Pov Louis.
- Louis, você está começando a me deixar preocupado – Josh disse sentindo-se agoniado.
Depois das provas eu arrastei Josh para o mesmo parque em que nós passeamos naquela manhã fria de sábado, quando nos encontramos no starbucks.
Eu me sentia nervoso por dois motivos. O primeiro era por que eu estava prestes a abrir de vez o jogo, e fazer algo que eu nunca fiz por ninguém, eu me declararia. E o segundo, embora eu estivesse com milhares de inseguranças,eu o pediria em namoro.
Eu estava me sentindo tenso, e a forma preocupada que ele me olhava só piorava a situação. Eu o estava asustando e isso era evidente. Eu respirei fundo e peguei a sua mão gélida, segurando-a cautelosamente com minha. Encarei seus olhos e pude ver o quanto eles pareciam desesperados. Acho que ele esperava algo ruim, talvez que eu terminasse tudo.
- Josh... – eu limpei a garganta tentando ao máximo deixar minha voz firme – eu estou meio nervoso.
- Reparei– ele disse, mas não havia irônia pois ainda a preocupação estava ali.
- Eu te trouxe aqui por que eu quero lhe falar algumas coisas.
- Estou esperando – ele disse sem sequer desviar seus olhos do meu e eu suspirei.
- Josh... Você sabia que quando entrou no colégio eu fui a primeira pessoa a te reparar? - perguntei e ele franziu o cenho - É, eu fui o primeiro a te ver entrar de uma forma tímida e assustada pela porta da entrada da escola. Você passou por alguns alunos mas eles não repararam, não te observaram, continuaram a conversar, mas assim que eu te vi pela primeira vez eu captei cada detalhe. Eu não tirei os olhos de você, eu vi como andava inseguro, de cabeça meio baixa e olhando para os lados, enquanto segurava a alça da mochila em um só ombro. Talvez tenha sido eu a primeira pessoa naquele lugar a por os olhos em você. Você não sabia, mais nos primeiros dias eu ficava te reparando de longe, cada movimento. Ou achou que naquele dia que eu o parei no estacionamento foi por coincidência? Não, não foi. Eu sempre gostei de implicar com você, mas na verdade era uma forma de estar sempre próximo, sei que fui um idiota muitas vezes, mas acredite, esse idiota aqui se encantou com você desde a primeira vez que te viu.
Eu disse e ele sorriu de lado, ainda petrificado com as minhas palavras.
- Josh, o que quero dizer é que tivemos apesar de tudo bons momentos, você é um garoto incrivel, esforçado, ás vezes acho que não merece alguém como eu...
- Louis...
- Eu tenho muitos defeitos Josh. Eu ja fiz muitas coisas erradas na minha vida, eu não sou o cara perfeito e nunca vou ser, me desculpe. Mas acho que o que eu sinto por você, o que nós sentimos um pelo outro, merece uma chance de finalmente transparecer – eu digo e faço uma pequena pausa sorrindo para o mesmo que continuava me encarando esperando que eu continuasse, com a testa levemente franzida – eu quero você como meu namorado.
Ele arregalou um pouco os olhos e engoliu em seco, me encarando surpreso e diria que também assustado.
- V-você tá falando sério? – ele gaguejou e eu sorri mais largo ainda.
- Nunca falei tão sério em toda minha vida – eu disse e ele continuava a me encarar perplexo – e então? Você quer ser meu namorado Devine?
- É claro que eu quero Tomlinson! – ele diz dessa vez rápido, sorrindo em seguida. E então eu o abracei.
Pude escutar o riso dele entre meu pescoço e ri junto, eu estava feliz, nós estavamos. Puxei-o pela nuca fazendo levantar sua cabeça e selei nossos lábios.
Todos que se conformem, Louis Tomlinson agora está comprometido, yeah.
Pov Zayn.
Estava conversando com Liam distraidamente andando pelos corredores movimentados do colégio quando sinto meu celular tremer em sinal de mensagem. Sorri por um momento pensando ser Nialler pedindo para que nós nos encontrassemos em algum lugar. Afinal todos já haviamos acabados de fazer as provas, porém me decepcionei ao abrir a maldita mensagem.
Hey zaza
Atrás da escola, no pátio, agora.
Perrie xx
Bufei e revirei os olhos, fazendo Liam me encarar confuso. Se está perguntando onde Louis se meteu, eu também estou fazendo a mesma pergunta internamente, afinal o mesmo sumiu depois que o sinal tocou.
