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História Breathin; Yoonkook - Treze - História escrita por scawlrma - Spirit Fanfics e Histórias
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História Breathin; Yoonkook - Treze


Escrita por: scawlrma

Notas do Autor


haha olá
era suposto ter postado há muito tempo, e não sei mesmo como explicar, mas muita coisa aconteceu entretanto, e não tinha forças nenhumas para vir aqui, peço imensas desculpas por ter demorado, e espero conseguir compensar um pouco com o capitulo,
amo-vos muito e boa leitura 💕

Capítulo 13 - Treze


— Como é que aguentas subir isto tudo, Ggukie?

— Estou habituado, Hyung. É só uma questão de hábito.

Era sábado. Quatro dias depois de toda a situação e do almoço conjunto, o Jeon fez um pedido estranho. Não estranho por sim, apenas incomum, para si. Yoongi não esperava, de todo, que o mais novo o fosse convidar para ir a sua casa. Normalmente seria ao contrário, o Min tinha noção de que Jeongguk não adorava receber visitas, e estava bem com isso, era pessoal. Apesar de ter ficado surpreendido com o convite, aceitou. Não podia perder algo assim, podia? Havia de ser algo bom.

— Porque não instalam um elevador? Sempre custa menos...

Jeongguk riu, rápido e baixo. — Não é caso para tanto, um elevador seria um prejuízo, se pensares bem nisso,

— Talvez não tenhas de subir tanto, mas sem dúvida que é demasiado. Não importa, Jeon, onde vamos? — Sorriu, tanto devido à curiosidade como ao efeito que queria acrescentar. Estava feliz por estarem num ponto tão confiante, mas sentia-se estranho. A um nível anormal.

— É surpresa, Yoon.

— O quão surpreendente pode ser? Estamos em casa, Gguk. — Riu, baixo. Decidiu ignorar a estranheza.

— Talvez não seja assim tão surpreendente, mas é uma surpresa. Para mim, pelo menos.

Jeongguk estava estranho. Não extremamente estranho, apenas a agir de formas pouco normais, para si. Estava muito sorridente, de um ponto de vista externo, claro. Não que isso fosse mau! apenas estranho, incomum. O problema era que nada tinha mudado, ainda vivia completamente limitado, preso numa bolha, e totalmente controlado. Ainda andava devagar, com as costas perfeitamente direitas, ainda tinha movimentos controlados e sempre muito pequenos. Tudo em Jeongguk ainda era demasiado perfeito, a um ponto assustador. No entanto, estava mais sorridente. Se nada mudou, e está mais sorridente, só podia significar qualquer uma de duas coisas, ou mesmo as duas ao mesmo tempo: Ou algo mudou drasticamente na vida pessoal do mais novo, ou é um ato. Yoongi sabia que era um ato desde o início, mas haviam pedaços de verdade, e era isso que o tornava estranho.

Só andavam, praticamente, de mãos dadas. Tinha se tornado um hábito, sem sentidos secretos ou interpretações complicadas. Era só confortável. Apenas isso.

Pois, as coisas entre os dois também estavam estranhas. Todas as piadas eram uma brincadeira, inicialmente. Apenas uma provocação inocente, para poder causar risos e conversas mais alegres. Ninguém realmente acreditava que era a sério... pois não? Nem disso realmente sabiam. De mim para ninguém, Jimin e Taehyung acreditavam. Sabiam que era apenas uma “provocação inocente”, mas eram os únicos que realmente conseguiam olhar para a situação e perceber que no meio de todos os risos e exageros, os dois diziam a verdade. Talvez, lá no fundo, queriam mesmo que Jimin estivesse certo quando disse que os dois não tinham a relação que pareciam ter, e queriam desculpas para também poderem estar sozinhos mais frequentemente. Só talvez. Sem confirmações.

— Porque é que há tantos quartos nesta casa? Não vives sozinho?

