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História Como se fosse a primeira vez - Capítulo 11 - Um dia tranquilo - História escrita por nanison - Spirit Fanfics e Histórias
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História Como se fosse a primeira vez - Capítulo 11 - Um dia tranquilo


Escrita por: nanison

Capítulo 11 - Capítulo 11 - Um dia tranquilo


Fanfic / Fanfiction Como se fosse a primeira vez - Capítulo 11 - Um dia tranquilo

‘’Você está livre para amar sem qualquer obrigação’’         
William P. Young

—Hermione?

—Ah, oi Ronald, como vai?

—Eu vou bem e você? Deixa eu te apresentar, essa é Astória.

—É um prazer conhecer você! Não sabia que tinha uma namorada.

—Ah não, eu não sou a namorada dele, sou só amiga.

—É, nós não somos namorados!

—Não precisa ficar nervoso, Ron. Ela já entendeu.

—Eu não estou nervoso. Quer saber? Eu preciso ir pra aula, foi ótimo ver você, Hermione. E Astória...

—Também adoro você, Roniquinho. E você... Hermione né? A garota do café.

—Garota do café?

—Sim, você é a amiga do Harry, não é?

—Ah, claro. Sou eu mesma, não sabia que conheciam o Harry.

—Ron apresentou ele pra gente hoje mais cedo, eu e Draco. Ele sim é o meu namorado.

—Ah certo. E o Ron não tem...? Quer saber? Não precisa responder isso, eu nem quero saber mesmo.

—Tudo bem então, foi ótimo conhecer você! Ah, e antes que eu me esqueça, vamos dar uma festa na minha casa no fim de semana e você está convidada. Pode chamar o Harry, se quiser. Ron iria adorar que fosse. Tchau!

—Tchau! – mas ela já estava longe demais para escutar o que fosse.

(...)

Hermione acordou por volta das 10:00 da manhã, e estava na cama. Não sabia exatamente como tinha chegado lá, olhou para o lado e viu Ron desmaiado na cama. Agora ela sabia.
Se levantou um pouco mais para ver como ele estava e parecia muito cansado, ela não o acordaria tão cedo.
Desceu até a cozinha e Draco não estava lá como no dia anterior. Pensou que poderia fazer um café da manhã para si e Ron, mas não queria arriscar colocar fogo na casa. Por não conhecer devidamente a vizinhança, Hermione ligou para Harry, afim de saber se tinha alguma padaria ou cafeteria por perto.

—Alô? - disse Hermione.

—Hermione?

—Sim.

—Ah... é o Harry.

—Me perdoe, é que eu não te vejo faz tanto tempo que esqueci completamente quem você era.

—Eu acreditaria nisso se você não tivesse ligado. Está tudo bem?

—Está tudo ótimo na verdade. Eu queria saber se você conhece alguma padaria ou cafeteria por aqui perto, eu queria comprar alguma coisa pro café da manhã.

—Eu posso te falar um lugar ou posso comprar e ir até aí com James. O que você acha?

—Eu adoraria ver o James!

—E eu, né?

—Harry, aprenda isso, depois que se tem filhos você automaticamente é esquecido.

—Vou adorar falar isso pra você quando tiver filhos. Ron vai comer também?

—Sim, mas só mais tarde. Ele está dormindo igual pedra, não quis acordá-lo.

—Certo, eu chego em meia hora.

Hermione desligou o celular e foi na ponta dos pés até o andar de cima, para ver se Ron ainda estava dormindo. Abriu uma brecha da porta e enfiou a cabeça nela, mas ele estava muito longe e não conseguia ver nada.
Entrou no quarto e se aproximou dele, estava dormindo feito pedra. Se perguntou se ele acordaria caso passasse a mão em seus cabelos ruivos. Repensou, mas não conseguiu evitar o impulso que sentia. Hermione até achava que os cabelos de Ron pudessem se destacar, mas não era isso que chamava tanta atenção nele. Eram seus olhos. Ron era o tipo de pessoa que se expressava com o olhar, você consegue decifrar o que ele sentia apenas o olhando nos olhos. São as janelas da alma, é claro. Mas os olhos de Ron... Hermione não Sabia decidir se eles eram de fato especiais ou se só estava apaixonada por ele.
Ficou por mais um tempo, apenas olhando para ele e contando quantas sardas ele tinha no rosto. Eram sete, ao todo. Muito bem espalhadas, por isso não dava pra enxergar muito bem, a menos que olhasse com muita atenção.
Achou que já estava na hora de descer, e quando chegou na sala ouviu a campainha tocar. Bom, na verdade não tinha ninguém na porta quando abriu, pois Harry estava descarregando o carro. Aparentemente ter um bebê exige que você carregue muitas coisas no carro.