- Perrie. Quer me ver no pátio agora – digo desanimado e Liam revira os olhos.
- É melhor ir, ela ainda tem o video de você e Niall.
- Vadia – murmuro – nos falamos depois bro.
Dei um tapa nas costas do Liam que retribuiu e sai andando pelo corredor. Passei pelo armário de Niall, onde o mesmo conversava com Harry e quando me viu sorriu tímido, daquele jeito que eu achava tão adoravel. Rapidamente cenas da noite passada surgiram na minha mente. Havia sido uma bela e excitante noite, hoje a cama não parava de ranger, acho que causamos um desgaste na coitada,mas quem liga?
Sorri e pisquei para ele, fazendo-o imediatamente corar e ficar da cor de uma maça. Sorri com aquilo e continuei a caminhar até estar na parte de trás da escola. De longe pude avistar Perrie, ela estava com um short curto amostrando totalmente suas coxas, revirei os olhos. Estava frio, será que ela não sente?
Me aproximei a contra gosto e quando estava próximo o suficiente ela sorriu, logo virando para mim e senti medo. Ela tinha cara de psicopata quando queria.
- Dessa vez não resolveu ignorar minha mensagem, que bom garoto – ela disse irônica.
- O que quer comigo? – fui objetivo
- Calminha ai bonitão, está com pressa? – ela perguntou começando a se aproximar lentamente.
- É o que parece- respondo seco.
- Quero te pedir uma coisa – ela disse começando a me rondar, e isso era algo que eu detestava. Conforme ela ia se virando ao redor de mim, eu virava junto – você vai sair comigo. Vamos ir até um jantar, de lá você irá me acompanhar até em casa, precisamos bater um papo – ela disse séria e eu ri pelo nariz.
- Não vou a jantar nenhum com você muito menos para sua casa – digo e ela sorri balançando a cabeça negativamente.
- Sua mãe e seu pai sabem da sua preferência sexual? – ela pergunta e eu arregalo levemente os olhos em surpresa – opa, pelo visto não.
- Perrie o que você...
- Acha que eu sou boba Zayn? – ela me interrompe – acha mesmo que eu continuo aquela garotinha ingênua que você usou a anos atrás? Você está enganado. Você tem sido vigiado, tenho várias fotos comprometedoras de você e Niall, até dos seus amiguinhos também. Queria saber o que seus pais achariam de ver essas fotos espalhadas por todo o local de trabalho deles. Ouvi dizer que seu pai é muito conhecido e respeitado por lá, não seria algo horrivel para ele se todos descobrissem que o filhinho querido dele é gay? Acho que seria um escândalo, até por que o chefe dele, meu pai, ainda tem um pé atrás com você por tudo que fez. E aqui na escola? Seria realmente muito hilário o video de vocês dois passando por todas as televisões disponiveis do colégio, não seria? – ela perguntou e eu mal conseguia digerir o que ela falava.Eu mal conseguia piscar.
Ela estava jogando baixo. Envolveu meus pais e tão precioso emprego deles no meio. Eu nunca contei o fato de o pai da Perrie ser “chefe” dos meus pais, por que na maioria das vezes eu até esqueço de tal fato.
Aquilo foi bem maior e pior do que eu imaginava. Eu ja tinha sérios problemas com meus pais e se ela realmente espalhasse todas as minhas fotos com Nialler, o que creio eu que não sejam fotos “simples” no local de trabalho deles e isso os prejudicasse, a nossa convivencia só pioraria. Ele ficaria uma fera, assim como minha mãe. Não duvido de me expulsarem de casa. Talvez eles não admitissem um filho gay, isso eu não poderia afirmar, e mesmo que aceitassem, aquela não seria a melhor forma de descobrirem sobre mim. Eu seria eternamente zombado na escola se eu fosse exposto dessa forma, e se descobrissem do trabalho do meu pai, o que provavelmente Perrie teria o prazer em contar, eu seria mais humilhado ainda. Ela foi suja e esperta, eu deveria imaginar que ela estava aprontando.
Eu não conseguiria suportar isso. Eu não poderia. Se eu fosse assumir algo sobre minha sexualidade, seria diferente, seri algo mais discreto, mas dessa forma eu não consigo aguentar, não posso pensar na hipotese de virar uma piada.
- E então Zayn? Ainda está indeciso? – ela perguntou com aquele sorrisinho nojento em seu rosto pálido – você topa ou não?
Eu não queria que as coisas fossem desse jeito, mas eu não tenho escolha.
- Eu topo.
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