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História Como tudo começou - Surpresa no vilarejo - História escrita por FoCsI_LaDy14 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Como tudo começou - Surpresa no vilarejo


Escrita por: FoCsI_LaDy14

Notas do Autor


Olá!

Hoje tem surpresa. Espero que gostem!

Capítulo 5 - Surpresa no vilarejo


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - Surpresa no vilarejo

Alguns dias depois…


Após cumprir com seus treinamentos, Saga prometeu tomar conta do trio, enquanto Aiolos levava o irmão até o vilarejo para consultar um médico. O menor passou a noite acamado e febril e isso deixou o mais velho ainda mais preocupado com a condição de seu irmãozinho.


Como de praxe, o médico fez algumas perguntas antes de chegar ao exame final e anotou tudo que foi dito por Aiolos. 


Aiolia abraçou forte o irmão, pois não tinha uma lembrança muito boa das outras vezes que havia ficado doente e temeu por ter seu bumbum picado novamente. Choramingou, assim que Aiolos levantou com ele no colo e o levou até a maca do consultório.


— Nau! Num me dessa, pufavô. — disse e se mexeu no colo, dificultando a vida do maior.


— É para o seu bem, Olia. Você está doentinho. — disse e o ajeitou no colo.


O médico vendo a cena foi até o garoto para ajudá-lo.


— Pode deixar comigo. — disse e pegou o pequeno que começou a chorar compulsivamente com ainda mais medo do que estava.


— Imão! — disse e estendeu os bracinhos para ele — Num dessa eu!! — disse e começou a soluçar em meio ao choro.


— Não precisa ter medo. Prometo que não vai doer. Acredita em mim? — disse e o colocou sentado na maca. 


Aiolia balançou a cabeça para os lados e se inclinou para o lado para ver o irmão. Estendeu a mãozinha pra ele, assim que o viu e parou de chorar assim que Aiolos a pegou.


— Desculpa, doutor… posso ficar aqui? O conheço bem e sei que se não segurar a mãozinha dele, ele não vai se acalmar.


O médico assentiu e pegou um palitinho da caixinha, olhando para o menor.


— Agora abra a boca bem a boca. — disse e viu o pequeno cobrir a boquinha e balançar a cabeça para os lados.


Aiolos suspirou e tocou as mãos sobre o rostinho, olhando para ele.


— Olia, não vai doer. Você já passou por isso antes. Por favor, não dificulte as coisas. — disse e viu o irmão aumentar o bico e bater nas mãos dele.


— Voxê é mau, Oios! Quelu i bola!! — disse aos berros, enquanto deixava mais lágrimas caírem.


O médico olhou para o maior e o viu passar as mãos sobre o rosto impaciente com as birras de seu irmão. Voltou para o menor e viu que se não fizesse algo, provavelmente não progrediria com o diagnóstico e consequentemente atrasaria os outros pacientes que estavam esperando por ele. Respirou fundo e foi até a mesa dele, abrindo uma gaveta para pegar um saco colorido, colocando ao lado do menor que olhou curioso em meio ao choro.


— Se parar de chorar e for bonzinho, poderá ficar com todos esses pirulitos pra você. O que acha? 


Aiolia passou a costa da mãozinha nos olhos e milagrosamente parou de chorar, apenas assentindo com a cabeça.


Aiolos cruzou os braços e balançou a cabeça para os lados com um sorriso nos lábios. 


Você é um em um milhão mesmo, leãozinho. — pensou ao lembrar do modo carinhoso como Shion chamava o menor.


— 


Não muito longe dali, alguém espreitava o dono da barraquinha de pães que fazia uma venda para uma de suas clientes assíduas. O menor resolveu se aproximar furtivamente para aproveitar o momento oportuno e se esgueirou por trás das caixas e barris, a fim de pegar o maior pão que havia ali. 


O pequeno voltou a espiar e ouviu a barriga roncar forte, pois estava há mais de um dia sem comer. Pôs a mão sobre o abdômen e lembrou das palavras do outro garoto que lhe deu as instruções, antes de levá-lo até aquela parte do vilarejo.


