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História Como um Clichê Shoujo - 06; Tão impossível quanto não assistir Naruto - História escrita por wang-yale - Spirit Fanfics e Histórias
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História Como um Clichê Shoujo - 06; Tão impossível quanto não assistir Naruto


Escrita por: wang-yale

Notas do Autor


JESUS eu tava muito ansiosa para postar.
isso pq esse foi um dos capítulos que mais me deu trabalho e o qual eu mais gostei de escrever KKKJ
Isso deveria sair somente no próximo sábado, mas eu não podia deixar vocês sem capítulo por tanto tempo, né? Então, resolvi postar mesmo sem ter terminado de escrever o próximo.

/SPOILER/:beijodetaena?kkkkkkkkqviajeehesaveikkkkgadod+

Boa leitura <333

Capítulo 6 - 06; Tão impossível quanto não assistir Naruto


Fanfic / Fanfiction Como um Clichê Shoujo - 06; Tão impossível quanto não assistir Naruto

Capítulo 6:

Tão impossível quanto não assistir Naruto.

 

É uma manhã ensolarada — corta-se o agitada — em que Hana está grudada no piso do refeitório do dormitório. E não de uma maneira boa, antes fosse.

Esfrega e esfrega o chão incontáveis vezes. A manga da farda enrolada até o cotovelo e a saia não protegendo os joelhos que relam contra o chão. O cabelo está amarrado e, mesmo assim, permanece bagunçado. Ela passa o braço contra a testa para retirar uma pequena gota de suor, implorando para que saia logo daquele tormento.

E ela sairia se não fosse pela senhora que cuida do dormitório aparecer a cada dois minutos a elogiando pela boa ação.

Boa ação uma ova, ela pensa, Tudo culpa daquele maldito...

E além de estar praticamente se matando para limpar aquele piso, ainda tem de ouvir Nayoung na cadeira bem acima de onde ela está limpando, sentada e com o celular na mão, falando de Naruto a cada dois segundos. Hana já não suportava mais.

— Eu sei que é muito errado shippar Kakashi e Sakura, mas que diabos eu vou fazer? Eu shippo eles até minha bunda!

Eis que seria uma boa pesquisar no Google: Como fazer sua amiga parar de falar de KakaSaku a cada dois míseros segundos.

— Eu sei que você também shippa, não se faça de inocente para cima de mim, Hana.

Hana parou de esfregar o chão por um segundo para olhar para o rosto de Nayoung, que esperava uma resposta da amiga. Resposta essa que demoraria a vir. As sobrancelhas da mesma se rangeram uma contra outra.

— Não, não shippo. — disse seca. Nayoung pareceu chocada, abrindo a boca lentamente para só depois apontar um dedo bem na cara de Hana.

— Que história é essa? — berra. Alguns poucos alunos do dormitório olham a cena. Hana morde os lábios para não ter de xingar Nayoung. — Vai me dizer que você é como Siyeon? Que shippa os forçados do Sasuke e Sakura?

Hana só queria sair daquele inferno. Continuar esfregando...

— Sim. — rebate curta. Nayoung solta um leve grito interno.

— Não acredito em você! — Hana não a encara, preocupada demais em terminar a limpeza naquele chão. — Era mais fácil shippar Hinata e Sasuke, ‘tá ouvindo?

Puta merda! — esbraveja, atraindo outros olhares. Ela está com o rosto ardendo em fúria. — E qual é o motivo para você estar falando nisso quando já é bem notável como o anime acabou? Vai assistir Boruto e larga do meu pé, que saco.

Nayoung não disse uma palavra depois daquilo. Zangada? Talvez. Mas Yoon Hana também podia ser considerada como uma pessoa sincera quando bem entendia. E nada mais seria verdade do que aquilo.

No final de Naruto o que realmente prevaleceu foi NaruHina e SasuSaku. E pronto.

 

 

Banheiro do dormitório limpo? Checado.

Cozinha? Oh yes.

Gramado aparado? Tsc, quem falou de gramado?

E ela até tentaria fugir, segurando um balde de água cheio na mão e um pano sujo na outra, os pés descalços quase escorregando pelo piso liso do corredor, se não fosse pelo demônio aparecer em sua frente bem no momento em que ela fingiria ter acabado com tudo.

