Há seis anos atrás
O meu telemóvel começou a vibrar em cima da minha secretária. Peguei nele e atendi de mau-humor.
-Estás atrasada.
-Eu sei, amor. – Ouço a sua voz doce que me faz soltar um suspiro, acalmando a minha irritação. – Peço desculpa mas a minha mãe teve um problema e eu fui ajudá-la.
Franzo o sobrolho.
-Está tudo bem com a Célia? Precisam de algo? Eu já estou a terminar o meu turno aqui no escritório. Diz-me onde vocês estão que eu posso ir e ajudar.
Ela solta uma risada que me faz sorrir.
-Justin, respira. Está tudo bem, ela caiu no trabalho e torceu o pé. Chamaram-me porque sou filha e eu fui encontra-la no hospital. Agora estamos em casa, estou a colocar-lhe gelo para não inchar e devo ficar mais um pouco até que ela se sinta melhor. Quando terminar aqui vou ter contigo, está bem?
-Mas eu posso ir buscar-te. O escritório fica apenas a dois minutos de casa da tua mãe.
-Justin! – Altera o seu tom de voz. Está a ficar irritada, conheço-a muito bem. – Estás a ser demasiado protector. É assim que vai ser quando nos casarmos? Esperas que fique em casa o dia todo à tua espera? Estás enganado, eu sou uma mulher jovem e independente e isso não vai mudar nunca.
Eu pedira a Hailey em casamento há dois dias. E sim, eu gostaria que ela ficasse em casa para quando eu chegasse ela estivesse à minha espera e eu pudesse fazer amor com ela, mas como sempre ela é demasiado teimosa para fazer o que lhe digo. Acho que é por isso que me apaixonei por ela.
-Está bem. – Rendo-me porque não gosto de vê-la chateada comigo. Estou ansioso para a ter nos meus braços e poder beijar os seus lábios carnudos.
Apaguei a luz no escritório e peguei no meu casaco enquanto marcava o número da minha irmã. Jazzy atendeu ao terceiro toque.
-Vou chegar atrasado.
-O que? Vais chegar atrasado à tua própria festa de noivado?
Reviro os olhos ao detectar o dramatismo na sua voz. A minha irmã seria uma excelente actriz, se assim o desejasse.
-Foste tu que organizaste a festa Jazzy, eu não te pedi que o fizesses. – Sabia que estava a ser rude com a minha irmã mais nova mas estava cansado e preocupado com a minha sogra.
-Mas… - Tentou falar mas eu interrompi-a.
-A mãe da Hailey torceu um pé no trabalho e a minha noiva está com ela. Vou a casa tomar um duche e trocar de roupa antes de conduzir para encontra-la. Por isso sim, iremos chegar atrasados à maldita festa. – Explico para que finalize o drama.
-Justin, eu… - Faz uma pausa. – Tens a certeza?
Franzo o sobrolho confuso.
-Do que estás a falar Jazzy?
-Foi a Hailey que te disse que estava com a mãe? – Pergunta parecendo ansiosa e ao mesmo tempo apreensiva.
-Sim. – Respondo cada vez mais confuso. – Jazzy estás bêbada? Ainda nem jantamos e já estiveste a beber? A mãe vai…
-A Célia está aqui, Justin. – Fala com um tom de voz sério mas eu rio-me.
-Jazzy…
-A mãe da Hailey está aqui, Justin. Estou neste momento a olhar para ela.
-Não é possível, a Hailey…
-Espera um segundo. – Aguardo impaciente enquanto a ouça a falar com outra pessoa e de repente uma outra voz feminina fala ao telemóvel. – Justin? Aqui é a Célia, a Jazmyn disse que querias falar comigo.
Ao ouvir a voz familiar da mãe da minha noiva, foi como levar um murro no estômago. A Hailey mentiu-me. porque? O que raio se estava a passar?
-Justin? – Ouço a Célia mas eu já não quero ouvir mais nada. Desligo a chamada e entro para o meu carro, atirando como telemóvel para o banco de passageiro. Acelero pelas ruas do Hawaí até chegar ao meu destino. Estaciono o carro em frente à casa de Célia e saio apressado e ansioso por descobrir o que raio se passa. A porta de entrada está aberta e eu entro.
-Hailey? – Chamo o seu nome mas o que recebo em troca é apenas silêncio. Esta parte da casa encontra-se vazia por isso, decido subir as escadas para o andar de cima. Caminho pelo enorme corredor até ao quarto da minha noiva, e quando levo a mão à maçaneta para abrir a porta, estaco ao ouvir gemidos.
Os gemidos da minha noiva. As minhas mãos começam a suar frio de nervosismo e a minha respiração começa a ficar irregular.
Ela não seria capaz de me trair.
-Rebola, assim. – Ouço uma voz masculina. Bufando abro a porta do quarto e cerro os punhos ao ver a minha noiva a montar um homem. Ela tem a cabeça atirada para trás com a boca aberta soltando gemidos. As mãos dele estão na sua cintura enquanto a sua boca chupa os seus seios. A Hailey rebola com as suas mãos no cabelo do homem impedindo-o de se afastar.
Fico a olhar para a cena em estado de choque.
-Que porra é esta? – Grito, sentindo a fúria invadir-me o corpo.
