Com um histórico escolar impecável, Kyuhyun não teve dificuldades de entrar no estágio que fora oferecido e com isso, toda sua rotina mudou da noite para o dia. Sua carga horária no Candy Bar diminuiu drasticamente, assim, ele ficava com os rapazes das seis da tarde até as dez da noite, os ajudava a abrir o bar e depois voltava para sua casa. A exceção eram as madrugadas de sexta para sábado e de sábado para domingo que ele voltava a trabalhar como bartender.
Apesar de sua carga horária estar reduzida, Donghae insistiu para que seu salário não fosse modificado, afinal, temia que seu amigo passasse por dificuldades financeiras. No bar, Kyu assumiu funções mais burocráticas como a contabilidade e o controle de estoque, ele tinha a ajuda de Hyuk, mas agora tomava conta de parte do setor administrativo do local. Em seu estágio, as funções eram bastante limitadas e um tanto tediosas em sua opinião. Ele era chamado para digitar planilhas, calcular porcentagens e juros, tirar cópias, digitalizar documentos e é claro, puxar o saco de pessoas de alto escalão.
Por outro lado, ele gostava de caráter sistemático que o tribunal de contas tinha, apesar da grande burocracia entre setores. O setor de controle de gastos onde ele havia se instalado era um dos mais polêmicos de todo o tribunal, pois se existia um lugar que a corrupção e o desvio de verbas públicas poderiam acontecer, era ali. Restava aos trabalhadores manterem sua moral intacta e não cederem às tentações que os cargos traziam.
Kyu terminou se fixando em um gabinete que era mais voltado para estatísticas e variação de juros, coisa que ele adorava calcular. Ele ainda tinha suas funções por todos os setores, mas passava grande parte da manhã naquela seção de controle e já no primeiro mês se afeiçoou à função. Se ele agora almejava um cargo naquele local, certamente seria no controle de juros, no entanto, isso ainda estava um tanto longe em seus planejamentos.
Uma das vantagens de seu estágio era que o tribunal de contas era perto do apartamento de seu namorado. Ele conseguiu calcular vinte minutos a pé e cinco se ele pegasse o metrô de uma estação a outra. Assim, apesar de seu tempo livre ter sido reduzido de maneira drástica, ele conseguia almoçar com seu namorado todos os dias da semana. Seu tempo para estudos também havia ficado limitado aos finais de semana, assim como as visitas à Changmin.
Aqueles almoços eram um dos pontos altos de seu dia. Ele podia sentar à mesa, com a comida que Changmin agora sentia prazer em preparar e contar como fora sua manhã no estágio e a noite com seus amigos no bar. Changmin ouvia tudo atentamente, com um sorriso bobo nos lábios com a felicidade de seu namorado e inspirado por este, ele se inscrevera em vários processos de seleção para também começar um estágio.
Com essa rotina corrida o primeiro bimestre passou voando diante de seus olhos. Kyuhyun mal podia acreditar que conseguira dar conta de todos os trabalhos com seu tempo tão limitado. Claro que ele contou com a ajuda de seu solidário namorado, que pegava livros da biblioteca, imprimia seus artigos e os encapava, além de entregar os trabalhos quando o rapaz não podia estar presente.
Em setembro, finalmente eles tiveram um feriado prolongado e Changmin mal podia acreditar que fazia um ano que ele havia ido à praia com Kyuhyun e os rapazes do Candy Bar. Fazia um ano que ele tivera sua primeira experiência sexual com outro homem e um ano que eles encontraram a boneca de Kyu naquele porão mal iluminado. Fazia um ano que ele havia pedido aquele rapaz em namoro e de nada ele se arrependera até então.
Changmin acreditava que ele havia amadurecido muito mais no último ano do que nos anos anteriores. Ele finalmente entendera o que era ser um homem, o que era ter responsabilidade e o que era dividir sua vida, suas conquistas e suas dificuldades com alguém. Mesmo depois de um ano, Kyu ainda era a pessoa mais maravilhosa que ele conhecera em toda sua vida, e isso era realmente algo difícil de alcançar, já que no último ano ele conhecera várias pessoas boas e de bom caráter.
Kyuhyun que um ano antes era cético em relação a relacionamentos sérios, sentia-se mais apaixonado do que nunca por Changmin. Aquele rapaz era seu chão, aquele em quem ele se apoiava e por quem daria tudo. Kyu acreditava fervorosamente que ele era o homem de sua vida, aquele com quem ele estava destinado a passar o resto de seus dias e com quem iria dividir toda uma vida, e seus altos e baixos.
Changmin havia se tornado um homem caseiro e de poucos caprichos. Um almoço com Kyuhyun já era o suficiente para seu dia melhorar, e ele já não via necessidade em sair para festas todo final de semana, nem via utilidade em cultivar uma grande quantidade de amigos, agora ele primava pela qualidade. Claro que o aniversário de um ano de namoro deles não passaria em branco, mas a parte mais difícil fora convencer Donghae e Hyukjae de que eles não desejavam uma festa espalhafatosa como Henry e Sungmin.
Eles tiveram várias ideias para um programa de feriado que combinasse algo agradável, simples e que fosse suficientemente significativo para comemorar um aniversário de namoro. Dentre as opções, eles decidiram pelas mais românticas e clichês, mas que ainda não haviam experimentado devido ao pouco tempo disponível em suas agendas. Eles acordaram tarde no feriado depois de dormirem juntos no apartamento de Changmin.
