Jungwon estava sentado em sua cama com os braços cruzados enquanto explicava detalhadamente para sua mãe o que havia acontecido. Quando terminou de contar, ela o encarou com os olhos arregalados.
- Eu fico feliz que você tenha feito um bom ato – começou – No entanto, acho que você se meteu em algo muito perigoso.
- Não teve perigo nenhum, mãe – ele deu de ombros.
- Jungwon, não conhecemos essas pessoas, se eles estão envolvidos com esse tipo de coisa, podem estar envolvidos com coisas piores – ela foi firme.
- O que você quer dizer com isso?
- Quero dizer que você está proibido de andar com esse garoto – ela continuou.
- O QUÊ??? – ele a encarou chocado – Você não pode fazer isso.
- Eu posso porque acredito que é para o seu bem.
Jungwon olhou para ela e balançou a cabeça.
- Que seja.
- Jungwon, você sempre foi um bom garoto e nunca deu trabalho – sua mãe continuou – Espero nunca mais ficar sabendo que você escapou da escola.
Dito isso, ela se virou e saiu andando, enquanto Jungwon a encarava com um enorme bico. Quando ela já estava longe, ele se jogou na cama e deu um longo suspiro.
- Não estou fazendo nada de errado – ele falou consigo – Por que eu deveria parar?
De fato, Jungwon não parou de andar com Jay, pelo contrário. Assim que o viu entrar na sala de aula no dia seguinte, ele abriu um enorme sorriso e o acompanhou com o olhar até ele sentar na classe atrás da sua.
- Como está a sua mãe? – perguntou.
- Melhor – Jay assentiu – Ela está descansando.
- Que bom – o mais novo sorriu – Ah, e sobre o trabalho, precisamos continuar fazendo, mas não vai poder ser na minha casa...
Jay tirou o caderno da mochila e o encarou.
- Sua mãe ficou brava, né? – ele perguntou algo que já sabia – Eu disse que você não devia ter matado aula, ainda mais daquele jeito.
- Eu não ligo – Jungwon deu de ombros.
- Mas eu ligo – Jay revidou – Não quero te dar problemas.
- Você não está me dando problemas.
- Qual é, eu sou um problema ambulante.
Jungwon ia revidar, mas naquele momento a professora pediu atenção e ele precisou se virar para a frente.
O resto da manhã seguiu de forma rápida, o mais novo ainda estava sofrendo um pouco para se adaptar com a nova escola, enquanto Jay dormiu a metade do tempo. Quando as aulas por fim terminaram, Jungwon achou que era melhor que eles fizessem o trabalho na escola mesmo, pelo menos sua mãe não poderia reclamar, afinal de contas ele estava estudando. No entanto, como a biblioteca estava cheia como sempre, eles pegaram alguns livros e foram para a sala de aula vazia para fazer o trabalho.
Jungwon colocou sua classe de frente para a de Jay e eles começaram a fazer anotações do que ainda faltava. Eles ficaram assim por um longo tempo, até que o mais novo largou o lápis e sorriu. Jay olhou para ele, confuso.
- O que houve?
- Eu acho que é confortável – Jungwon respondeu – Ficar assim com você, você não acha que é confortável?
Jay pensou sobre aquilo e então assentiu um pouco tímido. Era realmente confortável, de forma como nunca tinha sido com ninguém antes.
- Jay – ele o chamou.
O mais velho olhou para ele novamente e Jungwon abriu um largo sorriso. Ele então ficou o encarando e sorrindo por todos os ângulos, para fazê-lo sorrir também, mas tudo o que conseguiu foi deixar o outro envergonhado.
- Eu já te disse, não tenho motivo para sorrir.
- Nem comigo? Você não quer sorrir quando está comigo?
Ele insistiu novamente e ficou procurando pela direção do olhar dele enquanto sorria. Por fim, derrotado, Jay deu um leve sorriso que ele já não estava mais conseguindo segurar.
- Ah! Você sorriu – agora Jungwon sorriu ainda mais – Sinto que acabei de ver algo muito raro, como uma estrela cadente.
- Não exagere – Jay ficou envergonhado e se tornou sério novamente – Vamos trabalhar.
