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História Confused Minds, Broken Hearts. - Stony - Come back to me, my love. - História escrita por Perfilausente - Spirit Fanfics e Histórias
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História Confused Minds, Broken Hearts. - Stony - Come back to me, my love.


Escrita por: Perfilausente

Notas do Autor


Olá, meus queridos. Estou de volta com essa minha criança. Essa fic foi reescrita e, sinceramente, acho que ficou melhor assim. Ela é a maior one-shot que eu já criei, estou tão orgulhosa quanto o Tony na abertura da Stark expo.

Eu sei, as atualizações nas outras fics estão atrasadas, mas acho que eu compensei bem com essa beleza aqui.

▸ A capa maravilhosa foi feita pela ~Kiriaki


Tenham uma boa leitura!

Capítulo 1 - Come back to me, my love.


Fanfic / Fanfiction Confused Minds, Broken Hearts. - Stony - Come back to me, my love.


❝yσυ sαy yσυ αrє ƒiทє

вυτ i sєє ραiท

вєнiท∂ τнσsє єyєs

yσυ ρℓαy τнє gαмє

вy τнє rigi∂ rυℓєs

вυτ yσυ cнєατє∂ yσυrsєℓƒ

τнєrє αiท'τ ทστнiทg yσυ cαท sαy

τσ scαrє мє αωαy

i gστ нisτσry τσσ

αท∂ iτ's ทєvєr τσ ℓατє

sнαrє α sєcrєτ τσ∂αy

i rєciρrσcrατє

вαвy i gστ yσυ❞

We can hurt together- Sia


Manhattan, Avengers Tower, 02:26ɑm.


A torre estava escura, quase tão escura quanto o coração daquele homem magoado. O homem de ferro jamais imaginou sentir-se tão mal, suas feridas já estavam completamente cicatrizadas, mas ainda havia um corte profundo em sua alma. A dor providente de seu peito evidenciava, não só a raiva por ter sido enganado com tamanha facilidade, mas também, a dor de um homem que viu seu amor o descartar como um objeto inútil. Rogers podia não saber sobre os sentimentos que Anthony tanto esforçava-se para manter ocultos, entretanto ele não tinha o direito de tentar lhe esconder algo, ainda mais algo que não lhe dizia respeito.

Como se já não bastasse ter lhe enganado de forma tão vil, ainda defendeu o homem que tirou a vida de seus pais e isso o feriu de uma forma inexplicável. Mesmo que o soldado invernal não tivesse uma real culpa pelo terrível acontecido, Tony tinha o total direito de sentir-se triste. Sentia-se um idiota toda a vez que fechava os olhos e imaginava que poderia ter sido diferente caso seus pais tivessem estado ao seu lado, talvez não fosse tão rancoroso... Talvez não tivesse tanto ódio em seu amargurado peito, talvez tivesse sido feliz na maior parte, não teria virado o homem de ferro, teria casado com Pepper, tido filhos...

Talvez não tivesse se apaixonado pelo Capitão América...

E isso tudo o fazia enlouquecer, aquela onda de possibilidades o quebrava, porque no fundo ele sabia que não desejava boa parte daquilo. Ele não queria ter filhos com a Potts de cabelo laranja, não queria uma vidinha comum com sua família comum. Ele queria ser feliz, de preferência ao lado de um certo loiro.

Ele queria Steve...

Mas isso contrariava a si mesmo, quando o loiro estava bem ali, na sua frente, e seu desespero era tanto que não conseguia proferir uma simples palavra. Anthony olhou para o homem corpulento, tentando achar um pouco do antigo Steve Rogers. Mas o que via era um ser de semblante cansado, a barba por fazer, as mãos grandes que tremiam levemente, os olhos azuis sempre tão intensos exibiam um pesar que Stark preferiu ignorar, como sempre.

Por mais que seu íntimo pedisse para abraçar aquele homem e chorar junto com ele, Tony apenas abaixou a cabeça e encarou seus sapatos, tentando enxergar algo que não fossem os tão perfeitos e incompreensíveis olhos azuis.

Ele teria que ser forte e mostrar ao loiro que não dava a mínima para suas ações, mas sua imagem era tão precária quanto a do outro. Em seus olhos estava claro todo o sofrimento que ele tentava, inutilmente, esconder. Era uma dor maior do que Anthony podia explicar, era de uma intensidade tremenda porque ele sentia em seus ossos o quanto precisava daquele cretino, o quanto ainda o amava e precisava se afastar.

Caminhou a passos lentos até a enorme janela, era algo que ele fazia questão de ter, janelas enormes que mais pareciam paredes. O Stark observava os poucos carros que passavam rápido naquela madrugada. Steve aproximou-se ainda em silêncio, ficando logo atrás do moreno. Tony não sabia o que dizer, deveria gritar? Bater em Rogers? Ou deveria ficar calado e esconder-se do que lhe assustava? Ah, como ele queria de novo o ar de superioridade que lhe rondava, mas estava tão fraco...

E sozinho. Definitivamente, sozinho.

Aquela torre que antes era tão agitada, agora mais parecia um cemitério. Não existiam mais Vingadores. Não havia mais Natasha pra dar-lhe uma bronca, não havia Clint pra deixar pó de café na pia, Bruce ou Thor... Não havia mais ninguém a tanto tempo, não havia Steve.

─ É uma vista incrível. ─ Comentou Rogers, tocando o vidro frio com a ponta dos dedos. Falara apenas por não aguentar mais aquele silêncio terrível, mas já imaginava que Tony o ignoraria completamente.

─ Por que voltou? ─ Inquiriu sussurrado, verdade é que ele tinha medo, medo de levantar a voz e iniciar uma discussão. Não, não pense que um homem como ele poderia ter medo da figura decadente que era o Capitão América naquele momento, ele apenas não tinha forças para mais uma briga. Não tinha capacidade para falar mais alguma coisa que, com toda certeza, machucaria a ambos.

─ Eu não posso deixar que você sinta ódio de mim, Tony. ─ Respondeu sincero e no mesmo tom que o moreno. ─ Não posso seguir sabendo que você ainda não me desculpou, que ainda sofre...

─ Hm, você é bem mais hipócrita do que eu pensava. ─ Falou, um sorriso triste em seus lábios. ─ Não devia estar aqui, sabe disso.

─ Eu não só devia, como precisava, estar aqui, Stark.─ Murmurou voltando o olhar a rua através da janela.

Um silêncio se instalou de repente. Steve olhou para Tony, que rapidamente virou o rosto, tentando evitar os azuis provocantes.

─ Onde estão os outros? ─ Inquiriu.

─ Acho que não devo fornecer informações ao inimigo.

─ Não sou seu inimigo, sabe que não. ─ Falou virando-se, apoiando as costas no vidro. Cruzou os braços sobre o peito.

─ Bom, Bruce e Thor continuam desaparecidos. Natasha deve estar por aí matando alguém. O Rhodes eu não vejo a dias, e o Visão, bem... Ele está...