No dia anterior, Kyu havia chegado tão cansado que Changmin apenas se deu ao trabalho de servir-lhe um bom jantar e coloca-lo na cama para que adormecesse sobre suas carícias, afinal o dia seguinte seria um dia especial. O sol já estava alto quando os dois despertaram e preguiçosos tomaram seus banhos e se arrumaram para sair. Depois de um almoço requentado, eles trataram de arrumar o que levariam em seu piquenique.
Em uma bolsa térmica, foram guardados os mais variados sanduíches que eles se divertiram preparando, frutas, doces e uma garrafa grande de suco de pêssego. Já eram duas da tarde quando os dois pegaram o carro a caminho do Rio Han, que poucas vezes eles visitaram ao longo do último ano. Eles foram ouvindo as músicas novas da estação, dos cantores coreanos que faziam sucesso no momento.
Quando o carro estava devidamente estacionado, cada um jogou sua respectiva mochila sobre os ombros, Changmin agarrou a bolsa térmica e finalmente eles seguiram para o parque. Devido ao feriado o local estava cheio, crianças corriam para todo lado e casais levavam seus cachorros para passear. Eles tiveram que andar um bom tempo, mas finalmente pararam embaixo de uma árvore, onde a sombra acariciou suas peles suadas e irritadas com o sol.
Kyu enxugou a testa embaixo de um boné de aba reta, enquanto Changmin ajeitou os cabelos que colavam em seu rosto. Eles se sentaram sob a sombra e terminaram com uma garrafa de água de uma vez só. Kyu sentou-se de frente para o rapaz e retirou de sua mochila um embrulho pequeno que comprara semanas antes para o rapaz e estava mais do que ansioso para entrega-lo.
- Esse é o seu presente, feliz aniversário, Changminie.
Changmin sorriu ansioso e rasgou o papel prateado que envolvia a caixa pequena. Seus olhos se arregalaram assim que ele viu a marca Bvlgari escrita em letras garrafais na caixa de veludo preto. Ele abriu a pequena caixa e um relógio preto de design futurista com detalhes prateados iluminou-se diante de seus olhos. Era uma bela peça, combinava perfeitamente com a vaidade de Changmin e o bom gosto de Kyuhyun.
- Príncipe... nossa! Isso deve ter sido muito caro!
- Você merece, por ser o melhor namorado do mundo. – Kyuhyun sorriu e retirou o pequeno relógio de sua caixa, o colocando no pulso de seu namorado. – Eu sabia que ia ficar lindo em você.
- Obrigado, meu amor. – Changmin roubou um selar dos lábios do outro, antes de também retirar um embrulho de sua mochila. – O meu presente é bem mais modesto, mas eu preciso te contar algo que eu acho que você ainda não sabe.
- O que? – Disse Kyuhyun recebendo em seu colo um embrulho também pequeno de cor esverdeada.
- Quando eu te conheci, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o seu perfume, cítrico, de um aroma que eu ainda não tinha sentido. Era um cheiro tão bom, me inebriava, e eu acho que me apaixonei pelo seu cheiro antes de me apaixonar por você. – Changmin pausou seu discurso para ver Kyuhyun abrir o pequeno embrulho de um perfume francês, o LHomme da Saint Lauren e como ele descrevera, continha um aroma cítrico. – Eu espero que goste.
- Um perfume francês é o seu presente modesto? – Riu-se Kyuhyun, antes de abrir a tampa do frasco e inspirar seu aroma, sorrindo abertamente ao seu namorado. – Eu adorei o perfume e amei saber que você teve uma paixão a primeira vista pelo meu cheiro.
- E só pra você saber, eu ainda amo o seu cheiro. – Changmin sorriu-lhe e deixou o rapaz se aproximar e sentar-se entre suas pernas, de costas para si. Kyu deixou seu peso contra o rapaz e fechou os olhos, sentindo a brisa de outono tocar sua pele. – Feliz aniversário, meu príncipe.
- Sabe o que eu mais quero agora? Ficar assim com você, para o resto da minha vida.
- O resto da vida é bastante tempo, será que você me aguenta?
- Eu te amo, Changminie.
- Eu também te amo, meu príncipe.
Changmin deixou seu corpo deitar-se sobre a grama e Kyu deitou-se ao seu lado, com sua cabeça sobre o peito do rapaz. As pontas dos dedos de Changmin passearam pelos cabelos de seu namorado, e seus olhos passearam pelas folhas amareladas da copa da árvore que os sombreava naquele dia. Ele não podia imaginar maneira melhor de passar seu primeiro aniversário de namoro.
Eles permaneceram boa parte da tarde deitados daquela forma, entre carícias e selares discretos que não chamaria a atenção das pessoas que por ali passavam. Mais tarde, eles se levantaram e estenderam uma grande toalha no gramado e espalharam o que haviam preparado para lancharem juntos. Eles comeram tudo sem pressa e riram quando um cachorro roubou-lhes um dos sanduiches.
