handporn.net
História Borboletas e você - imagine jeon jungkook. - Dos - 02 - História escrita por Ixvander - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Borboletas e você - imagine jeon jungkook. >
  3. Dos - 02

História Borboletas e você - imagine jeon jungkook. - Dos - 02


Escrita por: Ixvander

Notas do Autor


mais um, boa leitura!!! ;))

Capítulo 3 - Dos - 02


Adoro sábados. 

São sempre gostosos e tem clima de férias. Gosto de acordar tarde e virar a noite lendo um livro ou assistindo um filme de romance ruim. Sábado deve ser meu dia preferido da semana. Mas hoje é terça-feira. E pensar no quanto eu adoro os sábados me fez ficar de mau humor.

- Bom dia. - escuto da minha mãe quando desço as escadas. Ela tem um sorriso suave no rosto expressivo. Dona Mônica tinha uma pele linda e cachos cheios - que estavam presos hoje. - de coloração escura. É artista e linda. Gosto tanto quando dizem que pareço com ela que com meus sete anos, me vangloriava disso na escola.

Mesmo assim, resmungo.

- Bom dia? É terça feira! Eu tenho dois tempos de álgebra. - e me sirvo uma xícara enorme de café.

Ela ri, acostumada com meu mau humor, e senta á mesa comigo. 

- Fique tranquila, meu amor. Terça-feira é um dia que passa rápido.

Torci para que ela estivesse certa enquanto colocava bananas fatiadas e pasta de amendoim numa tigela. Papai estava descendo as escadas. Sei disso porque seus passos são mais pesados dos que os de Thomas, e ecoam quando ele caminha.

- Bom dia! - ele beija a boca da minha mãe, um selar rápido e usual. Comigo é um toque de mãos que termina com um estalar de dedos. - Dormiram bem?

Eu sacudo a cabeça em afirmação e mamãe diz que sim. Então, do nada, papai diz:

- Ei, filha, quando ia nos contar sobre o Jungkook?

E a pasta de amendoim entala na minha garganta.

Tusso desesperadamente, e meu pai se estica para me dar tapinhas nas costas. Mamãe me encara aflita e só consigo falar algo depois de um copo de água.

- O que tem o Jungkook? - eu digo, parecendo desentendida, mas minha mãe ri e meu pai sorri para mim.

- Oras, o namoro de vocês.

Aquela frase faz minha cabeça latejar tão forte que quase ouço. É como um gongo sendo atingido várias vezes.

- Pai ,é um namoro falso pra fazer ciúmes a ex namorada do Jungkook. Por favor, não pense que gosto dele.

Não entendo o sorriso dele quando dá de ombros. 

Realmente não posso gostar de Jungkook porque fiz uma aposta com meu pai e Evangeline na sétima série. Eles dois apostaram bolinhos rosa - um para cada um. - que eu acabaria gostando do melhor amigo do meu irmão em algum momento. Combinamos que teria que durar no mínimo um mês e a aposta prevalece até hoje. É boba, mas na época, tive tanta certeza de que nunca me atrairia pelo Jeon que me parecia uma aposta fácil.

Espero mesmo que isso não mude.

 

(...)

A casa dos Jeon é branco brilhante, fica bem em frente e em contraste com a nossa, que é cinza com um muro enorme, moderna. Combina com a minha mãe. A deles parece ter sido pintada num desenho infantil por mais que seja grande também, mas o telhado plano é vermelho alaranjado e as janelas tem molduras. O quarto do Jungkook tem uma mini varanda cuja balaustrada tem arranjos flores verde claro e lilás que caem como cascatas.

Gosto daquela casa. Quando pequena, eu ficava a observando junto a Evangeline, porque fingíamos que a casa de nossas famílias de bonecas eram daquele jeitinho. A senhora Jeon adorava nos ter em seu quintal, e quando entrávamos para comer bbobgi - um doce coreano de açúcar e bicarbonato. - gravávamos cada pedacinho na mente, para decorarmos nossa brincadeira igual. Mesmo assim, nunca matei a curiosidade de saber como era vista da varandinha do quarto do Jungkook. Evie já. Entrou lá a convite dos próprios meninos, mas eu me recusei. Disse que o quarto do Jungkook devia feder a ovo podre e bafo de ogro, e ele disse que então só me deixaria entrar quando eu retirasse o que disse.