─ Desligado?

─ Não fale desligado, ele não é uma máquina, é um amigo. ─ Respondeu.

─ Você desliga seus amigos?

─ Você engana os seus. ─ Respondeu arisco. ─ Ele está temporariamente inativo, algo como uma folga, não que ele precise.

─ Tony, eu...

─ Você não precisa agir como se realmente se importasse, Rogers. ─ Ríspido, ele sentia mágoa, sentia saudades e essa mistura de sentimentos não poderia ter um efeito totalmente benéfico em Tony Stark. ─ Eu não dou a mínima. Não me importo mais com você, ou com o que seu amiguinho psicótico me fez. Já passei por coisas bem piores, isso não muda nada.

─ Eu sei que o que fiz lhe causou dor, Stark. Mas espero que entenda que por esse mesmo motivo não havia lhe contado antes. Tony eu nunca quis lhe machucar, você é a única coisa boa que me aconteceu nesse século... ─ Tentou explicar-se da forma mais prática que conseguia, entretanto algo em seu âmago lhe dizia que não conseguiria sair daquela mansão sem deixar as coisas claras com o filantropo. Mesmo que para isso tivesse que passar a noite inteira pedindo perdão. ─ Eu não podia te contar nada, pois sabia o que aconteceria, Tony. Eu achei que estava te protegendo quando na verdade, apenas adiava algo que me assustava cada vez mais...

─ Você já disse isso, lembra? Numa maldita carta! ─ Gritou afastando-se da janela e jogando-se no sofá.

─ Foi a única forma que encontrei de me desculpar, afinal, você não atendeu nenhuma das minhas ligações...

─ O que esperava? Que eu fingisse que estava tudo bem? ─ Gritou, mas logo sentiu uma forte dor de cabeça e massageou as têmporas com força. Levantou-se rapidamente do sofá, ficando à frente do soldado. ─ Você deveria ter me contado, droga Steve, podia... Você simplesmente não tinha motivos para me esconder isso, eu iria te odiar? Sim, iria. Mas quer saber? Quem liga? Nós nunca fomos amigos de verdade, você não se importaria. ─ A mágoa imposta no tom de voz do moreno era quase palpável. E o Capitão sentia cada palavra o acertar como flechas rasgando sua pele.

─ Eu me importo. ─ Essa sinceridade ridícula de soldado exemplar, sinceridade que Rogers não usou quando mentiu tão perfidamente. ─ Me importo com você e com o que você pensa. E eu sei como foi difícil passar por tudo aquilo sozinho, mas eu estou aqui agora.

Stark tentou focar nas palavras do loiro e ignorar o ardor de seus olhos lacrimejantes, o homem que estava ali implorando por admoesta era o Capitão América, o sempre tão orgulhoso e prepotente que agora deixava lágrimas grossas rolarem por seu rosto sofrido. Tony se perguntava se o estado de Steve era providente do mesmo sofrimento que o atormentava a meses, dos pesadelos terríveis e noites mal dormidas, da saudade guardada por tanto tempo, da vontade desesperada que tudo desse certo....

─ Eu não tenho a menor obrigação de lhe perdoar, Capitão. ─ Como sempre sua escolha era a que mais machucava, afinal ele tinha medo que Steve o magoasse de novo, que deixasse seu coração novamente em cacos. ─ A verdade é que nem sei por que perco meu tempo com você agora, deveria mesmo era ligar para o Ross e prendê-lo imediatamente. Mas acho que esse seu rostinho não combinaria com uma cela fria e suja...

─ Eu realmente gostaria de pensar que você é assim, que realmente pensa dessa forma... ─ Sussurrou o Capitão.

─ O que quer dizer com isso? ─ Indagou nervoso, temia ser desarmado.

─ Gostaria de acreditar que você não me procurou e me entregou ao governo apenas pra ter o gosto de me ver aqui, fraco demais. Juntando os cacos do que sobrou de mim. Porque você sabia que eu sou tão dependente de você ao ponto de voltar e me arrastar aos seus pés, mas não... ─ Suspirou mais uma vez e continuou ─ Eu sei que dentro da armadura tem um cara triste, e com razão, tem um cara bom e que está sempre preocupado em salvar as pessoas... Dentro das armadura existe você, Tony, uma pessoa maravilhosa. Que tenta se proteger com esses falsos sorrisos, essa alegria forçada. E você pode mentir para todos, pode mentir até pra si mesmo... ─ Ditou em quanto se aproximava do moreno, ergueu uma mão lentamente como se tentasse tocar um animal arisco, compartilhando do mesmo medo do outro. Sentiu a áspera superfície da barba de Anthony tocar seus dedos de leve e o arrepio que resultou desse toque percorrer seu corpo. Concluiu:

─ Mas você nunca poderá mentir para mim...

Tony suspirou pesado ao sentir os dedos calejados de Steve tocarem sua pele com uma suavidade que jamais sentira, o que lhe fez odiar seus pulmões. Rogers estava certo deveras, apesar de ser a última pessoa no mundo que merecia ouvir verdade de sua boca, Steve tinha razão em suas palavras, afinal ali estava Stark, suspirando ao seu toque. Ali estava o grande homem de ferro, de olhos fechados, tentando não transparecer seu medo, sua vontade de acabar de vez com aquilo tudo e simplesmente se jogar de cabeça numa esperança que brotara em seu peito como uma delicada flor; A esperança de ser feliz de verdade, com alguém que realmente amava, que desejava mais que estar vivo.

Anthony gostaria de não pensar que Rogers estava tentando beijá-lo, mas era difícil quando o loiro se aproximava tão perigosamente de seu rosto e olhava seus olhos de forma predatória. Ele estava indeciso entre afastar-se daquele ser no qual fazia seu coração acelerar ou apenas deixar-se levar pelas carícias discretas que o mesmo fazia em sua face.

Ele sentiria ainda mais dor se não ficasse com a segunda opção...

Rogers sentia suas bochechas queimarem, já havia beijado antes, mas nada se comparava a isso. Nada nunca o fez sentir-se tão certo, tão completo. 

Talvez porque quando beijou Sharon Carter, buscava apenas satisfazer um desejo unilateral da mulher para não magoá-la e consequentemente não se magoar, ou talvez  ainda estivesse muito triste com a morte de Margaret... E por um conjunto de fatores que Steve não se preocupou em entender, houve um selar rápido e sem sentido nos lábios da loira, mas alí era diferente. Ele sentia seus sentimentos subindo a cabeça, sentia o desejo que a tanto tempo ocultava fazendo-o mover-se para junto do homem mais baixo, tomando seus lábios de forma aflita, quase desesperadora.

O gênio de olhos castanhos sentiu-se embalado pela mesma sensação, aquele beijo era o pedido de desculpas que Rogers soube dar no momento e, sinceramente, talvez fosse o que ele precisava. Desligou-se de sua insegurança que gritava pra ele se afastasse daquele homem e que era apenas um jogo, que ele perderia.