Sua mente teve um leve error404 e ela acabou caindo de bunda no chão. E não, o demônio não a ajudou nem a levantar.

— Já terminou tudo? — ele pergunta frio. Ela tem quase certeza do que responder, mas não parece muito certo.

— Sim. — ela diz, temendo a réplica do menino.

Longos segundos se passam. Segundos intermináveis em que ela e ele não param de se encarar. Ela pensa em dizer a verdade, mas quando vê, ele já está virando as costas para ela e seguindo outro caminho pelo corredor extenso. Ela suspira, aliviada e cansada também.

— Você está bem? — Siyeon aparece, estendendo a mão para que a amiga se levante. Hana aceita a ajuda e logo em seguida estranha a presença da menina ali.

— O que você está fazendo aqui? Não está vindo para o dormitório também, não é? — a amiga nega. — Então...?

— Vim ver Nayoung, ela me pediu uma ajuda.

Sei bem a ajuda que ela quer, pensa Hana.

— Ah, aliás... — Siyeon se encosta perto do ouvido de Hana para lhe contar algo, e Hana está curiosa para ouvir. — A relação entre você e o demônio negro não parece a relação entre o Kakashi e a Sakura?

PELO AMOR DE DEUS!
           
— Ah, não, até você? — Hana se afasta, irritada.

Siyeon a encara sem entender bulhufas nenhuma.

— Mas é sério, cara. — ela ri. — Kakashi é todo quietinho e o demônio é do mesmo jeito, enquanto a Sakura é toda esquentada e fala até demais.

— Não, você se enganou, eu não sou assim. E não me venha mais falar sobre esses dois, por que eu já não aguento mais.

E ela sai de lá com fumaça saindo pela cabeça, não longe o bastante para não ouvir o que Siyeon grita a seguir:

Mas o Kakashi não era seu senpai master?

E sim, era.

 

 

Hana está com o cabelo bagunçado e os joelhos estão doendo por causa daquele maldito piso. Mas nada foi pior do que quando ela viu o príncipe branco sair de dentro do escritório e a encarar, abrindo um sorriso em seguida.

— E então, vamos sair?

E nem sequer havia conseguido responder. Ela só concordou, mesmo que suas roupas não estivessem lá apropriadas para um encontro. E ela não se importou em ter saído com ele com o uniforme da escola, mesmo em um dia de sábado ensolarado.

Se Ten Chittaphon já era bonito dentro do colégio, fora dele ele conseguia se superar. O raio de sol que batia contra o seu rosto o deixava tão lindo... Como um verdadeiro anjo. E Hana não conseguia parar de encará-lo, disfarçando sempre que ele a olhava para perguntar algo.

As pessoas estavam olhando para eles... Na verdade, Hana sabia que todo mundo estava olhando para ela. Imaginem só uma garota sem graça ao lado de um cara totalmente deslumbrante? É realmente admirável, pelo menos para ela.

Mas algo a fez sentir mais vergonha do que toda a atenção que estava recebendo.

Seu estômago acabara de roncar. Muito alto.

O rosto dela empalideceu no mesmo instante em que Ten a encarou. Ele lhe mostrou um sorriso doce logo em seguida.

— Você está com fome, não é? — ela abaixou um pouco o olhar. — Tudo bem, me diga onde você gostaria de comer.

E mesmo naquele instante, se o coração de Hana já estava apaixonado acima do limite, ele conseguia se superar.

Logo atrás deles, — algo que ninguém tinha visto — estavam Siyeon, Nayoung e o garoto que Hana havia salvado em seu primeiro dia no dormitório, chamado de Chin-Hwa, ou somente Chin para simplificar as coisas.

— Estamos mesmo fazendo certo? — Nayoung perguntou, arrumando os óculos. — E se ela pensar que estamos seguindo eles...

— E não é isso que estamos fazendo? — Chin se posicionou atrás da garota, enquanto Siyeon observava os dois pombinhos atrás de uma estátua qualquer naquela rua movimentada.

— Eu estou queimando nesse sol, Siyeon, ande logo.

Que merda é essa?

Voz sombria. Os três perseguidores viraram suas cabeças lentamente, todos ao mesmo tempo, somente para dar de cara com Lee Taeyong em pé, observando-os com os olhos ameaçadores que tinha.

