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História Cinco vezes Choi - "Para ser um Choi, seja cabeça dura!", assim disse um Tuan. - História escrita por ShiroKohta - Spirit Fanfics e Histórias
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História Cinco vezes Choi - "Para ser um Choi, seja cabeça dura!", assim disse um Tuan.


Escrita por: ShiroKohta

Notas do Autor


Oito meses depois aqui estou eu. Pra quem esperou muito obrigada, pra quem sempre deixou um comentário de saudade no capítulo anterior, também meus sinceros agradecimentos.
Ainda não é o final, mas estamos chegando lá. Estamos a caminho do final feliz <3
Boa leitura!

Capítulo 12 - "Para ser um Choi, seja cabeça dura!", assim disse um Tuan.


Fanfic / Fanfiction Cinco vezes Choi - "Para ser um Choi, seja cabeça dura!", assim disse um Tuan.

A primeira coisa que registrou foi o barulho da chuva contra a janela, em seguida o friozinho gostoso. Havia ido dormir com o ar condicionado ligado, já que na noite anterior o calor estava beirando o insuportável. Mark se espreguiçou e quando virou para o outro lado à procura do calor do corpo que dormia consigo encontrou Jinyoung já acordado, sentiu um arrepio gostoso percorrer seu corpo quando dígitos quentes do seu namorado deslizaram por sua pele fria. Um bater de asas cintilantes, asas eriçadas lhe beijando a pele. Um sorriso preguiçoso despontou em seu rosto, então um grunhido de apreciação escapou por seus lábios quando a mão calorosa se acoplou contra sua nuca.

— Bom dia. — Falou rouco, a voz embebida de sono. 

— Bom dia, lindo. — Foi sussurrado contra sua bochecha. Semi abriu os olhos e encontrou Jinyoung acima de si, e mesmo com a visão nublada, mesmo não conseguindo enxergar direito, conseguiu ver o sorriso lindo do outro. Voltou a fechar os olhos por completo e ruminou contente ao sentir um beijo ser deixado em seu rosto, primeiro na testa, depois na pontinha do nariz, e então no cantinho da boca.

Mark voltou a dormir, embalado pelo calor contra suas costas, pelos braços fortes que o seguravam, o queixo apoiado no topo de sua cabeça, não soube quanto tempo passou desde que acordara a primeira vez, transitou levemente entre o sono e o acordar várias vezes, os barulhos de plano de fundo, como o rádio ligado baixinho nas notícias, a chuva contra a janela, o ar condicionado, todos servindo de asmr para seu sono.

Quando despertou uma segunda vez, foi para valer. Já não chovia forte como antes. Mark se espreguiçou, as cobertas se afastando de seu corpo ficando livre do casulo que havia se enrolado. Se virou de lado, à procura do corpo caloroso que havia o embalado de volta ao mundo de morfeu, esperando encontrar seu namorado ainda dormindo. O Park, pelo contrário, tinha óculos de grau com armação grossa e escura na pontinha do nariz, os olhos estavam passeando pela página do livro que tinha nas mãos. Uma luz fraquinha, vinha da cortina entreaberta, e o pouco que conseguiu vislumbrar do céu estava cinzento.

— Jinyoungie… — Sua voz rouca, um pouco falha pareceu alta demais no silêncio entre eles. O livro foi deixado de lado, repousando no colo alheio, Jinyoung tinha os olhos escuros - que logo viraram duas crescentes pelo sorriso lindo que se abriu em seu rosto - atentos em si. — Jinyoungie… Eu te— 


 

Mark acordou com um sobressalto. Seu coração batia acelerado e suas mãos tremiam e não era porque havia acordado no susto por causa do trovão. Sentia falta do Jinyoung, apesar de tudo, sentia muita falta do Park e se pudesse daria tudo para tê-lo ao seu lado novamente. Mas não podia, estava se obrigando a não querer. Afinal, estava decidido a não abrir mão de seus sonhos, abrir mão do seu querer por alguém que não se esforçava o mínimo por si. Pegou o celular debaixo do travesseiro e no brilho baixo de sua tela viu que ainda eram três da manhã, pelo menos era um sábado e não iria precisar sair para o trabalho em algumas horas, não iria aguentar lidar com seus pequenos monstrinhos que tanto amava sem ter tido uma noite completa de sono vide que não voltaria a dormir, não depois de um sonho tão vívido, não iria porque sabia que acabaria pensando no Park novamente. Seu dedo polegar pairou sobre a tela do celular, na luz baixa brilhava o contato do telefone dele, por breves segundos se imaginou ligando apenas para escutar a voz rouca embebida de sono, mas logo tomou consciência de suas ações e rolou a tela para baixo a procura do nome de Youngjae. Deixou uma mensagem curta para o amigo, avisando que apareceria em sua casa, e voltando a colocar o celular embaixo do travesseiro saiu da cama rumo à cozinha para preparar um café, afinal, seria uma longa madrugada se policiando para não fazer algo que se arrependeria.

