• Que guarda sua surpresa
Já eram quase cinco horas da tarde, e nenhum dos dois queria se despedir realmente. Jimin e Taehyung continuavam no quarto do Kim, curtindo um dos únicos dias que eram libertos dos assuntos reais que seus pais os colocavam. O Park precisava controlar grande parte das coisas do Reino dos Estados Unidos na própria França, precisando receber relatórios imensos com diversos detalhes sobre a situação de alguns de seus estados. Apesar da calmaria, seu próprio reino pedia o casamento do seu melhor amigo.
— E então, depois que terminei de escrever minha decisão e a mandei para o governo encarregado desta subdivisão , percebi que havia mandado ao meu motorista, e o pobre coitado não entendeu absolutamente nada do que estava escrito — Os dois riram da pequena história contada, os dois príncipes conseguiam ser os mais desastrados possíveis quando se tratava de assuntos da realeza quando era dieta virtualmente.
— Cada dia melhoramos mais nossa comunicação virtual, não é mesmo? Desta vez você mandou para um guarda e não para o chefe da guarda que queria demitir — Os dois riem novamente, lembranças passando em suas mentes de todas as vezes que ficavam juntos contando tantas dessas histórias.
— Você sempre foi animado, mas esses últimos dias parece estar mais, por algum motivo. Posso saber qual é? — Jimin levanta uma sobrancelha e pega sua taça, a enchendo de vinho que estavam tomando.
— Não sei, a aura no castelo parece estar melhor, o que me deixa feliz e afeta meu humor diário — Dá de ombros, juntamente com uma resposta qualquer.
— Tem certeza que essa tal aura não envolve o seu dançarino? — Deu um gole longo em sua bebida, vendo seu melhor amigo abaixar a cabeça, tentando conter um sorriso.
— O que quer dizer com isso? — Taehyung se serviu do vinha também, tentando controlar a vermelhidão em suas bochechas.
— Vamos lá, Tae. Sou seu amigo, seu soulmate, te conheço melhor que qualquer pessoa — O ar do quarto se tornou sério de um segundo para o outro, Jimin trazendo a tona sua voz autoritária, querendo fazer Taehyung prestar total atenção em si — Diga-me a verdade, estás apaixonado, não?
— O quê? Como podes dizer isto, Jimin? — A mão do príncipe treme ao tentar segurar a taça novamente, com medo da pergunta feita pelo mais velho — Isto é pecado.
— Estar apaixonado é um pecado? — Ele pergunta de modo surpreso, tentando entender a fala do amigo.
— Não estar apaixonado em um todo, mas sim, por outro homem. A bíblia diz isso — Repetiu o que sempre ouviu falar de seus pais. Mas não tinha muito pelo o que se orgulhar, tinha feito um acordo com o Diabo, afinal.
— Vocês, franceses, e as interpretações erradas da bíblia. Ninguém nunca disse isto, é apenas uma informação errônea que passaram durante séculos para prevenir as pessoas de não agirem do modo que os mais antigos achavam certo — Jimin gira a taça em sua mão, fazendo o líquido ali dentro balançar junto — Sabia que existiu um tempo em que todos eram livres para amar e ser da maneira que quisessem. Vi em alguns documentos confidenciais homens que se vestiam de mulheres e faziam arte. As fotos eram maravilhosas, tanto quanto os vídeos, Tae, não tens noção. Todos eram tão… eles mesmos. Eram felizes e livres, antes é claro da… Sabe.
— Da guerra. Antes da guerra, e de termos de voltar para um passado onde democracia não existe — Ele põe seu vinho na mesa, desistindo da bebida — Acha mesmo que amar outro homem não é pecado?
— Nem um pouco. É só amor, no final de tudo, e acho que nos apaixonamos não é uma escolha, vem de dentro, desde quando nascemos. Então, se somos assim, por que Deus nos fez pecadores desde a nossa infância? — Questionou como se fosse uma pergunta simples, transformando o rosto triste de seu melhor amigo em uma expressão surpresa.
