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História Cidade de Sangue Parte 1 - Cinza - História escrita por AlanaLouris - Spirit Fanfics e Histórias
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História Cidade de Sangue Parte 1 - Cinza


Escrita por: AlanaLouris

Notas do Autor


As mudanças vem pra melhorar ou piorar, e nessa historia não é diferente. fiquem ligados.
boa leituraaaaa ❤📖

Capítulo 27 - Cinza


Fanfic / Fanfiction Cidade de Sangue Parte 1 - Cinza

 

   Todos se juntavam ao redor do caixão de Graham para prestar suas homenagens e dar o último adeus, e alguém em comum no meio deles chorava pela perda de uma maneira diferente. Ruby estava um pouco afastada da multidão, ela estava em silêncio com seu guarda-chuva a lhe proteger das garoas finas e frias que caiam. Suas roupas pretas cobriam todo seu corpo pois estava de calça jeans, blusa de mangas compridas e botas. A mente dela voava ao passado e lhe comovia ainda mais. Era fácil de voltar as suas lembranças enquanto sofria, pois tudo o que ocupava a mente dela referia-se a Graham e suas ações. Como no primeiro dia em que trabalharam juntos. Era um dia de calor, o fim do inverno havia chegado e os primeiros raios quentes, Ruby estava a caminho do seu primeiro dia de trabalho no laboratório forense quando escutou um barulho estranho vindo do Cais e foi até lá. Mas o que a moça encontrou estava longe de ser apenas um barulho. A moça encontrou uma cena de crime recente e com isso, gritou o mais alto que pode, porém não tinha percebido que não estava sozinha, até que David o seu novo chefe e a sua avó Granny foi até ela.

– Outro corpo? David perguntou.

O corpo estava dentro de uma caçamba velha de lixo, estava jogado e muito machucado, contudo, sem vida.

– Achamos um outro ali mais a frente embaixo de um carro. – David avisou.

– Venha, vamos Ruby. Você precisa de um pouco de água. – Granny falou, e conduziu a neta para o carro de David afim de acalmá-la.

– Desculpa vovó eu ainda não me acostumei com isso, e não sei se um dia irei. – A moça falou triste. Ela estava segurando o braço de sua avó ainda muito palida e nervosa.

Quando David chegou perto de Ruby, a moça já passava bem e estava pronta para trabalhar, seu primeiro caso seria — De tamanha ironia — o crime que ela mesma havia descoberto no cais.

– Você está bem? – David perguntou.

Ruby estava sentada no banco do carona e bebia água de uma garrafinha transparente. Sua avó estava de pé a observando.

– Sim estou, eu fui pega de surpresa. – Explicou ela.

– O xerife está a caminho, ele vai isolar a área, e você precisa se aprontar para coletarmos o que pudermos. – David falou e Ruby apenas assentiu com a cabeça. – Vamos, tudo que precisamos está no laboratório. – Ele pegou sua chave no bolso e entrou no carro, quanto a vovó Granny… bem… ela não podia fazer mais nada então deu um abraço na neta e seguiu caminhando para seu estabelecimento.

Ruby realmente não estava preparada para presenciar uma cena tão violenta como aquela, mas como forense da cidade seu papel era superar qualquer coisa para fazer o seu melhor, ela só não sabia ainda o quanto Graham teria um papel importante nisso. Mas ela descobriria naquela manhã.

A moça aprontou-se para coletar as informações do crime junto a sua equipe e seu chefe David que liderava o laboratório com muita dedicação desde que a maldição os trouxe a cidade. Quando a equipe forense chegou na cena do crime, Graham e Leroy já estavam fazendo seu trabalho, isolando a área para as investigações. Ruby sorriu ao vê-lo e o cumprimentou, ela já o conhecia a muito tempo mas mal sabia ela que de conhecidos, seriam amigos, amigos de verdade.

– Não entendo como apenas uma pessoa conseguiu matar dois homens fortes como eles. – Ruby falou em meio a investigação, tirando algumas fotos enquanto analisava a cena.

– Como sabe que era apenas um? – Graham perguntou assistindo Ruby comprir seu trabalho, o resto da equipe trabalhavam em encontrar evidências e a possível arma do crime pelo terreno.

– Pelo modo como foram golpeados. Não acho que duas pessoas tivessem combinado em golpeá-los no mesmo lugar e na mesma intensidade. Está vendo como a fenda está aberta nessa vitima? A mesma fenda está na outra vítima. E na minha opinião ele os pegou de surpresa. Não puderam se defender porque é possível que estivessem de costas, mas conseguiram gritar antes de morrer, pelo que eu escutei antes…. De ….. tudo. – Explicou a moça.