— N-Na verdade... — Siyeon foi a primeira a falar, levantando-se e coçando a nuca. — É... — seus olhos tremeram e pararam em Nayoung. — Nay, você que nos trouxe até aqui! O que pensa que está fazendo?

A amiga arregalou os olhos, surpresa. Em seguida, apontou o dedo para a cara da outra.

— Você que nos fez seguir o príncipe! — logo, ela tampou a própria boca. Chin e Siyeon a mataram com os olhos. O demônio a encarou sem nenhuma expressão aparentemente.

— Ah, então é isso? — ele disse, sério como sempre. — Que idiotice.

— O que você está fazendo aqui, Taeyong? — Chin perguntou, aproximando-se do garoto.

O demônio não respondeu.

— Certo... Vamos continuar andando, né, pessoal? — Siyeon disse, levantando o braço como se fosse uma guia turística. Os amigos concordaram.

Mas se fosse trágico o bastante para eles terem sido descobertos por ninguém menos que o demônio Taeyong, algo ainda estava para piorar. E foi logo quando Nayoung começou a andar e tropeçou em algo. Algo que ela nem sequer tinha notado, mas era a ponta de pedra da estátua. Seu corpo caiu contra o chão quente e os óculos saltaram de seu rosto, tudo para passar uma bicicleta por cima e os quebrar. Definitivamente.

Nayoung deu um berro. E não foi por causa da dor de ter caído.

— Meus óculos! — gritou, choramingando internamente. Todo mundo encarou a cena, alguns cochichando entre si, outros rindo secretamente.

Siyeon e Chin foram até a amiga, mas isso depois de terem ouvido o barulho e virado os rostos para dar de cara com o rosto amassado da garota. Humilhação pública era seu pior pesadelo.

— Vocês vão querer desenhar a situação ou vão ficar só parados com essas caras de bunda? — por incrível que pareça, o autor dessa pergunta era ninguém menos que Lee Taeyong.

E o mais incrível foi o que aconteceu a seguir, quando ele segurou o braço da garota e a ajudou a se levantar. Os dois amigos ficaram chocados, analisando a situação.

— E-Eu... É... — Mesmo que a visão de Nayoung estivesse embaçada, ela ainda conseguia notar o rosto do demônio. O cabelo dele debaixo do sol ficava ainda mais vermelho, contrastando seu olho. — Obrigada... — ela abaixou o olhar, envergonhada.

— Tome mais cuidado por onde anda. — e assim ele saiu andando na frente dos outros, com as mãos enfiadas no bolso da calça. Chin pegou os óculos do chão e entregou para Nayoung. Os vidros estavam rachados, mas pelo menos ainda dava para enxergar algo.

E depois da humilhação pública e pós-salvamento, vamos até onde está o príncipe Ten e Yoon Hana, dentro de uma lanchonete no meio da cidade. E para a sorte de Hana, não estava tão movimentada.

Dois pratos de hambúrguer com fritas? Confere.

— Eu sempre acabo pedindo isso... — ela diz, envergonhada.

— Hã? Você vem aqui com frequência? — ele pergunta, parecendo chocado. Ela concorda.

— Eu costumava vir aqui com meus pais quando eu era do fundamental...

— Interessante. — ele sorri. — Eu nunca tinha vindo aqui antes, me parece realmente legal. — então ele para sobre o rosto da garota. Ela se agita mentalmente, pensando se não tem algo errado com ela. Então, o dedo do príncipe vai até sua bochecha. — Tem um pouco de molho aqui.

Ela vibra. O coração acelera e suas pernas tremem. Chittaphon retira o molho e aquele simples ato deixa Hana em chamas, com os olhos vergonhosos e ao mesmo tempo agitados. Ele sorri quando limpa o rosto dela.

Tum, tum, tum... Batimentos cardíacos acelerados? Claramente sim.

Está quente... E meu cabelo solto como está não me ajuda em nada. Além disso, tem um ventilador bem acima de nós. O que eu virei agora? Uma pervertida?

— Ei! Você não deveria correr! — uma garçonete grita com alguém, mas Hana está pensativa demais para prestar atenção em algo.

