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História Can you love your baby? (Larry Stylinson) - Terceiro Capítulo - História escrita por nossomosnozes - Spirit Fanfics e Histórias
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História Can you love your baby? (Larry Stylinson) - Terceiro Capítulo


Escrita por: nossomosnozes

Notas do Autor


Quem decidiu voltar? Eu.
Boa noite.
Oi de novo, se alguém ainda se lembra... Disso.
Boa leitura a quem ler

Capítulo 3 - Terceiro Capítulo


-A tia Gemm estava certa sobre você.. Você é uma ameaça - murmurei dando passos para trás, sentia arrepios percorrendo meu corpo.
-Louis, não... Me escuta, olha, vamos resolver is..- tentava me acalmar, mas eu sabia que a qualquer momento ele poderia me atacar.
-Eu vou morar com a tia Gemm, eu não quero mais conviver com você - disse com dificuldade, começando a chorar.
Eu não queria me afastar dele... Eu o amo.
-Louis...
-Eu já me decidi- não consegui conter o soluço, e agora não conseguia mais falar sem chorar ainda mais.
-Louis, me desculpa..- o encarei.
Ele estava triste, eu podia notar. Seus olhos lacrimejavam. Estávamos tristes, ele triste me fazia triste. Eu não queria deixa-lo, mas Gemma estava certa.
Então ele continuou:
-Eu não sei o que ela tentou colocar na sua cabeça, mas Louis, você não pode ir, eu... Eu não quis fazer isso, você não vai morar com ela.. Você...- pensou um pouco para continuar- você não pode me culpar por algo que  causou!- acusou, por fim.
A culpa sempre foi minha, é claro. Por estragar a vida que ele deveria ter, eu sei disso, mas ele nunca havia dito, agora doía mil vezes mais, eu só queria deitar em minha cama e chorar, sumir, eu não sei.
-Eu sinto muito...- consegui dizer, soluçando no final- me desculpe- sussurrei esperando a deixa para ir ao quarto.
-Pode subir agora.- disse se virando e indo pra cozinha.
-Com licença - pedi, mesmo que ele não tivesse ouvido.
Subi as escadas correndo, de dois em dois degraus. Chegando em meu quarto me joguei na cama, abraçando o travesseiro e chorando.
É claro que é culpa minha... A vida dele foi destruída por mim. O mínimo que eu deveria fazer era ir morar com Gemma, assim ele poderia viver sua vida, ter uma ômega, constituir novamente uma família.
Todo alfa precisa de um ômega, se não... Eu não sei o que pode acontecer.
Talvez ele não queira que eu vá pelo que a família vai pensar, eu não sei... Talvez ele queira provar que pode cuidar de mim, ou talvez seja tarde demais para que ele reconstitua sua vida, então sou o culpado por tê-la arruinado.
Passei a noite pensando sobre tudo, e uma conclusão: Ele me culpa por tudo, e ele tem razão.
Quando a claridade passou a invadir o quarto decidi me levantar, tomei um banho e coloquei roupas quentes, já que fazia frio.
Fui para a cozinha e fiz o "café". Assei cookies e fiz chá. Uma meia hora depois meu pai entra na cozinha.
-Bom dia. - disse se sentando.
Ele não estava vestido para o trabalho. Usava uma calça jeans e um sweater. Ele tinha olheiras e parecia ter dormido mal. Seus cabelos desarrumados e o olhar vago.
-Aconteceu alguma coisa?- tomei coragem de perguntar, ele me encarou, aparentemente insatisfeito com a pergunta.
-Amanheceu.- respondeu me encarando.
Minhas pernas quase falharam enquanto ele me olhava daquela maneira, eu não sabia o que estava sentindo, era como uma adrenalina, um arrepio diferente.
-Eu fiz chá, e... Se quiser esperar estou assando cookies..- tentei mudar de assunto, sendo que o assunto nem havia sido tocado e a tensão já era máxima.
