História Can You be my peace? - The cursed Case- parte 2

30 Minutos antes…

Sofia P.O.V

Me sentei na beira da cama colocando os dedos sob as feridas e desejando que tudo aquilo fosse um sonho. Mas não era. E eu precisava assumir que talvez tivesse sido um erro fazer o que fiz. Olhei para aquela homem pensando no que ele havia passado para cegar no estado que estava. Mas nada em minha mente conseguia tirar a imagem de Spencer, sendo torturado, sem piedade. Ele não merecia isso. Sabia que não.

-Agora, estamos quase prontos.-suas mãos desceram ate minha blusa e a rasgaram com velocidade- Coloque isso- me ofereceu um colete.

-Para que?- perguntei me arriscando.

-Melissa… não se lembra? quando trabalhava nisso? - o homem me deu um beijo rapido causando repugnação. O vesti e fiquei diante dele.

-Bom, muito bom-puxou uma cadeira para que eu sentasse.

-Obrigada- enquanto o fazia, lembrei do plano que apenas Morgan tinha conhecimento. Havia um ponto atras de minha orelha que possibilitava que ele me ouvisse. -Esta muito agradavel. Agora talvez fosse a hora exata.- disse claro para que Dereck entendesse o recado.

-Hora exata?-

-Sim, de eu dizer que. Te amo- um no se formou em minha garganta ao pronunciar a ultima palavra, e Spencer veio a minha mente.

-Eu te amo muito Mel -Ele me abraçou e eu aproveitei a oportunidade para tirar um botão de minha calça. Com a outra mão, peguei a faca que estava sob a mesa e a finquei em seu abdomen. Gemendo de dor, ele tentou segurar minha perna, mas rapidamente o chutei e corri para fora da casa com o coração acelerado.

-VAI PRO INFERNO- Sussurrei com raiva e apertei o botão. A explosão me jogou para longe, batendo minha cabeça em uma pequena pedra. Passei a mão sobre minha fonte que sangrava, o calor do fogo fez minha testa suar e meus movimentos ficarem mais lentos. Desejei que alguém viesse até mim e me ajudasse. Mas o que havia acabado de acontecer não estava nos planos. Me levantei devagar e olhei em volta. Estava tudo destruído. A casa, o jardim, Tudo.

“Que o Spencer esteja bem. Deus, é tudo que eu peço” pensei e comecei a andar.

-Sofia????????-Morgan gritou correndo ate mim e ao chegar perto me abraçou forte, tirando-me do chão- Por Deus, você está viva…-

-Spencer? Onde esta ele?-perguntei euforica.

-Ele saiu antes da… explosão… presumimos que deva ter entrado na casa.

-O QUE?-gritei- Mas… eu… explodi a casa e… -deixei que as lágrimas caissem. -ele estava la?- me afastei chorando pela chuva que caia em mim, eu não ligava. Andei sem rumo tentando encontrar um vestigio que fosse de seu cadáver. “MEU DEUS, O QUE EU FIZ?”

NARRADOR p.o.v

Spencer se ajoelhou no chão não acreditando no que acabara de ver. Sua mente pela primeira vez não processava algo plausível para aquilo. Ele quis que Sofia nunca tivesse entrado para UAC, que eles nunca tivessem se conhecido, que ele não estivesse apaixonado pela garota sapeca que um dia na rua. Se levantou tirando o cabelo dos olhos e andando em frente a casa, qualquer coisa, um pedaço de pano, um fio de cabelo de Sofia o faria sofrer menos. Todo aquele incendio provocara algo em Spencer, talvez por que a garota que ele gostasse estivesse ali dentro quando tudo fora pelos ares. Imediatamente se culpu. Nunca se apaixonava por alguém, e quando acontecia algo acabava com isso. maive fora a primeira, sua morte bem na sua frente causara tanta dor nele, que o mesmo pensou nunca mais conseguir sentir qualquer coisa. Agora Sofia, ela partira da mesma forma, sem aviso, sem ao menos ele conseguir dizer o que ela causava nele. Continuou a andar.

-Sofia!Sofia!- ele gritava mesmo sem esperanças.

-Spencer…?- ouviu um chamado quase mudo tocar seu ouvido.-Spencer?-dessa vez um pouco mais alto, ele se virou. Suas pernas ficaram bambas, e um sorriso aliviado apareceu em sua face.Sofia estava o chamando da mesma forma. E o procurando da mesma forma. Correu ate ela, e a envolveu no melhor e mais duradouro abraço de sua vida.

Sofia sentiu um fisgar forte em seu peito , como se algo estivesse prestes a acontecer. Seus olhos percorriam todo o terreno e por um momento ela pode jurar ouvira alguem chamar seu nome. Parou de andar e olhou para frente prestes a ter um ataque cardiaco.
-spencer... -sussurrou correndo o mais rapido possivel ate ele e pulando em seu pescoco o abracando fortemente.
Sentiu seu estomago se revirar, e seu coracao sair pela boca. O cheiro da chuva se misturou com o perfume de Reid a fazendo sorrir com sinceridade. Suas maos se encontraram o apertando confortavelmente. Poder toca-lo novamente, fora a melhor coisa que acontecera em sua vida.
-voce esta... -ela disse ainda abracada.
-E voce tambem eu, S-sofia eu nem sei o que dizer. Meu Deus, pensei que tivesse... -o rapaz engoliu em seco.
-Xxxhhhiiu. Eu estou aqui. Bem aqui. -sofia puxou as  maos de Reid para perto do seu pescoco- Pode sentir?
-E-eu. Te a-amo -ele disse rapidamente. Sem pensar duas vezes, ambos colocaram as maos no rosto um do outro e com um beijo demorado, ali ficaram por alguns minutos, deixando que a chuva os molhasse e transformasse toda dor em alegria.

Sofia P.O.V
Sentir seu cheiro e suas maos tocarem meu rosto fora tao acolhedor que DEUS, como eu queria que nunca acabasse.
-Spencer? Isso significa que somos?-encostei em seu peitoral curiosa.
-Ah, namorados talvez? -suas bochechas ficaram vermelhas.
-Otimo. -fiquei na ponta dos pes e o beijei novamente. Era tao bom ter contato com seus labios.
Algumas luzes tomaram conta dos nossos olhos, eram as lanternas do pessoal da equipe, que ao nos verem juntos, nao sabiam se sorriam ou ficavam supresos.
-Ah, o que exatamente ta acontecendo? -JJ abaixou a luz nos encarando.
-O que parece JJ? -Rossi riu.
-Mas voces acabaram de sofrer um... -Morgan impediu Emily de terminar a frase batendo nas costas de Spencer, que por sua vez abaixou a cabeca sem graca.
-Reid? Gilbert?-Hotchner apareceu serio. Nao entanto ao nos ver bem, seus labios se curvaram para o lado.7
10 minutos depois...

Alguns cobertores foram colocados em nos para que nos nao pegassemos um resfriado. Spencer estava com seu braco direito em volta de mim, e de vez em quando seus dedos faziam movimentos lentos que acariciavam minhas costas. Aquele sem duvida havia sido o melhor dos piores dias de minha vida.