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História Breathin; Yoonkook - Quinze - História escrita por scawlrma - Spirit Fanfics e Histórias
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História Breathin; Yoonkook - Quinze


Escrita por: scawlrma

Notas do Autor


olaaaa estou com vergonha de aparecer aqui
como estão todos??? espero que bem
eu estava um pouco (muito) desmotivada e mais algumas coisinhas, desculpem mesmo por ter demorado anos a atualizar:(
boa leitura 💖

Capítulo 15 - Quinze


As coisas estavam lentas. Mais nada de necessariamente mau tinha acontecido, mas as coisas andavam lentamente. O que pareciam ser vinte e quatro horas tornaram-se o triplo e todos os dias passavam devagar. E em simultâneo com as horas, que aumentavam, a motivação diminuía da mesma forma demorada. Não havia muito a fazer.

O fim de semana passou no que pareciam ter sido trinta anos. Trinta anos de prisão em que cada segundo era uma tortura e todas as coisas são desconfortáveis. Apesar dessa ilusão, não havia tortura nenhuma sem ser a pressão. Pressão de ter de ser exatamente o que foi feito para ser.

A paz de Jeongguk acabou rápido. Como já esperava que acontecesse, toda a felicidade, e motivos para a mesma, que tinha juntado no passar daquele tempo acabaram no tempo de uma conversa, dispersaram-se. Não se sentia triste, apenas frustrado. O seu pai só lhe tinha dito um fato inofensivo e tinha sido suficiente para acabar com tudo. Era só um fato inofensivo. Não devia ser suficiente para acabar com tudo, pois não?

As coisas estavam lentas, e não parecia que fossem acelerar nos próximos tempos, de todo. Só restava aceitar e tentar sobreviver. E às vezes, Jeongguk nem queria tentar sobreviver.

— Está tudo bem?

Era um daqueles dias. Nada parecia resultar, as coisas eram cinzentas e mesmo as frases mais simples não faziam o mínimo sentido. Mais um dia em que sentia que se mesmo que gritasse ao mundo, ninguém ouviria.

— Jeon, está tudo bem?

Ao sentir uma mão no seu ombro, voltou ao mundo. Um regresso, tal como o resto, lento. Hesitou e demorou a reconhecer a voz, mas foi possível: — Estou bem, Hyung, obrigado.

Yoongi suspirou. Sentia que alguma coisa estava fora do seu lugar desde que terminaram aquela chamada há três dias. Tentou não pensar muito no assunto e distrair-se, mas por muito que Jeongguk confirmasse que estava tudo bem, não lhe parecia estar tudo bem.

— Estou só… — Voltou a sua atenção ao mais novo, quando ouviu a sua voz. — A ter um mau dia, só isso.

Yoongi assentiu. Estava à espera que, eventualmente, algo assim fosse acontecer. Não era a primeira vez, e às vezes, ele mesmo também tinha dias assim. — Se precisares de alguma coisa, diz. A sério. — Jeongguk acenou positivamente e suspirou, estava cansado. Literalmente, e figurativamente, ao mesmo tempo. Levantou a sua cabeça, que estava apoiada numa mão antes. Não podia ir mais ao fundo do que já estava, tentaria continuar da sua forma ideal. Não lutar, mas ser inteligente e aceitar tudo. Era o destino.

— Meninos? — Ouviram uma voz familiar, e olharam para cima para encontrar Jimin, e Taehyung mais atrás. — Temos de ir para a aula. — Estavam tão distraídos que nem conseguiram ouvir o toque de entrada.

— Sim. — Yoongi foi o primeiro a levantar-se. Jeongguk olhava para tudo como se fossem coisas novas, estava confuso. Isso era normal, de certa forma. Não havia um motivo em específico, acontecia, às vezes. — Vamos. — Estendeu a mão para o mais novo a agarrar. Demorou um pouco e foram precisas umas poucas hesitações, mas quando aconteceu, Yoongi sorriu. Percebia que algo tinha acontecido, mas não se ia forçar numa coisa que parecia ser privada, e ficava mais feliz com o pequeno progresso que estava a acontecer gradualmente.