Eles comeram até estufar-se e finalmente voltaram a se recostar contra a árvore, preguiçosos. O sol baixou e deixou o dia mais fresco e ainda mais agradável, a brisa derrubou algumas folhas deixando o local com um visual ainda mais bonito. Infelizmente o pôr do sol não pôde ser observado pelos dois rapazes, afinal eles ainda tinham um ultimo programa para aquele dia. Eles voltaram para casa e suas roupas casuais de ir ao parque foram substituídos por trajes sociais.
Changmin penteou seus cabelos para trás e de frente para o espelho de corpo todo, ajeitou seu terno de cor escura. Pelo reflexo, ele viu Kyuhyun ajustar a gravata e em seguida espalhar sua nova colônia em seu pescoço, assim como em seus pulsos. O aroma impregnou o quarto, fazendo Changmin desviar o olhar ao rapaz, sorrindo abobalhado. O relógio que ganhara de presente já reluzia belamente em seu pulso, assim como a aliança que nunca saía de seu anelar.
Kyuhyun vestiu o terno e às nove da noite em ponto, os dois deixaram o apartamento. Changmin dirigiu para longe da região central e deixou seu carro na encosta de uma montanha, em um estacionamento próprio. Eles fitaram a grande torre de Seul, que dava vista para a cidade toda, e devido ao feriado, Changmin teve que contar com a sorte para conseguir uma reserva para o restaurante do local.
Era um lugar deslumbrante, em design circular e com restaurante todo envolto por vidraças em um dos últimos andares que dava uma bela vista para a cidade e suas luzes. Eles pararam em frente a torre para observa-la por alguns instantes, e finalmente Changmin segurou a mão de seu namorado e eles adentraram o lugar. O elevador os levou até um dos andares mais altos, onde por trás de uma porta o belíssimo restaurante se revelou. As mesas estavam espalhadas próximas às janelas havia uma decoração moderna e minimalista no local.
O casal foi guiado pelo recepcionista em direção a uma das janelas onde uma pequena mesa circular com um enfeite de flores no centro estava reservada para eles. Changmin puxou a cadeira para seu namorado que riu-se discreto de sua atitude, mas no final aceitou sua gentileza. O mais alto acomodou-se a sua frente e logo o garçom se afastou para trazer um vinho para a prova.
- O que achou do lugar? – Indagou Changmin fitando a janela.
- Lindo, Changminie. – Afirmou Kyuhyun olhando tudo à volta. – Nós fizemos uma boa escolha com esse lugar, apesar de deixarmos o Hae-hyung chateado.
- Ele está fazendo tempestade em copo d’água, ele já fez o nosso aniversário no começo do ano! – Riu-se Changmin.
- Você sabe como ele é, Changminie. – Riu-se Kyuhyun. – Então, que comida de gente fresca nós vamos experimentar aqui?
- Não sei, só espero que venha bastante porque eu estou com fome!
Kyuhyun riu daquele comentário, mas controlou sua risada quando o garçom se aproximou novamente. Ele serviu uma pequena dose nas taças e depois que ambos provaram e aprovaram, ele serviu a taça toda e deixou a garrafa para os dois sobre a mesa, juntamente com o cardápio. Eles concordaram em pedir a mesma massa Carbonara, temperada com molho branco e diversos condimentos. Assim que o garçom se afastou, Changmin repousou sua mão sobre a do rapaz e disse divertido:
- Acho que nós deveríamos pedir o macarrão em um único prato, igual o desenho A Dama e o Vagabundo.
- Eu não sei o que é pior, ser comparado a um cachorro ou não saber se é pior ser a dama ou o vagabundo.
- Ah, príncipe, esse filme é legal!
- Eu prefiro A Bela e a Fera. Na verdade, eu prefiro filmes para pessoas adultas como nós, sabe?
- Até parece que não gosta dos filmes da Disney, você adora que eu sei. – Riu-se Changmin. – Nossa cidade é linda, vista daqui, não é?
- Apesar dos seus problemas eu amo esse lugar, Changminie, e eu não sei se saberia viver em outro país. – Afirmou Kyuhyun, brincando com os dedos de seu namorado sobre a mesa. – Eu gosto desta minha vida, da vida que eu levo com você.
- Kyunie, como você acha que vai ser quando nós morarmos juntos?
- Acho que nós vamos brigar mais. – Riu-se Kyuhyun. – Mas também acho que nos daremos bem. Eu estive pensando muito nisso, Changminie, e se eu conseguisse um emprego no tribunal de contas, nossas chances aumentariam.
- Não esqueça que eu também preciso de um emprego, não quero morar com você usando a pensão do meu pai. Eu também acho que precisaríamos de um apartamento maior que o seu.
- O seu tem um bom tamanho, mas nós não podemos morar juntos lá porque o lugar é pequeno para três pessoas.
- E eu estou cansado do meu apartamento. Ele foi montado para dois homens solteiros e não para um casal, nós precisaríamos de um apartamento daquele tamanho, mas de repente com um quarto a menos, uma cozinha um pouco menor.
- Vamos pensar melhor sobre isso no futuro, quando nós dois tivermos um emprego fixo. – Afirmou Kyuhyun. – Só não esqueça, que meu sonho é montar uma família e você já faz parte deste sonho.
