Capítulo 09 - Welcome: Deep scars.
Sequei meu rosto e me aproximei do loiro, suavemente colei meus lábios sobre os seus e deslizei minha língua para dentro de sua boca. O beijou foi se transformando em algo mais quente até que resolvi quebra-lo.
— Você me desculpa? — sussurrei. —Eu juro que não faço por mal.
—Você sempre diz a mesma coisa. — travou seu maxilar.
—Eu sei, mas eu realmente não faço. — brinquei com meus dedos.
— Eu deveria te dar uma surra por ter me desobedecido. — falou.— Mas eu vou aliviar para o seu lado hoje. Tome um banho e vista uma roupa decente.
— A gente vai sair? — sorri com expectativas de irmos fazer um programa de casal.
—Não. — revirou os olhos. Abaixei o olhar envergonhada por pensar que finalmente iríamos sair pela primeira vez. — Os meninos decidiram fazer uma comemoração de boas vindas para os meus pais, mas nada social. Se arrume logo, não tenho a noite toda.
Praticamente corri até o quarto, peguei uma calça jeans clara, uma blusa preta de alça e outra também preta rendada com flores mas seu modelo era transparente. Peguei um conjunto de lingerie e alguns cremes de corpo, deixei tudo em cima dá cama e fui para o banheiro.
Foi um banho extremamente rápido, talvez até o mais rápido que já tomei em toda minha vida.
Enrolei uma toalha na cabeça e sequei-me com a outra. Após ter certeza que não havia vestígio de água em meu corpo, enrolei-me e segui até meu quarto.
Vesti minha calcinha e sentei-me sobre a cama, peguei um dos cremes e comecei a passar em minhas pernas com movimentos circulares. Após terminar peguei um outro creme, esse tinha a coloração roxa com brilho, comecei a passa-lo sobre a barriga, seios e braços, assim que terminei vesti meu sutiã e comecei a colocar minha roupa.
—Que susto. — murmurei ao vê-lo. — Está aí há muito tempo?
—Tempo suficiente para vê-la colocar a calcinha. — senti meu rosto começar a esquentar. —Aonde está seu telefone? — franzi o cenho. A
—Na sala, por que?
—Nada que seja dá sua conta. — saiu. Bufei.
Sua bipolaridade era assustadora.
Fui até a penteadeira e comecei a arrumar meu cabelo, apenas sequei-o com o secador fazendo o mesmo ficar com mínimas ondulações.
Olhei para o estojo de maquiagem com uma certa tentação, um rímel, sombra fraquinha e batom não seriam nada de mais. Eu espero.
Passei uma sombra dourada porem sem brilho, era quase imperceptível, passei a máscara em meus cílios os deixando mais longos e por fim um batom na cor vinho. Borrifei um pouco de perfume em mim, sorri ao observar o resultado.
Rumei até a sala, Justin estava todo esparramado sobre o sofá e mexia em meu celular.
—Vamos? — perguntei.
—Até enfim. — peguei minha bolsa e parei perto dá porta. — O que é isso?
— O que? — analisei minha roupa e sapatilha.
— Você só pode estar brincando. — riu sem humor algum. — Por que a maquiagem?
— Eu.. s-só queria ficar bonita.. para você. — sussurrei. —Só hoje, por favor.
Implorei e fui ignorada.
—Ah, sim. — sua voz pingava deboche. — Você está me tirando para louco?! Vou contar até três e se você não tirar essa porcaria dá sua cara, a coisa vai ficar séria! — gritou e logo depois me empurrou no chão.
Levantei-me rapidamente, retornei ao quarto. Meus soluços eram altos, meu braço doía por conta dá queda, mas nada comparado ao meu coração.
Peguei o vidro de removedor de maquiagem e comecei a passar lentamente sobre meu rosto, tirei o batom, a sombra e tentei remover a máscara de cílios porém não saiu tudo.
Justin praticamente me arrastou até seu carro. Coloquei o cinto enquanto ele dava partida.
—Quem é Adrian? — vi de relance que o loiro apertava fortemente o volante.
—Meu irmão. — murmurei.
Depois disso o carro ficou em total silêncio até que começou a soar o toque de meu telefone.
—Mamãe?