-Justin? – A Hailey ofega e quando me olha, vejo o choque a invadir o seu belo rosto. A visão do pau de outro homem a sair completamente molhado de dentro da vagina da minha noiva é algo de que nunca me vou esquecer. – O que… Não!
Grita, tentando vir na minha direcção. Os seus braços tentam abraçar-me mas eu empurro-a com força fazendo o seu corpo nu cair no chão. Atiro-me contra o homem que vestia uns jeans e esmurro o seu rosto, ouvindo o som de algo a partir. Ele solta um urro de pura raiva e tenta acertar-me mas eu estou cego de raiva. Agarro no seu pescoço e bato a sua cabeça contra a parede do quarto fazendo o homem cair ao chão desmaiado.
Viro-me na direcção da Hailey que se levantou e olha incrédula para o corpo do homem caído no chão. Levanta o olhar para o meu e vejo as lágrimas a cair dos seus olhos.
-Porque? – Grito avançando na sua direcção. Ela recua, assustada com o meu comportamento. – Responde!
Os meus olhos ficam marejados e eu permito-me chorar. A minha que eu amo acabou de me partir o coração. Apunhalou-me pelas costas e esmagou a porra dos meus sentimentos.
-Eu… Eu… - Esconde o rosto com as mãos e começa a chorar. – Por favor, perdoa-me.
-Nunca mais quero voltar a ver-te! – Grito, sentindo-me enojado quando ela me tenta tocar. – Foste a maior desilusão da minha vida, Hailey Baldwin. Eu teria feito tudo por ti. Seria capaz de me colocar À frente de uma bala se isso te salvasse a vida e tu? Tu vieste foder com outro homem no dia da nossa festa de noivado.
Faço uma pausa, levanto as mãos aos cabelos e puxando-os como se pudesse descontar toda a minha raiva ali.
-Era este o teu plano? Casar comigo e enquanto eu trabalhava tu ias para a cama com este filho da puta? – Grito, dando um pontapé no homem desmaiado. Ela nega com a cabeça assustada, tentando pela primeira vez esconder a sua nudez com um lençol. – Como é que foste capaz, porra?
-Eu…
-És uma puta! – Grito interrompendo-a. Não consigo ouvir a sua voz, não consigo olhar para ela.
-Não me grites! – Fala pela primeira vez e eu olho-a incrédulo quando me apercebo do seu olhar magoado. Ela não tem direito a sentir-se magoada. Fui eu que encontrei a minha noiva na cama com outro. Foi o meu coração que foi esmagado sem piedade. Foram os meus sonhos deitados para o lixo.
-Não abras essa boa nojenta. Vais vestir-te e vais comigo para a nossa festa de noivado. – Sorri-lhe gostando do meu plano malévolo. – Vais falar em frente aos convidados que o noivado está cancelado porque és uma puta.
-Eu não sou puta! - A sua mão levanta-se e ela tenta bater-me mas eu estou cego de raiva e seguro-lhe a mão, agarrando-lhe nos cabelos e atirando-a contra o roupeiro.
-És uma puta sim. Vais dizer-lhes que não me mereces e pedir-me desculpa perante todos.
-És doente! – Grita. – E adivinha? Se eu estava com ele era porque tu nunca tinhas tempo para mim. Tu mereceste ser corno. – Risse histérica. – Oh Justin és corno há muito, muito tempo. – Sorri maliciosamente. - Tu não és capaz de satisfazer uma mulher na cama. És demasiado romântico, demasiado delicado. As mulheres gostam com força, à bruta. Tu és um corno idiota.
Cada palavra sua foi extremamente dolorosa. Acho que se uma bala atravessa-se o meu corpo, seria menos doloroso.
-Gostas à bruta huh? – Levanto-a e encosto-a à parede. Arranco o lençol que cobre o seu corpo e atiro-o para algum lugar atrás de mim. – Hailey… - Com uma mão acaricio o seu rosto, gostando de ver o medo no seu olhar. Desaperto o botão dos meus jeans e pego-a no colo. Ela grita e tenta soltar-se de mim, mas eu estou decido. Ela vai sofrer como eu. Abro-lhe as pernas, ignorando a dor das suas unhas a espetarem-se nos meus braços e penetro-a com força soltando um grito feroz.
-Justin, por favor. – Implora. Começo os movimentos, agarrando-a com força nas pernas impedindo-a de fugir e penetro-a. – Não!
Fodo-a com força contra aquela parede, vendo o desespero e o medo nos seus olhos. Mas não me importo, quero que ela sofra como eu. Quero ouvir os seus gritos de medo. Quero destrui-la como eu fui destruído.
-Não! – Grita chorando.
-Sim! – Mordo-lhe o pescoço sem abrandar o ritmo. Sentindo o meu pau alongar-se dentro dela. Estou quase e a vadia vai atingir o orgasmo comigo. Sinto a sua vagina a apertar-me. Ela não quer, mas o seu corpo é mais forte que a sua mente.
Ambos gritamos quando atingimos o orgasmo e eu saio de dentro dela. Aperto o botão dos jeans, deixo-a caída no chão a chorar agarrada ao corpo e saio daquele quarto sem olhar para trás. Adeus Hailey, para sempre.
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