História Confidente - I. Minho e a proposta.

-O que aconteceu pra você estar tão felizinho ultimamente, hyung?- Jisung questionou desconfiado.

-Não posso estar feliz?- Minho retrucou o loiro.

-É só que... você está assim desde voltamos de viagem.- Comentou vagamente.

-E isso lá é culpa minha?- Minho estalou a língua, se fazendo de sonso.

Óbvio que tinha motivo, tinha dividido o quarto apenas com Han, então estava feliz, mas jamais admitiria isso para ele.

-O que você quer, garoto?- Bufou.

-Que me ensine a ser como você.- O Han exigiu. Era íntimo o suficiente para pedir aquele tipo de coisa, mas, isso não evitou uma expressão assustadoramente surpresa no rosto do Lee.

-Ensinar o que?- Riu alto, voltando a prestar atenção em seu celular.

-Qual é, Lino!- O loiro bufou. -Você enlouquece as stays no palco sem fazer quase nada!- Resmungou. -E as fãs só me acham fofo. Eu quero ser sexy.

-Jisung.- Suspirou.

-Sim?

-Vai chupar um prego.- Virou pro canto, tentando voltar a dormir.

-Meu Deus, como você é chato!- Cruzou os braços. Não iria arredar o pé dali.

-Dá o fora.- Disse em tom sério.

Aquele moleque só podia estar tirando uma com a cara dele.

-Você podia me ensinar algumas coisas...- Sussurrou constrangido.

-Tipo?- O Lee se sentou, ficando frente à frente com o menino.

-Eu não sei...- O loiro corou, de repente, sentindo-se constrangido demais.

-E por que acha que eu seria útil...?- As mãos do Lee tocaram suavemente suas coxas, causando pequenos arrepios que se espalharam por todo o corpo do outro. -Deveria pedir ao Hyunjin ou o Bangchan.

-Mas, eles estão bem mais ocupados.- Jisung desviou o olhar, tentando controlar a própria respiração ao sentir o aperto se intensificar.

-Qual é, Sungie... pode mentir melhor que isso.- Aproximou mais o rosto, estava bem próximo do pescoço do menor.

-Por que...- O loiro fechou os olhos com força quando a boca do maior tocou seu pescoço. -Você é bonito... e... parece saber o que fazer... Quero ter uma performance bonita, parecida com a sua.

Pronto, Minho já sorria satisfeito e com o ego amaciado.

Quer dizer, ter Han Jisung falando para si que era bonito, daquele jeitinho todo bobo, era um bom prêmio.

-Vou pensar no seu caso..- Minho riu soprado, empurrando o menino contra a cama.

Jisung pareceu surpreso, quer dizer, era comum o Lee fazer aquele tipo de brincadeira, mas, geralmente não era tão próximo assim.

-Por favor, hyung.

-O que eu ganho com isso?

-Eu faço o que você quiser.- Jisung resmungou, já imaginando que ficaria encarregado das tarefas do Lee por pelo menos um mês.

-Não devia me dar uma opção dessas, Jisung.- O dançarino disse em tom sério.

Minho sabia exatamente o que queria, tinha liberdade pra falar...? É, o suficiente.

Francamente, ele sabia que suas brincadeiras com Jisung eram retribuídas, e que em algum momento, aquilo acabaria acontecendo de forma "orgânica", mas... Por que não acelerar o processo?

-Eu quero transar com você.- Disse como se não fosse nada demais.

-O que?!?- Jisung o encarou sem acreditar. -Hyung, eu tô falando sério!- Bufou.

-Eu também.

-Você é um babaca.- Jisung reclamou, erguendo-se.

-Qual é, Jisung. - Resmungou. -Faz quase um ano que eu não tenho tempo nem pra bater uma punheta, e sei que você também não tem.

-Esquece.

[ . . . ]

-E aí?- Questionou calmamente, vendo Jisung revirar os olhos.

-Já tomou senso?- O loiro resmungou, ruborizado e com uma expressão desgostosa.

-Queria tomar outra coisa.- Riu soprado.

Jisung lhe encarou incrédulo.

Não que não tivesse pensado naquela proposta descarada pelo menos umas três vezes nas últimas cinco horas. Mas, não sabia como aceitar.

Quer dizer, sabia muito bem que havia certas situações no grupo... Hyunjin, Felix e Changbin eram uma, e nunca deram problemas para o grupo.

-Posso pensar um pouco...?- Arriscou, vendo o outro voltar a fechar a expressão. 

-Óbvio.- entrou naquele pequeno espaço que havia entre a janela e o outro prédio, acendendo um cigarro.

Minho tinha achado um jeito de fumar sem ser pego por sasaengs chatas.

-Isso não vai acabar mal?- Jisung perguntou baixinho.

-Eu sempre fumei aqui, não tem como verem.- Disse sem prestar muita atenção.

-To falando de... Nós nos relacionarmos.- Jisung resmungou.

-'Tá, 'tá...- Suspirou massageando as têmporas. -Primeiro, só é um relacionamento se você quiser que seja, segundo, eu consideraria mais como uma amizade com benefícios.

-Vai me ajudar ou não?- Han encarava os próprios pés, envergonhado o suficiente para não conseguir encarar o mais velho.

-Você que sabe. Muito da sensualidade vem do sexo, do tesão.- Disse, esmagando o cigarro no parapeito e entrando.

Minho já pensava em, pelo menos, oito maneiras diferentes de tirar proveito daquela situação, considerando que seis delas acabavam com Jisung ajoelhado à sua frente.

[ . . . ]

-Ok, eu aceito.- Jisung declarou assim que entrou no quarto.

-Sério?!?

-Sim... não sou trouxa de desperdiçar chance.- Suspirou, rendendo-se a falar a verdade. -Mas você vai me ajudar a melhorar minha performance?

-Obvio que vou.

Jisung se sentou na própria cama, e Minho se esgueirou, sentando-se ao lado dele. O Lee mantinha um sorriso divertido, quase como se já tivesse absolutamente tudo planejado em sua mente. Bom, na verdade era exatamente isso.

O Lee tocou seu pescoço, fazendo-o se aproximar aos poucos, roçou sua boca na do mais novo, mas, quando o Han fez a menção de se aproximar, se afastou.

-Não precisa ser rápido...- Sussurrou, voltando a roçar os lábios nos do mais novo. -Só me acompanha...

Minho passou a deixar pequenas chupadinhas na boquinha rosada do menor, e, aos poucos, o loiro foi imitando seu jeito, movendo devagar o lábio sobre o seu. Jisung segurou sua mão, guiando-a até sua própria cintura, e o Lee não hesitou em segurar firme ali, coisa que rendeu um som de satisfação do menor.

A boca de Jisung era o paraíso.

Aos poucos sentiu a língua do Han tocar a sua, causando estalos molhados que ecoavam pelo quarto, agora o moreno já apertava com um pouquinho mais de força os fios de sua nuca, inclinando mais o corpo em sua direção.

A mão livre do mais velho apertava com força a coxa torneada do outro, acariciando-a, resultando em Han lhe dando pequenas mordidinhas no lábio inferior.

Ambos se afastaram com pressa ao ouvir o som da porta sendo aberta, e um Seungmin completa

mente alheio ao que acontecia entrou e se atirou em sua cama. Minho riu baixinho, e Jisung sentiu o rosto queimar. 

-Continuamos depois.