• O mal está a caminho
A rainha estava prestes a arrancar os próprios cabelos. Seu filho estava mais uma vez naquele hospital. Olhando o garoto que havia queimado. O dançarino. O cigano.
Isso a preocupava. Não o fato do príncipe estar encantado com um garoto, não importava, afinal, ele não tinha nada com o que prometer perante o matrimônio. Mas sim, de onde o garoto viera. Havia dois dias que tinham descoberto que ele vinha de Clichy. Uma aldeia apenas para ciganos. Como ele havia entrado em Paris não se tinha ideia.
As garotas que o acompanhavam no hospital também eram de Clichy. Todos ciganos. Isso fazia os pelos de seus braços se arrepiarem por completo. "O mal está a caminho", ela pensa. Oh, quanta desgraça. O Diabo já estava entre todos eles e ficava contida sem seus poderes dentro de Notre Dame. Apenas o marido sabia da noite que ela havia saído da igreja para ir na festa de despedida do filho. Na noite do acidente.
Mas não havia sido o diabo a causar o incêndio. Ela sabia. Tinha certeza. A rainha sabia demais. Mas nunca contaria. Aconselhou Taehyung e o marido a não contarem sobre o líquido que faltava a garrafa e o fio de cetim. Não queriam alarmar o castelo inteiro por ter um impostor em meio a eles. Além de que o Diabo não precisaria de nada para causar um incêndio. Ela era uma destruidora de nascimento, podia provocar coisas ruins, mesmo sem a pedra.
Oh, sim, a pedra. A rainha sabia de sua existência. Ela sabia de tudo. Ela sabia. Tanto que não conseguia controlar mais a si mesma, e suas mãos suavam ao que ela se tentava a sair do quarto. E ela lembrou do barulho dos saltos que atravessavam as paredes finas do Castelo. Muitas pessoas escutaram, inclusive ela. E o diabo odiava andar de salto.
Mas ninguém sabia disso. Ela poderia facilmente incriminar Callumy, sem mais nem menos. Mas faria sentido? Seu marido acabaria sendo retirado do Castelo junto com o resto de sua família por ter mantido alguém em cativeiro na gloriosa Notre Dame. Oh, ela estava com medo. Mas era humano dizia o Diabo. Tão humano que ela se desprezava por sentí-lo.
"Ele perto logo vem". Seria o medo seu mal? Ouvira Taehyung cantar várias vezes essa música, e se odiava por não tê-lo repreendido quando menor. O Diabo seria capaz de se comunicar com o garoto? Não. Não poderia. Ela tinha certeza do que ouviu na noite em que se esgueirou para a sala do marido e ouviu sua conversa com a mulher. Ela ainda tinha pesadelos com a voz de Callumy.
Era calma, mas cortante. Ela sentia a própria garganta arder ao escutar as palavras vagarem por entre as paredes e corredores do Castelo, mesmo que ninguém as estivesse escutando além do rei e da rainha, aquelas palavras ficariam marcadas para sempre nas paredes de Versalhes. Até alguma certa criança as ler.
"E o fogo que se alastra". Ah, o fogo. Observando o incêndio da janela de seu quarto, ela se lembrou de Taehyung. Se lembrou do marido. Da canção. De Callumy Archeon. Aquela mulher estava brincando consigo. Ou a rainha que estava se afundando sozinha? Não sabia. E talvez nem quisesse saber. Apenas seguiria em frente. Sem olhar para trás. Mas a maneira como a música se encaixava com os acontecimentos era assustador.
"Do acordo que o provém". O acordo. Era isso, precisava sair. Precisava ir até Notre Dame. Conversar com a mulher. Precisava ouvir o acordo de novo. E ela sabia de seu rosto. O vira. Quando encontrou os olhos da mulher na escuridão enquanto voltava lentamente até o próprio quarto. Aquilo sim a causava pesadelos. Todas as noites. Sem parar. Bem, sem parar, antes do dia do incêndio. Fazia parte do acordo. Ela sabia.
Então pegou a capa preta e a colocou em si. Cobrindo o rosto e saindo de seu quarto pelas passagens secretas do Castelo, cobrindo a marca do corte em seu braço. E ela conhecia aqueles lugares e corredores melhor do que ninguém. Estava na palma de sua mão. Versalhes seria um lugar morto se a deixassem agir. Mas não enquanto Taehyung ainda estivesse lá. Porque ele era vida. Era vital. Por isso seria o primeiro a morrer.