—Não, sou eu, Adrian... e a Jéssica. -escutei a voz de minha irmã ao fundo. Ri.
—Como vocês estão? Sinto falta de vocês.
Notei que nesse momento obtive atenção de Justin. O loiro sussurrou para que eu colocasse no viva-voz, assim fiz, ele estava chateado comigo, não queria dar mais um motivo.
—Estamos bem, e você?
—Também. E a Bay?
—Está melhor, embora esteja mais cansada do que antes. Os médicos falaram que está fazendo efeito, se continuar assim logo menos ela terá alta.
Não consegui conter o sorriso largo.
—Ela deve estar tão grande.
—Está, mas continua sendo uma tampinha. – Adrian comentou. -Agora que aprendeu a fazer cálculos de divisão, não para mais de falar sobre Isso, parece que ligaram ela na tomada “duzentos e vinte”. – gargalhei com sua fala.
—Ela mandou um vídeo esses dias. -comentei. – E os remédios?
—Temos até metade do mês. Não se preocupe.
—Jéssica, já falamos sobre isso. – escutei os olhos.
— Não é justo com você.
Após longos minutos de conversa despedi-me deles. Essa ligação apenas lembrou-Me de quanta falta eles fazem.
Bieber parecia estar mais calmo.
Sua mão pousou em minha coxa e começou a subir e descer, cada vez chegando mais perto dá minha intimidade coberta pela calcinha e calça.
—Se você não estivesse de calça, eu te foderia aqui mesmo. — mordeu os lábios.
—Você é tão impróprio. —revirei os olhos.
Escorei minha cabeça na janela do carro e fechei os olhos, o sono estava chegando.
Comecei a escutar alguns ruídos, meu sono não me permitiu identificar até que começou a ficar mais alto. Eram gemidos.
Bieber estava mesmo se masturbando?
Involuntariamente comecei a me sentir quente, muito quente. Olhei para o Bieber, que dirigia apenas com uma mão, e ele deu um sorriso de lado. Seu membro estava totalmente ereto e inchado, passei a língua sobre os lábios.
Naquele momento eu estava tão fora de mim que logo levei minha mão até meus seios por baixo dá blusa rendada e puxei a outra blusa um pouco para baixo junto do sutiã. Comecei a aperta-los lentamente. Soltei um pequeno gemi.
Abri o zíper dá calça e ergui meu corpo para abaixa-la, tirei o cinto para poder me movimentar mais. Escorei-me na porta do carro e apoiei uma das pernas sobre o painel, estava totalmente exposta para Bieber que fitava minha vagina.
—Acho melhor olhar para a estrada ou vamos sofrer um acidente. — esfreguei meus dedos em minha intimidade.
Comecei a gemer alto quando enfiei dois dedos de uma vez. Senti o carro parar, abri os olhos novamente e percebi que Justin havia entrado em uma estrada de terra.
— Já disse que mulher minha não se toca. — soltei um grito ao sentir meu corpo ser puxado bruscamente.
Justin me fez sentar em seu colo, tentei sair porém fui impedida.
Como a velocidade dá luz, fui atingida por um soco no estômago. Fiquei completamente sem ar, a dor era tanta que eu curvei-me sobre o seu corpo.
Empurrou-me para o lado e logo depois para trás, me fazendo ir para os bancos de trás, ele rapidamente me deitou sobre o banco e foi para cima de mim.
—Estupida. — me deu um tapa no rosto. — Você vai ter um bom castigo.
—N-não. — choraminguei estapeando seu peito. —É normal isso acontecer, não faz isso!
—Calada. — ordenou. — Enquanto desobedecer vai sofrer cada vez mais. — levantou minha blusa em um ato brusco.
Tentei empurra-lo mas falhei, irritado com minhas tentativas de fugi, ele pegou sua gravata e as amarrou.
Seus lábios pousaram sobre meu seio direito, sua língua fazia movimentos rápidos, seus dentes fecharam em volta de meu mamilo e o mordeu fortemente enquanto o puxava.
—Ahhh! — gritei.— P-Para!
— Você é tão gostosinha. — apertou minha bunda. — Agora você vai virar e se apoiar na porta. — Neguei.