– Eu soube que você foi a primeira a vê-los. – Graham comentou.

– É, eu não sabia do que se tratava, achei que no máximo encontraria alguém lutando para amarrar um barco ou puxando uma carga pesada. – Explicou a forense.

– É normal ficar assustada, você não estava preparada, é diferente de quando te convocam para um caso, você tem tempo para se preparar para o que vai ver, mas isso… isso nem te deu chance de pensar. – Graham falou.

– David não pensa assim. Pela cara que ele fez quando me viu aqui, foi de decepção. – Ruby explicava o que lembrava.

– Ele só espera que você não perca o equilíbrio aqui. – O xerife falou com as mãos no bolso de sua calça. – Eu também fiquei nervoso no meu primeiro caso. Eu me lembro que passei a vida toda estudando noite após noite mas na hora da ação de verdade eu falhei, isso acontece. É normal.

– Você poderia ser o meu chefe. – Brincou Ruby e se levantou com as fotos prontas em sua câmera, agora era hora de whale e sua equipe levar os corpos e por hora o trabalho de Ruby estava encerrado.

– O que acha de um café da manhã reforçado? Aposto que a vovó já abriu o café e deve ter um daqueles sonhos recheados que sempre te vejo comendo. – Convidando-a simpaticamente, o xerife sorria a cada palavra.

– Claro. Porque não? –

– Te vejo lá daqui a 40 minutos então, eu tenho que cumprir algumas tarefas agora, senão esse caso não vai pra frente. Tenho impressão que pegar o culpado vai ser complicado. – Graham ainda sorria mesmo com tantas preocupações em sua cabeça.

Ruby sorriu e caminhou para fora do cais, ela também precisava cumprir outras tarefas antes do café da manhã.

    Enquanto alguns jogavam flores brancas no caixão de Graham, outros ficavam parados em silêncio, principalmente Mary Margaret abraçada a David. A chuva começará a cair mais forte com pingos grossos e fria como sempre. Era um dia cinza não só pelo fato de o clima esfriar e as nuvens estarem cheias mas também pelo ocorrido, embora a neve deixasse o lugar um pouco branco a perda do Xerife entristeceu a todos mas apenas os mais chegados estavam no velório.

   Mas o destaque daquele campo não era o xerife, mas sim, a mulher que acabara de chegar. O carro de Regina foi avistado de longe , o qual foi estacionado.

    Todos esperavam vê-la sair pelo lado do motorista, mas pela surpresa de alguns, Emma saiu daquele carro seguida se Sidney que saia pelo outro lado. Ele armou um guarda chuva que tinha em mãos e deu a volta no carro abrindo a porta do carona de trás, de lá, Regina apareceu, vestida de preto muito mais triste do que antes. Quando ela pisou seus pés com saltos pretos na grama do campo, Emma travou o carro e começou a caminhar ao lado da prefeita, enquanto Sidney a abrigava debaixo do guarda chuva. Todos naquele ambiente estavam vestidos de acordo com a situação, mas Emma não. A nova xerife estava com seu distintivo preso a sua jaqueta vermelha de sempre.

Emma, assim como Regina, carregava no rosto a desolação. Podemos entender que perder um amigo não é nada fácil, mas perder alguém como o xerife Graham, foi demais para a prefeita. Por muitos anos ele foi sua companhia amorosa.

– O que todos estão olhando? – Uma moça comum chamada Jade perguntou, ao perceber que muitos prestavam atenção em outra direção.

– A prefeita chegou. E ela parece uma viúva negra. – Alguém sussurrou.

– Não não, eu acho que ela se sente tão triste quanto nós. – A moça falou.

Jade saiu de seu lugar no meio das pessoas e se direcionou até a prefeita que caminhava com passos curtos, ela não tinha pressa para cumprimentar ninguém e sua cabeça não estava em seu estado mais agradável, na verdade estava uma bagunça.

– Prefeita… Xerife… Senhor Glass. – Jade os cumprimentou.

– Ahn.. Oi.. Com licença. – Falou Emma, ela havia avistado seus pais junto aos outros e pretendia se juntar a eles. – Quando quiser ir, estarei logo ali.

Regina assentiu com a cabeça e Sidney sorriu, então Emma os deixou e juntou-se aos seus pais, a loira não estava nada bem.

– Ahn… Eu achei que quisesse companhia. Se não se importar posso ficar com vocês. – Jade ofereceu.

– EU NÃO PRECISO DE COMPANHIA. – Falou a prefeita ríspida.

