"Mas o sorriso (...) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo."
Malia, Isaac, Scott e Stiles foram praticamente correndo até a delegacia. Depois que Lydia ligou para Stiles, a casa de Scott virou uma zona. Scott não achou a chave de sua moto, Stiles não achou a chave de seu Jipe e, como sempre, Malia e Isaac estavam sem carro, pois não tinham. A delegacia, quando chegaram, estava uma zona geral. Parrish corria de lá para cá, Clark estava ligando desesperadamente para Hayden para saber se a mesma estava bem. O Xerife correu para o encontro de Stiles e o abraçou. Ele por algum motivo conseguia sentir que algo iria acontecer com Stiles, mas por enquanto era só paranoia mesmo. Lydia estava nervosa, mas como todos. Ela também correu ao encontro de Stiles e o abraçou, naquele momento Malia sentiu uma pontada de ciúme subir em seu pescoço.
- Eu posso abraçar você, se quiser. – Isaac cochichou no ouvido de Malia, a fazendo soltar uma gargalhada.
Em resposta ela deu uma brincalhona cotovelada na lateral do corpo do garoto.
Scott ligava para Melissa, desesperado para saber notícias sobre a mãe, Malia ligava para o seu pai adotivo, ele estava em casa vendo um jogo de futebol. Lydia também ligava para sua mãe, que estava muito bem, obrigada, em Los Angeles de férias, provavelmente passeando pelas praias da cidade.
- Morreu do mesmo jeito que os outros? – Malia ouviu Stiles perguntar ao pai.
- Sim, sangue drenado misteriosamente. Sem suspeitas de ser Sobrenatural. – Noah respondeu para Stiles.
Quando Stiles se aproximou do grupo e onde Malia estava, ela desviou sutilmente o olhar, para ele não desconfiar que ela estava ouvindo a conversa dele com seu pai.
Malia sentiu algo se formar em seu peito. Premonição? Ansiedade? Inquietação? Não, era só medo e insegurança mesmo. Talvez. Isaac sentiu isso exalar de Malia e segurou a mão dela. Malia apertou de volta. Isaac sorriu.
Lydia estava sendo interrogada, pois dessa vez ela havia encontrado o corpo e ligado logo em seguida para a polícia. Para Malia, se todos os policiais soubessem o que eles eram não interrogariam cada um dos adolescentes. Quase irônico.
Malia tinha a pequena sensação de que sabia quem estava fazendo isso. Embora, “A Coisa” estivesse de máscara, capuz, e capa quando assassinava as vítimas, exalava cheiro dela, e pelo o que Malia conseguiu perceber, apenas ela pensou nessa possibilidade. Se tentassem eles conseguiriam sentir o cheiro e até mesmo reconhecer. Ela tinha essa pequenina esperança crescendo dentro de si.
Isaac ainda segurava a mão da Coyote. Segurava com tanta força que os dedos de ambos estavam quase brancos. Ele soltou a mão dela e foi pegar água para eles. Malia foi atrás dele.
- Na verdade... – Ela começou, chamando a atenção do garoto, que estava voltada para o bebedouro. – Eu aceito aquele abraço.
Isaac deu um sorriso bobo, com seus olhos azuis ficando pequenos.
- Ninguém resiste aos meus encantos. – Ele disse se aproximando de Malia.
- Não abuse Sr. Lahey. – Ele riu.
Ela se aconchegou no peito de Isaac. As mãos do garoto permaneciam no cabelo e na cintura de Malia. Ele tinha um cheiro de... Roupa limpa. Malia amava aquele cheiro. Um dos seus favoritos no mundo todo. Isaac a apertou mais, e Malia o apertou mais. Os dois sorriram com o gesto.
- Meu casal favorito... – Disse Scott se aproximando do bebedouro.
Isaac e Malia se afastaram, cruzaram os braços e semicerraram os olhos para o alfa.
- Ok, o pior casal existente. – Ele falou sarcasticamente, dando um gole no copo com a água.
Malia e Isaac sorriram satisfeitos.
- Agora, vem cá... – Começou Scott. – Vocês... Já se beijaram? – Enquanto Isaac ria descontroladamente, Malia deu um soco no ombro de Scott. – Vou usar isso como um sim. – Malia começou a rir também.
