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História Coleção de One shot (MINSUNG) - Olhos - História escrita por Linahj_00 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Coleção de One shot (MINSUNG) - Olhos


Escrita por: Linahj_00

Capítulo 29 - Olhos


Não importa o quanto neguem, seus olhos não mentem



Eyes don't lie


(Não revisada) 


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Minho anda sozinho pelos corredores da  Universidade. Ele acaba que não dá muita atenção aos olhares ao seu redor, mantendo sempre a postura despreocupada, com as mãos nos bolsos da jaqueta de couro pesada escorregando pelos ombros como uma segunda pele.


Quando vira o corredor, avista Han Jisung, encostado na parede, mexendo distraidamente no celular. 


Algo nele  sempre chama a atenção de Minho, mas ele nunca sabe ao certo o que é. Talvez seja a maneira como ele sorri de lado ou o jeito como evita o olhar de todos... exceto o dele.


Assim que os seus olhos caem sobre ele, Jisung levanta a cabeça por reflexo, seus olhares se encontram por uma fração de segundo. 


É o suficiente para que veja o rubor suave colorindo o rosto dele, que desvia o olhar apressado, como se estivesse fazendo algo que não deveria. Esse simples gesto faz o estômago do Lee  dar um nó inesperado.


Ele continua andando, tentando não pensar muito sobre isso, mas sente o peso do olhar de Jisung em suas costas. 


Toda vez que  vira a cabeça, lá está Jisung, observando-o de longe. E então, no instante em que Minho o flagra, ele  desvia o olhar com uma rapidez que beira o desespero.


O Lee sorri nasal e vira para outro corredor. — Seus olhos não mentem.


____________________________________


— Você vai na festa hoje? — questiona o amigo.


Jisung parece pensativo antes de responder, mordendo levemente o lábio.— Não sei, Hyunjin-ah... talvez — responde com um leve bico, voltando a tomar seu café no copo ecológico que sempre carrega consigo.


Hyunjin o observa por um momento, arqueando uma sobrancelha.— Você sempre diz "talvez", mas acaba indo de qualquer jeito — provoca com um sorriso de canto.


Jisung dá de ombros, sem desviar o olhar do café.

— Só gosto de manter as opções abertas.


— O Minho talvez vá... — comenta casualmente, observando o amigo  de relance.


O mesmo quase derruba o copo ao ouvir o nome, e suas bochechas coram instantaneamente. Ele disfarça, mexendo no café e desviando o olhar.


— E daí? — responde, tentando soar despreocupado. — Não faz diferença pra mim. Eu... não gosto dele.


Hyunjin solta uma risadinha, cruzando os braços enquanto o encara com um olhar divertido.

— Ah, claro que não gosta. Quem você tá tentando enganar? — provoca.


Ele ergue a cabeça rapidamente com os olhos semicerrados, claramente incomodado pela insinuação.— Eu tô falando sério, Hyunjin! Eu não gosto dele — insiste, tentando soar mais firme.


— Seus olhos dizem o contrário, Ji — responde com um sorriso esperto. — E você sabe que eles não mentem.


Jisung suspira, mordendo o lábio, incapaz de esconder a frustração que vem à tona.

— Cala a boca... — murmura, sabendo que o amigo não está errado.


— Fala a verdade pra você mesmo.- diz simples. 


— E por que eu iria gostar dele, hein? — continua, irritado. — Ele nem é tudo isso e  é arrogante, sempre se acha o centro do universo, com aquele sorriso irritante e a pose de "sou melhor que todo mundo". Sem falar nas roupas dele! Quem usa jaqueta de couro o tempo todo? Ele deve achar que é algum tipo de bad boy de fanfic, mas só parece um idiota que não sabe se vestir. E ainda por cima, ele fala grosso  com as pessoas, só fica naquele jeito misterioso... Ridículo! Aposto que ele nem tem amigos de verdade, só gente que finge gostar dele porque ele é bonitinho. Sério, não sei como alguém pode aturar um cara assim. E você acha que eu gosto dele? Nunca. Lembra como ele me tratou com indiferença? Comprimentou  todo mundo, fingiu que não me viu, sempre daquele jeito, desde o jardim de infância, nossas mães sempre foram amigas e ele nunca quis brincar comigo, sempre birrento, que ódio.- respira antes de continuar.— Ele é um completo babaca.


Enquanto falava, a expressão de Hyunjin foi mudando de leve diversão para pura surpresa, e eventualmente, algo mais próximo do medo. Ele tentava segurar uma risada nervosa, mas seus olhos estão arregalados, como se soubesse de algo que Jisung ainda não tinha percebido.


Esse , que está completamente envolvido em seu discurso , finalmente nota o olhar estranho do amigo  e franze a testa, confuso.


— O que foi? Por que você tá me olhando assim? — pergunta, irritado, olhando ao redor como se estivesse tentando entender o que o amigo viu.


Antes que Hyunjin possa responder, uma voz rouca soa diretamente atrás dele, fazendo-o congelar.


— Quem é que é tudo isso aí que você acabou de falar? — Minho pergunta.


Jisung suspira. — Você ouviu tudo, né? — pergunta, sem conseguir disfarçar o cansaço na voz.


O Lee  arqueia uma sobrancelha, puxando uma cadeira ao lado de Hyunjin, eles estão em um café perto da universidade.


— Difícil não ouvir quando você tava praticamente gritando minhas qualidades por aí.- junta as mãos em cima da mesa e fita o menor que nem consegue o olhar nos olhos. 


Hyunjin, percebendo a situação delicada, dá um passo para trás com a cadeira , levantando as mãos em um gesto de desculpa.— Ééé... acho que vou dar o fora. Tenho... coisas pra fazer. — Ele sorri, sem jeito, já se afastando. — Boa sorte, Ji. Vejo vocês na festa... ou não. — E, antes que Jisung pudesse protestar, Hyunjin já estava quase correndo em direção à porta.