— Sim... boa pergunta, nunca entrei em metade deles. Devem ser quartos de hóspedes. — Deu de ombros e continuou a andar, e assim também a puxar o mais velho com toda a força que tinha.

— Posso pedir-te uma coisa?

— Claro, Hyung.

— Podes dar-me um mapa desta casa? Acho que não vou conseguir andar por aqui sozinho, se for necessário um dia.

— Posso dar-te indicações ao vivo, ou andar contigo, não te preocupes com isso, Yoon.

Os dois soltaram um riso e pararam para respirar um pouco melhor. Era um bom momento, e apesar de toda a estranheza, confortável. Quase demasiado bom para ser verdade.

— Podes dizer-me o que viemos ver, Gguk, por favor? — Continuaram a andar, até chegarem ao que assumiu ser o quarto do mais novo. — Posso saber, agora? — Jeongguk virou-se para o mais velho, suspirou, e abriu a porta do quarto. Não era enorme, como esperava. A surpresa que teve foi diferente. Sorriu. — Posso...?

— Claro, entra. — Deixou o mais velho entrar à sua frente, e foi logo depois.

A surpresa foi quando viu uma nuvem na cama. Uma nuvem que levantou a cabeça, e sorriu com o olhar quando viu os dois a entrar no quarto. Yoongi aproximou-se, com o sorriso bem marcado.

— Eu sei que devia ter dito no dia, mas ele demorou um pouco a adaptar-se, e queria que o conhecesses no seu melhor. — O mais novo também se aproximou do cachorrinho, que saltou para cima de si. — Chama-se Gureum.

— O nome é adequado. — Acariciou o pelo branco e macio do animal, que estava deitado nos braços de Jeongguk. — Diz-me mais.

— Ele foi resgatado, o dono do abrigo não sabe muito sobre ele. Só sei que nasceu no início do ano, e acho que foi encontrado numa rua remota. Não estava muito ferido, mas deixou marcas. Ele tem medo de barulhos altos, não posso secar o cabelo, ou aspirar, ao pé dele. — Riu, baixo, e encarou Gureum. Sentou-se na cama. — E é muito amigável. — Sentiu o cachorrinho a levantar a cabeça, encarar Yoongi, e mexer-se.

— Dá para perceber. — Pegou na “nuvem” quando teve a chance, e apesar de ter latido um pouco de início, provavelmente devido à surpresa, foi rápido a deitar-se também no colo do Min. — Porque não chamaste o Tae e o Jimin?

— Eles têm uma saída hoje, e acho que é para celebrar uma data, não tenho a certeza. Eles vêm amanhã. Se também quiseres vir, estás convidado.

— Vou tentar. De qualquer forma, estou feliz por estarmos só nós. Assim podemos conversar mais tranquilamente. Então, e é permanente?

— Bom, eu falei com o dono, e expliquei-lhe a situação toda. Há uma família que também estava interessada no Gureum. Ele deu-me duas semanas para decidir se quero manter isto, e se não, posso voltar a levá-lo. Vou tentar manter o maior tempo possível, preferencialmente para sempre, mas se não conseguir vou sempre a tempo de o deixar lá. Espero que não seja necessário, mas prefiro que ele viva seguro e feliz acima de tudo.

Já nem sabiam que etiqueta seria a mais adequada para a relação que tinham. Eram amigos, melhores amigos, isso era o mais importante para ambos, mas nenhum dos dois negava que havia mais alguma coisa ali escondida, à espera do momento ideal para explodir. É tão confuso, e tão, tão estranho.

No final, apesar de nem sequer terem tocado no assunto, ficou decidido ignorar. Não era importante dar uma etiqueta a o que quer que aquilo fosse agora.

— Estás bem, Hyung?

— Estou bem, mas sinceramente, sinto-me estranho. Como se algo de mau estivesse para acontecer a qualquer momento, mas não é como das outras vezes.

— Como assim? — Pegou de novo no pequeno Gureum, assim que este tocou na sua perna. Já eram inseparáveis.