Sentiu a língua do maior em seus lábios e os abriu levemente, o ósculo foi tomando forma quando Steve levou sua mão esquerda a cintura do gênio ─Já que a direita segurava com posse o rosto do mesmo─ e Anthony deixou que as suas agarrassem a nunca de Rogers, o puxando para mais perto e intensificando ainda mais o beijo. O ar? Sim, ele chegou a faltar, mas eles notaram que mais necessário que o ar era a necessidade de se sentirem, então Stark respirou como pôde puxando forte o ar pelo nariz. Steve agarrou-se ao moreno e beijou-lhe os lábios finos e doces, até que os fracos pulmões Anthony clamaram por oxigênio. Separaram suas bocas ─ Mas não seus corpos ─ e Rogers teve a linda visão de Tony Stark com a face corada e os lábios vermelhos, seu peito subia e descia freneticamente com seu coração acelerando a medida que a razão lhe invadia.

Com a respiração ainda falha ele pediu:

─ Por favor, Steve... Não... Não faz isso... ─ Pediu choroso com a dor amargurada que sentiu em seu peito. ─ Rogers, você é um desgraçado... Você... Faz de propósito!

─ Por favor, me perdoe, Anthony... ─ Súplicou pausadamente.

─ Por ter me beijado? ─ Questionou, mesmo sabendo a resposta.

─ Não, eu não me arrependo disso. Era algo que eu queria a mais tempo do que você possa imaginar. ─ Sorriu levemente, dando ao gênio o privilégio de vislumbrar de novo, o sorriso de Rogers, lindo e cheio de dentes perfeitamente alinhados. ─ Me refiro a guerra, acho que deixei meus sentimentos por você ultrapassarem o correto a se fazer, deveria ter lhe contado tudo... Sabe que minha intenção nunca foi feri-lo...

─ Mas feriu, você escolheu ferir. ─ Ele não seria Tony Stark se se rendesse tão facilmente, mas no fundo ele só queria voltar a beija-lo.

─ Eu sei, desculpe-me... ─ Disse com a cabeça baixa. ─ Se eu tivesse o poder de mudar tudo eu mudaria, faria tudo diferente.

─ Essa foi uma escolha sua, Rogers. O Capitão América deveria saber arcar com as consequências de suas ações...

─ Eu não quero começar mais uma discussão, Tony. Apenas peço que me entenda ou ao menos tente o fazer, e se não conseguir, só... Não me Ignore mais... ─ Deu uma breve pausa quando uma lágrima atrevida deslizou por sua face corada.

─ Não, eu não vou te perdoar. Ao menos não agora... ─ Disse Stark, afastando-se do corpo do soldado. ─ Mas não é justo nem pra mim, nem pra você que as coisas continuem assim, você tem que saber de tudo e depois pode ir embora outra vez... Eu só quero que saiba que eu te amei, Rogers. Talvez ainda ame. ─ O bilionário sentia seus olhos formigarem até lágrimas brilhantes precipitarem dos intensos castanhos, mas ele sentia que tinha que pôr para fora tudo aquilo que o atormentava. Steve observava atento a feição triste e cansada do moreno.

─ Sempre te admirei, primeiro, como o herói que eu idealizei quando criança, depois como o homem que eu amava. Saber que você mentiu pra mim despertou um ódio imenso, você não tinha o direito. Você tinha que ser perfeito, o exemplo para todos... Talvez eu tenha me decepcionado um pouco ao saber que o Capitão América não era o príncipe encantado que todos imaginavam. Porque você me traiu, me fez se sentir a pessoa mais fraca desse mundo... ─ Tentou enxugar, inutilmente, as lágrimas desenfreadas ─ Agora você volta, pede perdão e me beija. Porra, Steve! Você não pode só... Voltar e mexer comigo, com meus sentimentos... Acha que tudo vai ficar bem agora?

─ Apesar de ser o meu maior desejo, não. Não acho que tudo vá se resolver agora, mas juntos poderemos tentar refazer tudo, Tony. E dessa vez da forma certa, juntos...

─ Essa história de "Juntos" não cola mais comigo, Rogers. Isso funcionou perfeitamente antes, quando eu ainda acreditava em você. Agora eu não consigo acreditar em uma palavra miserável que sai da sua boca. ─ Suspirou pesadamente. ─ Você não sabe o que é passar seus dias achando que fez algo errado, por que se tivesse feito certo você teria ficado... Teria me escolhido e estaria comigo... Mas não, você me trocou por um assassino!

─ Ele estava sendo controlado, Tony.

─ Você já falou isso, já disse essa merda toda um milhão de vezes! Mas eu não quero te ouvir defende-lo, não quero mais ouvir você...

─ Ele queria que ficassemos juntos, sabia? ─ Sussurou e viu o olhar ainda mais confuso do moreno. ─ Antes de voltar ao cryo, Bucky me disse que sabia dos meus sentimentos. Disse que eu deveria voltar e tentar reconquistar a única pessoa que eu ainda amava.

─ Então é isso. Você só voltou por a droga de um último pedido do ciborgue.

─ Tony, isso foi a um ano. ─ Disse com a voz falha. ─ Eu voltei porque não aguentava passar nem mais um dia sem resolver as coisas com você. Sem vê-lo e sabendo que o homem que eu amo me odeia.

─ Rogers, seu grande imbecil... Se você soubesse... ─ Dizia ele, secando as lágrimas que caíam desenfreadas. ─ Se soubesse o quanto eu esperei por você...

─ E você acha que eu estava como? ─ Inquiriu. ─ Tony, passaram-se um um ano, sem nenhuma ligação. Tem noção disso?

─ Me faz um favor.

─ Qualquer coisa.

─ Volte com os outros, eu resolverei tudo e você poderá seguir sua vida. A Carter deve estar sentindo sua falta. ─ Falou, com sua voz vacilante. ─ Apenas... Volte pros vingadores, volte para...

─ Continue, Anthony... ─ Pediu, erguendo de leve o rosto do Homem de ferro que corou involuntariamente. ─ Por favor... ─ Se aproximou e tocou o peito do menor com seus dedos trêmulos. ─ Diz o que você sente aqui...

Stark novamente suspirou, admitir nunca foi seu forte, ainda mais agora que estava prestes a mergulhar em um mar que ele não sabia a profundidade e muito menos se havia um final. Mas Steve era tão sincero em suas palavras que o encantava cada vez mais. Ele ainda tinha medo que fosse apenas mais uma farsa, poderia ser uma grande furada como tudo que um dia fez, mas ele queria que fosse verdade.

Oh, Deus. Como ele queria que fosse real...

Volte para mim, Steve... ─ Sussurrou. ─ Eu q-quero você, comigo... ─ Aquelas palavras o feriam e ao mesmo tempo o deixavam mais leve.