Agora, com o silêncio pairando entre os dois, Minho desvia o olhar para o menor novamente, um sorriso de canto vai  surgindo lentamente.— Então... essas "qualidades" que você mencionou —  provoca, batendo levemente os dedos na mesa. — Eu sou arrogante, hein? E ridículo? Interessante. Vai dizer que não gosta de mim de novo?


O Han suspira pesado. — O que quer?- indaga.


O outro  inclina a cabeça de leve, com um sorriso de canto ainda presente, mas seus olhos são  sérios.

— O que eu quero? — repete, como se estivesse refletindo sobre a pergunta. — Talvez eu só queira entender por que alguém que diz não gostar de mim pensa tanto em mim.


O Han revira os olhos, tentando afastar o desconforto que a proximidade de Minho provoca.

— Não seja ridículo, eu não penso em você... — tenta manter a voz firme, mas a hesitação é perceptível.


Minho se aproxima um pouco mais, apoiando os cotovelos na mesa.— Não é o que parece —  retruca com a voz baixa e rouca. — Você me observa. E não adianta fingir que não.


O menor desvia o olhar, o rubor voltando a dominar seu rosto.— Eu... — começa, mas não sabe como continuar.


— Você me observa pelos corredores, quando estamos nos mesmo grupinhos, quando sentamos juntos no refeitório, quando vamos pras mesmas festas, quando dormimos juntos, você sempre me observa.- 


Essa  última frase atravessa Jisung como um golpe. O coração dele bate tão forte que parece que todos à sua volta conseguem ouvir. Ele finalmente se afasta bruscamente, quase derrubando a cadeira ao se levantar.— Eu não... eu não preciso ouvir isso — diz com a voz trêmula, tentando manter a postura, mas o tom entrega o nervosismo. Ele pega o copo e as coisas em cima da mesa com uma rapidez desesperada, evitando a todo custo o olhar de Minho. — Tenho que ir.


Antes que o maior  consiga responder ou dizer qualquer outra coisa, Jisung já está de costas, caminhando rapidamente para longe.


O Lee não deixa de sorrir de canto.

___________________________________


Jisung está em seu quarto, terminando de se arrumar para a festa, o som baixo de uma música qualquer está preenchendo o ambiente. 


Ele veste uma camisa de seda preta de mangas compridas, que se ajusta perfeitamente ao corpo, destacando sua cintura fina, por dentro de uma elegante calça jeans justa que usa. A calça, de cintura alta, molda suas pernas e valoriza sua bunda grande, acentuando sua silhueta. 


Seu cabelo moreno  é levemente iluminado , está arrumado de forma despretensiosa, caindo de lado como se fosse natural, mas claramente bem cuidado.


Ele ajusta o colarinho da camisa no espelho, quando a porta do quarto se abre e Jeongin entra, sem bater, como sempre faz.


— Você vai assim? — Jeongin pergunta com uma sobrancelha levantada enquanto observa o visual de Jisung. — Tá parecendo um Sugar Baby, um milionário que banca um sem teto gostoso.


O Han dá um pequeno sorriso, olhando de volta para o reflexo no espelho.— A ideia é essa, Innie. A ideia é essa. — Ele ajusta o cinto na calça, virando de perfil para admirar o caimento da roupa. — E aí, o que acha? Tá bom?


Jeongin se encosta na porta, cruzando os braços, ainda observando.— Tá perfeito. Acho que ninguém vai conseguir tirar os olhos de você. — Ele balança a cabeça, rindo. — Até o Minho vai ficar com tesão .


Jisung revira os olhos, pegando um anel de prata e deslizando no dedo.— Minho de novo? Já falei que não tô nem aí pra ele.


Ele ri, sabendo que o Han  está mentindo.

— Sei... seus olhos dizem o contrário ? — provoca e o amigo suspira, passando a mão pelo cabelo.


— Isso é diferente. Eu só... quero aproveitar a noite sem pensar nele, entendeu? —  termina de se arrumar, passando as mãos pela camisa uma última vez


— Tá, tá, eu entendi — responde, erguendo as mãos em rendição, mas com um sorriso no rosto. — Só não vale ficar com essa cara de quem foi pego no flagra quando ele aparecer.


Jisung estreita os olhos para o amigo, meio irritado, meio divertido.— Eu não fico com cara de nada — rebate, pegando um perfume da mesa e borrifando no pescoço. — E se ele aparecer, tanto faz. Vou fingir que ele nem tá lá.


Jeongin dá uma risada curta.— Boa sorte com isso. Porque, do jeito que você fica todo nervoso quando ele tá por perto, vai ser difícil fingir qualquer coisa.


O Han dá de ombros, tentando parecer despreocupado.— Não vai ser tão difícil assim. Já passei por coisa pior.


Jeongin o encara por um momento, depois sorri de novo, um pouco mais suave dessa vez.— Sei que já passou por coisa pior, mas... — Ele dá um passo à frente.— Se você tá sentindo alguma coisa, é melhor resolver isso logo. Fugir do que tá na sua cara só vai te fazer perder tempo.


O Han desvia o olhar, mexendo no colar que usa, agora um pouco desconfortável com a conversa.


— Não tô fugindo de nada — murmura. — Só quero me divertir hoje. A noite é pra isso, não pra pensar em... complicações.


Jeongin dá um leve aperto no ombro dele antes de recuar.— Tá bom, sem complicações hoje, então. Vamos só curtir e ver onde a noite leva a gente.


O outro solta um suspiro de alívio, agradecendo silenciosamente por Jeongin não insistir mais no assunto.— Exato. Só diversão, sem dramas — concorda, finalmente se sentindo um pouco mais leve.


Jeongin faz um gesto para a porta.

— Então, tá esperando o quê? Vamos lá antes que a festa perca a graça sem a gente.


Jisung sorri, pegando as chaves e a carteira. 

— Tô indo, tô indo. — E com um último olhar no espelho para se certificar de que está impecável, ele segue Jeongin, determinado a aproveitar a noite sem deixar Minho ocupar sua mente... ou pelo menos tentando.


...