Jungwon deu uma risadinha e assentiu, mas antes de voltar ao trabalho, ele tirou o celular do bolso.
- Vamos tirar uma foto!
- Por quê? – Jay não entendeu.
- Recordação de momento – o mais novo explicou – Não quero esquecer desse momento.
- É sério? – Jay não estava acreditando.
- É sério – Jungwon não fez cerimônias e ergueu o celular, capturando ambos na tela – Faça uma pose.
Ele fez o sinal de “V” com os dedos e sorriu enquanto observava Jay ficar um tanto confuso, olhando para a câmera sem saber o que fazer. É verdade que ele nunca tinha tirado uma foto com ninguém, ele nunca teve amigos para tal coisa, então como saberia?
- Faça o sinal de “V” com as mãos, assim como eu – Jungwon sugeriu e o viu imitá-lo um pouco sem jeito.
Ele sabia que não ia conseguir fazê-lo sorrir para a câmera, aquilo já era demais, então se contentou com sua expressão um pouco séria. Ele bateu a foto e sorriu ao vê-la, era a primeira foto que eles tinham juntos.
- Satisfeito? – Jay perguntou – Podemos voltar ao trabalho agora?
Jungwon assentiu e então pegou a caneta e voltou a escrever, mas em seu rosto havia um sorriso que ele não conseguia desfazer.
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Já estava no final da tarde quando eles terminaram o trabalho. Jungwon tinha se responsabilizado por digitar a parte de Jay e o mais velho estava muito agradecido, já que ele não tinha um computador. Eles caminharam lado a lado por um pedaço da calçada, até que cada um teve que ir para um lado.
- Eu vou por ali – Jay apontou para a esquerda.
Jungwon assentiu, mas antes que o outro pudesse se mexer, ele se aproximou e o abraçou. As orelhas de Jay avermelharam no mesmo instante, tudo bem que aquela rua não era movimentada, mas eles estavam em público e Jungwon o estava abraçando por motivo nenhum.
- Por... por que você está fazendo isso? – ele perguntou.
O mais novo se afastou e sorriu.
- Despedida – disse – Volte em segurança.
E sem dizer mais nada, ele se afastou e saiu andando para o lado oposto. Jay ainda ficou algum tempo parado lá, sentindo seu coração bater forte no peito.
Quando Jungwon chegou em casa, ele foi correndo tomar banho e sentou em frente ao computador para digitar toda a parte de Jay. Mas apesar de ter um longo trabalho pela frente, ele não se lembrava da última vez que tinha se sentindo tão feliz.
O mais maluco era que não tinha acontecido nada.
Ele já tinha digitado duas páginas quando pegou seu celular e foi até a galeria para ver suas fotos. Assim que olhou para a foto que ambos tiraram, ele sorriu como um bobo.
- Ah, eu estou ficando louco – ele apoiou o rosto nas mãos e sorriu sozinho.
Depois de chegar à conclusão de que tinha mesmo enlouquecido, ele abriu o aplicativo de conversa e procurou pelo contato de Jay. Eles ainda não tinham trocado nenhuma mensagem por ali, então ele ficou pensando o que podia dizer, mas no fim apenas enviou a foto com a mensagem “esqueci de te mandar antes, essa não é a foto mais bonita do mundo?”.
Do outro lado, Jay estava esquentando o jantar quando seu celular vibrou em cima do balcão. Ele o pegou para ver quem era e se surpreendeu ao olhar para aquela foto. Por um segundo, um sorrisinho escapou de seus lábios.
- Bobo – disse em voz alta.
“Obrigado”, foi a resposta que Jungwon recebeu. E ele estava esperando receber algo assim mesmo, sem sequer um emoji ou qualquer outro assunto. Jay era mesmo muito previsível, mas por algum motivo ele adorava aquilo.
- Eu estou mesmo, mesmo maluco.
Ele olhou para a tela do computador e suspirou, esticando os dedos para voltar a digitar.