 

[...]

 

As risadas de Yugyeom cortavam o ar viajando do lado de fora até o quarto de Jackson. Ele estava curioso, queria saber o que seus irmãos estavam fazendo, — até mesmo Wonwoo que ultimamente preferia ficar no canto lendo um livro, desde que Jaebeom havia parado de aparecer na casa deles, parecia estar se divertindo — mas não queria sair do quarto e ter que enfrentar o Youngjae. Não estava falando com o pai. Desde da briga que tiveram no hospital, desde que Youngjae pela primeira vez em seus doze anos havia gritado e quase lhe batido. As palavras ditas pelo mais velho tinham machucado Jackson, só haviam lhe provado de que era um excluído naquela família. Mas sentia tanta falta de poder passar um tempo com os irmãos fora de seu quarto, e sem seu celular que havia sido confiscado passava os dias trancado olhando para as paredes, já que todas as atividades da escola tinha colocado em dia, coisa que nunca fizera antes.

— Wonu não!!! — O grito de Bambam o fez levantar e correr até a porta, a curiosidade tomando conta de si por completo. Eles estavam no quintal, provavelmente jogando futebol e havia chovido mais cedo, então deveria ter bastante lama o que seus irmãos adoravam.

— Socorro Yugyeomie!! Salva o papai. — Foi a vez de Youngjae gritar e isso fez Jackson parar antes de abrir a porta.

O garoto voltou para a cama, parando antes para pegar um dos livros de Wonwoo na prateleira na parede que dividia com seu irmão mais novo e onde ficava também algumas de suas medalhas na esgrima. Pegou um exemplar de Artemis Fowl, o primeiro livro, e subiu em sua beliche. E com a leitura tentou se distrair da tristeza que sentia, da saudade dos irmãos, do Jaebeom hyung e principalmente de Youngjae.

 

[...]

 

Anos de convivência com Youngjae o ensinaram muita coisa. Por tabela, Mark amadureceu cedo, afinal, eram dois garotos oriundos de famílias desajustadas, tentando sobreviver no mundo. Conhecia o Youngjae tão bem que sabia o que ele estava fazendo, estava se fechando para o mundo lá fora e voltando a viver exclusivamente para as crianças. Parecia até que tinham quinze novamente e o Choi tinha passado duas semanas sumido, nem a porta da casa abria quando Mark ia lhe visitar depois da escola, ele sabia que o mais novo estava em casa porque escutava Wonwoo e Jackson, mas seus pedidos para ser atendido nunca foram respondidos até o dia em que invadiu a casa alheia para descobrir que Youngjae estava trabalhando de entregador em um mercado do bairro e tinha desistido de vez da escola, já que sua mãe já estava desaparecida a dois meses e não parecia que iria voltar tão cedo.

    Mark conseguia ver aquele Youngjae bem ali na sua frente, totalmente focado em suas crias dedicando tudo o que tinha e o que não tinha para aquelas crianças que aumentaram de número e esquecendo completamente de que também merecia viver. Mas não tinha pena, já tinha há muito tempo aprendido a deixar de sentir pena do melhor amigo. A tensão entre eles era palpável, passaram quase toda a estadia do Tuan ali em silêncio, cozinharam em silêncio e estavam pondo a mesa para o almoço no mesmo desconfortável silêncio. O que era estranho, porque a casa dos Choi nunca era silenciosa, o exemplo era a dois cômodos dali onde a gritaria corriqueira das crianças brincando entre si podia ser ouvida.

— Por quanto tempo você vai ficar me ignorando? — Perguntou por fim ao Choi, e querendo se livrar do silêncio e aproveitando que estavam sozinhos e Youngjae não tinha como usar uma de suas crianças como escudo para a conversa que queria ter.