— Normalmente é mais forte. Chego ao ponto de entrar em pânico quando estas coisas acontecem, mas estou a sentir-me normal, à parte disso. Nada indica que vá piorar, é só uma sensação leve, e uma dor de cabeça fraca.

— Pode ser sinal de que estás a melhorar. — Deixou o cachorrinho no chão, já que percebeu que o mesmo estava com sede, e assim poderia ir beber água no bebedouro que estava no canto do quarto. Assim foi. — Ou se calhar só não é assim tão mau, pode depender do dia. De qualquer forma, tens ideia do que o pode estar a causar?

— Não, de todo. Só acho que alguma coisa vai acontecer.

— Seja o que for, não deve ser nada de grave. E estou aqui! Podes falar comigo se sentires alguma coisa estranha, ou precisares de ajuda. Todos precisamos de alguma ajuda, às vezes. Há dias assim.

Yoongi sorriu. — Obrigado. Sabes que isso também se aplica a ti, certo?

— Porque é que dirias isso? Eu não escondo os meus sentimentos, Hyung, só tenho tido dias bons.

— Demasiado bons. Podes falar comigo, sim? Não quero mais desaparecimentos.

— Sim, eu não vou fazer isso de novo. — Acenou positivamente, e suspirou. — Tenho tido saudades, acho eu. 

—  Da senhora Hwang?

Jeongguk assentiu, lentamente desfazendo a sua expressão. — Ainda é tudo muito diferente.  — Explicou, no mesmo tom baixo. — Ela era praticamente minha mãe. E eu amo os meus pais, mas... no fundo ela é que me educou. É uma das pessoas que eu mais amo e valorizo no mundo.

O Min deu a mão a Jeongguk antes que a situação piorasse. Sorriu. — Ela disse que estaria sempre contigo, e é verdade. Dá tempo ao tempo. Ela está a ver-te, e feliz por estares a lidar bem.

— Parece que estou? — Questionou, rindo baixo. — Sinceramente, não consigo lidar bem, sequer aceitar. Às vezes esqueço-me, e... volta tudo. — Suspirou. — Ela deve estar desiludida.

— Jeongguk, ela está muito alegre, sim? Não fales assim. Estás de luto, é natural as coisas estarem... diferentes. Mas prometo-te que estás a fazer um ótimo trabalho. — Garantiu o mais velho.

Deu de ombros. — Estou a tentar não querer, mas, às vezes quero ir lá ter com ela. — Confessou. 

Yoongi congelou ao ouvir isso, respirando fundo de imediato. Por momentos, desejou que não fosse verdade.

Era verdade? Jeongguk pensava assim?

— Eu... entendo. — Declarou, baixo. Tentou ter empatia. — Mas sabes que é a pior solução possível. Nunca mais nada seria o mesmo. 

— Não o faria ativamente, não me entendas mal. Não quero que passem pelo mesmo que eu passei. — Garantiu. — Só que... por vezes é incrivelmente difícil continuar a minha vida normalmente sem ela. Às vezes nem me apetece tentar. — Admitiu. — E se não tivesse sido aquele jantar, a minha mãe notar que algo estava errado e a tua mãe cuidar de mim... eu sinceramente não sei como estaria. 

— Se não tivesse sido a minha mãe, seria eu, Jeongguk, prometo-te. Não te deixaria sozinho nem mais um dia. — Praticamente ameaçou. Passou então a tentar aliviar o clima. — O talento para a medicina está no sangue.

Jeongguk riu, baixo e suavemente. Sem muitas forças, no entanto. Até a si lhe estava a custar um pouco admitir aquilo em voz alta. — Desculpa por falar deste tema. — Voltou ao semblante sério que carregava antes. — Sei que não gostas, mas... preferi ser sincero.

— Eu sei. E também prefiro que sejas sincero. Mesmo que a verdade doa.— Tentou permanecer calmo. — Mas estás a fazer um ótimo trabalho, e sei que não há nada que o tempo não cure. Sei que não parece, mas as coisas melhoram, Jeongguk. Eu prometo.