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Quando chegou o dia da entrega do trabalho, Jay achou que aquela era a primeira vez na vida que ele tinha se esforçado e entregado um trabalho digno de ser lido por um professor. Ele tinha gostado muito de estudar aquele javali e realmente se sentia conectado ao animal, mesmo que isso não fizesse sentido. Do outro lado, Jungwon também tinha laços por aquele tatu, o que facilitou para que ele tivesse gostado de fazer o trabalho. Claro que, o fato de tê-lo feito com Jay era o mais importante, mas isso já era outra história.
Na hora do intervalo, ele estava se preparando para seguir o mais velho para onde ele fosse, quando um de seus colegas o chamou. Eles iriam jogar jogos de tabuleiro na biblioteca e queriam que ele participasse, desde que chegou ele não tinha tanta inteiração com os colegas, especialmente agora que vivia seguindo Jay para todo o canto.
Assim que recebeu o convite, ele olhou direto para o mais velho.
- Vá com eles – ele disse – Vou subir para fumar um pouco.
E sem dizer mais nada, Jay se levantou e saiu, deixando-o para trás. Jungwon olhou para os demais colegas e assentiu, acompanhando-os até a biblioteca.
Eles se juntaram em uma mesa e o tabuleiro foi colocado em cima. Rapidamente, cada um escolheu uma cor e formaram times. Jungwon não conhecia aquele jogo, mas as garotas lhe explicaram rapidamente. E então, por alguns minutos, ele realmente se divertiu ali com eles.
Até que o garoto que estava sentado do lado oposto da mesa abriu a boca.
- Ei novato – ele perguntou de repente, atraindo sua atenção – Qual é a sua com o estranho do Jay?
Ao ouvir aquilo, sua expressão se fechou no mesmo instante.
- O que você quer dizer?
- Sei lá, o cara é muito esquisito, mas você vive grudado nele desde que chegou – o garoto deu uma risadinha.
- Ele não é esquisito – Jungwon sentiu sua raiva começar a crescer – Você não devia falar assim dele.
- Por que não? Ele é seu namorado?
Assim que disse aquilo, o garoto deu uma nova risadinha debochada e Jungwon se levantou. Rapidamente, todos perceberam que aquela provocação iria acabar em briga e as garotas começaram a pedir para que eles parassem, mas agora Jungwon já estava furioso.
- Cala a boca – mandou.
- Por quê? Estou falando a verdade? – o garoto se levantou para revidar.
- Já chega! – uma garota interrompeu e segurou Jungwon pelo braço – Se acalme, não dê bola pra ele.
Mas aquele garoto já tinha estragado o clima, então Jungwon apenas se soltou do braço dela e saiu andando para longe da biblioteca, mesmo que os demais tivessem pedido para ele ficar.
Ele ainda estava furioso enquanto subia as escadas até o telhado e continuou assim até ver Jay apoiado no cercado, fumando despreocupado. Assim que o viu, sua raiva desapareceu no mesmo instante.
- Hum? – Jay perguntou ao vê-lo ali e apagou o cigarro no mesmo instante – O que houve? Você não ia jogar?
- Estava tedioso – ele respondeu e tomou impulso para se sentar no cercado – Aqui é melhor.
Ele começou a balançar as pernas no ar e olhou para baixo, eles estavam bem alto ali, mas como não tinha medo de altura, ele não se importou.
- Ei – Jay disse – Desça daí.
- Por quê?
- É perigoso.
Jungwon balançou as pernas mais uma vez e riu.
- Não tem graça – Jay estava nervoso com aquela cena, se esforçando ao máximo para manter a compostura.
- Por quê? Você vai ficar triste se eu morrer? – Jungwon o provocou.
Ao ouvir aquilo, Jay sentiu uma pontada na cabeça e seu coração disparou no peito, o medo tomando conta de todo o seu corpo.
- DESÇA DAI!!! – ele gritou.
Jungwon levou um susto e desceu no mesmo instante, parando em frente a ele. Até então ele estava apenas brincando, não achou que aquilo fosse mesmo deixar o outro nervoso daquele jeito – até porque não tinha como ele de fato cair, a não ser que se jogasse. Aquela foi a primeira vez que ele viu Jay bravo e não podia negar que tinha ficado um pouco assustado.
- Desculpe... – disse sem jeito.