— Por quanto tempo você vai ficar insistindo em falar sobre o que não quero?

— Vê se cresce, Choi Youngjae. Você é tão infantil às vezes, que me deixa pasmo.

— Vai se foder. — Youngjae rebateu jogando um pano de prato no mais velho.

— Viu, completamente infantil.

Youngjae levantou os hashis que tinha na mão para jogar em si, mas parou quando ambos viram o filho de oito anos do Choi entrar na cozinha. Wonwoo tinha o gesso completamente colorido apoiado em uma tipoia. Os arranhões em seu rosto não passavam de manchas vermelhas na sua pele bronzeada.

O garotinho se jogou no colo do pai, que tratou logo de desocupar as mãos e colocá-lo sentado em suas pernas.

— Eu sinto falta do papai. — ele murmurou contra o peito do mais velho e Mark sorriu achando fofo a carência alheia.

— Own, meu amor. Mas eu estou bem aqui.

— Não papai, não você. Liga pra ele, liga. Eu tô com saudades do papai.

Mark observou seu amigo ficar tenso. Ele mesmo tinha adquirido a pose defensiva, por breves segundos achou ter ouvido errado. Achou ter interpretado errado o pedido do pequeno Choi. Caralho, como o Youngjae estava fodido. Ficaram tão chocados que não perceberam o outro pequeno no recinto até ele também falar, se apoiando nas pernas do irmão mais velho.

— Eu quero falar com o papai! Liga pro papai hyungie, por favorzinho.

    Wonwoo insistiu mais uma vez. “papai hyungie” era tão fofo. Mark riria se não fosse tão trágico. 

— Ei Bamie, cadê o Yugyeom? — Mark perguntou para desviar a atenção do pequeno do irmão mais velho e dar tempo para Youngjae assimilar o que estava acontecendo.

— Com o Ssunie. — Ele puxou a criança pelo braço até tê-lo no colo. Bambam não se incomodou, satisfeito por ter a atenção de alguém 

— Vamos fazer assim. Vamos tomar banho certo, guardar os brinquedos para almoçar e depois a gente liga para o Jaebeom hyung. Ele está ocupado agora no trabalho, mas depois do almoço ele vai tá livre pra falar com vocês.

Mark ficou de pé com Bambam e tentou segurar Wonwoo pelo braço bom, mas o garoto se esquivou se escondendo atrás do pai.

— Eu não quero. Quero falar agora.

— Vem cá com o tio. Vamos Wonu, eu prometo que daqui a pouco a gente liga para seu hyung.

    

Quando Mark voltou para a cozinha, Youngjae continuava sentado na mesma posição. Como seu amigo não parecia reagir ele mesmo tomou as rédeas da situação e começou a colocar a mesa para o almoço, antes que as crianças voltassem exigindo comida.

— Foi impressão minha ou eles chamaram o Jaebeom de papai? — Perguntou cauteloso, quando Youngjae finalmente se mexeu para ajudá-lo. — Desde de quando Jaebeom virou papai?

— Eu não sei. O Wonwoo que começou, ele disse que o Jaebeom havia deixado e agora todos eles o chamam assim por mais que eu diga que não e que inferno, Mark!. — O mais novo suspirou soltando os talheres de qualquer jeito na mesa. — Não sei o que fazer!

— Porque você terminou com ele mesmo?

Youngjae deu de ombros e Mark se conteve para não jogar os pratos que tinha na mão nele.

— Sei lá. Pareceu uma ótima ideia na hora.

— Uma ideia bem estúpida. — Rebateu observando o amigo voltar a se sentar. A expressão em seu rosto era desolada, Mark poderia apostar que ele começaria a chorar se o pressionasse mais um pouco, chegava a ser digno de pena, mas há muito tempo havia aprendido a não sentir pena de Youngjae e muito menos a amaciar a realidade para ele. Se tivessem verdades a serem ditas iria dizer, não importando se iria doer, o mundo lá fora não era condescendente e muito menos seria ele. Era por isso que eram melhores amigos.