Um policial que eles não sabiam o nome se aproximou de onde eles estavam, e colocou um aviso imprimido no mural.
“Aulas suspensas até segunda ordem.”
- Maravilha. – Murmurou Scott, observando atentamente cada detalhe do aviso.
- Maravilha mesmo. – Falou Malia dando pequenos pulinhos, enquanto Isaac ria.
- Maravilha, mas preciso de nota em biologia. – Ele falou com um beiço.
- Eu sou boa em biologia, eu estudo com você! – Se ofereceu Malia. Isaac assentiu sorrindo com brilhos nos olhos.
- Hummmmm. – Comentou Scott, com um sorriso malicioso.
- Cale a boca Scott! – Os dois falaram em uníssono.
- Ok, já estou indo. – Disse o alfa, com as mãos levantadas em sinal de rendição.
A batida do seu coração de ouro maciço
Eu te amo, você nunca saberá
Quando a luz do dia vem, você se sente tão frio você sabe
Sinto medo em meu coração de te deixar
Esperando o fogo iluminar
Sentindo como se pudéssemos fazer as coisas certas
Ser aquele que faz a noite
Porque a liberdade é uma estrada solitária
Estamos sob controle
Estamos sob controle...
Stiles se aproximou do bebedouro e pegou um copo.
- Casal? – Ele perguntou servindo água no copinho, dirigindo seu olhar para Malia e Isaac.
Ela cruzou os braços. Isaac sentiu fúria exalar dela.
- E se for? – Ele respondeu com outra pergunta, surpreendendo Malia. – Algum problema com isso? – Isaac perguntou novamente.
Stiles respirou fundo. Estava com ciúme.
- Nenhum. – Seu coração acelerou quando ele falou aquela palavra.
- Engraçado. – Malia sorriu irônica. – Porque seu coração acelerou quando disse essa palavra. – Ela desmanchou o sorriso.
Stiles sorriu.
- Tchau. – Ele saiu.
Malia viu quando Stiles se aproximou de Lydia e os dois trocaram sorrisos. Ele nunca havia sorrido assim para ela.
- Você está bem? – Perguntou Isaac, tocando o ombro de Malia.
Ela assentiu.
- Sim, obrigada pelo abraço. – Ela sorriu.
- Sempre que quiser. – Ele cutucou Malia. Ela cutucou de volta.
[...]
Algumas semanas atrás.
Ela abriu a porta e lá estava ele. Isaac rapidamente notou sua presença. Ele soltou o ar, que parecia preso ali por horas.
- Malia, eu prometo. Vou ser bem rápido. – Ele se levantou.
- Tudo bem. – Ela relaxou.
Ele estalou os dedos, como se estivesse medindo as palavras.
- Bom, eu sei que você está com Stiles. – Ele começou. Malia estava com uma respiração totalmente desregulada. – Eu sei que você o ama. – Ele engoliu em seco. – Por isso, quero me desculpar pelo beijo. Eu não sei o que deu em mim. Foi impulso. Ela balançou a cabeça em concordância. Sentia-se exatamente da mesma forma que ele. Sua culpa estava um pouco menor.
- Eu sei. – Ele levantou a cabeça rapidamente. – Eu me sinto da mesma forma. – Ela mexeu os pés como se estivesse hesitando em dizer o que iria dizer em seguida. – Eu quero me desculpar pelo jeito que te tratei. – Isaac sorriu. – Fui uma estúpida, idiota, e insuportável. – Ele riu com a última palavra. – E Isaac...
Ele a olhou com atenção.
- O que? – Ele perguntou.
- Você não é nem um pouco insuportável. Eu sou. – Ela falou levantando um pouco a cabeça.
Isaac abriu um sorriso de canto de boca.
- Talvez você seja um pouco insuportável sim. – Disse ele sorrindo. Malia lhe deu um soco fraco no ombro, também sorrindo. – Mas sim, eu te desculpo. – Ele olhou para o chão. – E você? Me desculpa... Pelo beijo?
- Pensei que já estivesse claro, que sim, eu desculpo. – Ela riu baixo.
Isaac olhou para baixo.
Malia olhou para baixo.
Um silêncio constrangedor se espalhava pelo ar.