— Nos fez assim? — Encarou o outro e ele apenas deu de ombros.
— Te conheço o suficiente para perceber a maneira como olha para ele, e o quanto suspira pelo dançarino quando passa perto de si — Jimin ri, vendo as bochechas do outro príncipe tomarem uma coloração rosa — Deu um estúdio de dança inteiro para o garoto, Taehyung. Para Sana, sua noiva, o máximo que já a presenteou foi com uma caixa de bombons no dia dos namorados, mas só porque seus pais insistiram muito.
— Acha que estou apaixonado mesmo?
— Isso só você pode afirmar, mas eu diria que sim. Estou feliz por você, principalmente por ser alguém como Jung Hoseok. Nos cinco minutos que fiquei sozinho com ele já foram melhores do que todos os vinte anos que conheço a princesa Sana — Taehyung lança uma repreensão ao loiro, que apenas ri junto ao outro — Eu totalmente respeito a princesa Minatozaki, mas, sério? Ela não faz teu tipo.
— Ah, não? Então quem faz meu tipo? — Ele assume uma postura ereta, olhando para a parede do quarto enquanto tentava fazer uma pose mais séria.
— Alguém tão bobo quando tu, a quem possa fazer brincadeiras e palhaçadas, mas que soubesse ser sério e apreciar suas pinturas e representações de afeto e amor — Ele sorri leve para o amigo, o vendo desfazer a postura.
— Alguém como o dançarino? — Seus olhos vão de encontro ao chão, e ele tenta conter o sorriso que teima abrir em seu rosto.
— Com certeza alguém como o dançarino — Eles se encaram por poucos segundos antes de voltarem a rir.
Aquilo era o lar e conforto que Taehyung não conseguia sentir diariamente. E, para Jimin, aquele era o seu motivo de continuar pesquisando cada vez mais sobre o mundo antes da guerra. O alívio e sorriso de seu melhor amigo.
<♡>
O último pecado se aproximava da grande porta. Aquele único pedaço de madeira separava pessoas de suas vidas cotidianas, separavam os que uns julgavam ser mentira. Separava sentimentos e ilusões, e tudo que se poderia imaginar estando no mesmo lugar que o próprio diabo. Era quieto e calmo, apenas algumas vezes a igreja podia escutar as poucas brigas que ali se faziam.
Notre Dame guardava um segredo, uma surpresa e um pecado. O segredo daqueles que se diziam santos, de todos os que se ajoelharam diante das imagens espalhadas por todas aquelas paredes, pedindo perdão ao misericordioso, por qualquer que tenham sido seus erros. Mas as colunas da construção guardavam os sussurros ditos ao vento.
A surpresa não poderia ser nada mais além dos planos que eram escondidos no mármore, das palavras em coro que saíam dos sacerdotes, dos anjos e dos pecados que trabalhavam por e contra o divino. Nenhuma onisciência conseguiria ser maior do que as que vagavam pela Catedral, pelos corredores de todas as torres, e chegavam aos ouvidos de cada demônio que se apossava das santidades do local. Porque era mal, mas tão doce.
E os pecados corriam livres, virando as libertações de ponta cabeça, voando ao longe até a boca salivante do diabo, procurando pecados para os usufruir e se deliciar. Humanos eram tão tolos, tão errôneos e... tão humanos, que até mesmo faziam os pecados admirar-sem com tamanha inocência – ou burrice – daqueles que pensavam que tudo era perdoado ao ajoelharem-se em frente às imagens santas. Os pecados se instalavam na pele do diabo como nicotina preenchia pulmões inocentes.
Bastou pequenos três toques para que a porta se abrisse, revelando uma mulher um tanto quanto irritada, o lábio inferior sendo maltratado pelos dentes, demonstrando o nervosismo e irritação que possuíam o corpo dela. Estava cansada, de toda aquele teatro, de toda aquele fingimento, de toda aquela saudade do que não poderia ter, se nenhum dos dois garotos decidisse logo o que sentiam e se resolvessem.