— Choi Youngjae é um imbecil. Você vai ficar fazendo isso sempre? Toda vez que aparecer um mínimo problema em sua vida você vai desistir de tudo que é bom? — Ele viu umas lágrimas descerem pelas bochechas do mais novo e logo serem enxugadas com a mão, para logo em seguida outras rolarem. — Porque Youngjae, não havia motivos para você terminar com o coitado do Jaebeom, quando até agora o que ele fez foi te apoiar incondicionalmente. Caramba, esse era o momento para você se abrir, nem todo mundo é como eu, paciente e insistente. 

— Eu sei que foi uma atitude estúpida.

— É mesmo? Não me diga. Você talvez esteja perdendo o amor da sua vida e por causa de que?

— Eu tenho medo, Mark.

— Medo? Do que, Jae?

— De tudo. Eu nunca me senti assim antes, sempre sonhei com isso, mas sentir é totalmente diferente. Essas duas semanas que ele passou fora, foram horríveis, não só pelo que aconteceu, mas porque eu morri de saudade, dá pra acreditar? Eu me apeguei tanto aquele filho de uma puta, que quando ele entrou por aquela maldita porta parecia que uma tonelada havia sido tirada dos meus ombros, como se ele fosse a solução dos meus problemas, eu só queria ficar nos braços dele, ser beijado, cuidado. Eu queria escutar ele dizer com aquela voz rouca que me ama e perceber tudo isso foi um choque. Eu não posso ficar tão dependente de uma pessoa assim, Mark. E se não der certo? Eu prefiro sofrer agora, por minhas próprias ações do que depois por causa dele.

— Você está ciente de que está sendo idiota, certo? Você não tem bola de cristal Youngjae para saber como vai ser o futuro. Você não pode ter certeza se vai dar certo, ou não, mas a vida é assim, Jae. A vida é feita de acertos e erros. Não se priva da felicidade, Youngjae. Você sabe que estou certo.

— Talvez você esteja, mas não irei atrás dele.

— Estúpido e orgulhoso. Se você não vai atrás daquele homem, se você está decidido a abrir mão dele de vez, então para de chorar, e diz para as crianças que você é o único pai delas e que o Jaebeom não existe mais em suas vidas.

— Eu me recuso a chorar por aquele imbecil. — Mark iria debochar dizendo que já era um pouco tarde para aquilo, mas mordeu a língua quando percebeu que as mãos do amigo tremiam.

— Jae… — Colocou ambas as mãos nas bochechas do Choi, com os polegares afastando algumas lágrimas. — Youngjae...

— Não. — O mais novo se afastou de seu toque não lhe deixando falar.

Mark suspirou cansado e deu as costas ao Choi para voltar ao quarto e verificar as crianças, porém parou antes de atravessar o portal.

— Você precisa dar um jeito no Jackson também.

O pré adolescente estava trancado no quarto, nem mesmo ele que se dava tão bem com o garoto havia conseguido tirá-lo da redoma que havia montado ao redor de si.

— Ele me odeia.

— Você disse coisas duras demais, mas ele não te odeia.

— Ele simplesmente não fala comigo. Tudo são os pequenos que intermediam.

— Eu não posso ajudar muito. Ele também não tá falando comigo como antes.

— Eu sei. Vou recorrer ao Jinyoung, eles sempre se deram bem demais.

— Infelizmente nisso tenho que concordar.
 

[...]

 

Jaebeom preparava uma reunião com seus assistentes quando seu telefone pessoal vibrou em seu bolso. Por breves segundos desejou que fosse o nome de Youngjae brilhando na tela de amoled, mas acabou sendo um número desconhecido. Geralmente não atenderia, mas quem quer fosse era insistente. Pediu uma pausa e liberando os funcionários por vinte minutos e atendeu a ligação.

— Alô?

— Jaebeom? — A voz do outro lado da linha lhe era um pouco familiar, mas não conseguiu colocar um rosto nela. Afinal, não era muito bom nisso mesmo.

— Sim.

— É o Mark falando. Quero saber se você pode falar um pouco com as crianças, elas sentem sua falta.

Um fervor se instaurou em seu plexo solar. Não se importou em esconder o sorriso de felicidade que se abriu em seu rosto, ignorou os olhares curiosos de suas secretárias, afinal, era difícil vê-lo esboçar qualquer emoção na empresa que não fosse insatisfação com todo mundo.

— E o Youngjae?

— Quer saber se ele sente a sua falta também?

Revirou os olhos.

— Quero saber se ele deixa as crianças falarem comigo.