- Então... – Isaac quebrou finalmente o silêncio. – Amigos?
Estendeu a mão esquerda para Malia.
Malia se surpreendeu com o gesto e abriu um grande sorriso.
- Amigos. – Confirmou estendendo a mão direita para ele.
Os dois sorriram um para o outro.
[...]
Malia e Isaac continuaram ali no bebedouro, rindo de piadas super idiotas que de vez em quando ele ou ela fazia, e quando Scott se aproximava fazendo piadinhas maliciosas sobre os dois, fazendo Malia rir, e Isaac por dentro estremecer desejando com todas as suas forças que aquilo fosse real, tudo se tornava melhor.
E nós caminhamos juntos para a luz
E meu amor vai ser sua armadura hoje à noite
Nós temos corações de leão
E estamos juntos diante de uma guerra
E o nosso amor vai conquistar tudo
Nós temos corações de leão...
[...]
Stiles tinha saído da delegacia há alguns poucos minutos. Ele estava com muito sono e queria ir para casa dormir. O Xerife hesitou muito, mas no fim permitiu que o filho fosse. Stiles estava sem o Jipe, o que aumentava mais ainda a preocupação do Xerife. Isaac estava brincando com os dedos da mão de Malia.
- Vou ao banheiro. – Disse Lydia para Scott.
Malia só viu quando Lydia caiu de joelhos no chão, cobrindo os ouvidos com a mão. Scott não chegou a Lydia a tempo de impedir o grito da Banshee. Isaac cobriu os ouvidos, e Malia ficou pensando algo.
- Porque você gritou? – Scott perguntou a Lydia, quando ela parou de gritar. Malia estava ouvindo. – Alguém vai morrer? – Ele perguntou preocupado.
- Eu não sei. – Respondeu Lydia.
Malia foi mais rápida e acabou juntou todos os pontos: “A Coisa” tinha matado apenas humanos até agora. Stiles era humano. Lydia gritou, e estava chorando.
- Meu Deus. – Sussurrou Malia para si mesma. “A Coisa” vai matar Stiles.
- Malia? – Perguntou Isaac.
Malia não respondeu, apenas saiu correndo para fora da delegacia. Ninguém foi atrás dela. Era apenas ela, “A Coisa” e Stiles. Ainda chovia, mas sua visão a noite era melhor que a do dia.
[...]
Stiles só pensava em uma coisa no momento: Malia e Isaac. Era a única coisa que inundava seus pensamentos naquele momento. No fundo ele ainda tinha sentimentos indescritíveis por Malia, e sentia ciúmes de vê-la feliz com Isaac. Mas ele, sabia que assim seria melhor para ambos. Isaac a merecia, e ela o merecia. Ambos se mereciam. E muito.
Sentia falta do seu Jipe, odiava caminhar, ainda mais abaixo de chuva, sem enxergar quase nada pelo caminho.
Crack...
Ele ouviu um barulho de alguma coisa se quebrando a seu lado. Provavelmente um galho.
Crack...
O barulho se repetiu. Vinha dos arbustos em seu lado, mas ele não conseguia enxergar nada. Pegou seu celular, pronto para pedir ajuda para Scott, ou até mesmo Isaac. E se ele fosse o próximo a morrer? Merda. Ele murmurou. Seu celular estava sem sinal, por razão da forte chuva. Apertou o passo. É só um gato ou um cachorro passando pelos arbustos e por acidente pisou no galho e o quebrou, causando esse barulho. Falou a si mesmo, tentando se convencer de que era a verdade.
Crack...
Stiles caminhou mais rápido do que já estava antes. Se tivesse um assassino atrás de você agora, quem seria? Freddy Krueger ou Jason Voorhees? Falou novamente para si mesmo.
Crack... O barulho se repetia.
- Eu não acredito que vou fazer isso. – Falou para si mesmo, agora em voz alta.
Stiles pegou seu celular e foi até a lanterna dele, a acendeu e... Viu a mesma coisa que Craig viu no dia em que morreu. “A Coisa” que já havia matado três pessoas, e iria matar Stiles também, e ele sentiu isso. Conseguiu juntar as peças e concluiu que seria isso mesmo.