Changmin sentiu seu coração falhar uma batida e sorriu para o rapaz com ar sonhador. Antes que ele pudesse respondê-lo, o atendente chegou com sua macarronada e finalmente eles puderam ter seu jantar. A massa estava deliciosa, e combinava perfeitamente com o vinho indicado pelo atendente. Kyuhyun terminou a comida primeiro e assim que Changmin o fez, se espreguiçou demoradamente. Eles estavam mais do que satisfeitos.
Como aquela noite em especial o restaurante tinha uma grande fila de espera, os dois rapazes educadamente deixaram seus lugares logo que terminaram suas refeições. Assim que saíram do restaurante os dois subiram mais alguns andares e chegaram ao observatório da torre. Kyuhyun se aproximou da grade de proteção e se apoiou nela, com Changmin logo atrás, agarrado a sua cintura.
A cidade estava toda iluminada àquela hora, e ao longe eles conseguiam ver dois templos históricos que também compunham os cartões postais da cidade. A noite estava clara e quase sem nuvens. Eles conseguiam ver algumas estrelas, além da lua cheia que competia com as luzes artificiais de Seul. Era uma bela vista que fechava sua noite de aniversário.
Changmin não se demorou o olhar na cidade e logo a ponta de seu nariz tocou o pescoço de seu namorado, selando o local discretamente e deixando um barulho estalado pela pele do mesmo. Kyu virou o rosto e deixou seus lábios se roçarem aos do rapaz, antes de roubar-lhe um selar, discreto e estalado que deixou sua boca molhada, esperando por algo a mais. No entanto, os dois rapazes não desejavam causar um escândalo em um local como aquele, e depois de uma última olhada na cidade, eles saíram dali.
- O que o meu príncipe quer fazer agora? – Indagou Changmin.
- Eu quero ir pra casa. – Concluiu Kyuhyun. – E quando nós chegarmos lá, nós decidimos o que iremos fazer.
- Eu já tenho algumas ideias.
Changmin piscou sugestivo para seu namorado que riu-se de seu comentário. Os dois seguiram lado a lado para o carro e Changmin deu a partida, fitando seu namorado fitar a estrada com ar pensativo. Changmin saiu dali e somente quando tomou uma das vias principais ele voltou a falar, acordando Kyuhyun de seus devaneios.
- No que está pensando, Kyunie?
- No que eu vou fazer assim que eu me livrar deste terno. – Disse Kyuhyun sorrindo sugestivo. – Nós vamos para o meu apartamento, certo?
- E no que está pensando? Eu diria para você demonstrar, mas da última vez eu paguei uma grana pra arrumar a porta do meu carro. – Riu-se Changmin.
- Naquele dia o seu gosto estava especialmente doce. – Disse Kyuhyun, com ar sugestivo.
- É mesmo? Então você gostou de brincar com a sorte.
- Ah, o que é a vida sem alguns perigos não é? – Afirmou Kyuhyun. – E você está tão tentador com essa roupa, sua pele fica ainda mais bonita sobre a luz da noite, me dá vontade de te beijar inteiro.
- Inteiro? Eu sou alto hein? Será que você dá conta?
- Duvida? Eu posso começar aqui se você quiser!
- Não, senão eu bato o carro. – Riu-se Changmin. – Mas só pra constar, você não vai ter muito tempo pra me beijar inteiro, se eu estiver te beijando.
- E você vai me beijar onde?
- Eu vou começar no seu pescoço, depois eu vou descer, pra onde eu sei que você vai gostar.
- Que gostoso, Changminie. Agora, quer fazer o favor de acelerar esse carro?
- Você é quem vai pagar a multa!
- Se te pararem você tá lascado por causa do vinho. Não, mantém a velocidade, eu não quero arriscar.
Changmin riu da indecisão de seu namorado, e tratou de prestar atenção ao trânsito para que desta forma eles chegassem logo ao apartamento. Kyuhyun morava mais longe e por isso eles demoraram mais a chegar ao local, mas finalmente eles estacionaram seguros em frente ao prédio onde o rapaz morava. Kyu estava tão impaciente, que assim que o mais alto puxou o freio de mão, ele soltou o cinto e se jogou sobre o corpo do rapaz.
Changmin deixou que o rapaz soltasse seu cinto e sentasse sobre suas coxas, com as pernas separadas e finalmente seus lábios se uniram. O gosto da carbonara misturada ao vinho ainda estavam nos lábios de Changmin e o menor não se importou em provar aqueles sabores pela segunda vez na noite. As roupas sociais e o pouco espaço os impediam de se mover melhor, mas suas línguas brigavam indiscriminadamente dentro de suas bocas.
Quando o ar faltou aos seus pulmões, Kyu cortou o beijo, com os lábios entreabertos e acariciando o rosto de Changmin. Kyuhyun achava seu namorado um homem naturalmente bonito, no entanto quando ele o fitava daquela maneira, quando seu olhar, suas feições e até mesmo os poros de sua pele transbordavam luxúria, ele ficava estonteante. Mesmo depois de um ano, Changmin ainda o desejava como da primeira vez.
Kyu roubou um último selar de seu namorado e saiu de seu colo, para poder finalmente sair do carro, uma vez que com aquelas roupas e naquele espaço minúsculo eles não evoluiriam muito. Os dois saíram do carro a passos largos e assim que a porta das escadarias se fechou, Changmin jogou Kyuhyun contra a parede e o prensou contra o local, colando seus lábios aos deste.