Rogers riu aliviado, seus ombros chacoalhavam de leve, sua alegria ao ouvir tais palavras do moreno era refletida em seus olhos que brilhavam e vertiam lágrimas de puro alívio e felicidade. Como ele amava Tony... Como sentira sua falta nos dias e noites que se passaram, como queria conquista-lo, fazê-lo acreditar que era real, que também o queria com afinco. Ele tinha certeza disso, havia repetido a mesma frase para si mesmo tantas vezes...

─ Eu te amo, Tony Stark... ─ Disse e então usou do melhor método que conhecia para mostrar seus sentimentos ao gênio.

Um beijo ainda mais sedento, quase bruto. Cheio de sentimentos agora não mais reclusos. Tony podia não admitir, mas grande parte da tristeza que antes o rodeava havia se dissipado como fumaça perante as três palavras proferidas com tanta sinceridade pelo loiro. Ele estava fervendo por dentro, queimando sua sanidade e se entregando àquele moço de olhos azuis.

─ Você sabe que não termina aqui, Steve. O tratado ainda está sendo discutido, os vingadores ainda estam separados... O Ross... ─ Começou quando separaram-se, porém Steve pôs o indicador em seus lábios, logo depois o substituindo por um selinho.

─ Eu não acho que terminou, Anthony... Não se preocupe vamos superar isso, e não precisa ter o medo, pois eu vou estar com você. ─ Falou o Capitão deixando claro suas intenções, deixando também a fagulha de esperança ressurgir no coração do Homem de Ferro.

Não era o final, eles sabiam. Entretanto, agora havia algo a mais, havia um amor forte e recíproco no qual ambos iriam lutar para manter. Mesmo que tivessem que ir contra tudo e todos Steve lutaria pelo seu amor, e Anthony, ele pela primeira vez permitiria-se ser amado, de verdade.

─ Por que faz isso comigo? Ahh, por que me deixa assim? ─ Murmurou enquanto Steve dava selinhos em seus lábios já rubros.

─ Assim como, amor? Hn... ─ Murmurou com a voz rouca, aquela mesma voz excitante que Tony enlouquecia ao ouvir.

─ Assim... Você ferra com meus sentimentos, você tortura minha sanidade... ─ Steve sorriu extremamente orgulhoso por ser ele quem mexia com o juízo de Tony, ele não se perdoaria se qualquer outro proporcionasse no moreno essas sensações que só ele causava. ─ V-você me faz querer mais, Steve...

─ Me dê uma chance de fazer você sentir isso e muito mais, Tony. Só preciso de uma chance e lhe juro que não irei desperdiçar. ─ Escorregou as mãos pelos cabelos castanhos e roçou seus lábios na boca entreaberta a sua frente. ─ Me deixa te dar mais.

─ Eu tenho medo, Steve. ─ Steve não sabia explicar como aquela revelação o deixava aflito, ele não queria que Tony tivesse medo dele, queira que ele sentisse sentimentos novos, e os sentisse por ele. Mas ele não percebeu que toda essa onda de sentimentos e emoções pudesse estar assustando o Homem de ferro. ─ Você já me magoou bastante, não sei se devo acreditar em você.

Ele entendia o lado de Tony, também se assustara quando finalmente admitiu-se perdida, inegável e irremediavelmente apaixonado pelo menor. Então, com o coração cheio de certeza ele disse aquilo que a tempos queria em segredo e com um certo receio. ─ Tony, eu entendo sua aflição. E eu quero te provar que tudo é real, que eu realmente te amo. ─ Falou decidido. ─ Eu serei seu essa noite, Anthony. E todas as noites seguintes se você me quiser...

─ S-Steve... ─ Tony pigarreou e olhou o soldado dos pés a cabeça. Steve olhava para o chão com as bochechas coradas, envergonhado e com medo de Tony achá-lo vulgar falando aquelas coisas.

E era isso que Steve pensava, Tony devia achá-lo um oferecido, estava envergonhado, pois não era assim que deveria se comportar perante o homem que amava. Não tinha muita segurança, seu corpo era grande e desajeitado, não tinha porte para ser um bom passivo, para Tony sentir-se bem ao toma-lo. Sentia-se um bobo por ser tão inocente. O moreno viu uma lágrima deslizar e parar nas bochechas rubras.

─ Desculpa, eu não queria ser oferecido, só achei que... ─ Passou as mãos rapidamente pelos olhos que também vertiam uma cor avermelhada. Tony o achou incrível daquela forma, o capitão era o único que conseguia ser sexy e doce ao mesmo tempo, ele era tudo que Tony poderia querer. ─ T-Tony...

─ Steve... ─ Começou, sereno e encantador. ─ Eu te quero desde da primeira vez que coloquei meus olhos em você, eu sonho com o dia em que te teria só pra mim há anos... ─ Aproximou-se do loiro e beijou-lhe os olhos secando suas lágrimas. Steve roronou baixinho, como um gatinho sonolento, e Tony achou aquilo ainda mais adorável. ─ E eu realmente não sei como não te agarrei ainda.

─ Você me quer, Tony? De verdade? Porque eu te amo tanto... ─ Sussurrou contra os lábios do moreno.

Tony prendeu o lábio inferior do loiro entre seus dentes e soltou bem devagar, sentindo o gosto de Steve. Lambeu seu lábio superior e ameaçou entrar com a língua em sua boca, entretanto apenas fez carinho com seus lábios nos do loiro, acariciando sua cintura, o fazendo arfar.

─ Adoro esse seu jeito, é uma das coisas que eu não deixei de amar em você... ─ Falou e colou seus corpos com calma, deu um beijo quente naquele pescoço cheiroso e lambeu com carinho. ─ Você é forte quando é preciso, é delicado na hora certa. É demais pra mim e mesmo assim... É meu... ─ Disse entre sussurros sonoros.

─ Eu faço o possível... ─ Disse, rindo encabulado com o elogio. Afinal, era incrível, era muito mais do que um dia sonhou em ouvir de Tony. ─ Anh... ─ Tony chupou a pele de seu maxilar com força e Steve gemeu com a onda de prazer que ninguém nunca havia lhe proporcionado.

Tony sabia que o loiro era virgem e aquelas sensações eram multiplicadas por mil em seu corpo. Então sorriu de lado e mordeu novamente o maxilar do capitão sentindo seu corpo tremer um pouco, Steve não resistiu e tomou os lábios do moreno novamente gemendo carente em sua boca, o moreno sentiu a garganta do loiro vibrar e penetrou sua boca com a língua sedenta. Steve deixou sua língua enrolar-se com a do outro com calma e carinho. ─ Steve...

Tony fazia questão de gemer o nome do loiro a cada pausa daquela beijo, cravou suas curtas unhas na nuca do mesmo e o impulsionou para frente o derrubando no sofá. Steve sorriu fraco e sentou com o moreno em seu colo. Tony rebolava criando círculos imaginários com seu quadril e Steve gemia a cada ação, estava hipnotizado com aquele ser que mexia-se em seu colo como uma dança terrivelmente sexy, que não chegava a ser vulgar porque aquele moreno era sensual na medida certa.