<♡>
As duas pessoas no salão não diziam uma palavra a dez minutos, apenas se encaravam, como se medissem o próprio poder observando a outra pessoa. Os olhos do diabo estavam azuis brilhantes, enquanto os do Pecado a encaravam vermelhos. Os cabelos longos estavam amarrados, enquanto o do diabo possuía uma coroa na cabeça. Talvez um pouco egocêntrica.
- Ira me pediu para verificar se todas as virtudes humanas estão na Terra - Pecado inicia falando, acabando com a pequena intriga visual.
- Claro, por que não? Existe alguém melhor do que você para identificar o que vem de Deus? - O diabo acaba provocando, algo que estava em si desde o princípio. Era divertido, afinal.
- Não. Mas, elas não estão apenas na Terra - Acaba aguçando a curiosidade da mulher a sua frente, que a olha como se fosse uma ordem para continuar - Estão todas em Paris - Ela termina, vendo os dedos do Diabo apertarem mais firmemente o cetro em sua mão, fazendo a ponta deles ficarem graças.
- Que ótimo. Agora eu vou ter que lidar com uma criminosa, dois babões que precisam ficar juntos e sete virtudes humanas que querem melhorar o planeta com glitter cor de rosa. Que coisa mais linda o meu trabalho - Ela revira os olhos e suspira - Jeon está com o príncipe?
- Sim, Callumy. Está cuidando de Taehyung, que por hora está cuidando de Hoseok. Está dando tudo certo? - O pecado pergunta, chegando mais perto da mulher.
- Infelizmente. As coisas me assustam quando dão certo rápido demais. Mas tudo bem, posso sobreviver - O diabo responde com ironia. Sempre irá sobreviver.
- Eles se apaixonaram, não é mesmo? - Orgulho de senta ao lado do trono, referindo-se aos dois garotos no hospital.
- Sim, eles amam - A mulher de olhos azuis troca o cetro de mão. Se o pecado tocasse naquela pedra, o estrago seria enorme.
- Como iremos parar isso? - Ela pergunta, retirando um pouco a franja dos olhos.
- Simples. Não iremos - Responde com desdém, já prevendo o sermão que iria levar de Seokjin alguns dias mais tarde.
- Como não? Deus disse que os dois não deveriam ficar juntos! - O pecado se levanta novamente. Ainda era tão devota a Deus, mesmo que tentasse parar, era se sua natureza.
- E qual é o problema? Não podemos separar o que o destino juntou! Está na linha do tempo deles, ficarem juntos! Não podemos desentrelaçar o que já está costurado - nisso Callumy ia fazendo gestos com as mãos como para mostrar o destino.
- Mas...
- Sem mas! O assunto encerra aqui. Nem eu, nem você e muito menos Deus iremos impedir que algo aconteça entre os dois. E se Ela tentar, eu terei de ter outra conversa, e nesta eu não terei pena dEla, e nem de quem vive ao seu lado - Ela bufa e se aconchega no trono. Era terrível. Tão terrível.
- Você quer dizer Je-
- Eu não quero ouvir o nome dele. É até estranho saber que existe outra pessoa ocupando meu lugar - Assim se referia ao seu passado, era seu lugar. Era o céu. Não mais.
- Você sabe que sempre será a favorita - O pecado rola os olhos, não queria ter aquela discussão de novo.
- Se eu fosse não estaria destinada a viver neste mundo - Dizia com desdém, como se a ideia de viver no planeta Terra não tivesse sido sua.
- Você tem um reino inteiro para si.
- Porque o favorito ocupa o lugar ao lado do trono de prata. Não posso fazer nada se assim Deus quis - abraça o cetro e observa o interior da pedra. A rachadura ainda estava lá, da maneira que havia deixado.
- A guerra foi sua.
- A decisão foi dEla.
- Talvez as duas almas não devessem ficar tão juntas.