Pequeno acidente logo à vista. Um menino pequeno está agitado, agarrando a roupa da garçonete que está, como sempre, com a bandeja de comida na mão. Ele grita, ela diz que ele não deve correr. Entretanto, ao agarrar a manga do uniforme da moça, um copo de suco acaba por derrapar de cima da bandeja até em cima de alguém. E de quem? Isso mesmo. Yoon Hana, a azarada.

Todo mundo olha para a mesa dos dois estudantes. Hana só sente o líquido gelado escorrer por sua farda. Ela grita internamente.

— Ah, minha nossa! — a garçonete grita. — Me desculpe, moça. — ela olha para o garoto agitado. — Você, peça desculpas! — ela deixa a bandeja sobre a mesa e agarra o braço do menino, que começa a chorar.

— Eu vou pegar um pano. — o príncipe diz.

Que barulhento”, algumas pessoas sussurram entre si. Hana sente o rosto esquentar.

— Eu quero meu suco! Suco! — o pequeno berra, chorando. A garçonete parece envergonhada.

— Por Deus, fique em silêncio... — ela está agitada. Então, de repente, Hana pega seu copo de suco e aponta contra o rosto do menino, que para com seus gritos e a encara. Hana sorri.

— Você gosta de suco de laranja? — ela pergunta. Os olhos do menino brilham. — Tome, pegue. É todo seu.

E assim ele o faz, ingerindo logo em seguida. A garçonete parece nervosa quando pega sua bandeja de volta.

— Oh, me desculpe, moça. Eu vou pagar por isso.

— Não, não precisa. Não precisa me pagar.

— Tem certeza? — Hana assente. — Tudo bem... Desculpe-me, de novo. Isso não vai se repetir.

O príncipe está olhando-a com uma toalha na mão, ele sorri.

— Você é muito gentil, Hana-ssi... — ele parece estar surpreso. Hana sorri sem jeito, analisando a própria roupa, agora coberta de suco. Ia dar um trabalhão limpar aquilo...

— Eu sinto muito, Ten! — ela diz, o príncipe não entende. — Você comprou o suco para mim e eu acabei dando para outra pessoa...

— Ah, tudo bem. — ele sorri e em seguida, coloca a toalha sobre a cabeça da garota, onde metade do cabelo está molhado com o líquido. — Se sairmos assim, talvez você pegue uma gripe.

E por que diabos ele era tão gentil?

 

 

— C-Chittaphon-ssi... Isso é meio... hm...

— Hana, não precisa ficar com vergonha, deixe-me ver.

Ela abre a cortina do vestiário nervosa, o coração acelerado. O príncipe a olha parecendo surpreso, depois ele lhe manda um sorriso sincero. A moça da loja tem a mesma reação.

— Está lindo em você. — ele diz, segurando a garota pelo ombro e arrastando-a até o espelho, onde ela pode finalmente ver seu reflexo.

— Eu estou... Bonita? — a sensação de se sentir bonita aquece seu coração e ela tem vontade de gritar. A atendente, ao seu lado, confirma o que o príncipe já havia dito antes.

— Sim, você está incrível.

Pela primeira vez em milênios ela sente que aquelas palavras são reais. Ela realmente está se sentindo bem com si mesma. Não há nenhuma voz em seu subconsciente a dizendo que ela é feia.

Ela finalmente se sente bem.

Há um vestido preto em seu corpo, um pouco curto, mas nem tanto. E seu par de tênis nos pés? Ela não quis tirá-los.

— Deixe-me pagar por isso. — Chittaphon já está a tirar o dinheiro da carteira quando a menina segura seu braço.

— Não! Deixe-me pagar! Não posso te fazer gastar comigo!

Ele entrega o dinheiro para a mulher. Um pouco tarde demais, diria.

— Está tudo bem, Hana. Eu raramente gasto dinheiro. E isso é para te ajudar. Não poderia te deixar sair toda molhada no meio da rua.

Ela cora. As mãos vão até o babado do vestido e ela escuta os próprios batimentos cardíacos.

— Sendo assim... Tudo bem, eu acho.

— Casais do ensino médio são adoráveis, não é? — ela escuta a atendendo dizer para a outra, no caixa.

— São mesmo. Eu adoraria ter um namorado assim. — a outra responde.

— Eu também.

