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História Como tudo começou - Destinos traçados - História escrita por FoCsI_LaDy14 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Como tudo começou - Destinos traçados


Escrita por: FoCsI_LaDy14

Notas do Autor


Olá, amados!

Passando pra deixar mais um capítulo pra vocês.

Boa leitura!

Capítulo 28 - Destinos traçados


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - Destinos traçados

Arrasado com a atitude de Saga, Aiolos seguiu atrás dos menores, enquanto sua cabeça fervilhava com mil pensamentos. Não conseguia ainda acreditar que seu amigo tivesse feito aquilo com a desculpa de estar estafado. Ele próprio tinha o mesmo trabalho, sem falar que andava treinando muito mais do que antes para o torneio que estaria por vir.


Ao se aproximar do outro quarto, parou por um instante tentando conter as lágrimas e assim que abriu a porta, viu os pequenos reunidos ao redor de Angel e Giovanni. Sentiu um aperto em seu peito ao ver todos unidos em um abraço e entrou, passando a chave para depois se unir a eles. 


Se aproximou, agachando em frente a eles e os abraçou, ouvindo o choro baixinho, não se contendo e derramando algumas lágrimas em silêncio. 


— Não importa o que aconteça daqui por diante... — fungou. — Eu jamais vou permitir que alguém encoste um dedo sequer em vocês. Ninguém! Isso é uma promessa. — disse e olhou para os pequenos com os olhos marejados.


Aiolia abraçou o irmão forte, chorando agarrado em seu braço. Não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas só de ver seu irmão daquele jeito, foi mais do que suficiente pra desabar em lágrimas. 


Shaka que estava ao lado, olhou para a cena sem saber porque seu coraçãozinho doía tanto e fechou os olhinhos, derramando uma lágrima.


Camus olhava tristemente, lembrando dos momentos difíceis que teve em sua pouca vivência e sentiu um vazio por ver Aiolos sofrendo. Ele, que sempre mantinha um sorriso em seus lábios não importava a situação, agora parecia completamente fragilizado. O pequeno ruivinho baixou o olhar tristemente e ouviu um choro baixinho do seu lado e olhou para seu amigo que chorava com as mãozinhas sobre os olhos. Sem pensar, o puxou para um abraço e encostou a cabeça no ombro dele.


Aldebaran era o mais sensibilizado. Chorava sem se importar, apenas triste por ver aquele que se tornou uma das pessoas mais doces e importantes de sua vida chorar daquele jeito e continuou grudado em Angel e Giovanni, mantendo a mãozinha agarrada a uma mecha do sagitariano.


Shura olhava para Aiolos, ao mesmo tempo em que abraçava Angel e segurava a mão de Giovanni. Por mais que aquele momento mexesse profundamente com seu ser, não conseguiu derramar uma lágrima sequer. Queria poder ajudar seus amigos e ver Aiolos sorrir novamente, mas naquele momento aquilo estava fora de cogitação.


Giovanni estava de cabeça baixa. Pensava tantas coisas, que mal conseguia saber ao certo do que tinha mais raiva. Sabia que estava longe de ser como os outros e quando viu Saga bater nele, não se importou com a dor e quanto menos demonstrava se importar com aquele castigo, mas apanhava. Foi então que ouviu o choro de Angel. Aquilo foi demais para ele. O Italianinho nunca havia se afeiçoado a alguém antes, mas isso mudou ao colocar os olhos em Angel pela primeira vez. Tinham lá suas brigas, mas sempre estavam juntos. Odiava vê-lo sofrer e odiava mais o fato do pisciano se apegar mais a Saga do que ele. Fechou os olhos, lembrando da mágoa no olhar do amigo ao ser surrado por aquele a quem tanto admirava. Após o grego se cansar e afastar deles, abraçou o amigo que chorava baixinho em seu peito, pois não tinha se acostumado àquilo, diferente dele. Olhou para Saga com raiva, jurando a si mesmo que se ele voltasse a encostar no seu amigo, o mataria depois. Mesmo que isso significasse sua morte depois.