Ainda com os dedos em sua nuca, Tony tentou abrir o lacre do uniforme de Steve. O maior suspirou aflito só com a ideia de ficar nú na frente do outro. Então, sem pensar muito claro, segurou firme a mão do Stark e o chamou ─ Tony... Ahn... Espera, por favor...

─ Está t-tudo bem? Eu... Fui rápido demais? ─ Questionou Anthony, já levemente desesperado.

─ Não é isso você... É ótimo. É só que... ─ Suspirou mais uma vez, sempre tinha essas dúvidas estúpidas que o impediam de seguir com o que queria. Tony continuou acariciando sua nuca calmamente. Ele tomou coragem e falou olhando nos olhos do moreno. ─ Tony, se você não gostar... Do meu corpo, você não vai me deixar, não é? Porque eu posso não ser igual ao que você está acostumado a lidar, aquele soro mudou muito no meu corpo, em mim. E eu... ─ Assim que começou a compreender o x da questão Tony logo tratou de cala-lo com um demorado selinho.

─ Hey, Rogers... ─ Sorriu doce. ─ Você é melhor do que tudo com que eu estou acostumado, você é perfeito Steve... E não há outra pessoa nesse universo que eu deseje mais que você... ─ Disse e o soldado sorriu apaixonado.

─ Obrigado, Tony...

Tony estava completamente perdido minutos atrás, quando Steve voltou para bagunçar sua cabeça. Mas agora ele só queria estar perto do loiro, e o seu desejo inicial se repitia em sua mente. Ser feliz de verdade com Steve. E por esse motivo ele já não lembrava de guerra, de discussões, de soldado invernal, e muito menos de rancor. Agora era só ele e o seu sonho.

E mesmo que fosse acordar ao amanhecer e, mais uma vez, chorar ao perceber que fora tudo fruto de sua fértil imaginação, ele queria tentar, ele precisava tentar... Naquela noite ele diria para Steve Rogers tudo que gostaria que tivessem dito para si, ele esqueceria as mágoas e daria ao loiro a melhor primeira vez possível nem que para isso ele tivesse que dar adeus a sua lucidez que a tempos nem sabia se tinha.

─ Sabe o que eu vejo quando olho pra você, Rogers?─ Perguntou enquanto voltava a mordiscar seu pescoço. ─ Eu não vejo o capitão América, o homem modificado pela droga de um soro. Eu vejo Steve Rogers, o cara incrível que não deixou que nada mudasse aqui... ─ Tocou o peito do loiro sob o grosso uniforme, sentindo o crepitar de seu coração. ─ Eu vejo você, Ste, o cara por quem eu sou perdidamente apaixonado... Isso a guerra não mudou, porque eu ainda sou completamente apaixonado por você. ─ Era inegável o brilho nos olhos de Tony, Steve podia sentir que eram reais cada palavra que deslizava docemente da boca do outro. ─ Eu vou te possuir essa noite. E só irei parar quando você não aguentar mais tanto prazer... Mas não aqui nesse sofá duro, quero que sua primeira vez seja perfeita, vem comigo.

Tony ergueu sua mão para que o loiro pudesse segura-la e ambos seguiram a passos apressados para a suíte principal da enorme torre. Rogers beijava Tony com carinho por todo percurso. ─ Obrigado por se preocupar comigo...

─ Obrigado por não desistir de mim... ─ Respondeu o encarando antes de atacar com fervor os lábios rosados e doces.

O primeiro vingador enrolou sua língua na de Tony e deixou com que o moreno comandasse o ritmo do beijo que, sinceramente, estava maravilhoso. Entraram na suíte lentamente e ainda atados por aquele beijo incrível. Stark deitou Steve na cama enorme. Rogers gemeu quando sentiu o corpo de Tony cobrir o seu logo em seguida.

Não queria parecer receioso, não que estivesse, afinal ele seria de Tony sem pensar duas vezes. Mas o moreno havia se integrado com tanta confiança e ele era apenas um virgem de noventa e sete anos. E,, sendo assim, não sabia os lugares certos a serem tocados ou as coisas certas a falar... Mas ele não queria pensar no certo ou errado naquele momento, ele só queria Tony e tudo que ele pudesse oferecer, todas as suas manhas, carícias, beijos, qualidades e defeitos...

O gênio novamente tenta abrir o lacre de seu uniforme, só que dessa vez com um maior cuidado. ─ Vamos com calma dessa vez, sim?

─ Sim, okay... ─ falou e logo Tony continuou, abriu o lacre e desceu o uniforme até os ombros largos. Não se conteve quando teve acesso aquela pele macia e atrativa com algumas sardas claras. Então beijou àquela região e mordeu bem de leve, sentindo o gosto do loiro na ponta de sua língua. E que gosto incrível, Steve era doce mas nunca enjoativo, tinha um cheiro másculo e Tony estava inebriado com tudo aquilo, lambeu com sede toda aquela pele e sugou até deixar marcas avermelhada. ─ Hm, Tony... Ah...

─ Eu poderia tirar uma foto sua nesse momento... ─ Tony entrou com as mãos no uniforme, passando-as nas costas largas, esfregando-as na pele febril, sentindo suas curvas e algumas irregularidades. ─ Mas não sei se é uma boa idéia sair agora, não com isso tudo em minha cama...

─ Você sabe como levantar a autoestima de alguém quando quer, Stark... ─ Riu um pouco, não conseguia falar muita coisa quando sua voz se resumia a ganidos falhos e gemidos manhosos.

─ Você tá de brincadeira? Olha isso. E ainda nem tirei toda a embalagem do meu doce! ─ Desceu mais suas mãos acariciando de leve sua cintura, não conseguia se movimentar muito bem por conta da roupa apertada do loiro e dos belos músculos do mesmo. ─ Não sabe como eu estou me segurando pra não rasgar esse uniforme colado, Capitão Rogers...

Steve corou violentamente e Tony sorriu vendo o quanto o loiro era adorável, mas surpreendeu-se com a resposta que recebeu. ─ Então rasga... Faz o que quiser, Tony. Eu sou seu, completamente...

─ Meu Deus, estou ficando velho, sabe? Vou acabar infartando com você falando desse jeito... ─ Tony disse, tirando as mãos de dentro da roupa do maior e segurando seu rosto com firmeza. ─ Mas eu quero ir devagar com você hoje, quero que você sinta até os mínimos detalhes com calma e sem pressa...

Deu-lhe um selinho demorado e deixou com que o outro controlasse dessa vez, Steve era tão intenso e carinhoso ao mesmo tempo. Era possível sentir, apenas com um beijo, que o loiro tinha uma necessidade tremenda de tocá-lo e, ao mesmo tempo, um certo receio de machucar Tony com seus dentes, ou de não beija-lo no ritmo certo. E Tony sempre fazia questão de gemer durante o beijo, só para deixar ainda mais claro que estava amando tudo aquilo.