E depois daquilo Hana quase teve um infarto dentro da loja.

 

 

— Me desculpem a demora, a fila estava enorme. — Chin chega à mesa com o prato de hambúrguer de cada um. As meninas agradecem, exceto Taeyong, que ainda está com mesmo rosto sério desde que chegou. — Não me diga que você queria sorvete, Taeyong-ssi.

O demônio o encara.

— Não, não queria.

Chin se senta ao lado de Siyeon, enquanto Nayoung está ao lado do demônio, sentindo-se frustrada a cada passo que dá para pegar a comida.

— Deve ser legal ser alguém bonito como você, Taeyong. — Chin fala de repente, Siyeon quase cospe a comida. O demônio o encara. — Pode ficar com qualquer garota que você quiser.

Nayoung chuta a perna do menino por debaixo da mesa. Ele faz uma careta.

— E quem disse que eu ligo para isso? — ele encara a janela, enquanto Nayoung e Siyeon olham para ele.

— Então você não está interessado em ninguém? — o garoto pergunta, o demônio estreita os olhos.

Nayoung não sabe o porquê, mas se sente interessada na resposta do garoto.

— Não. — ele responde curto. Em seguida, completa: — Mas tem alguém que me irrita.

Coincidência ou não, Ten e Hana acabam passando em frente à lanchonete bem no momento da fala. Siyeon solta um grito.

— Olhem lá! — os outros olham também. — É a Hana e o príncipe!

— Não acredito, ela está muito diferente, não está? — Nayoung observa a amiga.

— Eles dois não parecem um casal, andando desse jeito? — Chin quase pula sobre Siyeon para conseguir enxergar. — Vamos segui-los, anda! Quero saber para onde eles vão.

— Calem a boca. — o demônio pede, irritado.

 

           

Há duas escadas que ligam a um só lugar no centro da cidade. E é exatamente ali que o grupo de amigos e os pombinhos se encontram, ao mesmo tempo, após subirem diferentes escadas. Eles se entreolham, surpresos. Chin começa a dar risadas nervosas, acompanhado de Siyeon. Nayoung coça a nuca, envergonhada.

Hana os encara surpresa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — ela pergunta, mas nenhum deles a responde.

— Que coincidência, não é? — Chin olha para Siyeon, a garota acena com a cabeça em uma concordância exagerada.

— Ah, Hana, este é Chin-Hwa, o garoto que você salvou do demônio naquele dia.

Hana está surpresa, ainda esperando a resposta de sua pergunta. Mesmo assim ela cumprimenta o garoto, dando uma pequena curvada.

— Siyeon estava te seguindo. — é Nayoung quem revela, Hana arregala os olhos enquanto Siyeon e Chin praticamente batem na garota com os óculos quebrados.

— O que? Mas... Qual o motivo?

— Na verdade, eu não estava te seguindo. Eu só... Vi vocês no meio do caminho e resolvi acompanhar, sabe... — ela coça a nuca ao mesmo tempo em que quase fecha os olhos.

— Não minta. Você os seguiu desde que estavam saindo da escola. — Chin disse, sério.

— E você também, seu bastardo!

— O que disse?

Dois briguentos, Nayoung e Hana sérias e Chittaphon analisando a situação.

— Ah, onde está o demônio? — Siyeon pergunta ao olhar para trás e não notar o corpo do maior. Os outros fazem o mesmo.

— O que? — Hana quase grita, nervosa com a citação do garoto.

— Taeyong estava com vocês? — é a vez de o príncipe perguntar, surpreso. Siyeon concorda, indiferente. — Entendo...

— Ah, nós temos que ir, rápido! O dormitório fecha cedo dia de hoje! — o menino olha no relógio em seu pulso. Todos gritam ao mesmo tempo.

— Deve ser por isso que o demônio não está mais aqui. — Nayoung olha para o chão.

— Eu não tenho nada para fazer em casa, será que eu posso ir com vocês, pelo menos um pouco? — Siyeon praticamente agarra o braço de Hana, choramingando.

E eles vão, gritando e correndo no meio da rua até alcançarem o dormitório, que está a quilômetros de distancia. E em uma dessas corridas, Hana quase tropeçou e deu de cara no chão, se não fosse Nayoung tê-la segurado pelo braço.