Eu não podia crer que aquilo estava acontecendo, não de novo!
—Nós podemos fazer do jeito mais difícil. — sussurrou em meu ouvido. — Ou podemos fazer do jeito mais fácil, irá ser mais rápido e não tão doloroso.
Eu sabia que ele cometeria tal ato de jeito ou de outro. Meu rosto estava inundando pelas lágrimas quentes.
Ainda com as mãos amarradas, virei-me e coloquei meu braço sobre o encosto do banco e na porta.
— Assim. — puxou meu quadril e fazendo-me ficar com a bunda empinada.
Senti seu membro invadir-me bruscamente, de minha garganta saiu um grito tão alto que o senti arranhar minhas cordas vocais.
Eu o amo mais que tudo. Mas ali. Naquele momento. Eu o odiava tanto. Seus gemidos de prazer me causavam enjoo. Eu estava quebrada por dentro.
Eu sentia meu corpo ir para frente e para trás bruscamente, uma de suas mãos segurava meu quadril e a outra meu cabelo causando-me dor. A sensação era de estar sendo rasgada ao meio.
— você é tão apertada. — arfou. —Está gostando, Clary? — não respondi. Meus soluços eram desesperados. —Huum?. — Neguei. — Aprendeu a lição? — apertou fortemente meu seio.
—S-Sim. — minha voz vacilou.
Ele deu mais algumas estocadas e saiu de dentro de mim, dei graças a Deus por ele não ter chegado a gozar.
Continue parada no mesmo lugar tentando entender tudo que aconteceu segundos atrás.
—Se limpa. — jogou um pano.
Peguei o mesmo e me virei. Encarei minha intimidade repleta de sangue, solucei mais ainda. Encostei de leve e arfei ao sentir minha vagina latejar. Limpei também minhas pernas.
Lentamente subi a calcinha e a calça. Olhei para o Justin que continha um sorrisinho no rosto. Desviei o olhar e fiz menção de ir para o meu lugar mas senti um soco em minha cabeça fazendo-me ficar tonta por breves segundos.
Soltei um grito ao senti-lo me estapear por toda parte. Suas mãos grandes e ásperas fecharam-se e começaram a distribuir socos pelo meu corpo, nenhum deles foi desferido em meu rosto, a não ser um único tapa ao qual foi desferido em minha bochecha quando virei meu rosto.
— Chega... P-or favor. — pedi berrando.
Fui golpeada por mais dois socos nos braços e um tapa na cabeça.
—Agora sim. — riu. — Espero que não me desobedeça nunca mais.
Me empurrou para a frente e logo tomou o lugar de motorista.
Eu estava acabada, literalmente.
Encostei minha cabeça na janela e abracei meus joelhos. Meu choro estava baixinho, não queria irrita-lo.
Só notei que chegamos assim que o carro parou.
— Melhora essa cara. — revirou os olhos. O olhei incrédula.
Passei a mão sobre o rosto tentando deixar menos visível que eu havia chorado.
Suspirei tirando o cinto. Assim que fechei a porta do carro senti meu braço ser puxado fortemente, Justin não se importou se quase derrubou-me ou não. Algumas vezes acabava tropeçando em meus próprios pés.
—Lembre-se das regras. — Assenti. Fomos até a área externa.
Havia uma churrasqueira aonde estavam os meninos enquanto assavam a carne, do outro lado e um pouco distante, havia uma mesa cheia de aperitivos.
Havia mais gente além dos meninos. Fiquei abismado ao ver muitas meninas novas e com roupas minúsculas.
—Achei que era comemoração de boas-vindas aos seus pais.
— E é. — deu de ombros.
A cada passo meu, minha intimidade parecia arder cada vez mais.
Fomos até um casal, eles estavam conversando com Chris mas quando nos viram, logo vieram em nossa direção.
— Filho. — disse a mulher baixinha. Seus olhos eram tão azuis quanto o mar.
—Estávamos com saudade. — murmurou o homem. — Poderia ter ido nos visitar.
— Eu não tenho muito tempo livre. — deu de ombros. — Como foi a viagem?
—Foi ótima, aproveitamos muito. — Jeremy disse com malícia.
— Oi. — murmurei baixinho por conta dá timidez.
