Magnus e Alec entraram no refeitório de mãos dadas. Mark observava do outro lado com certa curiosidade, Magnus sorriu ao ver a reação. “Um beijo de um estranho qualquer, não vai me superar” pensou. Alec voltou com a bandeja com duas latas de refrigerante e algumas barrinhas de cereal. Magnus pegou uma e começou a comer enquanto Alec abria a sua latinha.
— Alguém não ficou tão contente com eu e você — disse Magnus vitorioso.
— Quem? — perguntou tomando um gole do refri.
— o garoto Blackthorn — Magnus acenou com a cabeça e Alec virou discretamente. Mark os observava com certa raiva.
— Porque? — Alec perguntou. Magnus adorava a ingenuidade dele.
— Nada Alexander — e o puxou para um beijo com gosto de Pepsi. — Nada.
Mark se levantou, a cadeira arrastando contra o piso e ressoando pelo refeitório. Ele pegou o seu celular. Precisava falar com alguém.
“Não funcionou”
“Incrivel, alguém que é imune a você”
“Não tem graça”
“Eu sinto sua falta”
“eu também”
— Alexander — Jace chegou sentando a mesa, interrompendo o beijo dos dois — Você sabe se Izzy ainda está puta da cara comigo?
— Obrigado Jace — disse Alec se afastando de Magnus — Eu não sei, pergunte pra ela não pra mim.
— Eu preciso falar com Clary — ele disse — para resolver as coisas. Aliás alguém de vocês dois sabem quem entortou a cabeceira da minha cama — Magnus abaixou a cabeça e Alec ficou vermelho. — Eu vou atrás de Clary, preciso de você comigo.
— Ok — Alec se levantou da mesa — Onde elas estão?
— Vi elas duas no jardim a cinco minutos, enquanto vinha para cá — ele respondeu. Alec pegou a mão de Magnus — você espera aqui?
— e perder a chance de ver o bonitinho levar uns tapas da minha cunhada — Alec se surpreendeu com a palavra “cunhada” — Nem morto. — Magnus pegou na mão de Alec e então seguiram Jace pelos corredores. — o que achou do menino Morgenstern?
— Ele é bem legal — disse Jace — Vai ficar no antigo quarto de Jem.
— Espero que ele possa ser tão legal quanto o garoto Carstairs — disse Alec. — Não posso dizer o mesmo de Mark.
— Porque? — Jace perguntou
— Por que ele me beijou com más intenções — Alec respondeu.
— Incrivel, que metade desse colégio é super mal intencionado com o namoro dos outros — Magnus disse em um tom de ressentimento. Alec não sabia se aquilo era pra Jace. — Espero que o garoto Morgenstern seja quieto e sossegado.
— Ele é muito parecido com Mark pra isso — Alec deixou escapar — Sabe, me lembra aquela historia sobre as sereias. – Magnus sorriu ao ouvir isso. — Jace, se Isabelle te bater, eu não vou interferir. — Jace olhou para ele com uma expressão “Serio? Merda”.
— Belo parabatai o meu — ele respondeu sorrindo sem graça — Lightwoods tem a mania de serem muito esquentadinhos.
— Acho que “mais quente que o sol” é uma definição melhor — complementou Magnus. Alec sorriu sem graça com a cara de Jace.
— Vocês dois precisam de uma intervenção, estão viciados em sexo — Jace disse enquanto caminhavam em direção ao jardim. A brisa soprava suave. — Vou contar para Charlotte sobre a cabeceira da minha cama. — Magnus não deixou de sorrir. —Afinal de contar, quem teve força suficiente pra entortar as barras de alumínio?
— Isso, meu maninho — Alec disse passando por Jace — É o que o lindo aqui consegue fazer comigo. — Pode ficar com a minha cama.
— Onde vocês também ejacularam? — ele disse — não dispenso, pretendo comprar uma cama nova.
— Uma escrivaninha também — disse Magnus — agora menino Wayland, ali está a sua namorada — disse apontando para debaixo de uma arvore. Duas meninas estavam sentadas ao pé dela, rindo alto e conversando. — Boa sorte Jace. — disse dando tapinhas nas costas dele.
“Como está indo?”
“Eles estão lá fora agora”
“Eu sinto falta desse lugar”
“Sinta mais falta de mim e eu fico feliz”
“Beijos, amo você”
“Também te amo”
Jace se aproximou devagarinho das duas para não assustar. Por sorte eram Clary e Isabelle que estavam ali embaixo. Quando se aproximou, Izzy lançou um olhar cortante como uma adaga.