Kyu que antes tateava seus bolsos procurando as chaves, agora percorria o corpo de seu namorado com suas mãos, buscando o máximo de pele que conseguisse alcançar. Seu membro aos poucos se enrijecia embaixo de suas roupas e formava um volume visível em suas roupas justas. Changmin se esfregava contra ele, sem pudor algum, sem se importar com o fato de que eles poderiam ser pegos a qualquer momento.
Kyuhyun começou lentamente a subir as escadas, puxando seu namorado consigo pela gola. Seus olhos fechados, o faziam tropeçar vez ou outra, ou esbarrar em Changmin que apenas se preocupava em beija-lo sem interesse de chegar a algum lugar. Em uma das voltas da escada, Changmin agarrou o membro de seu namorado por cima das calças o que fez Kyuhyun se contorcer e gemer abafado pelos lábios do mesmo.
Ele parou de caminhar e abriu as pernas assim que o rapaz começou a massageá-lo com firmeza. Changmin cortou o beijo para poder fitar o rapaz, mas Kyu não retribuiu seu olhar, e sim desviou seu olhar para baixo para poder ver o que as mãos habilidosas e treinadas de seu namorado faziam com a parte mais sensível de seu corpo. Sua pele se aqueceu e o terno começou a incomoda-lo ainda mais, ele precisava chegar em casa.
Kyuhyun pegou o pulso de seu namorado com firmeza e o puxou consigo para que chegassem ao final da escada com mais rapidez. Changmin soltou o membro de seu namorado e correu atrás deste, subindo os degraus de dois em dois até chegarem ao fim da escada. Eles irromperam corredor adentro e foi a vez de Kyuhyun jogar Changmin contra a parede e colar seus lábios aos do rapaz.
A coxa de Kyu se encaixou perfeitamente entre as pernas de seu namorado, e pressionou sua virilha, sentindo seu membro já enrijecido recostar-se à sua perna. Changmin afrouxou sua gravata, erguendo o rosto e puxando o ar com força pela boca, uma vez que seu pulmão clamava por fôlego. Com o pescoço de seu namorado exposto, Kyuhyun colou os lábios na pele morena de Changmin e cravou os dentes ali, ouvindo seu namorado gemer e chamar por seu nome.
Uma das luzes se acendeu e os dois ouviram passos no apartamento ao lado, certamente o gemido de Changmin chamara a atenção de um de seus vizinhos. Eles pararam o que faziam e se entreolharam assustados, finalmente correndo em direção à porta de Kyuhyun. O rapaz puxou a chave de seu bolso e abriu a porta, ao mesmo tempo em que seu vizinho o fez. Os dois correram para dentro e bateram a porta antes que o senhor que morava naquele local os visse e finalmente caíram na risada.
Changmin sentou-se no chão recostado à porta, escondendo o rosto enquanto ria, sem observar seu amado que escorregava ao seu lado e se sentava no chão com o rosto corado e lágrimas se formando no canto de seus olhos. Assim que sua respiração se normalizou, Changmin suspirou profundamente e voltou a falar com o rapaz:
- Isso quase deu muito errado! O síndico poderia te expulsar daqui por isso, sabia?
- A culpa é toda sua! – Disse Kyu quando seu riso se cessou e ele voltou a fitar o rapaz. – Ficou me acariciando e depois gemendo por aí!
- Minha nada! Agora você vai ver o que é bom pra tosse!
Kyuhyun arregalou os olhos e tratou de sair correndo de perto de seu namorado que seguiu em seu encalço. Ele atravessou a sala e finalmente ficou em pé no sofá, atirando almofadas contra seu namorado a fim de atrasa-lo. Changmin se desvencilhava das almofadas até que Kyu se distraiu e ele também subiu no sofá e o agarrou pela cintura até que o rapaz caísse deitado sobre o estofado. Kyu ainda riu-se divertidamente, mas ao final, apenas manteve o sorriso em seus lábios quando Changmin se posicionou sobre si.
Changmin se apoiou em seus joelhos e se encaixou entre as pernas de seu namorado e finalmente se permitiu fitar o sorriso do mesmo, e é claro, aqueles olhos amendoados que o hipnotizavam desde que ele amanhecia até a hora que os dois se encerravam na cama e adormeciam. Desta vez, com mais calma, Changmin fechou os olhos e encaixou seus lábios aos de seu amado, o sentindo corresponder, sugando de leve seu lábio inferior.
Eles se separaram com um barulho estalado e Changmin logo voltou a colar os lábios aos do rapaz e desta vez sua língua buscou a do outro, como eles faziam momentos antes, no entanto de forma mais calma, se provando mais uma vez e se saboreando. As mãos de Kyuhyun se posicionaram nos cabelos do outro e o puxaram com firmeza, em um pedido mudo para que ele continuasse.
E Changmin mais uma vez o satisfez. Seus lábios se encontravam e se roçavam um clamando pelo outro, se completando como somente eles faziam. Kyu abriu o botão do terno de seu namorado e o tirou de seus ombros, revelando a camisa branca de algodão por baixo do mesmo. Os lábios de Changmin finalmente desviaram de seu namorado e colaram em seu pescoço, o lambendo e finalmente o sugando.
