Em 1997, um psicanalista chamado Bang Sihyuk conduziu um experimento para descobrir se estranhos poderiam se apaixonar. Era algo muito simples: seis voluntários foram arranjados em pares, sentados um de frente para o seu parceiro. Cada casal precisava responder 21 perguntas antes de ficar olhando nos olhos do outro durante 4 minutos seguidos.
Parecia muita bobagem, mas o experimento de Sihyuk funcionou. Seis meses depois, dois de seus participantes estavam casados.
Em 2017, um dançarino chamado Park Jimin encontrou um panfleto dentro de uma das revistas largadas na sala de espera de sua quimioterapia. Alguém pretendia recriar o experimento de Sihyuk e eu pretendia encontrar algo ou alguém que me desse rumo nos meus últimos dias de vida. Pelo menos eu acreditava que seriam apenas dias. E, bem, eu não acreditava realmente que aquilo poderia funcionar. Eram somente perguntas e alguns minutos olhando para o rosto de alguém, nada absurdo.
Quem realmente poderia se apaixonar em algo assim?
Algumas pessoas levam tempo para se apaixonar e, oras, eu nem ao menos o pretendia. Só queria afogar minha angústia de estar sozinho o tempo todo, sempre. E, de verdade? Eu não achava ser capaz de afogar realmente isso antes de conhecê-lo.
Porque o tempo que eu levei para me apaixonar foi contado em perguntas. 21 delas, para ser exato. Tudo o que ele precisou foram perguntas, respostas imprudentes e sorrisos coelhinhos. Principalmente pois, no final do dia, eu sempre me apaixonava novamente.
Não importava se no dia seguinte eu estaria no hospital de novo, não importava se me proibiriam de dar aulas de dança para crianças, não importava se algo daria certo no final. Eu possuía Jeongguk ali, e Jion. Sim, eu possuía o câncer, mas também o amor e a coragem para seguir em frente, dando um passo de cada vez.
E, sinceramente? Era apenas para isso que eu ligava.
Até porque, se fosse necessário, eu faria todas as 21 perguntas outra vez.
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