado, pois ser chamado de sanguessuga, era uma ofensa enorme para a raça dele.
Bakugo (psm): M-Me###, esse cara é mais forte que o Assassino de Heróis. – Pensa não conseguindo falar, nem se levantar e tendo falta de ar.
Júlia: É, acho melhor dar uma pausa. – Fala tentando se levantar, e um pouco com medo de seu convidado e parceiro de trabalho.
Júlio: É uma boa ideia…! Podem ir pros seus dormitórios e comer alguma coisa. – Ele explica, fazendo forças pra se levantar, também tendo um pouco de temor do rei dos vampiros.
Com isso, ele estala os dedos e todos são teletransportados pros seus respectivos dormitórios.
Continua…
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