- Stiles, certo? – Perguntou “A Coisa” com aquela maldita voz robótica, que assusta qualquer um.
- Na verdade Stiles é apenas apelido. – Respondeu engolindo em seco. Perdia a vida, mas não perdia a piada. Ele quis rir.
- Se eu fosse você corria. – Disse “A Coisa” se aproximando dele, saindo dos arbustos com um grande e robusto machado na mão. Estava a apenas 20 centímetros dele.
- Você está matando as pessoas, certo? – Stiles perguntou, dando um passo para trás.
- Certíssimo. – Disse “A Cosia”.
- Você vai me matar, certo? – Stiles bufou.
- Sim. – “A Coisa” falou, e Stiles conseguiu ver através da máscara um sorriso se formando.
- Quem é você? – Ele perguntou dando outro passo para trás. “A Coisa” deu dois passos para frente.
- Pode me chamar de “A Coisa”. – Disse ela.
- Como o livro do Stephen King? – Perguntou Stiles novamente. Ele estava tentando ganhar tempo para distrair “A Coisa” e tentar fugir.
- Não, mais cruel. – Em um sobressalto “A Coisa” levantou o machado e em seguida o abaixou, atingindo o braço de Stiles. Ele gemeu de dor.
Stiles se levantou e saiu tropeçando e correndo. Sem rumo. Na chuva, sem chance alguma se sobreviver.
- É uma pena que Gavin Taylor tenha sobrevivido. – “A Coisa” disse, há vários metros de distância de Stiles. – Mas, sua sorte não é das melhores, Stiles. Mas, vou dar uma pequena vantagem para você. – Disse praticamente gritando.
Ele aproveitou essa vantagem e correu mais rápido ainda. O mais rápido que conseguiria correr. Seu braço esguichava sangue para todos os lados. No final, seu pai estava certo, ele não devia ter saído da delegacia. Deveria ter aguentado seu sono que estava quase insuportável. Devia ter pedido desculpas à Malia enquanto ainda havia tempo, mas como é orgulhoso demais, preferiu não fazer tais coisas.
Stiles sabia que a sua hora tinha chegado. Ele iria morrer. Depois de tudo.
Ele decidiu se esconder em um dos vários arbustos que havia na estrada. Olhou para trás. “A Coisa” tinha sumido de vista. Abaixou-se e se sentou no chão. O arbusto o cobria. Será que Lydia ainda não tinha sentido que ele iria morrer? Será que Scott iria salvá-lo? Dúvidas essas, que passavam na mente de Stiles.
Ele estava ofegante. Qualquer um ouviria sua respiração de longe, sem precisar de audição de lobisomem. Stiles pressionou a grande, grossa e aberta ferida em seu braço. Uma das piores dores que ele já sentiu. Se ele não morresse pelas mãos daquela coisa, provavelmente morreria de hemorragia.
Lentamente desaparecendo
Você está perdido e com tanto medo
Onde está a esperança em um mundo tão frio?
Procurando numa luz distante
Alguém que pode salvar uma vida
Vivendo com medo de que ninguém irá ouvir os seus choros...
Passos estavam se aproximando dele. Do arbusto onde ele estava. Segurou a respiração. Cerrou o punho. Seria agora? Morreria assim?
Foi puxado pela camiseta e jogado com brutalidade no chão. Seu braço latejou, ele gemeu de dor. Era “A Coisa” que o havia puxado, sem dó nem piedade.
- Se acha que isso doeu, espere para ter seu sangue drenado. – Falou “A Coisa”, passando o seu dedo coberto por uma luva, no rosto cheio de pintinhas de Stiles. Ele estremeceu.
“A Coisa” pegou sua pílula mágica e a passou de dedo em dedo.
Stiles juntou todas as forças ainda existentes em seu corpo ferido e dolorido e perguntou.
- É assim? – “A Coisa” o olhou com a máscara, mas o garoto conseguiu sentir que ela estava surpresa. – Que drena o sangue das pessoas.
- Sim, Stiles. É assim. – “A Coisa” viu que ele fechou os olhos. – Mas não se preocupe vai ser rápido, mas muito dolorido. – Ela tocou no ferimento dele. – Muito mais dolorido que isso.
Stiles engoliu em seco novamente.