Kyu voltou a puxar os cabelos de seu namorado quando seus dentes se enfiaram em sua pele, deixando uma sensação ardida, para em seguida relaxar com sua saliva morna sobre o ferimento. Kyuhyun amava essa sensação de dor que Changmin vez ou outra proporcionava a ele. As mãos de Kyu amassaram o tecido da camisa de Changmin e a puxou para cima, desprendendo-a do cós da calça.
Changmin afastou o rosto para poder desatar a gravata de seu namorado e finalmente abrir os botões de sua camisa, um a um, fitando cada pedaço da tez alva do rapaz que aparecia diante de seus olhos. Assim que sua camisa estava totalmente aberta ele voltou a se aproximar e lambeu demoradamente o mamilo do rapaz, o sentindo enrijecer-se sob sua língua. Kyu escorregou os dedos pelo couro cabeludo de seu namorado, bagunçando seus fios, soltando o ar de seus pulmões com força.
Changmin finalmente remexeu os braços e com a ajuda de Kyuhyun, livrou-se de seu terno que ficou esquecido no tapete da sala. Quando sentiu seus braços mais livres, eles voltaram a enlaçar a cintura de seu namorado que primeiramente encurvou a coluna e em seguida pendeu o corpo em direção ao outro, sentando-se no sofá. Changmin retirou o terno de seu namorado e logo em seguida a camisa ficou presa apenas por seu cinto, dependurada no cós de sua calça.
Kyuhyun tinha aquele cheiro masculino que Changmin tanto gostava e com sua pele exposta, este aroma ficava mais acentuado, aguçando os sentidos e desejos mais íntimos do rapaz. Ele o tocava com afinco, ao mesmo tempo que seus lábios se atracavam, suas mãos passeavam pelo tórax exposto do rapaz, assim como por suas costas e cintura. Os dedos ágeis de Kyu desafivelaram o cinto de seu namorado e abriram o botão de sua calça, deixando parte de sua boxer branca a mostra. Changmin se afastou momentaneamente e com a ajuda de seu namorado, logo sua camisa também ganhava o mesmo destino de seu terno.
Kyuhyun sentiu um arrepio na espinha ao ver o tórax de Changmin exposto daquela maneira para si. Sua pele morena e seu porte físico definido por horas de malhação diária, eram uma das visões mais belas e eróticas que ele já presenciara em sua vida. E ele queria toca-lo, senti-lo, deixar que suas mãos abusassem daquela pele como se a quisesse tomar para si. Seus lábios também abusaram sem piedade dos mamilos de seu namorado que se contorcia quando a língua quente e úmida escorregava por aquela região, causando-lhe arrepios cada vez mais intensos.
Assim, pela segunda vez na noite a mão de Changmin agarrou o membro de seu namorado por cima das roupas. Sua primeira impressão foi a de que este estava ainda mais rígido do que antes nas escadarias e certamente precisava de sua atenção. Kyuhyun se afastou brevemente apenas para desafivelar seu cinto e dar algum espaço ao seu namorado que sem perder tempo invadiu o cós de sua calça em busca de mais contato.
Ele sentiu a boxer de seu namorado se umedecer com seu contato, e seu pré-gozo ultrapassou o tecido fino da roupa íntima e se espalhou quente pela palma da mão de Changmin. Kyuhyun apoiado por seus joelhos, e com as mãos segurando os ombros de seu namorado, movia seu corpo contra a mão do outro que pressionava e soltava seu membro, sentindo sua pele fina se mover contra seus dedos.
O botão da calça de Kyuhyun soltou-se de sua costura e seu zíper se abriu sozinho logo em seguida, dando mais espaço para a mão de Changmin que agora dava mais atenção aos seus testículos, sabendo o quanto seu namorado gostava de ser acariciado naquela região. As mãos de Kyuhyun que antes davam atenção para a pele de seu namorado, agora foram para o cós de sua própria roupa íntima, a baixando até que seu membro fosse totalmente revelado.
Changmin retirou a mão do local, para deixar Kyu ajeitar sua incômoda roupa íntima e antes de voltar a acaricia-lo, ele lambeu a palma de sua mão, sentindo o sabor do pré-gozo do rapaz ali. A mão de Changmin úmida com sua saliva o masturbando era algo delicioso e certamente um alívio. O mais alto não se demorou muito ali e logo sua mão ganhou ritmo, repuxando a pele fina e macia do membro do outro, revelando e escondendo sua glande avermelhada e úmida.
No entanto, Kyuhyun queria mais daquela noite e naquele momento ele decidiu que cederia aos seus desejos e faria o que sua boca já salivava de vontade durante o caminho de volta. Delicadamente ele afastou a mão de Changmin de si e se levantou do sofá, deixado suas calças caírem até seus pés, assim como sua boxer. Os sapatos foram retirados e finalmente ele ajoelhou no chão e passou a mão no interior das coxas de Changmin para que este voltasse seu corpo em sua direção.
Quando Changmin voltou-se para si com as pernas abertas, exibindo toda sua masculinidade ainda que por baixo dos panos, Kyu sentiu o cheiro de sexo que vinha daquela parte do corpo do rapaz e finalmente lambeu seus lábios em expectativa. O mais alto puxou sua boxer para baixo até revelar seu membro e finalmente o agarrou pela base o masturbando lenta e dolorosamente. Changmin posicionou sua mão livre no queixo de seu namorado o fazendo erguer o rosto e finalmente segurando seu próprio membro pela base, ele escorregou sua glande pelos lábios macios de Kyuhyun.