Angel derramava as lágrimas, sentindo a pele ardida e lembrando do olhar de Saga no momento que batia neles. Lembrou de como o grego costumava ser gentil e carinhoso, ainda que às vezes não tivesse paciência para as traquinagens dos menores. Contudo, com ele era diferente. Se considerava seu preferido e sempre fazia de tudo para que o maior o enxergasse dessa forma, mas Aiolos sempre estragava seus planos. Saga parecia ignorar o mundo quando o mais velho estava por perto e isso fazia seus sentimentos mais obscuros aflorarem a cada dia que passava. Recordou de uma noite que deixou todos dormirem e foi até o quarto do mais velho, observando-o dormir tranquilamente. Após colocar o travesseiro sobre o colchão e subir devagar para não acordá-lo, pegou o travesseiro e olhou para a expressão serena no rosto do mais velho e antes que pudesse fazer algo, foi pego pela sua própria consciência. Por fim, acabou desistindo e saiu dali antes que fosse visto. O fato é que por mais que sentisse ciúmes e raiva do maior, não conseguia entender como ele podia agir da mesma forma com todos. Mesmo com ele. Lembrou de todos os momentos que Aiolos se mostrou disposto a ser amigo dele e como reagia a isso. Agora, vendo-o sofrer daquela forma por conta do que aconteceu, se perguntou se era mesmo por causa deles ou por sua amizade com Saga. Tudo estava comprometido e no fundo, ele tinha razão.


Aiolos não sabia se sentia mais mal por ver seus pequenos(ainda que os mesmos não fossem tão apegados a ele) machucados ou mal por ver seu amigo irreconhecível. Já havia notado algumas coisas estranhas acontecerem nesses dois anos que viviam com os pequenos juntos deles, mas nada que pudesse de fato fazê-lo agora com tamanha crueldade. Soube aos pouquinhos a história de cada um e como tiveram dificuldades com tão pouca idade e não conseguia perdoar Saga pelo que havia feito com o italianinho e seu pequeno admirador. Logo eles. 


Tentou se recompor, afastando os menores para se levantar e olhou para eles. 


— Não chorem. Por favor, preciso que sejam fortes por mim agora. — disse e passou a mão na cabeça do irmão que imediatamente havia grudado em sua perna.


Ouviu o som da porta se bater e respirou fundo. 


— Shura. Leve os meninos para o outro quarto. Por favor. 


O espanhol chamou os pequenos com ele e olhou para o leãozinho que ainda estava grudado na perna do irmão.


— Olia… vamos. — disse e viu o pequeno balançar a cabeça para os lados.


Aiolos colocou as mãos sobre o rosto do menor e acariciou os fios castanhos.


— Olia, eu prometo que fico com vocês depois, mas deve ir com os outros agora. — disse e viu o pequeno levantar a cabeça para olhá-lo.


— Não. Não quero ver você triste. — esfregou os olhos e viu o irmão se agachar de frente para ele.


— Não vai ver. Olha! — pegou a mãozinha dele e passou no rosto. — O mano não tá mais triste. — disse e forçou um sorriso. — Agora, vá com Shura. Prometo que logo estarei com vocês. 


— Tá. — passou a costa da mão sobre o rostinho úmido e deu a mãozinha para Shura, seguindo-o para fora do quarto.


Aiolos voltou seu olhar para Angel e Giovanni e se aproximou, olhando para eles. 


— Eu vou cuidar de vocês. Juro que ele não vai tocar em um fio que seja de vocês dois. Eu prometo. — disse e notou que tanto um, quanto o outro pareciam não se importar com a presença dele ali. 


— Vem, Gio. Eu vou cuidar de você. — puxou a mão do amigo e deu um passo, mas Aiolos o impediu. 


— Não, Angel! Eu já disse que eu vou cuidar de vocês dois. — Angel olhou para ele seriamente e sorriu de lado. 