– Oh claro, desculpe-me. – A moça sorriu fraco e deu as costas para voltar ao seu lugar no meio das pessoas.

– Regina a moça só quer ajudar. – Sidney sussurrou.

– ESPERE! JADE… – Regina gritou.

A moça parou de andar e olhou para trás.

– Fique. – Regina falou sorrindo e por sua vez, Jade sorriu em retribuição.

   A prefeita caminhou devagar até alcançar a moça que estava a alguns passos a frente, depois caminharam juntas até o caixão de Graham, embora estivessem caladas, Jade olhava para Regina sempre que podia e mostrava para ela um sorriso consolador. Até que esse sorriso já não fizesse mais efeito, pois os olhos de Regina alcançaram o caixão sofisticado do Xerife. Logo Regina se destacou dos outros, ficando a frente deles com Sidney ao seu lado agora lhe abrigando da neve que caia devagar. A paisagem era triste mas linda ao mesmo tempo.

– Se hoje estamos seguros e vivos, é graças aos esforços de pessoas como o xerife Graham. Ele foi um dos únicos que conseguiu se manter no caminho de encontrar a segurança para a cidade, ele nunca desistiu, desde o primeiro dia. – A prefeita proferiu e baixou a cabeça.

  Regina baixou até o chão e apanhou de lá um punhado de neve, ela escolheu trocar a terra e em seu lugar, neve seria jogado no caixão por suas mãos. Leroy e outros policiais baixaram o caixão de Graham com o tradicional mecanismo e quando ele alcançou o chão de sua cova, Regina jogou a neve de suas mãos sobre ele.

– Graham confiou alguém entre nós para exercer o cargo dele, e agora nossas vidas estão nas mãos da nova xerife. – A medida que a prefeita falava seu semblante mudava, sua íris levemente avermelhada e seus lábios estonteantemente rígidos dava a impressão de que seu humor acabara de ficar difícil de compreender. A prefeita deixou que os outros se despedissem e foi caminhando de volta para seu carro.

– Às vezes parece que você quer me ver morta – Uma voz a fez Regina parar.

– Eu amava te odiar, mas hoje não sei se quero que morra, afinal minha cidade precisa de uma autoridade da lei. – Regina sorriu para Emma.

– Você ainda parece que me quer morta. – Brincou a xerife e começou a caminhar ao lado da prefeita. – Seu humor parece com o clima dessa cidade, é uma bagunça.

– Hora não me faça rir, você já devia estar acostumada. – A prefeita sorriu.

Ao chegarem no carro Regina sentiu falta de algo que não estava específico em seus pensamentos mas parecia incomodá-la. Emma entrou e Sidney abriu a porta para Regina entrar no banco do carona de trás mas ela não entrou e ficou a pensar de cabeça baixa.

– A moça está lhe olhando desde que se afastou sem falar uma só palavra para ela. – O senhor Glass falou. Ele parecia saber o que Regina sentia falta.

– Oh sim. – Regina virou-se olhando para Jade a alguns metros. Ela acenou para a moça e Jade logo foi ao seu encontro andando em meio fica camada de neve que cobria o chão.

– O que espera dela? – Sidney perguntou.

– Eu não sei, ela é diferente. – Regina falava observando a moça se aproximar e Emma os esperava dentro do carro com as suas mãos no volante.

– Entre. – Regina ordenou a Sidney e ele deu a volta no carro para entrar, e sentar ao lado de Emma.

Jade vinha com um sorriso lindo no rosto, ela tinha um rosto angelical e nada comum. Sua boa vontade de se aproximar de Regina ajudou-a a passar uma ótima impressão da garota.

– O que acha de sairmos dessa neve toda? – A prefeita perguntou assim que Jade se aproximou.

– E Henry? – Perguntou a moça com seus cabelos castanhos cheios de neve.

– Malévola está com ele. Ele está apreensivo em sair do quarto. – Explicou Regina e Jade assentiu com a cabeça.

– Por favor. – Regina lhe indicou a porta aberta para ela entrar, e assim fez Jade, ela entrou seguida de Regina. Quando os cintos foram afivelados, a xerife deu partida no carro pretendendo levar Regina para casa, pois como xerife sentia que dar apoio a prefeita também seria seu trabalho a partir de agora em diante. Para surpresa de Sidney e Emma que às vezes observava nada satisfeita com o que via, a viagem de Regina até sua casa foi repleta de gargalhadas com a moça, em uma conversa agradável.


Notas Finais


Me contem o que acharam, aceito criticas produtivas. Obrigada


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