—Olá. — falou simpático mas parecia não ter ido muito com a minha cara. Encolhi meus ombros e abaixei um pouco a cabeça.
—Oi, querida. — falou Pattie simpática.
— Quem é ela? — o homem perguntou.
—Apenas minha secretária. — deu de ombros. —Clarissa.
—Prazer em conhece-los. – apertei a mão de ambos.
Senti meus olhos arderem, eles não foram com minha cara e agora vão me olhar torto. Funguei baixinho.
—Bom, nós vamos sentar. — saiu puxando-me.
Havia algumas espreguiçadeiras perto dá piscina.
—Você é retardada? — neguei. — Se der esse showzinho de novo você vai apanhar. — empurrou-me e eu cai sentada.
Fiquei brincando com meus dedos enquanto escutava Justin conversar com seus amigos, estava me sentindo tão vazia.
Olhei em volta e percebi que na verdade Suzana também estava ali.
Senti meu corpo queimar de ciúmes. Ele havia convidado ela.
—Justin. — chamei baixinho. —Vamos comigo até o banheiro? — senti um incomodo no meio das pernas.
—Não, vá sozinha. — foi grosso, alguns de seus amigos acabaram rindo, mas aqueles não eram conhecidos.
—Acho que minha calça está suja de sangue. — sussurrei próximo ao seu ouvido.
Ele bufou e se levantou, colocou-me em sua frente e próximo a ele. Talvez para que ninguém visse.
Subimos uma enorme escada que levou até um corredor cheio de portas. Durante o caminho passamos pelos pais de Drew, o que não foi legal pois senti o olhar de repreensão deles, especialmente do Senhor Bieber. Drew abriu a última do corredor, era seu quarto. Seu perfume estava espalhado por todo o quarto me fazendo sorrir.
Fui para o banheiro e abaixei a calça, a mesma estava um pouco suja de sangue.
—Merda.— murmurei.
—Coloca. — jogou um absorvente.— Sua sorte que minha mãe tem alguns guardado.
Escorou-se no batente dá porta.
Peguei um pedaço de papel higiênico e passei em minha intimidade, fiz uma careta de dor.
Depois de ter colocado o absorvente lavei as mãos e segui para fora do quarto.
—Veste.— me entregou um moletom seu.
Vesti o mesmo e saímos dali. Descemos as escadas.
—Justin. — a morena sorriu largo.
—Suzana. — deu um sorriso.
Ele nunca sorriu assim para mim.
—Estava te procurando. — entortou os lábios.
—Já achou. — passou a língua sobre os lábios.
Instintivamente apertei minha mão em seu braço, estava extremamente desconfortável com aquilo.
Eu queria poder correr para longe dali e encolher-me num canto para colocar tudo que eu estava sentindo.
—Vou ir lá com os meninos. — murmurou. — Até depois. — puxou-me. — O que foi aquilo?
— E-eu não gostei dá aproximação de vocês.
—Você não tem que gostar ou não. — foi frio. — Você é a única que não pode ficar com ninguém, eu sou livre. — cuspiu as palavras.
—Não é justo.
—Não disse que seria.— deu de ombros.
Sequei rapidamente algumas lágrimas que ousaram descer.
—Quer? — levantei a cabeça.
Ryan estava me oferecendo um potinho com um pouco de salgadinho. Sorri.
—Sim. —entregou-me o pote. —Obrigado. — falei de boca cheia.
Eles eram deliciosos, devorei-os em segundos. Depois de alguns minutos Ryan trouxe mais alguns.
Passou-se mais algum tempo até que Suzana voltou para nossa volta.
—Gatinho. — sentou em seu colo e selou seus lábios.
Encarei os dois incrédulos, abaixei a cabeça. Eu sabia que se falasse algo iria ser ruim.
—Gostosa. — deu um tapa em sua coxa.
— Clarissa, tudo bem? — Chris chamou minha atenção.
— Tudo. — fitei o mesmo, meus olhos encheram-se d’água mas mesmo assim sorri tentando mostrar que estava.
—Gatinho, eu quero comer alguma coisa.
—Pode deixar. — sussurrou. —Clary, vá buscar algo para a Suzana comer.