“Você já é grandinho e precisa me ajudar. Além do mais, não vão ver você. Já sabe o que fazer. Pegue o pão, corra e não olhe para trás.”


Assim que o homem se virou para pegar um saco de papel, o pequeno foi até um cesto e pegou o maior pão que havia ali, mas acabou chamando a atenção da mulher.


— Ladrão! — gritou, assustando o menor que saiu em disparada, enquanto abraçava forte aquele pão e corria o máximo que podia.


Os gritos de “pega ladrão” ecoaram pela rua e logo viu seu plano ir água abaixo, quando bateu de frente com um homem e caiu sentado.


Olhou para cima, vendo o homem robusto lhe olhar seriamente e apertou os olhos ao sentir os cabelos serem puxados para que se levantasse. 


— De pé, seu ladrãozinho de merda! De pé! — disse e o arrastou pelos cabelos mesmo, levando-o até o dono da barraquinha de pães. — Aqui está o ladrãozinho. — disse e viu o homem se aproximar dele.


— Tão pequeno e já é um marginal…


O pequeno segurou as lágrimas e olhou envergonhado para a roda de curiosos que se formou ali. A mulher que comprava os pães balançou a cabeça para os lados, mostrando o quanto reprovava o seu ato, assim como os demais.


— O que vai fazer com ele?


— Eu não vou fazer nada. Não vou sujar minhas mãos com esse lixo. — disse e deu as costas, voltando para seu posto.


— Ah! Então é isso? Não vai fazer nada e deixá-lo solto, para amanhã ou depois ele vir a fazer o mesmo? 


— Faça você, então! — rebateu — Já disse que não vou fazer nada. Agora me deixe trabalhar! 


O homem bufou com a atitude do outro e voltou a caminhar, arrastando o pequeno com ele até um beco próximo dali. 


Abraçado ainda no pão, foi largado contra a parede e sentiu uma dor terrível ao ser chutado.


— Espero que lembre disso, quando pensar em roubar alguém de novo… — disse e continuou chutando.


Próximo dali, Aiolia chupava um pirulito, enquanto era levado no colo pelo seu irmão de volta para o santuário. A dor da picada foi tão ruim quanto a que lembrava, mas pelo menos dessa vez havia algo para compensá-la. 


Assim que passou pelo beco, viu que havia um homem chutando algo, mas não consegui ver direito o que era pelo tamanho dele. Curioso, bateu a mãozinha no ombro do irmão e falou para ele:


— Imão… óia! Óia lá! — disse e apontou para o homem.


Aiolos ajeitou ele no colo, pensando que deveria ser alguma outra coisa que Aiolia havia visto no caminho e continuou. 


Vendo que o irmão havia ignorado, o pequeno puxou os cabelos dele, o que fez com que parasse. 

— Ai! Droga! Qual o seu problema?? — disse e o colocou no chão — Agora vai caminhando até lá, só pela sua malcria…Aiolia! — tentou chamar a atenção, mas o mesmo acabou correndo até o beco — Aiolia, volte aqui! — disse e foi atrás, segurando o braço dele e o viu olhando a cena.


O homem pegou o pão que o pequeno segurava e o jogou no chão, pisando em cima. Saiu dali e olhou para os dois menores que olhavam estarrecidos e os ignorou, voltando para sua banca.


Aiolos se agachou na frente do irmão e olhou para ele.


— Fique aqui e feche os olhos, está bem?


— Tá bem. — disse e cobriu os olhos com as mãozinhas.


O maior foi até o garoto que jazia imóvel no chão, receando o pior e o virou com cuidado, vendo o sangue escorrer de sua boca. Fechou os olhos, apertando o punho, mas para sua surpresa ouviu um pequeno gemido.


— Você está… — disse e olhou para o lado, se certificando que Olia estava ali e voltou o olhar para o outro — Não se preocupe. Não vou deixá-lo aqui. — disse e o pegou no colo, aproximando do irmão — Vem, Olia. Vamos para casa.


Aiolia tirou as mãozinhas do rosto e olhou para cima, vendo a cabeleira loura do garoto e puxou a roupa do irmão.


— Imão… eie tá…? — perguntou e escondeu o rosto na perna dele. 