- Não faça mais brincadeiras ridículas assim – Jay respondeu e saiu andando depressa, desaparecendo de vista.
Jungwon ainda ficou um tempo parado lá sem entender, até por fim decidir acompanha-lo. O sinal tocou quando ele estava no meio do caminho, então quando voltou para a sala, a maioria dos alunos já estava por lá. Jay tinha acabado de entrar e ele correu atrás dele, mas assim que pisou ali, sentiu que a atmosfera estava estranha.
De repente, todo mundo virou o rosto e os encarou ao mesmo tempo. Jay também tinha freado e estava parado ao seu lado um tanto confuso.
- Então vocês dois estão mesmo namorando, hein? – o garoto que o tinha provocado mais cedo falou, um sorriso maldoso nos lábios.
- O que diabos você está falando? – Jay perguntou.
A garota que estava sentada na classe em frente a eles estendeu seu celular um pouco sem jeito, ao que Jay conseguiu ver que ali haviam várias fotos deles tiradas no dia em que tinham ficado sozinhos na sala de aula para terminar o trabalho. Numa delas, ele próprio sorria. Na última, os dois estavam abraçados na calçada.
Alguém claramente os tinha perseguido.
- Isso é ridículo, vocês não têm nada melhor pra fazer? – ele perguntou enraivecido.
- Então é por isso que você sempre fica quieto? – o garoto que iniciou tudo falou de novo – É porque você é um gay reprimido?
Assim que ele disse isso, várias pessoas riram e Jay estava prestes a ir socar o rosto dele quando Jungwon correu em disparada para fora da sala, colidindo com o professor que estava entrando na sala. Quando o viu correr, Jay abandonou a briga e ignorou o garoto totalmente, indo até sua mesa e pegando sua mochila. E então ele correu, sem dizer mais nada.
Assim como o imaginado, Jungwon estava sentado no mesmo canto isolado do pátio onde esteve da última vez que isso aconteceu. Ele estava segurando o peito e respirava com dificuldade, então Jay se ajoelhou diante dele e abriu a mochila, puxando lá de dentro um saco de papel.
- Respire aqui – pediu.
Os olhos de Jungwon estavam arregalados enquanto ele respirava o mais fundo que conseguia. Por instinto, Jay levou a mão direita à cabeça dele e o afagou devagar, até que ele se acalmasse. Novamente, ele teve aquela sensação estranha de que já tinha vivido algo assim, e nada tinha a ver com a última vez.
Aos poucos, o mais novo foi se acalmando e sua respiração normalizou. Quando por fim voltou ao normal, sua expressão estava um tanto abatida.
- Desculpe – ele disse – É minha culpa.
- Por que seria sua culpa? – Jay não entendeu.
- Eu cedi às provocações daquele garoto mais cedo na biblioteca, então ele quis revidar com algo pior.
- É uma mentira ridícula – ele respondeu – Realmente não importa.
Ao ouvir aquilo, Jungwon ficou um pouco triste, mas assim que olhou para o saco de papel em suas mãos, um sorriso se formou em seus lábios. Jay olhou para o lado e viu que ele estava sorrindo, o que fazia menos sentido do que toda aquela situação.
- Não entendo – ele disse confuso – Por que você está sorrindo?
- Porque você estava carregando esse saco de papel na sua mochila, por que razão seria se não fosse para me ajudar? – Jungwon respondeu – Além disso, você até mesmo acariciou os meus cabelos, eu fiquei feliz – assim que disse isso, o sorriso em seu rosto triplicou de tamanho, de forma que seus olhos quase desapareceram.
- Oh – Jay respondeu um pouco sem jeito – Eu só...
- Obrigado – o mais novo agradeceu sinceramente – Obrigado por cuidar de mim.
Jay assentiu.
- Vamos voltar?
Quando estavam de volta na sala, o professor deixou que eles entrassem depois de saber que Jungwon havia tido um ataque de pânico – ele mesmo disse aquilo em voz alta, sem se importar que os demais ouvissem. Eles então sentaram em seus lugares e aquele garoto não ousou dizer nada, não até o final da aula.
