A carruagem corria em direção à mansão Phantomhive, hoje Francis teria uma conversa definitiva com Ciel e não sairia de lá sem a data do casamento. Ela já não aguentava os olhares e sussurros das pessoas quando andava pela rua.
Aqueles boatos além de denegrir o brasão de sua família, também afetaram drasticamente os negócios que a muito custo tentava tocar em frente depois da morte do marido, e isso em si já era difícil por ser mulher, agora com os boatos se tornou ainda mais árduo. Infelizmente as pessoas estavam fadadas a viverem uma vida de aparências impostas pelas regras de uma sociedade soberba.
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Ciel provava algumas amostras de chocolates que seriam escolhidos para os doces especiais de Natal, apesar de ainda estarem no começo de novembro, a Phantom já se preparava para a época natalina, umas das datas em que mais faturavam, perdendo apenas para a Páscoa e Valentine’s day.
Porém, diante de tantas opções era difícil para um amante de chocolate escolher apenas três. Frustrado, ele vagou o olhar até chegar no mordomo que limpava a estante do escritório. Era engraçado como Sebastian levava a sério sua função de mordomo, não imaginava que um demônio pudesse ser tão asseado assim, a mansão vivia impecável de tão limpa.
Brincando com a colher em sua boca, seus olhos correram pelo corpo esguio do mordomo, não havia como negar. Essa criatura era realmente bonita e a roupa de mordomo apenas acentuava a sensualidade de suas proporções. Ele passeou pelas curvas daquele corpo que era somente seu, vergonhosamente sentindo que cada dia ficava mais viciado por esse homem.
“Demônio?”
“Sim?” Sebastian olhou por cima dos ombros.
“Preciso de sua ajuda para escolher essas amostras”.
“Bocchan, não acha melhor pedir a opinião dos outros criados? Digamos que esse tipo de iguaria não apetece o meu paladar.” O Mordomo fez uma careta.
“Acho interessante te ouvir falar isso, é engraçado como tem outras coisas que você engole com muita satisfação.”
“Realmente. Quanto a isso eu não tenho como negar, mas acho que isso não se aplica somente a mim.” O mordomo disse no mesmo tom.
‘Ponto para ele’ O rosto de Ciel permaneceu inalterado, mas internamente ele sofria de uma leve comoção. Não tinha como prostestar contra isso. “Quando pedi sua ajuda não estava me referindo a você experimentar o chocolate.”
“Não?” As sobrancelhas de Sebastian franziram um poucos. “Então que tipo de ajuda você quer?”
“É simples. Tire a roupa.”
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Finalmente a carruagem chegou em frente a mansão, a marquesa foi recebida por Meirin que varria a entrada. Francis achou estranho o fato do mordomo não estar lá para recepciona-la, já que todas as vezes que vinham mesmo sem avisar, ele já estava a porta antes até da carruagem chegar.
“Ma-marquesa!” A ruiva parecia surpresa, aquela mulher lhe dava calafrios.
“O conde está?” Francis perguntou sem rodeios.
“S-sim! O bocchan está no escritório.” Ela entrou junto com a marquesa que nem esperou ser convidada. “Irei avisá-lo que está aqui.”
“Não precisa, eu sei o caminho do escritório. Mas... Primeiro irei fazer uma inspeção pela mansão para ver se está tudo em ordem, afinal, minha filha não pode morar numa espelunca.”
Meirin tremia igual uma vara verde, pelo pouco que conhecia da marquesa, sabia bem que ela não era uma pessoa fácil de lidar, era perfeccionista ao extremo e muito exigente no quesito organização, ou melhor, em todos os quesitos. A achava uma neurótica. Onde estava Sebastian que não aparecia?
“Vamos, o que está esperando? Pare de me olhar e me mostre a mansão.” Francis ordenou.