— Não precisa mais fingir. Não tem mais ninguém aqui. — disse e viu o menor olhar para ele surpreso.


— Fingir?


— É. Você não se importa com a gente. Nunca se importou, só finge ser bom pra todos gostarem de você. Agora, licença! — desviou do cavaleiro, puxando o outro e parou próximo da porta. — Angel morreu. Pra você e o restante, Afrodite. — disse e saiu dali, puxando a porta.


Aiolos suspirou profundamente e se levantou para procurar pelos outros.


Afrodite? — pensou e sorriu fraco com o jeitinho bravo do pequeno. Crianças.


— 


Saga seguiu para Rodorio atrás do irmão, pois precisava desabafar sobre tudo que havia acontecido mais cedo. Estava arrependido de ter feito aquilo, ainda mais por ver Aiolos lhe tratar com tamanho desprezo logo depois. Não suportava a ideia de se afastar de seu amigo e também tinha uma certa afeição pelas crianças, mas depois de ter feito aquilo com os que tinha mais afinidade, considerou mesmo se afastar por ser uma possível ameaça para qualquer um deles. 

 

Ao chegar na casa onde Kanon estava morando, abriu a porta e viu que o quartinho estava vazio. 


Onde ele se meteu agora? — pensou e decidiu ficar por ali até o irmão retornar. 



Mu terminava de ler um livro, quando ouviu algumas batidas na porta da biblioteca. Olhou para a porta, vendo Shion entrar por ela e abriu um grande sorriso.


— Mestre! — se levantou da cadeira e foi até ele para abraçá-lo. Sentiu a mão do mais velho pelos seus fios e pegou a mão dele, puxando até a mesa. — Vem! Quero mostrar pro senhor o que eu fiz. 


— Certo. — seguiu ele e viu o menor lhe estender as mãos com alguns mapas estelares feitos por ele próprio. Abriu um sorriso, orgulhoso de seu pupilo e encostou a mão em sua cabeça. — Sempre soube que seria especial. — sentou na cadeira e respirou fundo. 


Mu notou que o olhar de Shion havia mudado e se aproximou, se escorando de costas para a mesa para ficar de frente pra ele. Passou a mão sobre o lenço vermelho que havia ganho na última viagem até Jamiel e olhou receoso. Sabia que seu mestre tinha algo a lhe dizer e seu olhar denunciava que não iria gostar nada do que iria ouvir.


— O que houve, mestre? — perguntou e viu o maior apoiar o cotovelo no braço da cadeira e por a mão sobre o rosto.


— Mu… eu preciso falar com você a respeito de seu futuro.


— Meu futuro? — perguntou e viu seu mestre estender a mão até ele. Aquilo não era um bom sinal. — O que tem pra me dizer? 


Shion viu o menor ainda parado, ignorando o braço estendido e se ajeitou na cadeira, repousando as mãos sobre o colo.


— Você precisa ir pra Jamiel. — disse e viu o menor fazer bico, levemente irritado com a notícia.


— De novo? Não faz nem um mês que fui pra lá, pai…


O maior suspirou. 


— Eu sei, mas agora é definitivo, Mu. É chegada a hora de se tornar aquilo para que estou lhe preparando nos últimos anos.


Mu entreabriu os lábios, pensando no que aquilo significaria e baixou o olhar.


— Longe daqui… mas o senhor vai comigo, não vai?


— Infelizmente não, meu pequeno. Não posso deixar o santuário. — disse e viu o menor lhe olhar tristemente. 


— Quando irei pra lá? — passou a costa da mão nos olhos e olhou pra ele, tentando não chorar.


— Três dias. 


Mu assentiu e pegou os mapas, junto do livro que lia. Shion sentiu um aperto por ver o menor daquela forma, mas não tinha o que fazer. Era seu destino.


— Licença. — disse e saiu dali sem olhar nos olhos do mais velho.


Preciso ver meus amigos antes de partir. — pensou, enquanto seguia para seu quarto.



Notas Finais


Obrigada por lerem!


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