Soonyoung estava encantado com todas aquelas misturas de cores e luzes, realmente lembrava-se bem pouco do quanto o centro de Seul poderia ser lindo.
Seguia Junhui pelas ruas, sentindo o cheiro típico das barraquinhas de comida que existiam em cada esquina, cuidando-se para não esbarrar nos vários vendedores ambulantes que estavam sempre a postos para mostrar sua arte.
— É aqui! — o chinês sorriu-lhe, adentrando o local.
Observou bem a faixada do bar onde especificava que aquela noite era especialmente de karaokê. Tinha uma breve recordação daquele lugar onde os adolescentes costumavam encontrar-se todas as sextas para divertirem-se e tomar bastante refrigerante. Nunca tivera essa oportunidade, Sooyoung assim como si também vivera grande parte de sua vida estudando fora do país e como sempre houve grande cumplicidade acima do amor de irmãos, existia certa dificuldade em manter amizade com outras pessoas, já tendo em mente que o pouco período que ficaria ali não era o suficiente para manter tais laços.
Quando Minghao comentara sobre um encontro de amigos, frizara que dessa vez estariam todos sem falta e com isso percebera que fora necessário juntar três mesas, tais que estavam bem ao lado do palco onde uma garota mostrava seus dons com a música, ainda usando uma roupa de colegial.
— Boa noite! — cumprimentou-lhes com um breve aceno acompanhado de um sorriso.
— Soony! Finalmente chegaram — o Xu apressou-se em cumprimentar o amigo e o noivo. — Esses são Wonwoo e o Mingyu — apontou para os dois rostos novos que lhe sorriram.
Não eram desconhecidos para si, sabia o suficiente sobre cada um dos melhores amigos de Minghao já que este sempre comentava a respeito, era estritamente ligado aos mais velhos. Aquele casal estava junto desde antes do chinês mudar-se para Londres e aquilo lhe admirava pois era nítido o quanto se gostavam apenas pelo olhar. O mesmo para Jisoo e Seokmin.
Timidamente, Jihoon apontou para o lugar vazio ao seu lado. O Kwon sorriu abertamente, beijando-lhe a bochecha antes de sentar-se.
— Desculpa não ter vindo com você mas Seungkwan teve uma emergência e praticamente me obrigou a ajudar — o Lee agarrou seu braço, deitando a cabeça sobre seu ombro.
Soonyoung paralisou por alguns segundos. De certa forma ainda era embaraçoso lidar com um Jihoon manhoso.
— Tudo bem — afagou seu joelho, capturando seus lábios num leve e rápido selar. Apesar de tudo, sabia que lhe era desconfortável demonstração de afetos em público.
Um equilibro bem desconcertante, típico de Lee Jihoon.
Talvez estivesse com certa quantidade de álcool percorrendo seu sangue. Tinha em mente que não faziam meia hora que chegaram e já existiam várias latas vazias de cerveja sobre a mesa, especificamente a sua frente e de Mingyu.
— Você está na nossa equipe do karaokê — Seokmin apontou-lhe.
— Por que dividiram em equipes? — indagou mas logo lembrou-se que a baderna seria grande com aquele tanto de pessoas juntas em um cubículo.
— Acho que já sabe a resposta — sorriu brilhante. Acho que o sol esqueceu-se de ir embora hoje, pensou.
— O seu sorriso é muito lindo — comentou brevemente, recebendo um beliscão do menor ao seu lado. — O que foi, Jihonnie?
— Ah, obrigado! — Jisoo sorriu, abraçando-o e beijando-lhe no canto da boca.
— O seu sorriso é muito lindo — imitou o tom de voz do Kwon, fazendo uma careta adorável.
— Está com ciúmes? — perguntou risonho em tom de brincadeira, recebendo um soco leve em sua coxa. — Você sabe que não precisa — sussurrou-lhe, observando seus poros arrepiarem-se. Bingo.
— Idiota — rosnou, virando a latinha de cerveja que estava pela metade.
Entraram em uma discussão sobre qual o melhor desenho, já sobre o efeito das bebidas. Os únicos sóbrios em questão ainda eram Jisoo e Minghao que ainda não havia exagerado tanto no vinho.
Soonyoung sorria para o pequeno lustre azul que existia sobre a mesa, imaginando a maldita ressaca do dia seguinte.
— Ei, o karaokê já está aberto! Somos os terceiros — Seungkwan comentou de forma embolada, apontando o dedo para ninguém em específico.
Aguardaram em frente às cabines. O primeiro trio eram Mingyu, o Boo e Minghao. Era uma pequena competição em que quem ficasse em último lugar pagaria a conta.
Como apoio moral o resto ficara gritando e incentivando pelo lado de fora. Estavam indo muito bem cantando Mirotic.
Em seguida, Hansol fizera as honras cantando junto de Jisoo, Junhui e Wonwoo, break free, não sendo necessário muito para arrancar risadas até mesmo de quem estava no final da fila observando a cena.
Seokmin, Soonyoung e Jihoon foram os últimos, surpreendidos quando why so serious do Shinee começou a passar na tela.
— Bem que você poderia cantar para mim dormir — sussurrou para o menor, sorrindo ao ver seu rostinho corado.
— Tenho meu preço — piscou-lhe.
Retornaram a mesa com Junhui resmungando de todas as formas que aquilo eram um complô contra o seu grupo já que ficaram em última posição e a música tinha um alto grau de dificuldade.
— Amor, aceita logo que vocês perderam — Minghao riu, beijando-lhe o pescoço.
— Qual o seu preço? — Soonyoung indagou a Jihoon, seu rosto ganhando uma expressão de confusão mas logo entendendo do que se tratava.
— Achei que tivesse uma certa ideia — apoiou-se sobre o punho fechado, seus olhinhos transformando-se em duas meia luas ao sorrir.
— Hum... se entrarmos em algum supermercado assim irão chamar a polícia — comentou de forma arrastada. — Mas prometo que será a primeira coisa que farei ao acordar amanhã.
— Então amanhã cumprimos nosso acordo — sussurrou, deixando um beijinho sobre o canto de seus lábios.
— Não seja mau Jihonnie — manhou abraçando-o, esquecendo de todo o resto.
— Vamos embora logo — piscou-lhe.
Despediram-se prometendo que dariam algum sinal de vida quando chegassem.
Vinte minutos foram necessários para que conseguissem um táxi, se passavam de uma da manhã então era compreensível a dificuldade.
E sim, Jihoon cedeu aos pedidos de Soonyoung, cantando-lhe uma música de autoria denominada Hug, enquanto este adormecia tranquilamente em seus braços. Demorou um pouco para que também caísse no sono, estivera admirando cada mínimo detalhe do rosto do mais velho, enquanto beijava-lhe delicadamente as bochechas.
O que um pote de sorvete, beijos e carinhos não conseguiam?
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