Jungwon já estava guardando seus livros na mochila quando ele começou de novo.
- O que foi aquilo mais cedo, crise de pânico? – ele riu – Vocês foram se pegar nos arbustos, não foram?
Jay estava prestes a revidar, mas Jungwon o freou com a mão.
- Eu cuido disso – ele encarou o garoto com os olhos em chamas.
- O quê? Você vai negar? Eu tenho provas – o garoto apontou para seu celular e riu.
- Não vou negar, eu sou gay, super gay – Jungwon disse em um tom sombrio – Mas eu nunca vou gostar de você, tenho certeza que você tem um pinto pequeno no meio das pernas – declarou – Desculpe, eu só gosto dos grandes.
Ao ouvirem aquilo, todos os demais arregalaram os olhos e o próprio garoto ficou paralisado, sem qualquer reação. Até mesmo Jay estava com os olhos arregalados naquele momento. Jungwon parecia tão... inofensivo? Então, como podia ser que...???
- Eu só vou te dizer isso uma vez – ele bateu a mão na classe no outro, fazendo-o tremer – Se você ousar fazer mais uma piadinha sem graça sequer sobre mim ou sobre o Jay, você vai pagar caro por isso, entendeu???
Dito isso, ele ajeitou os óculos no rosto, pendurou a mochila nos ombros e deu as costas, saindo da sala. O garoto ainda ficou petrificado no lugar, sem saber o que fazer. De repente, a sala inteira ficou muda.
- Jay – Jungwon chamou da porta, atraindo novamente a atenção dos demais – Vamos, a gente tem que se pegar nos arbustos ainda.
Alguns alunos seguraram o riso, eles estavam achando Jungwon muito legal por ter virado as provocações que recebeu daquele jeito. Jay ainda estava um pouco assustado quando levantou e o acompanhou para fora da porta.
Os dois caminharam em silêncio pelo corredor e saíram pelo portão da frente. Quando já estavam longe da escola, Jungwon olhou para ele e sorriu de forma inocente.
- Devíamos comprar algo na loja de conveniência? – perguntou – Queria comer algo doce.
Jay estava ainda mais assustado agora do que antes.
- Como... como você faz isso?
- Faço o quê? – o mais novo não entendeu.
- Agora você parece outra pessoa – ele foi sincero.
- Eu só sou legal com quem merece, e por enquanto você é a única pessoa aqui que merece – ele deu de ombros – Aquelas pessoas pediram pela minha hostilidade, só estou dando o que eles merecem.
Jay piscou duas vezes, surpreso.
- Desculpe, é estranho – ele foi sincero.
- O quê?
- Você.
- Por quê?
- Porque em um momento você parece frágil e no outro você nos defende daquele jeito – disse – Foi muito legal, mas ao mesmo tempo eu fiquei assustado, como se você fosse duas pessoas.
- Talvez eu seja – deu de ombros – Você não vai mais gostar de mim por isso? – ele perguntou de forma inocente.
- Pelo contrário – Jay respondeu de imediato e logo se deu conta do que tinha dito, suas bochechas corando – Quer dizer, eu... achei legal como você não se deixou abater por aquelas provocações, foi realmente legal.
Ao ouvir aquilo, Jungwon deu um largo sorriso.
- Obrigado – disse – Você quer beber leite de morango? Fiquei com vontade.
Jay deu uma risadinha e balançou a cabeça.
- OH! – o mais novo deu um salto, contente – De novo! Mais uma estrela cadente! Eu devia fazer um pedido, o que eu peço?
- Tsc – Jay deu um empurrãozinho no ombro dele.
- Eu peço para que o Jay sorria todos os dias – ele falou enquanto unia as mãos.
- Para com isso – o outro respondeu sem jeito.
Jungwon riu e o carregou para dentro da loja de conveniências. Naquele dia, ele comprou leite de morango, chocolate e pão de milho e fez Jay comer todas aquelas coisas, até que eles por fim se separaram, seguindo para lados opostos.
Enquanto caminhava até em casa, Jay só pensava que tinha mesmo conhecido uma pessoa muito diferente, mas que ao mesmo tempo lhe era muito familiar.
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