—Oi, quer ajuda? - perguntou, enquanto se aproximava.

—Eu estou tirando a cadeirinha dele, você pode pegar a mochila dele pra mim? Está no banco da frente. - disse Harry.

—Então quer dizer que agora Harry Potter é pai?


—Há um ano e quatro meses, pra ser mais preciso.

—Ele está acordado?

—Não, ele sempre dorme quando anda de carro. Vamos conseguir conversar antes dele acordar.

—Ótimo, já tomou café?

Entraram em casa e Harry deixou o pequeno James dormindo na sua cadeirinha, que estava em cima da mesa. Hermione morria de saudades de Harry, se viam todos os dias pelo que se lembrava e agora mal se falavam.
Eles se serviram do café que Harry tinha comprado no caminho e começaram a conversar.

—E então, como você está? Como é a sua nova vida? - perguntou Hermione.

—Sou eu quem deveria te perguntar isso.

—Eu adoraria falar sobre a sua vida agora, quero saber como isso tudo começou. Você trabalha, é casado e tem um bebê lindo. E eu te conheço desde os dez?

—Eu não me lembro de como nos conhecemos, mas sei que tinham muitas bexigas de água.

—E uma lição de matemática. - riram juntos - Você parece feliz.

—Eu sou, muito feliz na verdade. Eu não achava que poderia encontrar algo assim, mas a vida te surpreende. E eu fui surpreendido com uma família.

—James é a sua cara, exceto pelos olhos, ele tem os olhos da mãe.

—Isso é a mais pura verdade. E o Vítor? Você falou com ele?

—Eu falei com ele no hospital, e ele veio aqui uma vez.

—Ele veio até aqui?

—Sim, queria entrar e tudo, eu estava sozinha. Mas por sorte Draco chegou bem na hora e ele foi embora.

—Por sorte? Mas você queria tanto falar com ele.

—Eu estava fascinada pelo meu namoro do colegial, mas Luna me contou tudo o que aconteceu e eu não quis mais saber dele. E acho que foi melhor assim. Sinceramente, eu não me lembro de ser um namoro tão bom assim.

—Não era, você não podia fazer nada, muito menos sair comigo. Ele era um ciumento controlador e você só namorou com ele por todo esse tempo por puro medo.

—Medo de que?

—Você conhece a família dele, não é? Não prestam, todo mundo sabe disso. Eu vi ele no hospital esses dias, com Lucio Malfoy.

—Draco me disse que compraram algumas ações do hospital onde vocês trabalham. Mas por favor, não conte a mais ninguém. Eu não sei se posso contar pra todo mundo.

—Eu tenho a impressão de que as coisas vão começar a mudar no hospital, e acho que não vão ser melhores. Deve ser por isso que eles foram demitidos. - disse Harry, mais para si do que para Hermione.

—Eles quem?

—Martha, Gordon e Rutie, eram enfermeiros. Trabalhavam lá já fazia uns 20 anos e de repente foram mandados embora.

—Isso é muito estranho.

—Demais. Podemos falar de coisas sérias outra hora, mas e você e o Ron? Como estão vivendo juntos?

—Nós saímos ontem e foi fantástico. Conversamos muito sobre nós e sobre como nos conhecemos. E me parece tão...certo. não consigo explicar muito.

—Na verdade você explicou. Vocês são meus melhores amigos, não é a toa que são padrinhos do meu filho, eu só quero que sejam felizes independente de qualquer coisa.

—Eu acho que tudo vai se encaixar, no tempo certo.

—Quando foi que você ficou tão esperta?

—Eu sempre fui esperta. Vê se não come todos esses croissants, deixa pro Ron. - disse, dando um tapinha de leve na mão dele.

—Também não precisa me agredir!

—Deixa de ser dramático. Acho que ele acordou. - disse, olhando para James.

—Está mesmo, agora se prepare pra brincar muito.