- Então nenhum dos dois deveriam se amar agora - As duas voltam para o início, onde apenas se encaravam com os olhos brilhantes. As duas mais novas nunca conseguiam lidar bem com os sentimentos quando estavam juntas. E orgulho era tão... orgulhosa - Vamos parar com essa conversa. Diga para Jeon trazer o resto do bando pecador para Paris. Se precisarmos, estaremos preparadas para derrotar seja lá o que Deus quer a gente derrote - O pecado apenas concorda e se prepara para sair. Mas o diabo a impede, observando as mechas verdes da outra mulher com curiosidade - Quando você pintou? O cabelo.
- Faz alguns poucos dias. Quero aproveitar que posso fazer isso - Ela sorri um pouco, recebendo um sorriso maior do diabo.
- Por que verde? - Mesmo sabendo da resposta, ela decide perguntar. Conversar com o pecado original era deveras interessante para si. Sentia falta disso.
- Verde é a cor da esperança, minha virtude contrária - Responde animada. Callumy era a irmã mais próxima que tinha. Não era um pecado dela, não tinha sido criada pelos sentimentos de rebeldia do anjo. Orgulho era bem pior que isso.
- Que adorável. É um tipo de homenagem para a Shuhua? - Com um tom de provocação o diabo questiona. E assim ela apenas pôde convencer o pecado de que aquele cargo era realmente seu. Ela era sim o próprio diabo.
- Não pense que é assim, eu apenas... - Os olhos dela se tornam violetas, brilhantes como nunca. Aquilo apenas demonstrava sua natureza. Por quem fora criada. Era uma profecia, de novo - Gritam monstro aos que são feios, reverenciam o homem aos que se vêem belos. O homem que herdará a coroa na cabeça irá morrer se não for impedido pelo monstro que sente. O pecador irá pegar com a própria pele. Irá esconder para sempre as marcas de seu fogo. Mas, acima de tudo, quem é o monstro e o homem quem é? Afinal, aos olhos de Norte Dame, o pecado tem seu preço final - E os olhos dela se apagam. Fazendo-a cair aos braços do diabo, que a segura firme antes de levantá-la, ainda inconsciente, e levar para o fundo de sua sala.
- E lá vamos nós de novo - Foi a única coisa que saiu de sua garganta. Antes de ouvir o barulho de salto subindo as escadas, e as batidas incessantes na porta de pequena casa.
<♡>
Mais uma vez ele retirava a coroa de sua cabeça para conversar com o cigano. Taehyung era um homem apaixonado. Sempre querendo se sentir errado pelo o que pensava, pelas horas que passava conversando com o dançarino e por gostar tanto dele. Era queria sentir culpa por sentir algo. Mas não conseguiria. E já estava se conformando disso.
Hoseok tinha um sorriso bonito, um tom de pele bonita e um pouco mais morena, quase que dourado, era lindo, mesmo que as marcas as vezes cobrissem o tom real, deixando apenas um vermelho enrugado. Mas ainda era lindo. Ainda mais as orelhinhas pequenas e o nariz pequeno e arrebitado, ao qual ele adorava dar beijinhos. E o cigano não negava, era um grande fã de romances clichês e super meloso. Sabia exatamente o que estava acontecendo.
E ele gostava. Gostava de estar com o Kim. Era também engraçado ele ter o mesmo nome do príncipe, gostava dessa parte. Taehyung sempre prometia que, depois que a venda fosse tirada de seus olhos e todos os exames acabassem, ia levar ele e sua família para conhecer Versalhes e a família real. Era um grande sonho, pois sempre sonhou em conhecer o castelo, pelas histórias era um lugar maravilhoso e misterioso ao mesmo tempo.
Taehyung segura sua mão mais uma vez naquele dia, o levando até o sofá que ficava de frente para a grande janela. O príncipe não ficava tão perto do vidro quanto o cigano, pois ele poderia ser visto por alguém lá embaixo e chamariam seu pai por ele estar sem coroa. Seria um desastre. Hoseok encosta a mão no vidro, tentando sentir o calor do Sol nele, mas o sentia apenas frio, imaginando que não tinha tantos raios naquele dia.
- Como está o dia hoje, Taehyung-ssi? - Pergunta, tentando ver algo por baixo da venda preta de cetim que lhe rondava os olhos.
- Está perfeito, Hoseok - O príncipe responde, mesmo que o dia estivesse nublado, e ele não tivesse tirado os olhos do cigano em nenhum momento.