Kyu suspirou em expectativa e beijou o membro de seu namorado antes de recebê-lo em seus lábios e afundar seu rosto contra sua virilha o sentindo preencher sua boca até tocar sua garganta. Sentir aquele sabor era quase tão consolador quanto se masturbar e parte de sua tensão sexual era liberada com aquele ato. Aquele sabor em sua boca, a textura, o calor, tudo naquele ato tão libidinoso era esplêndido na opinião de Kyuhyun.
Changmin começou a suar e o tecido de sua calça estava grudando em suas pernas. Ele jogou suas costas no encosto do sofá, com os olhos fechados e o rosto pendido para o lado, enquanto sentia os lábios quentes de seu namorado friccionarem seu membro, o sugando sem piedade e o umedecendo com sua saliva. Seu pré-gozo escorreu livremente de sua glande diretamente para a língua de seu amado que o engoliu prontamente.
Quando Changmin já se aproximava de seu orgasmo, Kyu se afastou, recebendo um suspiro desapontado de seu namorado. Kyuhyun puxou de sua calça no chão sua carteira e desta ,ele retirou dois sachês de lubrificante, com os quais ele sempre andava desde que começara a namorar Changmin. O primeiro deles, ele o esvaziou sobre o membro do mais alto que sentiu o gel frio primeiramente em sua glande e logo em seguida ser espalhado pelas mãos hábeis de seu namorado.
Quando o considerou devidamente lubrificado, Kyu entregou-lhe o segundo sachê e virou-se de costas para o rapaz, ainda com seus joelhos sobre o tapete, mas agora com o antebraço sobre a mesinha de centro. No entanto, aquela noite, Changmin decidiu preparar seu namorado de forma não convencional. Ele se abaixou logo atrás deste e depois de deixar o lubrificante, ele beijou os dois lados das nádegas de seu namorado antes de finalmente separa-las com suas mãos.
A entrada de Kyuhyun se contraiu em expectativa diante dos olhos de seu namorado e finalmente ele a tocou com a ponta da língua, ouvindo um gemido arrastado do rapaz. Melhor do que a sensação fria do gel lubrificante, era a língua de Changmin forçando de leve sua entrada, e não a adentrando com tanta profundidade, mas ainda de forma deliciosa. A saliva de Changmin umedeceu deliciosamente sua entrada e vez ou outra ele ajudava com um ou dois dedos.
Antes de se afastar, Changmin deixou uma mordida muito bem marcada em uma das nádegas de Kyuhyun que agora se encontrava debruçado sobre a mesa de centro, esperando que seu namorado desse o passo seguinte. E assim, Changmin o fez, ele segurou seu membro pela base e com cuidado adentrou as nádegas macias de Kyuhyun, sentindo sua entrada se fechar e pressionar deliciosamente seu falo.
Os anéis do interior de Kyuhyun aos poucos foram cedendo à pressão e abrindo espaço para comportar aquele volume dentro de si. A mão do mais alto se posicionou no ombro de seu amado que encurvou a coluna, deixando seu quadril mais empinado contra o rapaz que o invadia. Changmin gemeu rouco assim que sentiu seu membro completamente no interior do outro, enquanto Kyuhyun se remexia tentando se acostumar com aquela sensação.
Changmin não permaneceu muito tempo parado e logo seu quadril se afastou das nádegas do outro para finalmente investir contra ele mais uma vez e Kyu sempre tinha as melhores reações possíveis. Ele relaxava a coluna quando o membro do rapaz saía de seu interior e voltava a empinar-se contra ele quando o adentrava, aproveitando-se da deliciosa sensação que era ser invadido pelo membro rijo de seu namorado.
Kyuhyun apoiou-se por um de seus antebraços quando sua mão seguiu para seu próprio membro o agarrando e o tocando de forma ritmada, pouco mais rápido do que os quadris do outro rapaz. Changmin apoiou-se agora em sua cintura e finalmente suas investidas ganharam ritmo, enquanto o interior de seu namorado molestava seu membro deliciosamente. Ele agarrou os cabelos da nuca de seu namorado e o puxou, arrancando um gemido alto do mesmo.
Kyuhyun sentia seu corpo pender para frente e depois ser puxado para trás novamente, e seu suor já escorria por sua testa e têmporas. Seu braço ficou escorregadio sobre o tampo da mesa e ele perdeu o equilíbrio mais de uma vez, derrubando os enfeites que ali estavam posicionados. Quando percebeu que o rapaz não mais tinha forças para ficar parado sobre a mesa, Changmin envolveu seus braços pelo tronco do outro e o puxou para que desta forma o rapaz sentasse sobre seu colo.
Changmin o enlaçou pela cintura para dar-lhe apoio e deixou que o rapaz se movesse ao seu gosto, e Kyuhyun prontamente começou a se mover ondeando seu corpo e sentindo o membro de seu namorado ir cada vez mais profundamente em seu interior. Assim, pela primeira vez na noite, Kyu sentiu a glande de seu namorado tocar sua próstata e isso o fez aumentar os movimentos de sua mão sobre seu membro.