-Você sabe que eu prefiro café, - começou ele, se servindo com o chá, mordi o lábio quando ele me encarou novamente- eu vou ficar por aqui hoje, - bebendo um gole do chá, ainda me encarando - doce, muito doce.- coloca a xicara sobre a mesa - quando vai aprender a fazer as coisas direito?
Ele me encarava o tempo todo, e era aterrorizante. Seus olhos não desgrudavam dos meus, e aquilo estava me apavorando.
-Eu si-nto muito.- tentei responder, sentindo os olhos lacrimejarem.
-Ao invés de sentir, melhore.- disse seco, se levantando e pegando as chaves do carro, indo até a porta.
-O senhor não ia fi...-
-Não suporto ficar com você.- disse e então saindo, trancando a porta.
Agradeci mentalmente por ele não ter olhado para trás e me visto chorar.
Eu não queria que fosse assim, eu só queria que ele reconhecesse que eu realmente tento agradá-lo, mesmo que não seja bom o suficiente.
"Não suporto ficar com você"
Essa frase não saia da minha mente, era claro, mas doía tanto.
"Não suporto ficar com você"
Por que não posso ser o filho que ele quer? O filho que ele espera? Por que sou um maldito ômega? O que fiz para merecer isso?
"Não suporto ficar com você"
Será que ele vai falar com Gemma? Será que ele vai me abandonar, assim como fez minha mãe?
"Não suporto ficar com você"
Eu tenho tanto medo...
"Não suporto ficar com você"
Será que ele nunca se importou comigo? Nem um pouquinho?
"Não suporto ficar com você"
Não tenho mais ninguém... Tenho a tia Gemm, mas, não é a mesma coisa...
"Não suporto ficar com você"
Por que ele não me suporta? Por que eu não fiz o café como ele queria, ou por que sou quem arruinou a vida dele?
"Não suporto ficar com você"
Será que ele quis me criar pensando que eu seria um alfa? Que ele transmitiria algum tipo de ensinamento no qual não sou bom o suficiente?
"Não suporto ficar com você"
Talvez eu seja apenas uma decepção.. Talvez ele só esteja decepcionado...
"Não suporto ficar com você"
Tentei dormir, tomei outro banho, zapeei canais na tv, procurei algum filme pra assistir, não achei nada interessante, tentei dormir novamente.
Sua voz ecoava em minha mente. Eu não sabia que ele podia ser tão cruel. Como dizia Gemma, "cruel, impiedoso e incontrolável", talvez seja a verdade...
"Pode nem ser culpa dele, Louis. É só o instinto, ele não está completo, ele não está bem, e nem vai ficar se tudo continuar como está"
Eu estou atrapalhando. Ele não suporta mais, e eu preciso mudar isso.
O que tanto um ômega pode oferecer pra ele que eu não posso fazer?
Me sinto ligeiramente feliz, afinal agora sei o que preciso: Ser o que ele precisa.
                     ~-~l~-~
Já era tarde e ele não havia chegado. Decidi fazer seu prato favorito (coisa que aprendi com minha tia) afinal eu precisava me desculpar com ele, mas já iria esfriar...
Então ele chega, parecendo adivinhar o que eu tinha feito pelo cheiro, me dando um "boa noite" e indo comer.
Ele não elogiou, mas não reclamou nenhuma vez, sinal de que estava gostando. Ao que acabou de comer, ele mesmo levou seu prato até a pia, onde eu estava, me encarando, agora de perto.
Também não era a mesma coisa pois sua expressão era algo que eu não sabia decifrar,  então senti algo esquisito no estômago, e a mesma sensação de que as pernas falhariam a qualquer momento, a respiração estava acelerada e eu escutava as batidas disparadas de meu coração. 
"Não suporto ficar com você"
Eu precisava mudar isso, de um jeito ou de outro.
 


Notas Finais


Obrigada a quem leu ^•^, espero q gostem, e é isso.
Xx:Mandy


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