O pequeno James acordou com o melhor dos humores, ria de tudo o que Hermione e Harry falavam para ele. Brincaram, correram, pularam muito durante o tempo em que ficaram juntos. Hermione até se emocionou quando ele correu em direção à ela com os braços abertos. Ele sempre gostou muito dela e dormiu várias vezes em seu colo, ela era uma madrinha muito coruja e o bebê já estava acostumado com ela.

—Antes que eu me esqueça, você vai jantar com Gina e as meninas hoje a noite.

—Ah eu vou?

—Sim, ela vem te buscar mais tarde. Até mais Hermione, se cuida.

—Tchau Harry!

Hermione passou duas horas lendo um livro que tinha encontrado pela casa, e decidiu que gostava daquela personagem. Por mais que já tivesse aceitado seu destino, ela o enfrentaria com força e sem medo. Queria ser assim algum dia.

Foi até o quarto de Draco tomar banho, depois de pegar algumas peças de roupa para si. Não queria acordar Ron de jeito nenhum, ele precisava descansar e Hermione sabia que não estava dormindo direito por causa das altas horas de trabalho.
Não sabia exatamente onde iriam mas não queria exagerar na roupa, de alguma forma já imaginava que as meninas não iriam para nenhum lugar muito exagerado, ainda mais no meio da semana.

Hermione terminou de se vestir, e desceu para esperar Gina na sala. Como não queria acordar Ron, deixou um bilhete para ele na cozinha. Não demorou muito e Gina logo apareceu.

—Oi Mione, está linda! - disse Gina, abraçando a amiga.

—Oi Gina, você está um arraso. Aonde vamos?

—Você já vai saber!

As duas saíram da varanda que tinha em frente em casa, e Hermione se virou para visualizá-la mais uma vez. Fazia isso sempre que saia, a casa tinha uma aparência muito familiar, mas ela não sabia dizer o porquê. Voltou seu olhar para a rua e viu mais uma vez aquele mesmo carro. Já era a segunda vez que o via...

—Mione? Vamos? - disse Gina.

—Vamos, é claro. Você conhece aquele carro? - apontou.

—Que carro? Não tem nenhum carro ali. - e mais uma vez o carro não estava mais lá.

–Ele já foi, esquece. - respondeu. Entraram no carro e foram embora.

Ron despertou algum tempo depois que Hermione saiu, levantou e foi até a janela. Se assustou ao ver que tudo estava escuro e se perguntou se tinha perdido o horário de seu plantão, mas ainda tinha tempo.
Começou a procurar Hermione, olhou no banheiro, no quarto de Draco, depois foi até a sala e nada dela. Seu coração começou a acelerar um pouco por achar que tinha acontecido algo. Entrou na cozinha e olhou em volta, não encontrou nada. Seus olhos bateram na bancada e viu uma bandeja com alguns lanches e um bilhete ao lado.

‘’Sai com Gina e as meninas, não sei se vai estar em casa quando voltar. Esses lanches são pra você!
Ps: eu juro que não fiz nenhum deles.
                                                                             Hermione’’

Sorriu com o bilhete dela, e ficou mais feliz ainda por saber que ela estava se dando bem com suas amigas.
Quando terminou de comer, correu para o quarto e foi se vestir para mais um plantão. Ele estava sendo escalado para quase todos, e apesar de saber que aquele era o seu trabalho, estava se sentindo exausto demais. Pela primeira vez tinha conseguido descansar o suficiente e iria trabalhar sem olheiras. Terminou de se vestir e quando estava saindo, esbarrou com Draco.

—Já está saindo Weasley? - perguntou o amigo.

—Sim, mais um plantão pra minha conta. Você até que chegou cedo!

—Eu só sai do escritório, ainda tenho um monte de papelada pra olhar. É por isso que eu não quero essa vida.

—Porque você não tira umas fotos dessa papelada? Aposto que dá pra fazer um ótimo ensaio!

—Engraçadinho.

—Eu sou mesmo! Tenho que ir agora, mas será que pode me avisar quando a Hermione voltar? Obrigado! - saiu, sem dar tempo pro amigo responder.

—Ela saiu? Ah ótimo!

Gina e Hermione chegaram em um restaurante e Luna e Astória já esperam pelas duas. O lugar tinha um toque rústico e era muito bem iluminado, parecia ser um ambiente muito descontraído e aconchegante.

—Olha se não são as duas atrasadas! - disse Astória.

—A culpa não foi minha, não me falaram nem o horário. - disse Hermione.