Jisung tem sua atenção dividida entre a música alta e as conversas ao redor. Ele tenta se enturmar com os amigos, mas seu olhar inevitavelmente volta para Minho, que está no mesmo grupinho, aparentemente à vontade. 


O Lee  está com sua jaqueta de couro característica, uma blusa branca por baixo, e uma calça preta rasgada nos joelhos, um visual que parece chamar atenção sem esforço.


Minho segura um copo de whisky, dando um gole enquanto conversa com alguns amigos. De repente, seus olhos encontram os do menor , e um sorriso de canto surge em seu rosto. 


O olhar dele é profundo e, ao mesmo tempo, provocador, como se soubesse exatamente o efeito que está causando.


O Han sente o rosto esquentar instantaneamente. Ele tenta agir normalmente, mas seu rubor é impossível de disfarçar. 


Ele se distrai com um copo de bebida, tentando não parecer muito afetado, mas os olhos de Minho continuam a persegui-lo, como se estivessem desenhados para ser um imã para o seu olhar.


— Ei, tá tudo bem? — pergunta Jeongin, notando a mudança no comportamento do amigo. Hyunjin também o olha atento.


Jisung pisca, afastando os pensamentos, e tenta sorrir casualmente.— Ah, sim, só... estava pensando em outra coisa — responde, passando a mão pelo cabelo, como se tentasse ajeitar o próprio estado.


— Parece que você tá mais interessado no Minho do que na festa — observa Hyunjin , com um tom de provocação.


O Han revira os olhos, um pouco irritado.

— De novo com isso? Não tô interessado em nada — afirma, mas a frustração na sua voz é perceptível. — Só tô tentando não ficar bêbado.


Jeongin dá um sorriso cúmplice e balança a cabeça, compreendendo a situação, mas opta por não insistir.


O outro , por sua vez, continua a observar Jisung com um sorriso de satisfação, como se estivesse gostando da reação que está provocando.


Quando Jisung vai se esconder em um canto da festa, longe dos amigos,bebendo como água um copo de bebida, Minho percebe que as vezes ele ainda o observa, mesmo de longe. 


Ele dá mais um gole no whisky e, ao perceber que Jisung não consegue parar de olhar para ele, se aproxima de maneira descontraída, com uma confiança evidente em cada passo.


— E aí — Minho saúda com a sua voz rouca e quase sedutora. — Curtindo  a festa até agora?


Ele engole a seco, tentando manter a calma.

— É, tá... tá legal. —  se esforça para não deixar a voz vacilar. — E você? Tá aproveitando?


Minho se aproxima um pouco mais com o sorriso nunca saindo do rosto e tocando o pescoço alheio pra falar em seu ouvido.— Com certeza. Mas agora que você tá aqui, acho que a festa pode melhorar — ele provoca, sussurando contra a orelha  dele . — O que acha de sairmos um pouco daqui?


Jisung ri nasal, desacreditado, e um sorriso relutante surge em seus lábios.— Você é bobo — diz, balançando a cabeça ligeiramente. A bebida já começa a fazer efeito, o deixando mais solto, mais propenso a relaxar na presença alheia.


O maior  observa o sorriso dele e se aproxima um pouco mais, dessa vez com uma expressão mais suave, menos provocativa.


— A gente podia ser amigos, sabe — diz  com sinceridade em sua voz. — Talvez seja a bebida falando, mas acho que a gente sempre teve uma conexão. E eu... meio que sinto que você sabe disso também.


O Han , que agora consegue olhar diretamente nos olhos dele , sente o peso de suas palavras. A intensidade do olhar de Minho o prende no lugar, como se qualquer movimento pudesse quebrar esse  momento frágil no meio da festa que toca uma música calma agora. 


— Amigos? — repete, com sua voz ligeiramente vacilante. Ele não sabe se acredita em Minho, mas a ideia de estar perto dele sem toda a tensão entre eles parece tentadora. — Acho que isso podia dar certo... talvez.


Minho sorri de canto, e sua mão, com um gesto que parece quase inconsciente, sobe até as orelhas de Jisung, acariciando-as de leve. O toque é suave, quase íntimo, e faz o corpo do menor  se arrepiar.


— É, amigos — murmura, sem tirar os olhos dele. 


Jisung sente o calor invadir seu rosto novamente, mas, dessa vez, ele não desvia o olhar. Esse  toque nas suas orelhas é inesperadamente confortável, e ele se sente estranhamente à vontade com Minho.


— Você tá dizendo isso por causa da bebida — Jisung diz, meio brincando, meio sério, mas sem afastar a mão de Minho.


Esse que  dá uma risada baixa.

— Talvez seja, mas isso não significa que não é verdade — ele responde com os dedos ainda traçando pequenos círculos nas orelhas alheias .


O Han fica sem saber exatamente como reagir, sorri levemente, sentindo o coração acelerar mais uma vez, mas agora não por nervosismo, e sim por uma expectativa que ele não sabe como lidar.

— Tá... amigos, então. —


O Lee  desceu os dedos pro pescoço  dele, seus dedos são leves como uma brisa, enquanto observa cada pequena reação no rosto do menor. Ele se inclina um pouco mais e uma de suas mãos vão pra cintura dele e aperta de leve.


— Você me odeia? — pergunta rente ao ouvido dele. Quando se afasta, seus  olhos descem para os lábios dele  por um breve momento antes de voltarem a encará-lo nos olhos.


Jisung sente o coração acelerar novamente, e sua respiração vacila. O espaço entre eles parece diminuir a cada segundo, a presença do outro vai o envolvendo de uma forma que não consegue escapar, mesmo que quisesse.


— Sim... eu te odeio — responde, quase sem pensar, mas a voz não sai com a convicção que esperava. É como se as palavras fossem ditas apenas para manter uma fachada. Ele morde o lábio, tentando reforçar a mentira, mas seu olhar trai a verdadeira confusão dentro dele.