Viu-o dar de ombros, então continuou. — Estou aqui. Vamos trabalhar nisto. Pensa nela, Ggukie, ela iria querer que tivesses cuidado, que ficasses aqui, comigo. Não? — Limpou os olhos, que sentia lacrimejarem. 

Levantou a cabeça, e com um pequeno sorriso, limpou as poucas lágrimas dele. — Provavelmente. — E simultaneamente segurou as suas. Não queria acrescentar lenha à fogueira. — Desculpa por te zangar.

— Ouve. — Pediu, antes de continuar a falar. Jeongguk, apesar o tentar conter, também sentia pequenas lágrimas a formar-se. O tema sensível da conversa misturava-se com a culpa que sentia por sequer ter mencionado o assunto. Estaria melhor sendo o único  a saber.— Obviamente não tens culpa de nada disto, e não estou zangado contigo. Pensar assim é normal em situações destas. Está tudo bem. — Garantiu, pegando nas mãos dele. Jeongguk assentiu.

— Como te disse, nunca o faria ativamente. Nunca sequer pensei nisso. — Garantiu.

— Jeonggukie, isso não torna o que disseste menos forte ou triste. — Jeongguk finalmente chorou, pedindo desculpa com o olhar. Yoongi abanou a cabeça e pegou nas mãos dele. — E, por favor, acredita em mim quando digo que te entendo e tenho toda a empatia. Não te estou a culpar. Não vou negar que me dói imenso, mas iria doer mais se eu soubesse que estavas a guardar algo assim só para ti. É a chave para o desastre.

Jeongguk suspirou, e para aliviar as dores dele, sorriu levemente. — Prometo que estou a tentar. Desculpa.

— Eu sei que estás  a tentar, por favor nunca pares de tentar. Estás a ir muito bem. — De novo, fez toda a questão de o assegurar disso. — Não tens de me pedir desculpa, apenas... promete que nunca vais pensar nisso. — Pediu. 

— Eu prometo. Obrigado por tudo Hyung.

— Não tens de me agradecer.

Ficaram um tempo calados, apenas a aproveitar o silêncio, com passos da nuvem de tempos em tempos. Estavam a sentir-se estranhos, mas confortáveis, e isso importava mais. Eram amigos acima de tudo, e de todos. Sentiam que iam contra as regras do mundo, de certa forma, mas iam de mãos dadas e em segurança. Era sem dúvida um sentimento estranho e desconhecido, mas não necessariamente mau.

Praticamente ignorando o tema anterior, desceram, com Gureum, e sentaram-se os três no grande sofá, com o objetivo de ver um filme, para tentarem distrair-se da estranheza toda, mesmo que soubessem que no fundo, era inútil tentar. Foi uma hora e meia.

— Bom… acho que tenho que ir agora. Desculpa, os meus tios vêm visitar-nos. — Levantou-se da cama, com um sorriso um tanto quanto constrangedor. Não queria que o momento tivesse acabado, mas alguém teria de o fazer.

— Oh, claro. Falamos mais tarde, então?

— Sem dúvidas, mando-te uma mensagem quando chegar a casa. — Vestiu o seu casaco e pegou nas suas coisas. Sorriu uma última vez. — Até amanhã, Ggukie.

— Até amanhã, Hyung.

Não era mau. Era a melhor estranheza possível.

 

 


Notas Finais


não gostei do capítulo, de todo :( ai
para referência para qualquer pessoa que não saiba, o gureum é um bichon maltês, e se quiserem, há muitas fotos dele na internet!

espero que todos estejam bem e saudáveis, se não estiverem, espero que fiquem melhor bem rápido! podem falar comigo sempre que for necessário ou se quiserem conversar apenas. sigam as indicação da oms, fiquem em casa se possível, bem seguros! adoro-vos, obrigada por lerem 💗


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