O cigano era o maior empecilho para o plano dar continuidade. Não sabia o que faria para que pudesse abrir os olhos do garoto. Além da calmaria que cobria a raiva de Paris como um lençol cobriria alguém da chuva. Restava apenas um pequeno tempo, antes que tudo aquilo explodisse, mas não sabia quantas mais vezes aguentaria ter que tentar convencer os dois a ficarem juntos de modo definitivo.
— Senhorita Archeon? — A voz do Pecado saiu sussurrada, talvez com medo. Os olhos do diabo se acendem ao olhar para si, mas um sorriso amigável logo toma conta da face enraivecida de antes.
— Heejin, que bom que veio — Disse em um tom quase feliz, tomando uma postura mais relaxada conforme a gula se aproximava.
— Sempre virei, senhorita Archeon — As duas riem da maneira de falar do Pecado, então Callumy indica que ela deveria sentar de frente para si, trazendo uma cadeira até perto do trono — Posso saber o porquê de me trazer aqui antes de eu ir me juntar com as outras?
— Ah, sim — Rapidamente assume uma postura mais séria, os olhos brilhando em chamas escuras — Sei que mantém contato com Semyaza, faz tempo que não a vejo, e não quero ter que obrigá-la a vir. Queria saber se pode convencê-la a conversar comigo.
— Claro que consigo, posso também pedir a ajuda de Leviatã para esta missão. As duas são bem próximas — O diabo concorda brevemente, apertando os dedos contra o cetro — Se me permite, posso perguntar o porquê de querer a ajuda de Semyaza? É para o plano?
— Sim. Seokjin está ficando irritado, está demonstrando seu verdadeiro eu. Por causa disso, pode trazer consequências para nosso plano, porque Deus não irá deixar algodão doce cair de novo e vai querer vingança — Sua mente vagava para lugares distantes daquela sala, um futuro, talvez.
— Vai querer uma guerra — Gula diz vagamente, se lembrando dos dias em que sobrevivia no princípio.
— Exatamente, e por isso preciso da ajuda dos mais antigos demônios que posso ter — Seu pé balançava sem parar, demonstrando o nervosismo, mesmo que muitas pessoas não fossem notar aquele pequeno detalhe. Mas o pecado já estava a tempo suficiente com a outra mulher para entender cada uma de suas manias.
— Você está levando tudo isso a um jogo muito sério e perigoso, acho que não é apenas pelo amor dos dois e pelo o que é certo, não é? — A perna do diabo simplesmente para, e ,lentamente, seus olhos vão indo em direção a garota.
— Nada nesse mundo, é apenas por uma coisa. Ninguém faz nada apenas para ajudar, sempre tem algum tipo de recompensa interna para cada um, mesmo que seja apenas ficar bem consigo mesmo — Seus olhos rapidamente se perdem no brilho da pedra em seu cetro, fazendo o pecado respirar aliviada pela atenção ter sido desviada de si — Se nem os humanos conseguem escapar de serem tão egoístas uns com os outros quem seria eu, o Diabo, para não o ser?
— Com certeza, senhorita Archeon, está coberta de razão — Callumy apenas ri do comentário, negando com a cabeça — Gostaria que me permitisse saber teus planos.
— Ainda não, Belzebu, mas logo todas irão saber o primeiro pedaço da história. e Quando digo todas me refiro aos sete pecados, depois irei cuidar das virtudes — Os olhos da pequena garota se arregalaram, olhando diretamente para o rosto da mulher em sua frente.
— Pretende colocar as virtudes em seu plano, Umy? — O diabo apenas sorri, estendendo o cetro até ele estar frente ao rosto de seu pecado.
— Pretendo envolver qualquer um que me possa ser útil para fazer os dois pombinhos se apaixonarem, Heejin — Ela revira os olhos, rindo com o próprio comentário — Nem que eu precise envolver diretamente a galerinha do céu.
— Está realmente determinada, então — A garota levanta uma sobrancelha, observando os lábios da outra despontarem em um sorriso maior.