— Não. Não está. Agora, vamos. 


Aiolia obedeceu e seguiu o irmão em silêncio. Sabia que aquele garoto estava ferido, pois não se mexia, mas continuava com a dúvida se ele realmente estava vivo ou não.


Nau. Meu imão nau meti. — pensou.


Chegando lá, Aiolos pegou um caminho alternativo, driblando a guarda do santuário e pediu para Aiolia ficar de olho no garoto.


— Mai, eu tenhu medo.


Aiolos se agachou ficando na altura do irmão, segurou os ombros dele e olhou seriamente.


— Você precisa ser forte e enfrentar o seus medos, Olia. Você não quer ser cavaleiro um dia? — perguntou e viu o irmão assentir — Então, seja forte. Eu prometo que volto logo.


— Tá. — disse e sentou no chão, ainda evitando de olhar para o garoto.


— Eu já volto. — deu um beijinho no topo da cabeça dele e saiu dali rapidamente atrás do amigo.


Aiolia encolheu as pernas e as abraçou, colocando o rosto apoiado nos joelhos. Ouviu alguns gemidos e apertou ainda mais as pernas com medo. Lembrou das palavras de seu irmão e respirou fundo antes de tomar uma atitude. 


— Á-gua… 


O pequeno se levantou e estufou o peito. Se virou, aproximando devagar do garoto e parou ao lado dele. Se sentiu bobo por sentir aquele medo desnecessário e se ajoelhou ali, tocando no rosto dele.


— Voxê tá cum dodói?


O louro abriu os olhos e virou o rosto, vendo o outro ali. Apertou os olhos ao tentar mexer o braço e desistiu de se mexer.


— Tô. Tá doeno.


Aiolia se entristeceu com a condição do pequeno e começou a cantar uma cantiga infantil, enquanto fazia carinho nos cachos dourados, assim como o irmão fazia com ele quando estava doente.


O garotinho abriu os olhos ao ouvir a canção cessar e olhou para o outro.


— Quem é voxê?


— Aioia. E voxê?


— Mio.


— Mio? — coçou a cabeça — Mio di gato?

O outro revirou os olhos e os apertou porque se mexeu.


— Nau! Bulo! Mio como maçã.


— Nau sô bulo, idota! — cruzou os braços aborrecido.


— Voxê qui é, buda moie!


— I voxê… voxê é cala de cueca!


— Mas o que é isso, Aiolia?!


Aiolia arregalou os olhos ao ouvir a voz do irmão e olhou para ele sorrindo sem graça.


— Eie começô…


— Mitila! Eu nau! Eie! 


Aiolos revirou os olhos e pegou o irmão no colo. 


— Já chega disso! Os dois quietos, agora! 


Saga se aproximou de Aiolos e tocou em seu ombro, apontando com a cabeça em uma direção. O mais novo olhou e viu outro garotinho olhando para eles, ao mesmo tempo que segurava uma florzinha nas mãos.


— Droga. Isso não é bom. 


— Não mesmo… — Ei, garoto! Venha aqui! — disse Saga ao se aproximar, mas acabou afugentando-o.


— Droga, Saga! Vamos logo. Vamos sair daqui! 


— Tá bem! — disse e pegou Milo no colo e o levou dali. 


Aiolos fez o mesmo com o irmão e o seguiu até os dormitórios. Sabia que teria que dar explicações ao grande mestre por ter levado alguém para o santuário sem o seu consentimento, mas estava disposto a pagar o preço que fosse, pois não havia se arrependido de seu ato.


Assim que abriu a porta, Saga parou ao ver DM jogando um rolo de papel higiênico para o alto, enquanto Shura e Afrodite pulavam para puxar o pedaço de papel pendurado na luminária.


— Mas o que é isso??!


Aiolos esbarrou no outro e olhou para a cena.


— Por todos os deuses do Olimpo… não faz nem dez minutos que saímos daqui.


Os mais velhos entraram ali e Aiolos fechou a porta.


— Calma, Saga… eles são crian…


— Limpem isso já!!!



Notas Finais


Só queria encher a cara daquele homem que bateu no Milo de porrada. Affff


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