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A expressão de Ciel poderia não demonstrar, mas seu olhar revelava tudo. Havia um traço de aprovação em seu olhos, um brilho peculiar que apenas seu mordomo ja presenciou. O corpo nu na sua frente era digno das mais belas esculturas renascentistas. Ciel tinha que admitir, nem mesmo se Elizabeth aparecesse nua em pelo conseguiria provocar esse desejo que crescia e se revelava em seu baixo ventre.
“Sente-se.” Ele ofereceu seu lugar na poltrona.
Sebastian obdientemente sentou, esperando para ver o que Ciel faria. Observou Ciel pegar a gravata de cima da mesa e tirar também a própria gravata do pescoço, depois usou elas para amarrar seus pulsos nos braços da cadeira. Já havia notado que Ciel tinha fetiche por vê-lo amarrado com gravatas, e Sebastian admitia, gostava de ser dominado por ele.
Ciel pegou os potes com chocolate e jogou em diferentes partes de seu corpo, uma palpável satisfação surgiu em seu rosto ao vê-lo todo lambuzado. Sem falar nada, mas com um sorriso misterioso nos lábios, ele se aproximou do pescoço do demônio e lambeu, decendo para mamilos.
Os olhos do mordomo se fixaram nos movimentos da língua atrevida brincando com a pele rosada de seu mamilo, Sebastian quis rir da inciativa de excita-lo, mas o olhar intenso de Ciel o desarmou. Ele nunca imaginou que aquele moleque rabugento do início do contrato se transformaria em um homem de tamanha sensualidade.
Depois de lamber todo o chocolate nessa área, Ciel desceu pelo abdômen do mordomo, sentindo em seus lábios cada gomo da barriga definida. Penetrou o umbigo com movimentos obcenos, colhendo todo o líquido que havia caído ali.
Sebastian não via a hora do rapaz chegar ao local que mais ansiava por atenção, seu membro já expelia o pré-gozo que se misturava ao chocolate. Sua respiração pesou quando a língua desceu do umbigo para o baixo ventre, o queixou de Ciel tocou sua glande um fio de prazer pela sensibilidade. Quando pensou que finalmente sentiria o calor daquela boca onde realmente queria, Ciel se afastou.
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Francis passava o dedo por cima das estantes da biblioteca verificando se havia algum pó, já havia inspecionado a cozinha, a ala dos empregados e todos os compartimentos do térreo, onde verificou com certa insatisfação que não havia um pingo de sujeira. O mordomo indecente era realmente muito bom em seu trabalho.
“Hm. Passável.” Foi só o que falou, não demonstraria estar admirada com a competência de Sebastian.
Meirin soltou um suspiro aliviado, apesar da marquesa ainda não ter reclamado de nada, sua cara parecia um limão de tão azeda. Estava sendo uma tortura acompanha-la, antes sempre quem fazia isso era Sebastian, então era estranho ele ainda não ter aparecido. Meirin rezava a todos os deuses para que ele não demorasse a dar as caras e livra-la desse incomodo.
“Não fique parada que nem uma estátua. Me mostre os quartos de hóspedes.” A loira pensava que dessa vez encontraria alguma falha, afinal, sabia que não era do feitio do conde receber visitas, logo os quartos de hospedes não estariam arrumados.
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Ciel sorriu travesso, o rosto sujo de chocolate o fazia parecer uma criança. Viu a suplica no belo rosto do mordomo, os olhos de Sebastian adquiriram um tom vermelho vivido, a ponta das presa aparecia entre os labios finos, em certa região de seu corpo era palpável o pedido por atenção. Mas Ciel não entregaria os pontos tão facilmente, ele o torturaria um pouco mais.
Abaixou-se para lamber as coxas firmes lambuzadas de chocolate, devagar, alternando para que cada uma recebesse a devida atenção. Chegando vez mais perto da virilha pode ouvir o demônio suspirar, mas isso não o satisfez, ele queria ouvir Sebastian gemer e implorar. Abriu mais as pernas do mordomo e afundou a boca em sua virilha.
As presas de Sebastian afundaram na carne de seus lábios, seu interior fervilhava por ter a boca de Ciel tão perto de sua fraqueza. “Por favor, bocchan... Me chupe.” Sim! Sebastian implorou.