Uns momentos parados e começaram a andar até às suas responsabilidades, em silêncio. Dias lentos eram assim. Em questão de alguns metros a andar, Yoongi e Taehyung trocaram, e todos voltaram às duplas originais. Sentaram-se nos seus devidos lugares, e esperaram que a aula começasse. Dois a dois, tinham conversas quase nada importantes para qualquer outro assunto que tenha sido abordado anteriormente. — Não fizeste nada no fim de semana? — Perguntou Taehyung, depois de contar a Jeongguk tudo o que tinha feito naqueles dois dias.

— Os meus pais vieram visitar-me. — Disse, baixo. Estava a tentar evitar o assunto, mas com o Kim, tinha de ser sincero. Ele sabia ler expressões com imensa facilidade, então, mesmo que fosse o melhor ator do mundo, o provável é que se reconhecesse a omissão.

— A sério? — Sorriu. — Ficaste feliz?

— Claro! É sempre bom vê-los. Só fiquei muito surpreso… — Seria uma boa resposta, se não fosse claro que algo não estava certo. Taehyung percebeu que naquela resposta algo não estava certo. Sabia exatamente o que era.

— Ah, hm… Fico feliz. — Sorriu por uns momentos. 

Taehyung tentava sempre mudar de assunto quando se falava dos familiares de Jeongguk, e tinha um motivo muito simples para isso: não gostava dele. Não se tratava apenas de uma mera má impressão, que era o que Yoongi, por exemplo, tinha, Taehyung não gostava daquela pessoa, de todo. Só o fato de saber que deixaram o filho “sozinho” numa idade tão vulnerável o deixava desconfiado, mas em pouco tempo conseguiu também entender tudo o resto que se passava. Não entendia como é que alguém como Jeongguk, alguém doce que só tem boas intenções, tinha sido criado por uma pessoa tão fria. No entanto, apesar de não perceber, sabia que Jeongguk tem um respeito enorme pelo seu pai, e mesmo que lhe fizesse as piores coisas, todo o respeito continuaria lá. Se não tinha nada de bom para dizer, o Kim preferia estar calado. Queria que o seu amigo estivesse feliz, e se esta fosse a melhor forma, podia aceitar.

— Obrigado. — Disse Jeongguk, ao que Taehyung sorriu e murmurou uma resposta. Viram a professora a entrar na sala, então, prepararam-se para poderem tomar atenção e dar utilidade à aula, mesmo que, no fundo, ambos quisessem conversar por mais um bom tempo. Só foi precisa mais uma chamada à atenção para voltarem ao que estavam antes, e tentarem ao máximo interiorizar tudo o que a mulher mais velha lhes dizia. Felizmente, até era uma matéria fácil.

Metade da aula passou numa velocidade enorme, apesar de, em geral, ser um dia lento. Um pouco mais de metade, e algo fora do habitual aconteceu. Um senhor entrou na sala. Um senhor conhecido pela maioria, senão todos, os alunos, era um auxiliar de educação. Entrou na sala, com todo o respeito possível pela aula que estava a acontecer, e teve uma pequena conversa com a professora. Logo a seguir, chamou Jeongguk. Da forma mais discreta possível. Ninguém tinha percebido que Jeongguk tinha sido chamado, apenas o próprio, que naturalmente não percebeu os motivos. No entanto, logo após confirmar, levantou-se e obedeceu. Assim, Jeongguk e aquele senhor saíram os dois da sala, completamente invisíveis para todos os outros.

Não fazia muito sentido, mas Jeongguk tentou ao máximo acompanhar o ritmo e entender o que se passava, sem perguntar. Apesar desse esforço, não conseguia. Não conseguia pensar em nada que tivesse acontecido. Naquele momento, não conseguia pensar em nada, no geral. Então, pararam. À frente de uma sala conhecida.

Jeongguk perguntou-se mais de milhares de vezes porque é que o tinham levado ao escritório do diretor da escola, até perceber que entenderia mais facilmente se entrasse e perguntasse o que se passava. Então, foi isso mesmo que fez. Bateu à porta, entrou, e depois de limpar a voz, disse: — Boa tarde. — E teve uma resposta clara e rápida.  

— Boa tarde, Jeongguk. Podes sentar-te.

Não fazia muito sentido. Era, definitivamente, um mau dia para algo assim acontecer, o Jeon estava confuso e assustado, e não estava a entender o que se passava. Nem sequer era sua culpa.

— Só preciso que assines os papéis de transferência, e podes voltar.

— Os… o quê?