Minho sorri levemente, como se já soubesse a resposta antes mesmo de perguntar. Ele se aproxima ainda mais, seu rosto agora a poucos centímetros do de Jisung, seus olhos estão fixos nos dele.


— Tem certeza? — sussurra, sua voz rouca ressoando de maneira íntima e seus lábios quase roçando a pele de Jisung.


Esse que sente o calor subir pelo corpo. Ele engole a seco, lutando para manter o controle, mas o toque suave do outro  e a proximidade sufocante o deixam sem palavras por um momento.


— Eu... — começa, mas não consegue terminar, seu olhar está preso nos olhos de Minho, que parecem pedir uma resposta diferente da que ele deu.— Amigos ficam tão perto assim?- questiona.


— Eu...digo, amigos não ficam perto assim.- sua mão desliza pra nuca do Han e se aproxima pra o beijar. Jisung afasta o rosto e Minho deita a testa no pescoço dele, sua respiração forte contra a pele quente. 


O Han dá passos pra trás, joga o copo de plástico que tinha em mãos longe, e se choca contra a parede enquanto tem Minho apertando sua cintura e com o rosto na curvatura de seu pescoço deixando alguns selares ali. O menor acaba por rodear os ombros dele  e o mantendo ali.


— Min... — murmura, sua voz soa baixa, quase um suspiro, sem saber se quer que ele pare ou continue.

__________________________________


No dia seguinte, Jisung entra na sala de aula com passos hesitantes, ainda sentindo os resquícios da noite passada. 


Com a sua cabeça confusa, ele mal consegue se concentrar quando vê Jeongin e Hyunjin caminhando em sua direção com expressões inquisidoras. Antes que ele possa desviar ou tentar escapar, eles já o cercam.


— Onde você estava ontem? — Jeongin começa, cruzando os braços. — A gente te procurou a noite inteira!


Hyunjin arqueia uma sobrancelha, concordando com o amigo. — Sério, Han, você sumiu de repente e nunca mais te vimos na festa. O que aconteceu?


O menor sente o rosto esquentar, o estômago se revirando com a lembrança de Minho, tão próximo, pressionando-o contra a parede e com os lábios quentes em seu pescoço. Ele tenta disfarçar, mexendo no cabelo e fingindo um desinteresse que claramente não convence ninguém.


— Eu só... — Ele começa, mas a pausa é longa demais, o que só aumenta as suspeitas de Jeongin e Hyunjin.


— Só o quê? — Jeongin o pressiona. — Você desapareceu, cara! A gente achou que você tinha ido embora ou sei lá o quê.


— Foi embora com alguém, né? — Hyunjin provoca, um sorriso malicioso se formando no canto dos lábios. — Eu conheço essa cara.


Jisung revira os olhos, tentando parecer indiferente. — Eu só fui dar uma volta, precisava de um ar. Nada demais. Vocês tão exagerando.


Jeongin e Hyunjin trocam olhares suspeitos.


— Aham, e quem te deu esse "ar"? — Jeongin pergunta, claramente não acreditando.


— Sério, vocês dois estão impossíveis. — Jisung tenta se esquivar, mas sabe que a insistência dos amigos não vai parar tão cedo. E como ele poderia explicar o que aconteceu na festa? 


Jeongin e Hyunjin não parecem satisfeitos com a resposta vaga do amigo , e Yang dá um passo à frente, cruzando os braços com um olhar desconfiado.


— Não tenta enrolar. Você não é bom nisso. A gente te conhece — ele afirma com implicância. — Quem era?


Jisung passa a mão pelo cabelo, claramente desconfortável, e solta um suspiro pesado.

— Eu não tô enrolando ninguém. Só fui dar uma volta, como já disse — ele insiste, mas sabe que seus amigos não vão largar o osso tão fácil.


Hyunjin sorri de canto, balançando a cabeça como se já tivesse sacado tudo. — Ah, então tá. Foi uma voltinha bem perto da parede nos fundos , né? Com um certo alguém usando uma jaqueta de couro? — provoca, arqueando uma sobrancelha.


Jisung se engasga um pouco com a fala , e o rubor voltando com tudo para seu rosto.— Como é que você... — começa, mas logo se cala ao perceber que acabou de se entregar. Hyunjin ri de satisfação.


— Ah, eu sabia! Era o Minho, né? — o Hwang cruza os braços, triunfante.


Jeongin arregala os olhos. — Minho? Vocês dois...? — Ele deixa a pergunta no ar, e o choque na sua voz é evidente.


Jisung desvia o olhar, tentando desesperadamente encontrar uma maneira de sair da situação.

— Não foi nada demais, ok? — Ele balbucia, nervoso. — Só... a gente conversou e ele me levou embora . Foi só isso.


Hyunjin solta uma risada alta, claramente se divertindo com a situação. — Ah, sei... "conversaram". Isso explica o porquê de você não ter voltado pro grupo, né? Essa "conversa" deve ter sido bem interessante.


Jeongin balança a cabeça, incrédulo. — Cara, sério... você e o Minho? Nunca imaginei, você nega com tanta convicção.


O Han respira fundo, tentando se recompor. — Já deu, tá? Eu não preciso dar explicações pra vocês. — Ele tenta soar firme, mas a expressão divertida nos rostos dos amigos o deixa ainda mais desconfortável.


— Ok, ok, não precisa se estressar. — Hyunjin levanta as mãos em rendição, mas o sorriso não sai do rosto. — Só estamos dizendo que os olhos não mentem. Especialmente os seus.


Jeongin dá um tapinha no ombro de Jisung, rindo. — E pelo jeito, os do Minho também não.


Jisung cruza os braços, tentando manter alguma dignidade no meio das provocações dos amigos. Ele solta um suspiro exasperado, revirando os olhos.


— Eu já disse mil vezes, eu não gosto do Minho, tá? — Sua voz sai um pouco mais alta e defensiva do que esperava. — Deixei bem claro pra ele ontem que eu o odeio, então parem com isso.


Jeongin e Hyunjin trocam olhares de incredulidade, claramente se divertindo mais do que deveriam.