Era impressionante como Ciel era o único, e somente o único, que conseguia deixa-lo desse jeito: a ponto de implorar. Há um tempo atrás chegaria a ser humilhante se sentir assim por um mero humano, mas essa página a muito havia sido virada, a tempos ele mesmo havia pisado no próprio orgulho e sucumbido ao desejo que sentia pelo rapaz.
Sebastian gemeu, jogando a cabeça para trás. Seus dedos maltrataram os braços da poltrona. Ciel finalmente atendeu seu pedido. Sebastian se entregou ao prazer que de bom grado lhe era oferecido, não se importando se alguém ouvisse os sons profanos que saiam do fundo de sua garganta.
Ciel ronronou, fazendo o membro em sua boca pulsar pela vibração. “Acho que já escolhi qual o meu chocolate preferido, ‘chocolate ao leite’.”
“Bocchan...” Sebastian sorriu, seus olhos negros de luxúria.
Tendo ciência de ser observado, Ciel continuou, devasso, implacável, quase ferino. Encheu a boca até sentir a pressão na garganta, a cabeça começou um ritmo acelerado. Sorriu com os olhos ao ver Sebastian arquear levemente a costa e quase destruir o braço da poltrona.
O membro em sua boca dilatou, anunciando que o mordomo logo atingiria o ápice. Ciel o tirou de sua boca para masturbá-lo, queria presenciar cada momento do orgasmo do demônio, e Sebastian percebeu isso. Mas não importava, ele não tinha pudor quanto a isso, Ciel poderia observa-lo o quanto quisesse.
O corpo de Sebastian latejava de tanto prazer, o prazeroso formigamento desceu em direção ao seu ponto sensível. Tudo pareceu parar nesse momento, apenas o olhar intenso de Ciel e as sensações arrebatadoras eram presentes, o devotando, o consumindo, como o fogo que impiedosamente devora a lenha.
Ciel observava maravilhado o ser a sua frente, cada expressão, cada gemido. Tudo. Como Sebastian conseguia ser tão sexy? Ciel já sentia a umidade em sua cueca, a calça ficando cada vez mais apertada.
“Sua vez, bocchan.”
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Francis chegou a odiar a perfeição daquele mordomo, nem um sequer dos vários quartos de hóspedes tinham ao menos uma almofada fora do lugar, tudo estava limpo e organizado.
“Ma-marquesa acho que já inspecionamos toda a mansão.” Meirin estava esgotada mentalmente.
“Bem. Acho que está tudo dentro dos conformes.” Francis disse com certo desdem.
“Irei avisar o jovem mestre que a marquesa deseja vê-lo.”
“Não precisa! Já disse que sei o caminho do escritório, além disso não preciso ser anunciada, afinal, sou sua tia e futura sogra dele.”
“Mas o jov...”
“Eu já disse que não precisa.” A loira fuzilou a ruiva com os olhos.
Na verdade Francis queria pegar Ciel de surpresa para ele não inventar uma desculpa para não recebê-la. Sem receber mais protestos da empregada, ela saiu pelo corredor em direção ao escritório.
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Ciel estava sentado em cima da escrivaninha, com o mordomo acomodado entre suas pernas, travavam uma luta árdua para vê quem sairia vitorioso naquela batalha de línguas. A mão de Sebastian massageou a ereção por cima da calça, onde podia ver a marca de umidade do pré-gozo.
Sebastian começou a lamber o chocolate que estava secando nas bochechas de seu mestre, limpando cada uma como se lustrasse as melhores prataria da casa. Puxou para trás os cabelos do garoto, atacando o fino pescoço dele. Cada mordida, um gemido suave de consentimento. Estavam tão entretidos que não perceberam os passos se aproximando.
A porta foi aberta de supetão.
“CIEL?” Francis pareceu horrorizada ao ver o sobrinho aos beijos com o mordomo completamente nu.
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