- Espero que esteja mesmo, parece ser um dia bonito - Ele sente um carinho sendo feito em sua mão, gostando da sensação.
- Estás preparado, Hyung? Para conversar com teu médico? - Taehyung diz, levando Hoseok de volta para a cama, o fazendo descansar a cabeça no travesseiro tranquilamente.
- Acho que sim, espero que eu possa finalmente tirar essa venda. Eu não sei se vou conseguir viver com a curiosidade de saber como é o seu rosto - Ele diz sorrindo para Taehyung, que retribui o sorriso, mesmo que o outro não possa ver.
- Mas vives encostando nele, não sei porque quer tanto me ver - Taehyung sente o coração acelerar. Obviamente Hoseok sabia quem era o príncipe, a família dele já sabia da sua pequena mentira, e não a aprovavam. Mas também não paravam, já que fora um comando do próprio príncipe. Qual seria a reação do cigano ao ver quem estava o cuidando? Por quem estava se apaixonando.
- Oh, quero saber quem é meu cavaleiro corajoso, que me salvou do meio daquelas chamas e cuida de mim neste hospital - Hoseok sorri e estende as mãos para frente - Posso te tocar de novo? - E Taehyung apenas aproxima o rosto das mãos dele, sentindo sua maciez, se esfregando nelas igual um gatinho - Seu rosto é realmente macio. É bom de encostar - Ele diz o puxando para mais perto de si, tocando os lábios dele com os dedos.
- Tu és sempre tão curioso, deveria tomar cuidado para onde teus dedos caminham por mim. Posso lhe entender errado - Taehyung segura seu pulso, beijando delicadamente os dedos dele.
- Não precisa entender nada - E Hoseok o puxa, beijando os lábios, provando da maciez destes pela primeira vez. Parecia ter vindo de seu interior aquela ação, mas não negaria o que parecia ser o divino. Os lábios tinham gosto de cereja. Era bom. Taehyung acreditou que aquilo significava paixão. Mas significava amor. E também guerra. Era silencioso. Mas gritava mais alto que o coração de uma mãe sofrida, que queria seu filho de volta - Ai - Hoseok os afasta, sentindo uma latência grande no braço esquerdo, onde Taehyung tinha encostado durante o beijo.
- Hoseok! Me desculpe. Estás machucado? Queres que eu chame um médico? - Ele diz desesperado, ouvindo a risada escandalosa do cigano logo depois de suas perguntas.
- Não se preocupe, só precisa tomar cuidado. Já passou - Ele diz com carinho no tom de voz, fazendo Taehyung suspirar alto, voltando a ter uma crise de riso.
- Olhe, eu me preocupo contigo, Hyung. Sabes que sou sensível a esse tipo de brincadeira - Ele abaixa a cabeça, se sentindo envergonhado. Quem ele era agora?
- Me desculpe, então. Você não tem que ir agora? Já deu nove horas - Hoseok diz ao escutar o relógio do hospital, que marcava o fim do horário de visitas. Taehyung o da um beijo na testa antes de se levantar e pegar a coroa, a pondo na cabeça - O que é que você tanto põe e tira da cabeça e coloca no bidê? - Hoseok pergunta ao que o príncipe está prestes a sair do quarto.
- É só.... um chapéu, Hoseokie. Não precisa se preocupar - E assim ele sai. Talvez não tivesse nascido para ser um ator, porque Hoseok não acreditou em suas palavras, pela primeira vez, duvidando da história que vinha dele.
<♡>
- Quero que repita a profecia! - A rainha grita ao entrar no local, dando tempo apenas ao diabo esconder o cetro e se sentar no trono.- Com licença, senhora. Aqui é do CAP, Central de Atendimento ao Pecador, quem fala é Callumy Archeon, o príncipe do submundo. Poderia, por favor, repetir sua pergunta mais calmamente, para que eu possa lhe atender com facilidade? - Ela dizia com o dedo sobre a orelha, como se realmente estivesse em uma ligação.
- Me poupe de suas brincadeiras, diabo. Diga sério agora - Ela põe a mão no pescoço da outra mulher, mas logo a retira, sentindo a pele esquentar tanto ao ponto de queimar.