— Ah, claro — Jeongin começa, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios. — Porque todo mundo beija quem odeia, né?


— Isso mesmo— Hyunjin entra na brincadeira, balançando a cabeça. — As pessoas sempre sussurram no pescoço de quem odeiam. Super normal.


O Han bufa, o rubor subindo pelas suas bochechas de novo. — Eu tô falando sério! Eu... eu só tava meio bêbado, e ele tava... sei lá. Foi um erro, tá? Só isso. E não nos beijamos.


Hyunjin não parece convencido e cruza os braços, com uma sobrancelha arqueada. — Um erro que você tá tentando justificar demais, não acha?


Jisung desvia o olhar, incapaz de encarar a expressão inquisitiva de Hyunjin.— Vocês não sabem de nada. Não tem nada entre a gente. — Ele fala com firmeza, mas a insegurança ainda está ali,  visível.


Jeongin dá de ombros, sorrindo de lado. — Tá, se você diz. Mas, sério, a gente já viu como você olha pra ele. E como ele olha pra você.


Jisung aperta os lábios, sentindo o rubor nas bochechas aumentar. Ele abre a boca para rebater, mas as palavras parecem morrer na sua garganta.


— Eu... eu não olho pra ele de jeito nenhum — ele finalmente consegue dizer, embora sua voz traia a falta de convicção. — E ele não olha pra mim desse jeito também. Vocês estão exagerando tudo.


Jeongin ri, descrente, enquanto Hyunjin o observa com aquele mesmo olhar analítico de sempre.

— Claro, porque ele não tava te comendo com os olhos ontem na festa, né? — Jeongin provoca. — E você não tava praticamente se jogando no colo dele.


— Não fui eu que me joguei! — Jisung rebate, se defendendo imediatamente. — Ele que chegou perto. Eu tentei sair, mas ele... — Ele para, as palavras ficando confusas, e ele simplesmente bufa, frustrado. — Olha, isso não importa, tá? Eu deixei bem claro que não gosto dele. Fim de papo.


— Seus olhos dizem o contrário — Hyunjin murmura, um leve sorriso brincando nos lábios. — Você pode até dizer que odeia o Minho, mas quando ele tá por perto, você não consegue disfarçar, Ji. Todo mundo percebe.


— E o Minho? — Jeongin continua. — O cara tava literalmente grudado em você a noite inteira, mesmo de longe. Ele te olha como se fosse te devorar. Como você acha que isso parece pra gente?


Jisung balança a cabeça, já cansado da conversa. — Isso não significa nada. Ele só tava... sei lá, brincando. O Minho é assim com todo mundo.


Hyunjin solta um riso suave. — Não, Ji, ele não é assim com todo mundo.


Os alunos entram em massa na sala, logo o professor vai chegar.— Hora da aula.- Jisung se afasta e vai em direção a uma carteira.Hyunjin e Jeongin se entre olham e sorriem juntos.

___________________________________


Minho está em um canto escondido do campus, o cheiro do cigarro que está fumando é misturado com o frescor da tarde. 


Ele está encostado em uma parede, com uma expressão pensativa enquanto solta a fumaça com um suspiro profundo. 


O lugar é um pouco afastado, garantindo um pouco de privacidade longe do tumulto dos corredores.


— Não foi fácil achar você — Jisung diz se encostando na parede de frente pro Lee.



O maior  levanta uma sobrancelha, exalando uma longa baforada de fumaça antes de olhar para o Han . — Não era pra ser fácil. O que você quer?


Jisung desvia o olhar, começando a falar e depois parando, como se lutasse para encontrar as palavras certas. — Eu só... precisava falar com você.


— Sobre? — questiona jogando o cigarro no chão e pisando em cima.


Jisung observa o cigarro sendo esmagado no chão, como se fosse uma distração momentânea para o nervosismo que sente  ao estar tão perto do homem . Ele respira fundo.


— Me dá um cigarro? — Sua voz soa mais firme do que ele esperava, mas seus olhos acabam traindo  a incerteza que sente.


Minho arqueia uma sobrancelha, surpreso. — Desde quando você fuma?


— Eu não fumo — responde, mordendo o lábio. — Mas acho que agora seria uma boa hora pra começar.


O maior solta uma risada baixa e rouca, puxando o maço do bolso da jaqueta de couro. Ele tira um cigarro e estende junto do isqueiro para Jisung, que pega com certa hesitação.


— Vai em frente, então — diz, observando enquanto Jisung tenta acender o cigarro com as mãos um pouco trêmulas.


Quando finalmente consegue acender, ele  dá uma tragada e imediatamente começa a tossir, seu corpo acaba se curvando enquanto tenta recuperar o fôlego. Minho ri mais alto, divertido com a cena.


— Você realmente não sabe o que está fazendo, né? — se aproxima, pegando o cigarro da mão de Jisung e o apagando. — Não precisa forçar. Não é isso que vai te fazer relaxar.


O menor esfrega o pescoço, ainda tentando se recompor, e solta um suspiro frustrado. — Talvez não, mas pelo menos me distraiu por um segundo.


O Lee  dá mais um passo à frente, deixando Jisung sem saída, as costas do menor são  pressionadas contra a parede. 


O olhar de Minho é intenso, seus olhos são  felinos e escuros como se desvendassem cada pensamento do Han . O maior sorri de canto, o tipo de sorriso que faz o estômago  alheio se revirar.


— Eu sei que você gosta de mim —  afirma com firmeza, sua voz rouca ecoando no espaço pequeno. — Não adianta negar, Han.- 


O menor engole a seco, sua garganta está apertada, sentindo-se encurralado tanto fisicamente quanto emocionalmente. 


Ele tenta desviar o olhar, mas Minho está perto demais, sua respiração quente contra a pele dele.


— Você tá delirando — murmura, tentando manter a voz firme, mas falhando miseravelmente. Ele sabe que Minho está certo. Cada vez que o vê, que o ouve, seu coração acelera de uma maneira que ele não pode mais ignorar.