—Gente, eu tenho um bebê em casa. Quando eu tava saindo, ele ficou me dando os bracinhos e chamando ‘mama’. Nenhuma de vocês iria resistir! - respondeu Gina.

—Tudo bem, James foi perdoado por ser o bebê mais fofo do mundo. - respondeu Luna.

—O mérito é todo meu! - disse Gina.

—Vem cá, olha pra mim Gina. - disse Hermione, virando o rosto da amiga para si.

—O que foi? Tem alguma coisa no meu rosto?

—Não, só queria ver se o James tem seus olhos.

—Aquela criança é a cópia do pai! - disse Luna.

—Você carrega nove meses, tem o parto e a criança nasce a cara do pai! - disse Astória.

—Exceto pelos olhos. - relembrou Hermione.

—Que isso gente, eu amo meu filho mais do que tudo! Depois que nasce, a sua menor preocupação é se ele vai parecer com você ou com o pai. Você só quer que ele esteja bem e feliz!

—Você falou como uma verdadeira mãe, estou orgulhosa de você Ginevra! - disse Astória, que foi fuzilada pelo olhar de Gina.

—Seu nome é Ginevra? - perguntou Hermione.

—Eu espero que quando eu tiver filhos com o... -.começou Luna, e todas olharam para ela.

—Com o? - perguntou Gina.

—Com alguém? - tentou ela.

—Desembucha Luna, queremos saber.

—O nome dele é Rolf e ele é policial. - disse Luna.

—Ui, algemas! - brincou Astória.

—Garota, você não presta! - disse Hermione.

—Nós só saímos algumas vezes, mas eu acho que dessa vez é sério...

—Essa era a emergência de ontem? - perguntou Hermione.

—Na verdade não, mas agradeça ao Ron. Ele me salvou! Falando nisso, como vocês estão?

—Estamos nos conhecendo de novo, quer dizer, eu estou conhecendo ele. As vezes isso é um saco, sabe? Não se lembrar de nada, mas até que está indo tudo bem. Ele só não para em casa.

—Harry me disse que ele tem sido escalado em quase todos os plantões. - disse Gina.

—E tem mesmo, parece até que não querem que ele saia do hospital. Harry e eu estamos combinando de pegar alguns plantões dele. - disse Luna.

—Ele vai adorar saber disso, muito obrigada! - respondeu Hermione - E você e o Draco? Como estão?

—Eu estou me sentindo em um jornal, sou a entrevistada da vez? - brincou Astória e todas riram.

—Pode postar, esse é meu trabalho. - disse Gina.

—Nós estamos... conversando. Ele ainda não está no momento certo da vida dele. - respondeu meio cabisbaixa.

—E você...?

—Teria voltado na primeira conversa que tivemos, mas ele está sendo muito racional. Está preocupado porque eu ainda vou voltar pra Paris, pelo menos uma vez por mês.

—Você não estava só de viagem? - perguntou Hermione.

—Surpresa!

—Não acredito! Isso é incrível Astória, mas você não vai sentir falta de lá?

—Na verdade, eu sinto mais falta de vocês mas não precisam sair por aí espalhando!

—Temos que beber pra comemorar. - diz Luna.

—Eu vou ficar só com um suco de laranja. - diz Gina

—Mas porque?

—Bom... digamos que eu vá ter que ficar só no suco por alguns meses!

—Você tá grávida? - perguntou Hermione.

—Sim, foi por isso que marquei esse jantar. Queria que vocês fossem as primeiras a saber! Depois do Harry, óbvio.

—Como você contou pra ele? – perguntou Luna.

—Comprei uma camisetinha pro James que estava escrito ‘’Promovido a irmão mais velho’’, foi o melhor que consegui pensar.

—Essa foi a coisa mais fofa do mundo! - disse Astória.

Todas a parabenizaram e se abraçaram. Tiveram um ótimo jantar e mais uma vez Hermione sentiu que fazia parte de algo. Ela podia não se lembrar, mas sabia que aquelas meninas eram extremamente importantes na sua vida. Se sentia bem para falar o que quisesse e se precisasse de qualquer coisa, sabia que seria acolhida. Ao final do jantar, Hermione viu uma figura conhecida sair da cozinha.

—Espera, aquela ali é a Lilá? - perguntou.

—A própria. Ela começou a trabalhar aqui no inicio do ano, é uma excelente de chef. - respondeu Luna.