—Não. — soltei sem nem perceber. —Deus a fez com duas pernas.
—Se você não ir, eu te bato aqui e agora, no meio de todos. —sussurrou. —Você quer isso? Quer passar por idiota? — Neguei.
Levantei-me apressada e rumei até a enorme mesa, pequei um prato e comecei a colocar alguns dos aperitivos pois a comida não estava pronta. Minha visão estava um pouco embaçada por conta das lágrimas.
—Acho melhor desistir. — escutei uma voz.
—O que? — virei-me e encontrei Pattie.
—Você sabe que os dois nunca terão um futuro junto, não me surpreenderia se ele te sustentasse. — debochou. — Você é apenas a secretária. Aquela que ele recorre quando quer transar.
—Senhora..
—Não tente negar. — cortou-me. — Esta vendo eles. — apontou para o lado.
Segui seu dedo e vi Bieber e Suzana conversando animadamente.
—Eles sim teriam um futuro.
— Ela também é secretaria, é a do Ryan. — murmurei e levantei o rosto pela primeira vez. — E a única diferença entre nós duas é que eu não aceito nada de valor do seu filho, já ela provavelmente iria aceitar e pedir, se é que já não o fez. — não segurei as lágrimas por muito tempo. — Eu quero sim algo dele. —Sorri. — Mas não é o dinheiro. — levei minha mão até o peito.
Seus olhos pareciam analisar bem meu rosto, logo abaixei a cabeça por saber que Justin havia deixado a marca de seus dedos em meu rosto.
—Você faria o favor de entregar para ele? — lhe entreguei o prato e saí correndo.
Alguns soluços já escapavam por entre meus lábios. Corri até a frente dá casa. Observei em volta e avistei alguns balanços e um escorregador. Andei até eles e sentei-me no balanço.
Naquele momento a única coisa que eu fiz foi botar tudo pra fora, eu chorei como um bebezinho mas não me importei. Eu precisava.
Peguei meu celular e disquei para o número de casa.
—Alô. —falou uma voz fina.
—Bayle? — sorri.
—Princesa Clary. — disse animada. Eu poderia jurar que ela estava pulando.
—Tudo bem, cinderela?
—Sim e você? — perguntou.
—Também estou. — funguei.
— O que aconteceu? — seu tom estava preocupado, ela era tão esperta. — Você está chorando?
—São apenas coisas do coração, logo passa.
—Promete?
—De mindinho. —Sorri secando meu rosto. —Como todos estão?
—Bem. — tossiu.— Apenas o vovô que está doentinho, o mesmo de sempre.
—Estou com saudade de você. —murmurei.
—Eu também. — parecia triste. — Princesa, quando você vem aqui?
—Logo menos, Cinderela Bayle. — meu peito apertou. —Estou guardando dinheiro, em poucos meses já posso ir.
—Serio? — soltou um gritinho.
—Sim!— exclamei.— E você, como anda as coisas?
—Estou cansada, eles diminuíram as sessões mas a cada vez saio mais cansada. — murmurou.
—Você vai ficar bem, eu prometo. Eu te amo tanto.
—Eu também te amo, você é como uma segunda mamãe.
—Você é tão preciosa. — suspirei. —Mande um beijo para todos, preciso desligar.
—Pode deixar, beijo. E eu te amo! Gritou no final e desligou.
Não sei ao certo quantas horas se passaram, algumas pessoas estavam indo embora, a música já não estava tão alta. Continuei embalando-me no balanço, o vento frio batia contra meu rosto fazendo meus cabelos “voarem”.
—Aonde estava? — perguntou-me. Ele estava com bastante raiva.
—Aqui. — murmurei ainda me embalando.
—Quem te mandou sair de lá?
—Ninguém, mas eu também não sou obrigada a ver você com outras.
—Você é patética. — debochou.
Fingi não me atingir com aquilo.
—Vamos dormir. — puxou-me. — Meu pai quer ir para a casa do lago amanhã, e minha mãe pediu-me para te levar. — revirou os olhos.
Estava completamente surpresa, há algumas horas ela estava me alfinetando e agora quer que eu vá junto.
Confesso que senti meu peito pular de felicidade imaginando passar a tarde com ele, seria como nosso primeiro passeio.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.