Ele  ri baixinho, o som rouco faz Jisung arrepiar. Minho coloca uma mão ao lado da cabeça dele, fechando ainda mais o espaço entre eles.


— Você não consegue mentir com esses olhos — Minho sussurra. — Sempre que você olha pra mim, eu vejo. Eu sinto.


Ele fecha os olhos por um momento, querendo fugir, mas a verdade já está ali, clara como o dia. Quando ele os abre de novo, Minho está ainda mais perto, com o rosto a poucos centímetros do seu.— "I see right through you" — murmura, agora com os olhos fixos nos lábios do outro.


O menor sente o calor subir até suas bochechas, o seu coração acaba batendo mais forte a cada segundo. 


Ele tenta resistir, mas não consegue mais negar. O jeito como Minho o olha, como se soubesse cada segredo que tenta esconder, o deixa sem palavras.


— Você não sabe de nada... — tenta protestar, mas sua voz falha. Ele sabe que não vai convencer o outro .


— Sei tudo o que preciso —  responde confiante. — I can see it in your eyes...Você quer me odiar, mas não consegue, né?


O Han permanece em silêncio, incapaz de responder. Ele está perdido. O corpo do Lee está quase colado no seu. Logo a mão dele segura a lateral se seu pescoço.


Jisung sente o calor subir ainda mais pelo seu corpo, seus pensamentos estão uma confusão caótica. Ele quer se afastar, dizer algo que possa quebrar essa  tensão sufocante entre eles, mas tudo que consegue fazer é ficar parado, encarando o Lee com os olhos arregalados e a respiração pesada.


— Para... — ele finalmente murmura, mas sua voz sai fraca, quase implorando. Ele sabe  que não quer  que Minho pare de verdade.


O Lee  inclina o rosto um pouco mais, seus lábios quase roçando os dele. — Você quer mesmo que eu pare?


Ele sente um nó na garganta, seus pensamentos estão lutando entre si . Ele balança a cabeça, sem conseguir responder com palavras, mas seus olhos, como sempre, entregam o que sente.


— Pensei que não — ele  sorri de canto, satisfeito, e, em um movimento lento, aproxima os lábios dos dele.


O Han fecha os olhos esperando o toque, até inclina o rosto pra frente. Quando não recebe resposta e abre os olhos. O maior o observa com um sorriso de canto. 


O Han sente a frustração e o desejo misturados tomarem conta de si de uma vez. Sem pensar muito, ele agarra as abas da jaqueta de couro alheia  com força e o puxa para si. 


O movimento é rápido e decidido, suas mãos agarram o tecido frio enquanto seus lábios finalmente colidem com os do maior .


O beijo é urgente, faminto. Jisung coloca toda a frustração reprimida nesse  contato, como se tivesse esperado por isso  há muito mais tempo do que estava disposto a admitir. 


O cheiro de cigarro e o calor do corpo de Minho o envolvem, e ele se perde por completo no momento.


Minho, surpreendido no início, logo responde com a mesma intensidade. Suas mãos seguram a cintura fina dele, puxando-o para mais perto, como se o quisesse ainda mais próximo do que já está. 


O beijo se aprofunda, e a respiração de ambos se mistura, ficando cada vez mais descontrolada. 

Se pressionam mais enquanto suas línguas se enroscam uma na outra.Puxam os lábios entre os dentes.


A mão de Jisung desliza pra nuca do maior, aperta os fios mais curtos dos cabelos negros e continua entregue ao beijo.


Mas, de repente, algo dentro do Han  desperta. Uma onda de realidade o atinge com força. Ele se dá conta do que está fazendo, do quanto havia perdido o controle. O coração dele acelera ainda mais, mas desta vez, não é por desejo — é por puro pânico.


Com um puxão rápido, ele se afasta, o peito subindo e descendo em uma tentativa desesperada de recuperar o fôlego. 


Seus olhos arregalados encontram os de Minho por um segundo, e ele vê a surpresa no rosto do maior. Antes que ele  possa dizer qualquer coisa, Jisung dá um passo para trás, depois outro, até finalmente se virar.


Sem pensar duas vezes, Jisung sai correndo. O som de seus passos ecoa pelo corredor enquanto ele se afasta cada vez mais. A mente dele está um turbilhão, o beijo ainda queimando em seus lábios. Ele precisa de espaço.


__________________________________


Uma semana se passa, e Minho parece viver normalmente. Nada mudou em sua rotina — as festas, os grupos de amigos, as risadas soltas — tudo continuava como se o beijo entre ele e Jisung não tivesse acontecido. Ele não o procurou, não mandou mensagens. Talvez estivesse dando espaço, ou talvez não tenha sido tão significativo para ele quanto foi para Jisung. 


Já o Han, por outro lado, está um caos por dentro. Embora tenha feito o possível para evitar Minho, de vez em quando ainda o observa. Não tanto quanto antes, mas quando estão no mesmo grupo de amigos, fica impossível não sentir aquela tensão familiar. Ele tenta desviar o olhar, fingir que não se importa, mas Minho sempre parece tão calmo, tão indiferente, que isso só piora as coisas. Jisung se sente tolo por se deixar afetar tanto, enquanto Minho parece intocável.


Jeongin e Hyunjin, que souberam do beijo de algum jeito, olham para Jisung com aquele brilho malicioso nos olhos, como se soubessem mais do que deveriam. No começo, eles provocavam o Han, sussurrando piadas e trocando olhares cúmplices sempre que Minho aparecia. Porém, isso mudou quando Jisung não conseguiu mais segurar as lágrimas de raiva.


Uma tarde, depois de uma dessas provocações, ele explodiu de vez. A raiva que estava segurando por dentro finalmente escapou, e ele chorou. Chorou de frustração, de confusão, de mágoa. Foi naquele momento que seus amigos perceberam o quanto ele estava vulnerável. Depois disso, as provocações pararam. Jeongin e Hyunjin ficaram em silêncio sobre o assunto, deixando Jisung lidar com seus sentimentos sem mais piadinhas. Eles perceberam que o Han estava emocionalmente esgotado, e mexer com isso não era mais divertido.