Ele morreria. Sem ver o rosto do seu pai antes, sem falar com Lydia, sem se desculpar com Malia, sem socar a cara de Isaac antes, e sem se desculpar por ter matado Allison para Scott. Ele morreria. Sem lutar, sem reclamar, pois estava entregue. Não tinha mais forças para lutar, para respirar.
A pílula se aproximava em câmera lenta dele. Sua boca ele tentaria manter fechada, mas “A Coisa” foi mais rápida. Abriu a boca de Stiles com os dois dedos da mão.
A pílula, estava 10 centímetros longe da boca de Stiles. Ele estava apenas 10 centímetros longe de sua morte. Sua dolorosa morte.
9...
8...
7...
6...
5...
4...
3...
2...
1...
E “A Coisa” foi violentamente puxada para cima. Ele respirou aliviado. Stiles viu “A Coisa” ser socada, chutada, beliscada várias vezes. Até a própria fugir. Foi aí que ele viu quem o havia salvado.
Malia.
Ele respirou fundo.
- Droga Stiles. – Ela colocou o cabelo para trás da orelha. – Ouve seu pai da próxima vez!
- Malia, nossa! Nunca fiquei tão feliz em ver você! – Ele colocou a mão no coração, botando intensidade na frase.
Ela suspirou.
- Agradeça à Lydia. – Malia se aproximou dele. – Ela deu um berro muito alto!
Ele riu e se deitou no chão.
- Deixe-me ver esse machucado. – Malia falou, tocando no ferimento de Stiles.
- Está doendo mui... – Em um instante Malia tirou a dor de Stiles. Ele viu as veias da mão dela ficarem roxas.
- Nossa. É verdade. Estava doendo muito. – Ela disse e levantando e estendendo a mão para Stiles.
Os olhos deles brilharam.
- Obrigado. – Ele disse alcançando a mão de Malia e levantou do chão.
- De nada. – Ela respondeu apenas.
A chuva diminuiu.
Malia já estava saindo daquele lugar, e Stiles mal se mexia. Ele correu para alcançá-la.
- Sabe... – Ele começou. – Eu estive pensando, enquanto quase morria. – Malia se virou para ele, com os olhos semicerrados. – Preciso pedir desculpas por... Bem, tudo. Quero que saiba, que...
Ela o interrompeu.
- Eu te desculpei. – Ela deu um soco de leve no ombro dele. – Você às vezes tem um gênio difícil demais.
- Mas mesmo assim – Ele a puxou pelo braço. – Eu ainda a considero muito. Eu ainda gosto de você Malia. – Ela abaixou a cabeça. – Você foi, é, e sempre será importante para mim.
- Eu também gosto de você. – Ela levantou a cabeça, revelando olhos marejados. – Mas, eu sei que ninguém escolhe quem amar. Lydia te merece e você a merece. Desejo mesmo de todo meu coração que sejam felizes! – Ela limpou uma lágrima teimosa que caiu em sua face. – Espero que sempre sejamos amigos. Stiles, você é importante para mim! – Ele sorriu.
- Obrigada por vir atrás de mim e me salvar da morte.
Malia riu.
- Eu nunca te deixaria lembra? – Ela disse em forma de pergunta. Stiles fechou os olhos. As lágrimas insistiam em cair. Ele a abraçou forte.
- Eu também nunca te deixaria. – Ele disse acariciando os fios do cabelo da Coyote. Malia com a frase o abraçou mais forte. Colocou a mão no macio cabelo dele. Mas logo se afastou.
- Venha, precisamos ir até a delegacia e dar depoimento. – Ela disse sem graça.
- Sim precisamos. – Ele disse coçando a nuca. – As aulas estão suspensas? – Perguntou logo em seguida.
- Sim! – Ela deu pulinhos animados o que fez Stiles soltar uma alta gargalhada.
Eles estavam caminhando lado a lado, em direção à delegacia. Ninguém se atreveria a dizer nada, para não estragar o único momento de paz existente.
- Sabe... – Stiles começou. Malia o olhou. – Você e Isaac formam um belo casal.
Ela o socou no braço, o que o fez segurar o braço, mas na verdade, ela não tinha se ofendido, tinha gostado do que Stiles falou. Amado na verdade.
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