Não havia forma nenhuma de Jeongguk poder prever aquilo. Não haviam sinais, não haviam pistas. Ainda não tinha a certeza do que estava mesmo a acontecer, ainda não tinha percebido completamente.

— Os papéis de transferência. É a primeira vez que fazes isto?

— Não- quero dizer, pode explicar-me o que se passa, por favor? Não estou a entender. — Tentou falar com calma e seriedade na voz, e, no fundo, esperava que tudo fosse apenas um engano.

— Pensava que saberias. — O senhor mais velho falou baixo, mas voltou ao seu tom normal pouco tempo depois. — Jeongguk, houve um pedido de transferência para ti. Chegou ontem à tarde, então só agora conseguimos processar tudo. Precisamos que o assines para tudo fazer efeito.

Esta conversa já tinha acontecido antes. Estava finalmente a perceber o que se passava.

— Eu não… eu não pedi transferência. — Tentou salvar-se, mas sabia que era impossível sair daquela situação sem consentimento de uma força maior, e sabia que tudo aquilo vinha da pessoa que sempre acreditou que seria má ideia sair de um colégio.

— Tu não pediste, mas o teu pai pediu, e tem o mesmo efeito que tu mesmo o fazeres. Eu sei que é muito de repente, Jeongguk, mas tenho a certeza que ele tem bons motivos.

— Eu sei, senhor. — Tentou manter o seu tom. Tinha de ficar neutro. Aquele não era um bom momento para se partir, mesmo que fosse o que mais queria. Tinha ficado sem chão.

Tocava no elástico que usava no pulso. Esticou-o com um dedo, e deixou-o voltar uma vez.

Não faças nada.

— Então, por favor, podes assinar nos espaços em branco? — Foram-lhe entregues os papéis em questão. As suas mãos estavam a tremer.

Não queria que fosse assim. Finalmente sentia que estava a progredir. Finalmente sentia que estava a chegar a algum lado, e por muito demorado que fosse, as coisas iam melhorar. Se fosse assim, teria de deixar tudo o que conquistou para trás. Teria de deixar os seus amigos para trás. Teria de deixar Yoongi para trás. Era demais. No momento em que mais precisava de todos ao seu lado, teria de deixar todos para trás. Tudo por um erro que cometeu. Sentia um ódio enorme por si mesmo naquele momento, pensava que a culpa era só sua. Não merecia a segunda oportunidade que lhe estava a ser oferecida. A tremer, assinou o papel, com medo de protestar. Levantou-se, e sem comentar mais, voltou para a sua aula.

Foi rápido a chegar e sentar-se de novo. Precisava de se sentar. Precisava de entender o que aconteceria dali para a frente. Nem queria pensar nisso, mas tinha de ser. Taehyung reparou rápido, e com um sorriso, começou a falar: — Olá, Ggukie! Eu nem te vi a sair, pareces um ninja às vezes! — E só aí viu a expressão aterrorizada do mais novo. O seu sorriso desfez-se imediatamente. — O que aconteceu Ggukie?

Este não queria responder. Não queria ter de dizer o que aconteceu: — Tae… podemos falar depois da aula? — Disse, baixo.

— Claro. — Respondeu o mais velho, antes de se virar para a frente de novo. Abraçou Jeongguk, rapidamente. Sentiu que era preciso. 

Durante a aula, que não durou muito mais, tocou de novo no elástico e repetidamente fez o mesmo movimento; vezes e vezes sem conta. O seu pulso já estava dorido, por ter feito exatamente o mesmo no dia anterior, mas eventualmente tornou-se ímune a essa pequena dor e só era capaz de pensar na maior. Taehyung, não sabendo o significado do hábito, ignorou. Talvez um tique nervoso?

Mas Yoongi sabia. Tinha visto Jeongguk entrar, e ao olhar para ele, rapidamente, e ver que puxava o maldito elástico, soube logo: algo aconteceu. Ele está a magoar-se. E dizer que passou o tempo todo ansioso para falar com ele seria um eufemismo, na verdade. 

Apesar de tudo, acabou muito rápido e Yoongi mal teve tempo de perguntar o que se passava. Quando olhou para a mesa em que se sentavam, Jeongguk e Taehyung já tinham ido embora. Quase parecia que tinham evaporado.

Quando acabou, os dois saíram da sala quase a correr, ambos souberam que era sério. Quando chegaram a um sítio longínquo o suficiente, Taehyung começou: — O que se passa?