Tony separou seus lábios, desceu um pouco segurando as mãos do loiro, retirou suas luvas, beijando cada mão uma por uma. Steve, ancioso, removeu suas botas com os pés mesmo, as deixando fora de vista. E Tony, notando isso, fez mesmo com seus sapatos sociais e meias.

─ Tony, eu posso tirar sua camisa? ─ Pediu receoso, mesmo sabendo que Tony não negaria.

─ Fique a vontade. ─ Rogers deixou sua vergonha um pouco de lado e foi entrando com a ponta dos dedos na camisa do moreno apertando de leve suas costelas. E Tony amando aquela carícia, terminou de tirar sua blusa meio apressado. ─ Desculpa, acho que sou um pouco apressado.

O Capitão sorriu e continuou a sentir o calor de Tony em suas mãos. Se apoiou sobre os cotovelos, para ter uma melhor postura, beijou-lhe os mamilos bem de leve e Tony suspirou com o carinho. Steve pôs a língua para fora e lambeu aqueles botões escurecidos com desejo, Tony gemeu um pouco mais alto e sorriu com aquele breve atrevimento, amava quando Steve se soltava e o acaricianva dessa forma. ─ Não vejo porque a pressa, nós temos a noite toda, Anthony...

Ter o Rogers sussurrando seu nome e beijando em tudo quanto é lugar, o deixava excitado a um ponto alarmante. Pois aquilo não era um sonho como de costume, não era apenas sua imaginação progetando o que ele gostaria que acontecesse, era a mais doce e excitante realidade.

Tony beijou Rogers nos lábios e rebolou com vontade em seu colo. O loiro estava estava mais que excitado, seu membro estava dolorido e ele queria se aliviar, mas era tão gostoso ter Tony o provocando daquela forma, rebolando em sua ereção com certa força apenas pra sentir o atrito da mesma esfregando-se em suas nádegas definidas. Rogers estava louco pra sentir aquela pele em contato com suas mãos, porém tinha medo que Tony o achasse um tarado. Então suas mãos tateavam a cama e moviam-se perdidas. Rogers chegava a ficar aflito com tamanho desejo e Stark, sendo observador, notou isso.

─ Steve, você quer me tocar? ─ O maior afirmou com a cabeça rapidamente. ─ Então vem, Ste... Me toca... Onde quiser...

─ Oh, Deus... ─ Suspirou pesado. ─ Você é tão perfeito...

O gênio estava sendo atrevido então Steve não viu problema em ser um pouco malcriado também. Levou a não direita ao pescoço de Tony, fazendo um pouco de força e simulando estocadas com seu quadril. Gemeu arrastado e deslizou sua mão pelo corpo másculo, alisando o abdômen, cintura, até chegar a calça apertada e sentir em sua palma um calor e a ereção evidente do moreno.

─ Oh... ─ Tony gemeu um pouco mais alto. ─ Capitão seu safado, ah... Eu gosto disso...

─ Anda bem que gosta, porque posso acabar perdendo as estribeiras essa noite.

Steve ergueu Tony em seu colo para que o moreno pudesse beijar seus ombros. O Stark puxou com um pouco de força o uniforme do maior e removeu a peça até a altura da cintura. Ele ficou olhando aqueles músculos torneados se contraírem, o peitoral malhado, o abdômen incrivelmente forte... Aquela pele macia com algumas cicatrizes de batalhas em tom rosado. Steve pareceu um tanto triste.

─ E o Homem de Ferro não estava tão certo, afinal...

─ O que quer dizer com isso?

─ Bem, acho que você se enganou quando disse que eu era perfeito... ─ Rogers não tinha vergonha de suas marcas, elas foram feitas em nome do que era certo, ganhou-as salvando pessoas e isso era uma coisa bonita. Porém sentia medo de não ser atraente para Tony, estava um pouco receoso com seu corpo, mas isso se dissipou com as palavras do moreno.

─ E quem disse que não é? Caralho, você é uma delícia... ─ Rosnou excitado.

Tony engoliu a quantidade extra de saliva que formava-se em sua boca e sua atenção voltou-se aos dois mamilos rosados e eriçados. O moreno salivou e umideceu os lábios com a ponta da língua.

─ Não tem problema se eu te tocar aqui, não é Capitão? ─ Tony não esperou Steve responder, simplesmente se inclinou e lambeu com vontade aqueles mamilos rosados e duros. Steve gemeu muito alto, um gemido esganiçado mas prazeroso.

─ Ahn, Tony... ─ Tony ergueu seu rosto apenas para mostrar seu sorriso satisfeito, mas logo voltou a sentir o gosto maravilhoso daquela pele sensível. ─ Oh...

Rogers estava hipnotizado por aquela sensação em seus mamilos e pelos lábios macios e atrevidos que o sugavam ali. Ele nunca imaginou que aquela região pudesse ser tão prazerosa, nas vezes se tocava, que não eram muitas, era muito atrapalhado e só procurava terminar logo, se achando sujo fazendo aquilo. Não procurava explorar as partes de seu corpo e era isso mesmo que Tony estava fazendo.

O filantropo moveu sua língua, a ondulando, chupou forte e mordeu bem de leve. Steve gemeu um pouco sensível e Tony achou aquilo muito sensual.

─ Parece que você gostou disso. ─ Parou o que fazia apara observar o loiro contorcendo-se. ─ Não sabia que seu corpo era tão... Sensível.

─ Ah, droga... Eu adorei isso, ahn... Continua, por favor... ─ Se surpreendeu com o que foi capaz de dizer, mas não se arrependeu ao vislumbrar novamente aquele sorriso charmoso e safado nos lábios do amado.

Mas não por muito tempo pois em instantes sente aquela boca marota atacar o outro mamilo. Tony fez o mesmo no outro, dessa vez aproveitando a distração de Steve para abrir o botão e o zíper de sua calça, mas sem abaixa-la.

─ Tony, eu vou enlouquecer...

─ Essa é a intenção, capitão.

Tony continuou beijando o esquerdo e Steve era só murmúrios desconexos. Desceu de seu colo e terminou de puxar o zíper do traje incomodo. Removeu a peça com cautela, para não assustar o loiro. Tony esfregou as mãos com volúpia naquelas coxas torneadas e atraentes, no abdômen, e em toda a nova pele exposta. Encarou por mais tempo do que deveria aquela ereção deliciosamente sufocada por aquela cueca preta.

─ Uau... ─ Murmurou ao vento. Ele sabia que Steve era grande, mas não imaginou que fosse tanto. Um arrepio em sua espinha e uma vontade de sentir aquele loiro brotou em si. Entretanto ele não seria ser o passivo naquela noite, mas nada o impedia de sentir aquele monumento, que ainda revestido pela box, chamava tanto a atenção.

─ Algum problema, Anthony?