No entanto, a dor de Jisung só crescia. Ele sabia que não tinha controle emocional, que se deixava levar pelos sentimentos de forma intensa e desmedida, mas mesmo sabendo disso, não conseguia mudar.


...


— Minho, o que você sente pelo Jisung?- Hyunjin questiona, cruzando os braços ao lado de Jeongin que fita o moreno sentado em um banco do campus.


— Eu amava ele.- Responde simples. Os dois arregalam os olhos.— Agora não me importo muito.


Hyunjin e Jeongin ficam paralisados, os olhos arregalados em choque. Eles haviam esperado qualquer resposta, exceto essa.


— Como assim você amava ele? — Hyunjin pergunta, ainda tentando processar a informação. — Você não parecia tão interessado assim.


— Não parecia? — Minho dá de ombros. — Às vezes, o que a gente vê e o que realmente sentimos são duas coisas diferentes. Já passei da fase de correr atrás de alguém sem saber se a pessoa realmente sente o mesmo. Já fiz muito isso no passado, e não vou fazer de novo.


Jeongin observa Minho com uma expressão de dúvida. — Então, você não vai procurar por ele?


— Não —  afirma com firmeza. — Não vou procurar. Já tentei. Já estive lá. É hora dele entender o que realmente quer e vir até mim se ele decidir que é isso que quer. Se ele não vier, então é porque não está pronto. E eu não vou forçar ninguém a estar pronto.


— Mas e se ele não vier? — Hyunjin pergunta, ainda intrigado.


— Se ele não vier, então isso é algo que ele tem que resolver sozinho —  diz, olhando para o horizonte de pessoas . — Às vezes, o que precisamos é de um tempo para pensar e decidir o que realmente queremos. E, se isso significar ficar longe, então é o que vai ser. Não vou fazer mais papel de desesperado.- cruza os braços.


— O Ji se sente muito rejeitado em relação a você, porque acha que ele nunca te procurou?- Jeongin aponta.


— Já tá bom - Minho se levanta. — Eu vou nessa, tenho aula ainda, não tenho tempo pra vocês agora. 


Os dois se entre olham e suspiram juntos.


...


Jisung está jogado no sofá, vestindo uma bermuda de pijama curtinha e uma blusa que mal cobre as coxas. 


Ele está deitado de lado, com a expressão entediada, enquanto se afunda no conforto do sofá. O som da campainha o faz levantar com um suspiro resignado.


Ele abre a porta e encontra Lee Mina e seu filho, Minho, do lado de fora. Com um sorriso forçado, Jisung cumprimenta a mulher com um abraço. — Nossa , que surpresa! Quanto tempo, o que devo a visita?- Jisung soa simpático.


— Viemos ver sua mãe rapidinho. Ela está fazendo bolo na cozinha? Sinto cheiro do forno ligado — Mina pergunta com seu sorriso característico.


— Sim, ela está lá, bem apressada. — Jisung responde, apontando para a cozinha. — Você conhece o caminho. 


— Com certeza.- ela diz batendo de leve no ombro do Han. —Nossa, você continua tão lindo - ela pisca pro menor. 


— Você que está maravilhosa.- sorri com ela e logo

Mina se  dirige para a cozinha, enquanto Minho fica um momento parado na entrada. 


Jisung o cumprimenta com um breve aceno, tentando esconder seu desconforto.


— Oi —  diz, com um sorriso curto e um olhar atento.


— Olá, Min — Jisung responde, um pouco hesitante. Ele tenta manter a compostura, mas a presença dele na sua casa ainda o deixa nervoso.


— É... — Minho murmura, olhando ao redor enquanto entra . — Eu...


O silêncio se instala por um momento, ambos parecendo procurar palavras para iniciar uma conversa. Jisung se sente desconfortável e tenta mudar de assunto.


— Então, sua mãe está bem? — ele pergunta, tentando desviar o foco.— Ela falou pouco, foi correndo pra minha mãe.


— Sim, está ótima. — responde, ainda com um tom pensativo. — Só vim dar uma passada e ver como estão as coisas... Você faltou essa semana toda na faculdade.


Jisung hesita, uma expressão de desconforto cruzando seu rosto. — Ah, sim... Não estava me sentindo muito bem.


O maior  o observa atentamente, com o olhar penetrante de sempre. — Espero que esteja melhor agora.


— Estou, obrigado. — Jisung tenta manter um tom casual, mas seu nervosismo é evidente.— Bom...- Jisung se aproxima do maior.— Eu vou subir pro quarto... Quer vir comigo?- se aproxima e toca a jaqueta de couro dele e o olha de baixo mordendo os lábios.


O maior engole a seco — Vou sim - Responde e o observa com os lábios entre abertos. O Han sorri breve.


Logo Jisung o puxa pela mão para subir as escadas. O Lee mal consegue esconder o sorriso estampado em seu rosto.


...


— Senta aí, fica a vontade.- Jisung aponta pra cama gigante do seu quarto.


O Lee olha tudo em volta e se senta na cama— Me sinto um pontinho preto no meio de tanto branco - faz bico.— Acho que nunca tinha visto o seu quarto. 


O Han sorri nasal.- Se quando éramos criança você aceitasse brincar comigo, teria visto mais versões dele.- retira uns anéis de sua mão e guarda em uma caixinha .


O Lee fecha os olhos por um breve momento.— Por que me chamou pra cá?- questiona se levantando da cama e se aproximando do Han.


– Você preferia ficar lá ouvindo elas?- questiona e logo fecha os olhos ao sentir as mãos do maior apertar sua cinturinha e o mesmo afundar o rosto em seu pescoço. Ele engole a seco.


Deixa um selar no pescoço do menor.— Você me convidou de um jeito tão... Convidativo. - desliza o nariz na pele leitosa e cola sua pélvis atrás dele. 


— Min...- murmura e é virado de frente para o mesmo.