- Não me encoste, vossa majestade. Ou irá causar uma ferida pior do que a que possui no braço - Ela dizia, já se levantando do trono, chegando mais perto da rainha.
- Quero que repita a profecia. Preciso escutá-la novamente - A voz da loira estava fraca. Estava com medo.
- Diga as palavrinhas mágicas - A outra mulher a provoca. Sorrindo com o cheiro forte de medo que provinha da rainha.
- Vá para o inferno! - Grita a plenos pulmões, ouvindo apenas a risada da outra.
- Oh, já fui. Várias vezes. É minha casa, sabe? - E ela sorri, daquele jeito que causava medo em que a visse - Agora, as palavrinhas mágicas.
- Por favor - A rainha implora, a lágrimas já banhando a face imaculada dela. Era tão frágil e delicada. Mas mortal.
- Quando o filho primogênito daquela que se diz rainha se apaixonar, os anjos que estão perto irão dançar. Seja de felicidade ou almejo pela morte daquele que o conquistar. O príncipe perdido em si mesmo se reencontrará, amando aquele que veio diretamente dos santos. O pecado irá os arrastar até o diabo, pois amar se tornou errado, e matar se tornou um objetivo. Anjos tocam a trombeta para a guerra em terra e em céus, mas anjos só são anjos, até queimarem em seu pecado. O Diabo sorri com o poder que lhe foi concebido, pois seu fogo prevalece, enquanto o cavaleiro dança. De um lado o pecado e do outro a confiança - Ela vê o desespero da mulher ao anotar cada uma de suas palavras e ri - Que bonitinho, você está anotando. Espero que eu não tenha falado muito rápido.
- Eu acho que entendi! - Ela grita novamente e o Diabo se assusta.
- Com licença, senhora. Aqui é do CAP, Central de Atendimento ao Pecador, Callumy Archeon falando. Gostaria de solicitar que a senhora baixasse seu tom de voz, pois meu ouvido direito é sensível. Foi a primeira coisa que bati no chão quando cortaram minhas asas e eu caí do céu. Eu agradeceria a sua colaboração, obrigada - Ela revira os olhos e se senta novamente, cruzando as pernas e achando loucura os risos histéricos da mulher em sua frente - O que você descobriu, minha querida? Conta para a titia aqui.
- O cigano queimou o corpo apenas de um lado, certo? O outro permaneceu intacto, não? - Ela retira a coroa da cabeça e a põe no chão, vendo a concordância do diabo - O lado saudável é a confiança, o lado queimado é o pecado, e como ele dançou na despedida de Taehyung, então ele é o cavaleiro que dança. Estou correta? - Ela parecia assustada e confuso, mas ao mesmo tempo alegre.
- Com licença, senhora. Aqui é do CAP, Central de Atendimento ao Pecador, Callumy Archeon falando. Gostaria de dizer que as profecias fornecidas pela nossa central são abertas a qualquer ser humano, celestial ou demoníaco existente, pois em alguns momentos nem nossa equipe sabe o que está acontecendo, a gente só segue o fluxo. Então, infelizmente, não tenho como confirmar algo para a senhora. Mas posso lhe oferecer uma resposta positiva em troca da sua saída de meu estabelecimento. És meio pirada - Ela diz tudo em uma voz calma, parecendo realmente uma atendente telefônica. Orgulho acordaria em breve e não queria a rainha a visse.
- Certo. Irei pensar em sua profecia. Voltarei quando eu for agir novamente, espero que esteja pronta para me atender, senhorita Archeon - A rainha se levanta, pondo a coroa de volta na cabeça, voltando a sua postura normal e olhar superior.
- Claro que estarei, vossa majestade. Só lhe aconselho a procurar um psiquiatra. Acho que toda aquela garrafa de bebida lhe causou alguns danos - Diz acenando, observando a mulher ir embora. Então, quem retira a coroa da cabeça é o Diabo, tentando relaxar em cima do trono - Eu desisto do meu emprego. Sério! Será que eu não posso pegar um humano e dar o meu cargo para ele? Qualquer um deles pode ocupar o meu lugar - Um raio cai bem ao lado da igreja, mesmo que o céu continuasse limpo - Tudo bem, vossa senhoria. Não vou renunciar. Você me livre.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.