E se já não bastasse todo o tumulto bem às cinco e meia da tarde, a chuva começa a despencar do céu, deixando todo mundo encharcado. Inclusive, a roupa tão querida de Hana que o príncipe havia comprado. Ela chora internamente.

Faltando poucos segundos para o sinal de recolhida tocar, eles finalmente chegam ao pátio. A senhora que cuida do dormitório está com a chave na mão, girando para que a porta feche. Mas é só quando todo mundo começa a gritar e abanar as mãos que ela os enxerga, ensopados e com os cabelos grudando. Quando ela abre a porta, todo mundo praticamente cai um sobre o outro, exaustos da corrida.

E quando todos já estão secos — tudo graças à senhora que ajudou com aquecedores e roupas — eles foram diretamente para algum lugar no dormitório que se parecia com uma sala. Mas para azar, ou não, Lee Taeyong estava sentado em um sofá que ficava na ponta, próximo a outros dois que ficavam de frente. Lá, sozinho, com os braços cruzados. E foi só notar todas aquelas pessoas que ele soltou uma bufada alta, como se estivesse zangado.

Siyeon, Nayoung e Chin se sentaram em um dos sofás — por mais que Chin estivesse mais preocupado com a tempestade lá fora, visto que se levantava a cada minuto para olhar a chuva pela janela — e no outro sofá estavam Hana e Chittaphon, como um verdadeiro casal do colegial, usando casacos iguais com cores diferentes.

E Hana teve certeza que a senhora, ao entregar aquelas roupas, os deu aqueles casacos iguais propositalmente. Vai ver ela achava que eles eram um casal. Hana adoraria isso.

— Ah, cara, chegamos bem em tempo. — Chin estava parado próximo à janela, analisando as gotas no vidro. Nayoung concordou.

— Eu vou pegar chá para nós. — Hana apressou-se em pegar a xícara e distribuir o chá entre elas, na mesinha do centro. Mas um trovão atravessou a janela e o barulho do trovejado fez a garota quase derrubar o chá. Chin praticamente soltou para o sofá, medroso.

E Hana também tinha medo de trovões.

O príncipe segurou em sua mão, quando ela já tinha distribuído as xícaras. Ela chocou-se com o contato e encarou o rosto dele. Mas tudo que o príncipe fez foi colocar o dedo sobre o lábio e fazer um shii para ela.

Hana tremeu.

Estava de mãos dadas com o príncipe. Mãos estas que estavam escondidas debaixo da mesinha. Hana corou violentamente.

No sofá da ponta, Tayeong permanecia com a expressão séria de sempre, os braços ainda continuavam cruzados.

— Eu preciso ligar para a minha mãe e dizer que estou com vocês, se não ela me enche o saco. — Siyeon parecia estar com medo de atravessar o corredor, hora ou outra o verificando. — Vamos comigo, Chin?

— O que? Você pode ir sozin...

— Vamos, por favor. — se estiver lendo isso, pode parecer que ela o pediu de maneira fofa ou delicada, como qualquer um faria. Mas a verdade é que ela lançou para o garoto o pior olhar que tinha, e o modo como falou aquilo pareceu que ia assassina-lo.

E lá foram Siyeon e Chin, agarrados pelo braço, virando o corredor a fim de encontrar o telefone que fica pendurado na parede.

De repente, escuro. Os olhos de Hana não enxergavam nada nem se ela quisesse. Nayoung deu um grito.

— Essa não, falta de energia? — Hana só viu a silhueta da amiga na janela.

— Aposto que isso vai acabar logo, ou pelo menos eu espero. — o príncipe parecia querer acalmar Hana, visto que a jovem estava segurando sua mão com mais força.

Já foi contado que, além de medo de trovões, Hana também tem medo de escuro? Para ser mais precisa, somente a quedas de energia. Ela tem medo que nunca mais possa ver a luz novamente quando se tem as quedas. E sim, aquilo era estranho.

— Vou pegar a lanterna. — Chittaphon disse. Logo em seguida, olhou para Hana, mesmo que nem ela e nem ele estivessem se enxergando. — Volto já, tudo bem?

Ela não queria que ele fosse, estava com medo. Mas mesmo assim, concordou. E teve que dizer sim para concordar. O príncipe soltou sua mão, no momento em que ela mais estava precisando.