— O que o imbecil do Youngjae acha não importa. — Escutou alguém resmungar no fundo e então uma porta bater. — Vou passar pra eles tá bem, só não consegui fazer o Jackson sair do quarto.

— Ele ainda está sem celular?

— Por enquanto sim. Eu vou solicitar uma chamada de vídeo, pode ser?

— Claro.

— Ei monstrinhos. Vocês querem falar com o Jaebeom hyung?

Escutou a voz do Mark perguntar distante, afastou o celular do ouvido para encarar a tela. Quando aceitou a chamada de vídeo, foi pego de surpresa. Poderia dizer que era um homem bastante preparado para as mais diversas situações, mas para aquilo? De forma alguma.

— Papai!! — Jaebeom sentiu todo o ar dos pulmões escaparem. Por segundos achou que Youngjae estivesse junto com as crianças ao ver a silhueta de um adulto, mas logo reconheceu Mark. Wonwoo continuou falando, tomando o aparelho de telefone da mão do tio e o colocando bem próximo ao rosto. — Papai quando cê vem aqui.

Papai… caramba, desde quando ele se tornado papai?

— Ei Wonu. — Jaebeom tentou não ligar para como estava sendo chamado, o corriqueiro hyungie havia sido substituido por papai e seu coração parecia que iria sair pela boca de tão eufórico que batia.

Viu Bambam aparecer na tela e logo em seguida Yugyeom, com a chupeta na boca, os três se espremendo para apareceren na câmera e poderem lhe ver direito. Só deus sabia o quanto sentia falta daquelas crianças tanto quanto sentia falta do Youngjae.

— Papai!!! Vem aqui, vem pra casa. — Foi a vez de Bambam se apossar do celular e não demorou para os irmãos começarem a brigar.

— Ei! Ei! — Ditou firme, atraindo mais ainda a atenção de alguns funcionários que haviam ficado na sala de reunião consigo. Como se eles não estivessem atentos a sua conversa. Não se importava se todos soubessem do seu relacionamento, nunca quis esconder nada, tudo havia sido opção do Youngjae, afinal.

— Choi Wonwoo, Choi Bambam! Se vocês não pararem o papai não vai a lugar algum.  — Os meninos pararam. A palavra papai sendo usada para se dirigir a si mesmo tinha um peso estranho em sua lingua, mas não era de longe desconfortável, na realidade havia gostado bastante. — O papai ta viajando é por isso que não voltei pra casa ainda, mas eu prometo que volto já já. Vocês podem me esperar?

— Dãnnn!! Claro né papai! A gente espera!

Wonwoo falou revirando os olhinhos pequenos, a cara do Youngjae e Jaebeom não conteve a gargalhada, assim como Mark que riu do outro lado da linha.

— To com saudades, papai. — Bambam murmurou ao lado do irmão e então puxou Yugyeom pelas bochechas gordinhas para aparecer na câmera. — Yugyeomie também.

— Eu também!!! E o Sseunie hyung!!! E o papai também!!

— Eu também estou morrendo de saudades de vocês. Ei… Wonu, Bambam e Yugyeom, amo vocês.

E Jaebeom recebeu uma chuva de ‘eu te amos’ e muitos beijos estalados contra a tela do celular. Seu sorriso só morreu quando a tela ficou escura indicando que Mark havia desligado a câmera e a voz do loiro foi substituída pelas das crianças. Voltou a levar o aparelho a orelha.

— Ei Jaebeom, eu vou te ajudar tá beleza? Só me dá um tempo.

— Obrigado, Mark.

Quando desligou o aparelho celular, sentiu como se uma tonelada tivesse sido jogada em suas costas. Não tinha idea do que poderia fazer, não sabia nem por onde começar a rastejar para ter Youngjae de volta, sua única certeza, esperança, confiança, o que fosse, era de que iria conseguir. Amava demais aquele idiota para deixá-lo ir. Amava demais aquela família.

Pigarreou, se levantando de sua cadeira na ponta da mesa e abotoou o paletó. Seus olhos escuros voltaram ao brilho analítico e profissional que sempre tinha dentro daquela empresa.

— O que vocês estão esperando? De volta ao trabalho.

 


Notas Finais


Até a próxima att e irei me esforçar para não demorar tanto!!
Um beijo no coração de todes <3


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