— O que você quer? — perguntou Isabelle grossa. Clary olhava para o outro lado, evitando contato visual com Jace.
— Preciso conversar com Clary, eu e ela — Jace respondeu no mesmo tom. Isabelle se levantou e veio na direção de Jace. Ela o encarava com raiva. — Sem você, Isabelle.
— Como se eu tivesse medo de você Jace — ela disse o empurrando para trás — Saia daqui, arranje outro alguém para quebrar o coração. — Ela avançou para cima dele. Clary observava, com o rosto impassível. — Você vai levar uma surra, Wayland.
Quando Isabelle avançou para cima de Jace, ele sentiu uma mão o empurrando para trás. Viu Alec no meio dos dois e sentiu um alivio.
— Você disse que... — Jace começou.
— Eu sei o que eu disse — ele respondeu — Isabelle venha comigo, eu você e Magnus precisamos ajustar alguns detalhes do casamento. — a raiva de Isabelle se transformava em alegria e surpresa — tipo o vestido que você vai usar, a decoração e todo o resto — Ela não respondeu ele. Pegou pela mão e foi correndo na direção de Magnus. Jace a viu abraçando ele com certa força.
Jace foi em direção a Clary lentamente. Sentou ao lado dela e percebeu que ela desenhava. Era um retrato dos dois em uma campina.
— Clary — ele começou. Ela olhava para Alec e Magnus do outro lado do campo.
— eu queria poder ser feliz que nem eles — ela disse tristonha.
— Clary — ele pegou o queixo dela e virou em sua direção. Percebeu que os olhos estavam marejados. — Você pode ser feliz comigo.
— Não quando você não é fiel a mim — ela disse com raiva — Jace, eu me entreguei a você e como retribuição você beijou outra pessoa — ela se continha para não chorar — um garoto ainda por cima.
— Eu me arrependo disse todas as noites — ele disse abaixando a cabeça — Me deixei levar pelos meus desejos, naquela hora não pensei que ele iria usar isso contra mim. — fitou ela mais uma vez — Eu preciso do seu perdão Clary. — ele se continha para não começar a chorar — Eu entendo que você não me ame, mas eu preciso do seu perdão.
— Eu te perdoo — ela se aproximou dele — Jace Wayland — Clary se aproximou mais, os cachos ruivos caindo pelos ombros. A boca vermelha e doce. Ela avançou mais e então Jace sentiu o doce de seus lábios de novo. Ele caiu deitado na grama. Clary beijava ele de forma calma e apaixonada. — Eu te amo, e sempre vou te amar, Jace Wayland. — ele a beijou com mais voracidade, mantendo a mesma calma. Amava Clary mais que tudo.
— Aleluia — gritou Magnus alto o suficiente enquanto Clary e Jace se beijavam na grama — eu não aguentava mais esse drama — disse ele olhando para Isabelle e Alec.
— Então vocês não vão se casar? — perguntou Isabelle triste.
— Agora é muito cedo para isso, Izzy — Alec disse — Mas nada impede que um dia você entre maravilhosa em uma igreja como a minha dama de honra. — ela sorriu e abraçou o irmão. Izzy checou seu celular e disse:
— Tenho que encontrar Simon, vejo vocês amanhã — ela beijou Alec na bochecha e acenou com a cabeça para Magnus.
— Então eu e você vamos nos casar? — perguntou Magnus, entretido.
— Você sabe que é o amor da minha vida — ele disse beijando Magnus. — Sabe, eu acho que nós devemos começar a planejar nossas férias.
— Eu não sei você, mas eu quero praia, sol, mar — Magnus respondeu.
— Que tal Los Angeles? — perguntou Alec.
— Parece uma ótima ideia — Magnus avançou e o beijou mais uma vez.
Três semanas depois
“Boa noite H”
“Boa noite B”
“Sinto sua falta”
“Só mais um dia B, e estaremos juntos, pelo verão inteiro”
“Eu beijei Alexander”
“E? o que isso afeta na nossa relação?”
“Não sei”
“O que eles estão fazendo agora?”
“Sexo, para variar”
“Tipico”
“Ele até que tem um beijo doce”
“Eu pretendo experimentar B”
“Sei que você beijou o namorado dele”
“Ciúmes?”
“Eu cuido do que é meu”
“Que horas você vem para cá amanhã?”
“Meu voo para Los Angeles sai de manhã, o deles sai a tarde”
“Eu te busco no aeroporto”
“Eu vou dormir agora, amo você Will”
“Também te amo, Mark”
Três Meses Depois
— Eu prometo pra você Blackthorn — Magnus o encarava com raiva — Ele vai ser meu.
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