— Eu nem tenho a certeza… — Suspirou. — Ele disse-me para assinar papéis de transferência! Tu sabes o que isso significa, certo? — Virou-se para o outro lado, não queria fazer contacto visual. Estava com medo, e não podia cair à frente de Taehyung, de novo.

— Significa… que vais ser transferido? — Perguntou, com um leve tremor na voz. O silêncio serviu como resposta. Suspirou. Sabia de quem era a culpa, e tudo isto serviria como mais um motivo para não querer falar de família com Jeongguk. Respirou fundo, para também tentar acalmar-se, e virou o melhor amigo para si. — Ggukie, ouve. Eu sei que é assustador, mas eu prometo que não é o fim do mundo e tudo vai acabar bem. Eu juro.

— Tae, eu não sei o que fazer. — Estava a tremer mais ainda e lágrimas estavam a ameaçar cair. Só queria que tudo parasse, para ter tempo para respirar.

— Eu sei, mas… é só um ano! Mais um ano na escola e depois o mundo é teu, Ggukie, tu consegues. — Forçou um sorriso. Primeira lágrima. — E… e vais voltar ao colégio certo? Bom, tu disseste que tens lá um amigo! Namjoon, acho eu. Vês? Não é assim tão mau, não vais estar sozinho. 

— Mas, vocês… eu não vos quero perder Taehyung. — Estava a começar a dizer coisas sem pensar. Isto não era comum de todo, Jeongguk pensava sempre imenso em tudo o que ia fazer. Era claro que estava mesmo assustado. Taehyung não sabia o que fazer, mas deu o seu melhor para poder acalmar a situação. 

— Não vais perder ninguém. Jamais! Ggukie, nós vamos estar sempre aqui para ti! Vamos continuar a ver-nos todos os dias, como sempre! Nada vai mudar. Eu prometo, não vais perder ninguém. É como um desafio! Um desafio que nós estamos a superar. — Abraçou o mais novo. — Acredita em mim.

Ficaram uns segundos em silêncio, até Jeongguk se pronunciar: — Eu acredito em ti.

— O que se passa? — Os dois olharam para o lado para encontrar Jimin e Yoongi com um olhar extremamente preocupado. Então, Jeongguk correu. Correu, abraçou Yoongi, e tentou dar a mão a Jimin ao mesmo tempo. O abraço foi retribuído no momento e a mão foi apertada, mas não era uma resposta, e Jimin voltou a falar, dirigindo-se a Taehyung. — O que aconteceu? 

Taehyung deu de ombros, não tinha a certeza de Jeongguk já queria falar do assunto com os outros dois. O mais novo, com a voz abafada por causa do abraço em que estava envolvido, só disse: — Desculpem. 

— Não é tua culpa. — Respondeu Yoongi, mesmo sem saber o que se passava. Pelos vistos, a sua sensação de que alguma coisa estava errada estava correta. — Estás bem?

— Ggukie, queres que eu lhes diga, ou- — Foi interrompido.

— Desculpem. — Repetiu.

— Porque é que ele está a pedir desculpa? — Jimin também estava extremamente preocupado. Aquilo não era normal.

— Vamos sentar-nos, precisamos de conversar. — Declarou Taehyung.

Depois de todos estarem um pouco mais calmos, conversaram. Não foi fácil para nenhum digerir a verdade, mesmo que tenha sido mais fácil para uns do que para outros, mas teve de ser. Conseguiram acalmar ainda mais o mais novo do grupo, com argumentos parecidos com os anteriormente usados por Taehyung, mas por dentro, todos, especialmente o mais velho, estavam uma confusão e não sabiam como lidar com algo assim. Yoongi só se perguntava se um dia tudo estaria, finalmente, bem. Estava com medo, mas deu o seu melhor para respirar. As coisas estavam lentas, mas aceleraram rápido. Agora, tudo estava rápido demais e só queriam um pouco de calma. A única coisa certa, é que não seria o fim.

 


Notas Finais


para variar, eu odeio este capítulo
espero que não esteja assim tão maukkkk mas está

obrigada por lerem, espero que tenham gostado, mantenham-se saudáveis, fiquem em casa, se precisarem estarei sempre aqui para qualquer coisa, adoro-vos muito 💖💕


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