─ Eu v-vou fazer uma coisa... Ãh... ─ Buscou as palavras. ─ Pode parecer estranho no começo, mas eu prometo que depois vai ficar muito gostoso...

─ Eu não estou compreendendo, Tony. ─ Disse Steve.

─ Só sinta, Steve, sinta...

O moreno tirou suas mãos das pernas torneadas do loiro e a levou até o membro do maior. Steve se contorceu com o carinho ali, mas era evidente que ele estava adorando aquelas sensações. Tony acariciou em movimentos circulares, forçando a glande e fazendo atrito com o tecido da cueca. Sentiu o líquido do pré-gozo em seus dedos, pois Steve nunca havia sido tocado ali por outra pessoa e aquilo se tornava cada vez mais agradável.

─ Isso é bom, não é, Ste? ─ Tony sentiu seu próprio pré-gozo molhar sua cueca devido a cena maravilhosa abaixo de si. ─ Você gosta de ser tocado aqui, loiro?

─ Hum, ah... ─ Tony aumenta o aperto em suas mão, mas sempre cuidadoso com aquela área sensível, e isso surpreendia até a si mesmo, pois com qualquer outra pessoa seria um babaca que buscava apenas o seu prazer, mas era Steve ali... ─ Ahn, Tony...

Ah, como ele ficava feliz por ser Steve ali...

Tony não estava mais aguentando tanto aperto em suas calças, seu membro doía. Ele tirou a peça meio desajeitado e a jogou longe. Steve ficou corado e ancioso, Tony já tinha lhe dado tanto prazer apenas com as mãos e boca que ele adoraria sentir o que o moreno poderia fazer com o resto.

Stark colocou uma mão em cada lado da cabeça do loiro e se apoiou na cama, tudo para que pudesse juntar seus quadris e roçar suas ereções. Ambos gemeram alto demais e sorriram um para o outro. Aquilo era muito bom, a fricção dos membros eretos, o rebolar delicioso de Anthony em seus quadris fazendo um movimento de falsa penetração. Steve sentia sua cueca molhada e ficou feliz por não ser só a sua.

Tony foi ainda mais ousado, passou a mão direita pelo abdômen do loiro raspando as unhas curtas e entrou com a mesma na cueca de Steve, sentindo-o quente e úmido. E ele estava como o loiro, então também desceu um pouco sua cueca, libertando seu membro e o juntando ao de Steve, numa masturbação lenta e torturante.

─ Oh, Deus, T-Tony... ─ Steve gemia alto, não estava sabendo mais controlar seu próprio corpo, ele estava sendo levado por aquele moreno sensual.

─ Eu s-sei, ah... É muito... Ah, céus...

Tony também não media as palavras que saíam de sua boca, pois o calor que sentia era forte e o deixava com certa dificuldade para respirar. Ele aumentou a velocidade de sua mão e voltou ao que fazia antes, sugar os mamilos do loiro.

Era mais do que Steve podia aguentar, mas ele estava indo bem até agora. Sabia o que poderia fazer caso perdesse o controle e ele não queria machucar Tony, não mais. Então refreou sua força e tentou respirar normalmente, sem sucesso. Levou sua mão direita ao ombro do moreno e a esquerda a cintura do mesmo, acariciando a região.

Tony logo lembrou-se de sua vontade desesperada de sentir aquele loiro magnífico, então parou os movimentos em seus pênis e beijou o loiro com vontade, deixando um fio de saliva uni-los por instantes. Steve murmurou uma reclamação incoerente e Tony riu um pouco.

─ Lembra do que eu falei? ─ Falou com a voz rouca e ainda tentando recuperar o ar. ─ Eu quero fazer algo pra você, Steve... Mas você tem que confiar em mim...

─ Eu confio, Tony... ─ Sussurou, acariciando o rosto um tanto suado do moreno. ─ Colocaria minha vida em suas mãos, sem pensar duas vezes... ─ Beijou-lhe nos lábios.

─ Você não vai se arrepender! ─ Beijou o loiro de volta. ─ Como eu falei, pode ser estanho, mas é bom... É ótimo!

─ Eu tenho certeza que sim.

─ Pode confiar!

Tony tirou a cueca já encharcada do loiro e seu membro praticamente saltou em seu rosto. Ele ficou admirando o tamanho, espessura, cor... Até os últimos detalhes porque, sinceramente, tinha ficado encantado. O loiro ficou alegre e corado por Tony acha-lo atraente, então sorriu doce.

O moreno passou a mão pela glande e desceu com ela devagar, ouvindo os murmúrios de Steve. Tony molhou os lábios com a ponta da língua e em seguida lambeu a glande rosada com vontade. Steve sentiu um choque percorrer sua coluna e se afundou mais no colchão e lençóis macios. Tony sorriu com aquela reação, então deixou sua cabeça descer um pouco e sua boca abrigar metade daquela ereção de gosto incomparável. Sua língua fez movimentos ondulatórios e Steve não se conteve.

─ Aanhh, Tony! ─ Gemeu em descontrole, apertando o lençol entre seus dedos. ─ Tem, Anh... T-tem certeza?

─ Certeza? ─ Riu de leve. ─ Eu tenho certeza absoluta, você é uma delícia, Rogers... Sabe disso?

─ Eu... Ah! ─ Gruniu alto, pois Tony novamente o tomou em sua boca.

Tony deixou a glande passear e tocar o céu da boca, sentindo cócegas no ato, mas nada que pudesse o parar. Steve sentiu seus olhos virarem e, logo após, lacrimejarem de prazer. Ele estava louco de prazer, Tony o sugava com ainda mais desejo. Como se sentisse fome e quisesse o devorar.

O moreno acariciou os testículos do loiro com calma, apertando de leve o períneo. Apenas para ouvir seu querido capitão urrar de vontade é mexer-se desesperado na cama. E ele sabia o porquê, Steve estava tentando se refrear, e não era isso que Tony queria. Queria que o soldado sentisse liberdade para sentir desejo e pazer, mas ao que parecia, Rogers estava com um certo receio de machuca-lo e apesar de achar isso fofo, Tony resolveu interferir quando ouviu o barulho irritante dos lençóis sendo rasgados de tanto que o loiro os puxava.

Tony separou seus lábios do pênis do maior com um som molhado e o encarou com os olhos queimando de desejo. ─ Não, não precisa se conter... Eu sou teu tanto quanto você é meu, faz o que sentir vontade, Ste...

─ Tony... Eu quero... Ah... ─ Steve não estava em condições de falar, não com aquele moreno fazendo aquelas coisas com seu corpo. Então ele achou que pudesse ser expressar da forma que Tony pedira: Agindo.

Rogers pegou a mão esquerda de Tony com as suas trêmulas e as colocou em seu mamilo, pois tinha adorado ser tocado ali. Largou a mão do moreno e acariciou seus cabelos, pesou um pouco a mão inclinando a cabeça do menor e Tony entendendo o que ele desejava, logo tratou de chupa-lo novamente. Steve relaxou, fechou os olhos e continuou acariciando os fios de cabelo castanho que tanto amava.