Assim que ele descobriu o local, saiu do colo de seu namorado e se posicionou de frente para este, finalmente retirando sua calça social agora dependurada em seus joelhos e o indicando que se sentasse no chão e Changmin assim o fez. Kyuhyun deixou uma perna de cada lado de seu corpo e finalmente sentou-se novamente sobre o membro do rapaz, e se apoiando por seu ombro, começou a subir e descer com seu corpo.
Suas peles se chocando faziam um barulho estalado, apenas abafado pelos gemidos dos dois rapazes. Os cabelos de Kyuhyun antes disciplinadamente penteados agora voavam, respingando gotas de seu suor que escorria por seu pescoço e vez ou outra era captado pelos lábios de Changmin que abusava daquele local de seu corpo. As mãos do mais alto agora acariciavam o membro de seu namorado, na mesma velocidade que este se movia sobre seu colo.
Changmin já havia segurado seu orgasmo algumas vezes ao longo da noite e sabia que estava próximo a libera-lo sem controle algum, forte e intenso como deveria ser. No entanto, ele tinha um último pedido ao seu namorado, antes de se entregar ao clímax da noite. Assim que ele o chamou pelo nome, Kyu diminuiu a velocidade em seu colo e seus olhares se encontraram, lascivos e cheios de luxúria:
- Goza na minha boca, Kyuhyun. – Pediu Changmin com a voz rouca, aveludada.
- Eu tenho uma ideia melhor.
Novamente, Kyuhyun deixou o colo de seu namorado e se afastou dele, empurrando a mesa de centro para longe, deixando o tapete livre para que os dois pudessem se deitar. Kyu indicou que seu namorado se deitasse de lado e assim que este se posicionou, ele fez o mesmo, mas com o corpo virado na direção oposta, de forma que seus lábios alcançassem o membro do outro e vice-versa.
Logo que Changmin entendeu sua ideia, ele tratou de segurar a coxa de seu namorado e o puxar contra si, até que seus lábios pudessem envolver a glande do mesmo e finalmente suga-lo apropriadamente. Kyu apoiou sua mão nas nádegas de seu namorado para poder puxa-lo contra si e permitir que seu membro adentrasse mais em seus lábios, para somente então voltar sugando-o com força.
As pernas de Kyuhyun estavam fracas, assim como todo seu corpo, sua mente rodava e o único pensamento que passava-lhe era o orgasmo que ele desejava atingir. Assim, ele o fez, não mais segurando tal momento, seu corpo todo se enrijeceu como se descargas elétricas o envolvessem e finalmente ele relaxou, liberando seu sêmen para dentro da boca de seu namorado.
Changmin prontamente o seguiu e assim, permitiu que seu baixo ventre se contraísse e ele finalmente derramasse seu sêmen. Kyuhyun sentiu o líquido espesso em seus lábios e continuou a suga-lo até que a última gota caísse em sua boca. Ele o segurou em seus lábios e rapidamente tratou de inverter sua posição e beijar os lábios de Changmin o fazendo sentir seu próprio gosto em sua boca.
Changmin sentiu em sua língua a saliva do rapaz, misturada ao seu próprio sêmen em um sabor único. Eles se beijaram até que finalmente os dois tivessem absorvido o gozo de Changmin e finalmente os dois se separaram, suados, corados e com algumas marcas novas para sua coleção. Kyu deitou-se no peito de seu namorado que havia repousado agora de costas para o tapete, ainda ofegante.
Ambos concordavam que aquele fora um sexo digno de primeiro ano de aniversário e estavam mais do que satisfeitos com o orgasmo intenso que tiveram. Sem força de vontade para se levantar, os dois decidiram que dormiriam ali mesmo, sobre o tapete, uma vez que o clima quente daquela noite os permitiria adormecer sem maiores problemas. Changmin selou o topo da cabeça de seu namorado que brincava com a ponta de seus dedos pelo tórax do outro, onde tinha sua cabeça apoiada.
Um ano antes, Changmin disse a Kyuhyun o quanto achava incrível o fato do rapaz já ter vivido uma história de amor, sem saber que estava prestes a escrever sua própria história. Para eles, era como adentrar em um romance de livraria e o viver em tempos atuais, com todas as suas partes boas e ruins. Ao completar um ano, aquele casal se viu livre de seus preconceitos e inseguranças, e descobriram felicidade na vida a dois. Eles tinham as facilidades da idade jovem, e as alegrias de uma paixão recém-descoberta.
Kyuhyun não se arrependera de assumir os riscos de namorar Changmin, de ter enfrentado seu medo de ser abandonado por uma segunda vez, ou da sexualidade duvidosa de seu amado. Eles conseguiram em apenas um ano construir bons alicerces para um relacionamento longo, e planos de um futuro juntos, como Donghae e Hyukjae, já não pareciam algo absurdo ou impossível de ser alcançado.
Eles se amavam e aquela noite serviu para que suas memórias não se enganassem e para que seu psicológico não se deixasse levar pela dúvida ou pela insegurança. Reafirmar seu amor, com pequenos gestos, presentes simbólicos que valiam muito mais do que seu peso em outro e fazer amor no tapete da sala, era para o casal, o presente de aniversário de namoro perfeito. No final da noite, Changmin inebriado pelo sono, ouviu de longe a última frase que seu namorado disse antes de se entregar ao cansaço:
- Feliz aniversário.
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