Tínhamos oito anos.

- Bom dia. - Evangeline diz quando entro em seu carro. A casa dos Jeon se perde com a distância quando ela dá partida e as memórias de infância ficam junto com ela.

- Bom dia.

- Pronta para seu primeiro dia de namoro? - cantarola. Eu reviro os olhos, apoio a testa na janela e fecho os olhos, sentindo sono.

- Com certeza. - e atuo uma animação muito falsa.

Evie ri, e aumenta o som. Curto a voz da Beyoncé em Say My Name e canto junto com minha melhor amiga, gargalhando das muitas - muitas. - notas desafinadas. Quando a terceira música começa a tocar, já estacionamos na escola. Passamos pelo carro de Thomas, que saiu mais cedo hoje para pegar um livro na biblioteca e não enfrentar fila. 

Suspiro alto o bastante para qualquer um num raio de dez metros escutar, e apoio a mochila nos ombros antes de abandonar o conforto do carro. Caminhei ao lado de Evangeline pelos corredores, atraindo olhares e ouvindo murmurinhos. Nunca bufei tão alto.

- Bom dia. - é a voz irritante e matinal de Jungkook, atrás da porta aberta do meu armário.

- Bom dia. - eu respondo, educada, e carrego dois livros contra o peito. 

Ele se move com a sutileza de um gato, ligeiro demais para um quarterback. Apoia o braço nos meus ombros e está cheirando a banho morno. Ele se aproxima do meu ouvido e ao mesmo tempo que fecha a porta do armário para mim, sussurra:

- Pronta?

- Não.

- Ótimo. - e começamos a caminhar. 

É fácil perceber nossa diferença de altura. Eu beiro os um e sessenta e cinco e Jungkook esbanja seus um e setenta e nove com orgulho. Setenta e nove, não oitenta. Ele arredonda para as pessoas mas eu sempre o lembrei que ainda falta um centímetro, porque não gosto da ideia de deixá-lo ganhar.

- Atrasada Dourant? - é a primeira coisa que Todd diz quando alcançamos minha sala e preciso sorrir, porque ele fala meu nome com um sotaque inglês engraçado e porque o fato do grande e maravilhoso Jeon Jungkook estar me abraçando passa completamente despercebido por ele, diferente de todo o resto da escola, e sei disso porque mantive os olhos altos durante todo o caminho pelos corredores.

Todd estuda comigo desde a oitava série e é um bobão de primeira. Ele é britânico e chegou no Canadá no mesmo ano que entrou na escola, com um sotaque puxado e olhos azuis, muito azuis. Fui a primeira pessoa a falar com ele. Disse que seu cabelo parecia falso e para me provar que não, ele me deixou puxá-lo.

Talvez sejamos melhores amigos.

- Nunca, Williams. - e pisco para ele, que abandona o batente e volta á sala de aula, cujo barulho era alto até que eu chegasse sob o braço musculoso do maldito jogador de futebol americano.

Me desembrulho do seu toque com o cuidado de não parecer rude, e forço um sorriso amarelo. Ele me responde com um cheio de escárnio, e se abaixa minimamente para se aproximar do meu rosto.

- Tchau, Jungkook.

- Não está esquecendo nada? - ele sempre cheira a chiclete de melancia.

- Nã...

E um beijo estala na minha bochecha. Me pega de surpresa e eu praticamente soluço com o choque. Jungkook ainda sorri sarcástico para mim, e então volta andar.

- Te vejo no almoço, princesinha!

Meus olhos estão tão focados nos pés quando entro na sala que esbarro duas vezes até conseguir me sentar. Escrevo cem vezes no meu caderno que estou arrependida e odeio Jeon Jungkook.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...