—Então além de linda ela também sabe cozinhar? Ótimo isso ajuda muito a minha autoestima! - brincou Hermione, mas em sua fala tinha uma pontada de verdade.

—Tudo bem garota, chega de vinho pra você. Ela e Ron são apenas amigos! - disse Astória.

—Tem certeza?
—Ah pelo amor de Deus, vai me dizer que nunca reparou no jeito que ele olha pra você? - disse Gina.

—Só existe você no mundo ruivo dele! - reafirmou Luna.

—Tudo bem, tudo bem! - disse Hermione, erguendo os braços como forma de rendição.

Se despediram e foram em direção à seus carros, dessa vez Hermione voltaria com Astória. Antes de chegarem, um carro passa muito perto de Hermione e por um triz ela não é atropelada.

—Ai meu Deus, você tá bem?

—Estou sim, foi só um susto. Quer dizer, não dá pra sofrer dois acidentes em um ano ou dá? - brincou.

—Pelo amor de Deus, não brinca com isso. Se eu te levar arranhada pra casa, Ronald me mata!

Chegaram na casa de Hermione e com um pouco de insistência, Astória entrou junto com a amiga. Entraram pela porta da cozinha.

—Você devia dormir aqui, está tarde demais pra você voltar! - começou Hermione, mas se depararam com Draco ainda trabalhando na bancada.

—Astória? - disse ele.

—E eu. - respondeu Hermione.

—E Hermione. O jantar foi bom? - perguntou ele.

—Foi ótimo, vocês deviam começar a fazer um só pra vocês também! - disse Astória - Eu acho que vou ficar, Mione.

—Você pode dormir comigo lá em cima, já que o Ron está no hospital.

—Na verdade, você tem uma surpresinha no quarto Hermione. E você pode dormir comigo, se quiser. Ou eu posso dormir na sala.

—Vocês decidem e me chamem, eu vou subir e já volto!

Hermione entrou no quarto na ponta dos pés. Ron estava deitado na cama lendo um livro.

—Você não devia estar trabalhando? - disse ela.

—É muito bom ver você também. E sim, eu devia. Mas duas das minhas cirurgias foram canceladas e eu fui liberado. - disse se levantando da cama. Hermione notou que ele estava sem camisa, e não se acostumaria fácil com aquilo, mas definitivamente não era um problema.

—É muito errado eu ficar feliz por isso? - disse ela, se aproximando

—Não, está tudo bem. Como foi o seu dia hoje? - perguntou Ron, tirando o casaco dela.

—Foi ótimo e o seu? Conseguiu descansar?

—Sim, foi muito bom. Obrigado por aquilo. - disse bem próximo ao rosto dela, o ar quente invadia todo seu rosto. Seus narizes se encostavam e suas bocas a milímetros de distância.

—Espera só um pouquinho. - Hermione foi até a escada e gritou - Vocês já se decidiram?

—SIM! - escutou em resposta e voltou para o quarto, dessa vez fechando a porta.

—Aonde estávamos?

Ron não demorou muito e a beijou com tudo o que tinha dentro de si. Para Hermione podia ser estranho ele sentir saudades dela daquela forma, mesmo que por um período curto, mas seu corpo correspondia da mesma forma. Suas bocas se descobriam cada vez mais e seus corpos reagiam a cada toque. Ron sabia que nada poderia ser mais perfeito do que aquelas sensações que Hermione lhe causava. As mãos dela passavam por suas costas, ate chegar em seus cabelos. Ron desceu o beijo até o pescoço de Hermione, que soltou um gemido em resposta. Se perderam juntos por mais alguns instantes e depois de um último selinho, e se separaram. Sabiam que ainda não estava na hora. Os dois adormeceram juntos e abraçados, dessa vez sem se importar com os limites da cama.
Ron acordou por volta das 03:00 da manhã com o telefone tocando. Se desprendeu lentamente do corpo de Hermione, e praguejou baixo por quem estava ligando aquela hora. Desceu até a sala e atendeu, mas não era ninguém. Achou que estava ficando louco e foi em direção a escada, onde encontrou Astória.

—O que...- tentou dizer.

—Isso é um sonho, Weasley. Você está sonhando...

—Eu não sou tão tapado assim, mas também não sou fofoqueiro. - disse e voltou para seu quarto se perguntando se aquilo era mesmo um sonho, mas quando sentiu o corpo de Hermioe se aconchegar novamente em seu peito, sabia que não era.



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