— Quando foi que eu não estive? — As duas riram da pergunta, sabendo de que Callumy era um dos demônios menos determinados sobre os assuntos que envolviam o céu — É algo que vai definir o futuro de todos aqui, Jeon. Confie em mim, pelo menos dessa vez.
<♡>
Wooseok estava sentado na varanda de seu quarto, apreciando a paisagem dos jardins que ficavam no Palácio. Cada pequeno e delicado poste de luz, a água que ainda fazia seus espetáculos no lago, e os sons da natureza, que acalmavam quem fosse, assim que olhasse para toda aquela beleza. Mas o gêmeo mais novo não conseguia se manter muito tempo daquela maneira, não sabendo, o que sabia.
— A vista é linda não é? — A voz de Seu irmão se fez presente em seu cômodo, o assustando um pouco.
— Com certeza, é uma das únicas coisas que eu prefiro daqui — Puxou uma das cadeiras para que o outro se sentasse ao seu lado, para que pudessem apreciar a vista juntos.
— Prefere Clichy a Versalhes? — Hoseok parecia surpreso ao perguntar, afinal, era do Palácio que estavam falando.
— Sem sombra de dúvida — Diz em meio a um suspiro, cansado de tudo o que estava vendo nos arredores de toda a pequena cidade.
— Por quê? — O mais velho estava definitivamente surpreso com a revelação do irmão. Versalhes era mil vezes mais confortável, além de que eles descobriram uma liberdade a qual não sabiam que faltava.
— Hoseok, nós dois crescemos lá, é nosso lar, não tem possibilidades de eu me acostumar a morar neste Palácio — Wooseok estava definitivamente irritado. Não sabia lidar com tanta atenção para si, o único que sempre a recebia era seu irmão mais velho, então nunca se importou. Mas, agora que tinha centenas de empregados perguntando o que ele queria comer ou vestir ou para onde queria ir, não sabia o que fazer nem se deveria fazer.
— Claro que tem, só não consegue porque está relutando contra essa ideia. Se realmente aceitasse, já estaria se sentindo em casa — Assim como todo mundo, queria completar, mas sabia que seu irmão ficaria ainda mais bravo com esta última frase, por isso decidiu guardá-la para si.
— Temos diversas memórias boas lá, aqui ainda não temos nada de muito interessante, principalmente os jantares, é um silêncio horrível — Hoseok não deixa de rir e concordar com o irmão, afinal, os jantares eram realmente tediosos quando feitos com toda a realeza — Como quando morávamos em Clichy e você bordava aqueles casacos e vestidos que eu fazia, para vendermos na loja, lembra?
— Óbvio que lembro! São algumas das minhas memórias favoritas — O rosto dele se alegra com a possibilidade de a preferência de voltar para Clichy fosse pelo trabalho que tinham lá, pois ele tinha a solução exata para o problema — Mas se o seu incômodo for a falta trabalho, saiba que o Tae quer abrir uma loja de roupas para você em Paris, ou pode ficar aqui mesmo no castelo, produzindo as roupas da realeza.
— Lá vem você de novo com esse príncipe Tae — O mais novo revira os olhos a simples menção do herdeiro, se irritando totalmente com as lembranças de tudo o que ouviu sobre ele.
— E qual o problema? — Mas Hoseok ainda não entendia o ódio do irmão pelo príncipe. Sempre tentava controlar a fala e não mencionar seu amigo, mas algumas vezes deixava escapar e voltava a ver o meu humor do gêmeo.
— Não deveria se envolver muito com a família real — Disse, curto e grosso, sincero acima de tudo. Tinha medo pelo irmão.
— Por que não? — O mais velho estava definitivamente espantado, nunca havia recebido aquele tipo de resposta do outro, e não sabia o porquê de a estar recebendo agora.
— É perigoso! — E nada mais disse, fazendo Hoseok rir desacreditado, seu irmão não estava insinuando que poderia escolher suas amizades, certo?
— Como sabe disso? Por acaso já teve um caso com alguém da realeza e eu não sei? — Perguntou desacreditado pela fala de Wooseok, afinal, ele não sabia nada sobre a realeza e os que viviam nela.