— O quanto mais você vai resistir? - questiona sério agora, tocando o pescoço dele com uma mão. — Você tá querendo muito me beijar.- aproxima seus rostos. — Não importa o quanto eu negue também, eu quero muito te beijar. Toda hora. Porra, eu quero muito me  afogar na sua boca - toca seus narizes em um carinho. Ambos de olhos fechados.



Jisung apenas engole a seco. Não pode dizer nada, não consegue. Apenas morde os lábios.


— Eu não posso mentir... Quero sentir seus corpo perto... Você diz me odiar... Mas me diz coisas que ninguém sabe. - deixa um selar no nariz dele. — Você é tão lindo - acaricia o pescoço dele e ambos se fitam agora. — Seus olhos não mentem. 


— O que eles dizem?- Jisung questiona enroscando os braços nos ombros alheios.


— Minho!! Filho!- a voz da mãe do Lee ecoa no andar de baixo. 


— Droga.- o Lee suspira e o Han ri.


— Vai lá.- bate nos ombros do maior. 


— Eu vou embora sim.- com um olhar baixo e desapontado ele diz, se afastando do menor.


— Não.- o Han  diz segurando a mão do Lee . — Diga a ela que vai dormir aqui, se não quiser...- nem termina de falar e o maior desceu quase correndo a escadaria da casa. — Nossa. - o Han suspira e sorri de canto.


...

— Sua mãe já dormiu.- Minho afirma ao entrar no quarto do outro.


Depois de dizer  que ficaria ali, os três jantaram e assistiram a filmes. A mãe de Jisung apagou no sofá e o mesmo  subiu para tomar banho. 


Agora Minho apareceu depois de colocar um cobertor sobre a mulher adormecida.  O Han acabará de sair do banho. Está de toalha, de costas pro Lee que acabou de entrar no quarto que tem iluminação toda em azul. 


— Sabe... Sempre me dizem que meus olhos não mentem.- deixa a toalha cair sobre seus pés. – Mas nunca entenderam o que eles dizem. - continua de costas pro maior que observa a silhueta perfeita, a bunda redondinha , as costas perfeitamente desenhadas. O Lee suspira profundo.


— O que eles querem dizer?- questiona rouco.


O Han sorri de canto. — Que eu sempre quis foder com você?- questiona como se fosse óbvio e se vira de frente para ele que está paralisado ainda. — Fiquei sabendo que você queria que eu corresse atrás de você.- se aproxima. — Bobo, não vou me humilhar por você não, nem é questão de saber o que quero, eu sempre soube o que eu queria.- desliza a mão pela jaqueta de couro dele e desce pros botões da calça do mesmo. 


— Você sempre ficou envergonhado, sempre me evitou, e ficava com raiva quando diziam que gostava de mim... Tem certeza que sabia?- questiona tentando ser firme e não perder o controle com o corpo nu a sua frente.


— O seu olhar de quem me comeria com força me deixava excitado, não envergonhado, sempre te evitei pra não deixar claro que te daria horrores, raiva de quando diziam que eu  gostava de você porque é tão clichê gostar de você naquele lugar, todo marrento e lindo.- toca o rosto dele. — Mas eu quero que seja meu, isso é fato.- pega a mão dele e o faz agarrar sua cintura. Quase geme quando ele aperte com força sua pele macia.


— Por que complicou tanto?- questiona incrédulo.


— É mais divertido assim, não acha?- questiona apertando os fios da nuca dele.


— Você tá sofrendo... Isso é fato. - afirma e o Han fraqueja o olhar.


— O que?- fica brevemente confuso.


— Depois a gente conversa, primeiro a foda, depois nos resolvemos.


Puxa o Han pra um beijo. Definitivamente um beijo esfomeado. Suas línguas dançam rapidamente entre uma boca e outra. Com tamanha fome.


...

— Eu vejo o que você quer.- Minho afirma acariciando os ombros nus do menor deitado em seu peito.


— O que quero? - questiona.


— Que eu te peça perdão... E eu realmente sinto muito. 


— Não precisa.- afirma.— A gente se amar não basta?- questiona o fitando nos olhos agora.


– Só amar não basta.- toca o queixo dele e sela seus lábios rapidamente. — Eu vejo nos seus olhos que não basta.


— Pra mim ter você ao meu lado já basta, você sabe que sim - o olha esperançoso.


— Você me ama? Mesmo com todos os adjetivos que dirigia a mim, tudo que acha que fiz a você, ainda me ama?- questiona o fitando firme.


— Não vê nos meus olhos que eu te amo? Eles não mentem.- sorri de canto. — Os seus também não mentem... Da forma que me comeu, tenho certeza que me deseja. - morde os lábios e o Lee gargalha.


— Bobinho - o beija novamente. — Lindo - mais um selar. — Você parece tão divino sobre mim, sem nada. - acaricia as bochechas fofinhas. 


— Ah Lee Minho, seus olhos dizem tanto quanto sua boca quando enterra seu pau em mim.- o Han se levanta do peito dele e se coloca no colo dele. 


— Mais uma vez? Você tava reclamando de dor.- sorri cafajeste enquanto tem seu pau bombeado.


– Minhas lágrimas não mentem, não eram só de dor, e sim tesão.- se inclina e beija o Lee.

__________________

— A gente disse. Várias vezes - Jeongin afirma colocando um braço sobre os ombros de Hyunjin.

Ambos observam Minho e Jisung de mãos dadas observando umas pinturas em exposição na faculdade.


— Realmente.- o Hwang suspira. 


— Olhos nunca mentem, o que a boca não diz, eles expressam.- Jeongin afirma sorrindo. 


— Realmente... Mas pro meu loirinho a minha boca diz sim, inclusive vou atrás do meu pintinho - Hyunjin afirma e se afasta do amigo que olha pro casal que sorri um pro outro, suspirando.


— Só queria um love que me olhasse desse jeito.- sorri de canto com um brilho leve nos olhos.


_____

Fim.


Notas Finais


😘


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