— Eu vou com você. — era a voz de Nayoung, acendendo a lanterna do celular para conseguir enxergar o caminho.

Silêncio. O mais obscuro silêncio.

Hana fechou os olhos por um instante, com medo. E além do medo de quedas de energia, ela também tinha medo de espíritos durante o escuro. Medrosa demais? Claramente.

Ela quis gritar quando sentiu alguém a abraçando, mas ficou em silêncio e deixou a respiração pesar contra o peito. Então, a voz de Taeyong sussurrou contra seu ouvido:

— Você não consegue ficar quieta, não é? — ela não entendeu, mas as batidas de seu coração se intensificaram.

— O-O que você está...

O demônio mordeu sua orelha. Ela gritou baixinho.

Shii... — ele sussurrou rente ao seu ouvido. — Vai querer que todos escutem?

O que estava acontecendo? Ela se perguntou, receosa. O rosto violentamente corado, mas não que alguém pudesse ver. Então, ela virou o rosto para o demônio e ele a fitou, no meio daquela escuridão provocante. Quando Hana notou, a mão dele estava deslizando pela coxa dela, e ela teve que se controlar para não acabar chamando atenção.

— O que você está... Fazendo? — ela não conseguia falar. Ou melhor, ela não tinha condições de falar. Sua mente estava embaralhada. E por algum motivo em específico, ela gostou quando os lábios do demônio colaram contra os dela naquele instante. O instante em que ela não sabia se sentia medo ou excitação. O instante em que seu coração gritava mais que qualquer órgão em seu corpo.

Sentiu-se culpada quando cedeu ao beijo, mas por mais que quisesse negar, estava gostando da sensação. Aquela sensação que ela não sabia dar nome, mas sabia que estava sentindo.

O demônio mordeu o lábio inferior da garota quando se separaram do beijo, e ela sentiu as sobrancelhas juntarem-se com o choque. E mais choque do que isso foi quando ela sentiu algo em seu pescoço, como uma picada ou sabe-se-lá-o-que.

Chupando. Ele estava chupando seu pescoço. Hana tremeu.

— E-espere... Você não... Eles estão voltando. — a respiração dela atingiu o rosto dele, mas o demônio não se importou. Então, ele segurou o rosto dela com a mão.

— E você acha que eu me importo?

Os olhos dela se arregalaram quando ouviu a voz do príncipe e os passos largos voltarem.

— Pessoal, está tudo bem? — o príncipe perguntou. Em seguida, jogou a luz da lanterna contra o rosto quieto de Hana. A menina estava com as mãos juntas. Ele sorriu ao encará-la. — Me desculpe por deixa-la sozinha.

Ela demorou um pouco para notar a presença dele, estava pensativa. E quando o notou, balançou a cabeça.

— Não, não precisa se desculpar.

— Está tudo bem? — Hana não soube responder aquela pergunta. Mas disse que sim.

Então, de repente, a luz voltou. Hana respirou de alívio.

— Ah, cara, o que foi isso? — Chin apareceu rapidamente, com Siyeon agarrada ao seu braço, parecendo um ser que havia falecido. — Eu nem consegui me mover!

— Ainda bem que a luz voltou, não é? — Nayoung foi ajudar Siyeon, que praticamente se jogou nos braços dela.

O príncipe sorriu para Hana e a garota também sorriu, mas um sorriso nervoso e cheio de preocupações. Então, quando ele olhou para o pescoço da menina, viu a marca. Uma pequena marca avermelhada. Seus olhos ficaram estreitos e ele olhou para o demônio de soslaio, que estava sentado no sofá olhando para o celular em mãos.

O príncipe permaneceu desconfiado, mas não ousou perguntar nada para a garota.

Hana, por outro lado, ficou relembrando a mesma cena quando tentou dormir. Então, ficou se perguntando o porquê de seu coração ter batido tão rápido quando o demônio a tocou.

Não, aquilo deveria ser impossível.

Muito impossível.

Tão impossível quanto não assistir Naruto ou, então, tão impossível quanto Kakashi e Sakura juntos.


Notas Finais


a verdade é que 50% do meu ser shippa kakashi e sakura rs


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