— Não, óbvio que não, mas qualquer ser humano sabe que isso é perigoso! — Não que isso fosse verdade, mas diria qualquer coisa para tentar afastar Hoseok do príncipe.
— Então eu devo ser um unicórnio — Revisou os olhos e se recostou melhor na cadeira, tentando não ficar com raiva, também.
— Unicórnios não existem! — Estava ficando mais e mais irritado. Seu irmão estava o testando, não seria possível uma bobagem daquelas.
— Como você pode ter tanta certeza? Vai me dizer que todo mundo sabe disso também? — Arqueou uma das sobrancelhas, duvidando da certeza do gêmeo.
— Essa coisa de unicórnios é a mesma história que contam para crianças na versão fofa de "O diabo anda sobre a Terra" — O dançarino sente a garganta seca no momento e perde seu olhar nas luzes de uma das lâmpadas do jardim em sua frente.
— Então talvez unicórnios sejam reais — Disse em um único fio de voz, tentando não lembrar dos dias em que a mulher aparecia aleatoriamente pelo castelo e tentava conversar consigo.
— O que disse? — Hoseok nega com as mãos, como se não tivesse dito nada — Mas eu tenho certeza de que escutei algo.
— Acho que foi só impressão sua, não falei uma única palavra — Seu riso saiu nervoso, fazendo o irmão suavizar o tom de voz e olhar para ele com uma expressão quase que decepcionada.
— Está se apaixonando pelo príncipe, não está? — O timbre estava carregado de preocupação e recepção pela parte do mais novo.
— O quê? Está louco! Não estou apaixonado, somos apenas bons amigos — Mas nem ele mesmo acreditava mais nessa desculpa, se culpando por todas as vezes que teve que dizê-la.
— Se não está apaixonado, está se apaixonando. A maneira como se olham, falam um com o outro e agem quando estão juntos faz-
— Muito bem, o senhor já está delirando. Eu vou deixar você se acalmar, anda muito estressado ultimamente, e não quero ver meu irmão gêmeo com rugas de tanto pensar em coisas inúteis como essa — Apertou a bochecha do outro e saiu do quarto deste, se recostando na parede do corredor para tentar colocar os pensamentos em ordem dentro de sua cabeça.
— Seu irmão é um pé no saco, hein — O Diabo estava olhando para as próprias unhas, mas, assim que subiu o rosto, percebeu a face irritada do garoto — O que foi? Olha, você também é, mas um pé no saco diferente, mais legal — Ele começa a andar, o que força a mulher a acompanhá-lo em sua caminhada — Mas assim, o pé no saco 2.0 estava certo, você está se apaixonando pelo príncipe.
— O que está fazendo aqui? De novo…
— Ora, o que eu sempre faço. Vim tentar lhe ajudar — O garoto revirou os olhos e virou em outro corredor.
— Eu pedi sua ajuda quando deveria apagar os traços ciganos dos documentos, você fez isso. Não preciso de acompanhamento psicológico — Ela ri, achando graça da última frase.
— Ah, precisa sim. Vai precisar, ao menos. Estou apenas adiantando o processo, pequenino — Ele para, e, consequentemente, a mulher também — O que foi?
— O quê você sabe que eu não sei? — Ela deu de ombros e pareceu pensar na pergunta.
— Muitas coisas, na verdade. Se eu for listar vamos ficar uma semana parados neste mesmo lugar — O cigano apenas voltou a andar, ignorando o calafrio que percorreu seu corpo — Ei, está pensando no que o seu irmão falou? Sobre o príncipe.
— Não e nem vou, porque não preciso. Não estou me apaixonando e não vou me apaixonar, muito menos pelo príncipe. Então, se me der licença e puder parar de me perseguir, eu ficaria grato! — E assim, o cigano deixou Callumy lá, correndo para longe, onde ela não pudesse o ver.
— Ciganinho, ciganinho… você realmente não faz a menor ideia do que o futuro lhe guarda, não é mesmo? É o seu chamado, super herói, então, por favor, salve o mundo.
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