O loiro moveu levemente o quadril para cima e sentiu a garganta de Tony vibrar. ─ Hum, hn... Tony...

Tony, percebendo que o capitão se soltara, começou a sugar seu membro com mais agilidade, enquanto sentia Steve, mesmo que tímido, estocar sua boca de leve. Rogers podia sentir Tony gemendo em meio aquela felação que, a cada gemido sofrego, se tornava mais intensa.

Stark ergueu um pouco a perna esquerda do loiro, e apertou aquela região entre as coxas. Ele estava tão excitado em estar chupando Steve, só de saber que era o único a dar prazer ao loiro, seu peito já se preenchia de alegria. E ver o loiro naquele estado por sua causa era maravilhoso. Sem aguentar mais levou uma mão ao seu membro que já se encontrava teso de aflição, se masturbando devagar, sentindo seu pré-gozo molhar todo o falo a cada pulsação do pênis em sua boca.

O moreno sentia certa falta de ar, tirou o membro de sua boca e foi chupando os sensíveis testículos do loiro. Tomando cuidado com os dentes e sempre acariciando os mamilos lá em cima.

─ Tony, i-isso, ah... ─ Steve umideceu os lábios, olhou para baixo e viu Tony com aquele olhar safado e chupando seus testículos.

Aquilo era excitante demais, os olhos do moreno pareciam verter chamas quando aquela boca quente voltou a tomar seu membro com sede, dessa vez mais feroz que nunca. E Tony não parou, continuou sugando-o, sentindo o gosto agridoce do gozo que ansiava por liberdade.

Steve deixou suas mãos escorregarem do cabelo do moreno e tombarem perdidas na cama. Podia sentir a língua de Tony ondulando rapidamente, o excitando a um nível que nem imaginou ser possível. Foi quando sentiu uma pressão em seu abdômen que foi descendo até seu baixo ventre. Steve se inclinou uma última vez, fazendo sua glande tocar a garganta do moreno e seu prazer ser liberado ali mesmo, na boca de Anthony. Estava guardando aquilo a tanto tempo que a quantidade era demais, Tony tirou o pênis de sua boca temendo engasgar-se, mas continuou lambendo por fora.

Tony lambeu todo o gozo do membro do loiro e o restante que molhara sua virilha, sentindo aquele sabor inebriante. E Steve tremia como se sentisse frio ao extremo, mas na verdade sentia tanto calor que achou que fosse morrer, nunca havia tido um orgasmo e ainda mais intenso daquela forma.

Quando terminou de limpar o seu loiro, o moreno o beijou sentindo seus lábios trêmulos e frios por estar lutando para respirar pela boca. Rogers o olhou sem conseguir dizer nada e Tony ficou preocupado.

─ Ste? Ei... ─ Steve não o atendia apenas variava entre encarar seu rosto e o teto. Com seus lábios secos e a respiração descompassada. ─ Steve, eu sei, sei que foi muito intenso... Rogers me responde, p-por favor...

Steve encarou Tony e o mundo voltou a ter forma e sentindo. Ele molhou os lábios e se esforçou pra falar algo coerente. ─ I-isso foi... ─ Tony o olhou com atenção. ─ incrível! Céus, a-acho que esqueci como respirar.

─ Você me assustou, achei que estivesse morrendo. ─ Falou pondo a mão no peito em uma pose dramática.

─ Desculpa, é que é tudo muito novo pra mim. ─ Explicou. ─ E você... Uau... Você é isso tudo!

Tony gargalhou alto e deu um selinho no loiro logo após.

─ Lhe apresento o furacão Tony Stark. ─ Sorriu olhando-o nos olhos. ─ Terá que se acostumar comigo, loiro...

─ Isso não será um problema, Tony.

─ É incrível sua capacidade de não exergar meus defeitos... ─ Comentou pensativo.

─ Mas eu vejo seus defeitos, e aceito-os. ─ Sorriu sereno, acariciando o rosto do moreno. ─ Eu quero você, Tony. E isso incluí tudo, por que eu não te amaria se só quisesse suas qualidades.

─ Steve eu... ─ Tony o encarou, ele sentia-se tão feliz por aquele sentimento, mas por um momento sua insegurança voltou a ativa. E se mágoasse Steve com suas babaquices? E se o loiro não aguentasse e lhe deixasse? ─ Eu... Eu s-sou uma g-grande furada...

─ Não, Tony. Você é o homem que eu amo.

─ Capitão, você... ─ Tony já não media seus atos e palavras, o que estava sentindo por Rogers era o que o movia agora. Então ele sorriu, sorriu da forma mais sincera naquela noite. Tomou uma boa dose de certeza e tornou externo o que a tempos ocultava. ─ Eu te amo, Steve.

Steve Rogers ferveu por dentro, seu sorriso brilhante e apaixonado encantou Tony.

─ Eu também amo você, Anthony.

─ Oh, Deus, como você é meloso e o mais assustador é que eu acho que gosto disso... ─ Falou encantado, mas logo cheio de luxúria. ─ Eu estou louco pra sentir você aqui, Steve... ─ Disse enquanto deslizava suas mãos pelas costas até às nádegas bem definidas do loiro.

─ E eu estou louco para que faça isso.

Tony sorriu safado e ergueu-se para tirar sua calça. Recebeu o olhar desejoso de Steve quando abaixou-se para tirar a cueca. O moreno estava nú, seu corpo era tão belo que Rogers gostaria de pintá-lo em uma tela. Tony voltou a encostar seus corpos, esquentando-os.

Steve tomou coragem e tirou sua própria cueca, estava exposto. Completamente exposto e vulnerável ao homem que antes tanto discutira, o mesmo homem que lutou contra, o homem por quem ele nutria o mais profundo amor.

E ele estava tão feliz, seria de Tony.

Seria dele de todas as formas possíveis, porque o amava.

─ Eu vou prepará-lo, Cap. Preciso que fique relaxado... ─ Sussurou enquanto abaixava-se, ficando a altura do quadril do loiro. ─ Preciso que você respire fundo, meu bem.

─ Okay, Tony.

Tony puxou o corpo do loiro colocando-o sobre seus quadris. O moreno nunca havia tido o trabalho de preparar ninguém, suas mãos tremiam em excitação, seu peito palpitava forte.

Ele sorriu ladino tentando passar segurança ao loiro e inclinou-se buscando lubrificante no criado-mudo. Com o frasco já em mãos, ele molhou seus dedos e os levou até a entrada quente que comprimia-se em nervosismo. Stark entrou com um dedo e Steve fechou os olhos com força, não que fosse muito doloroso, mas é que nunca havia sido trocado ali e sentia-se estranho.

Moveu minimamente o dedo para frente, sentindo o calor daquele local. Steve suspirou, sentiu Tony mover o dedo para trás e repetir os movimentos, o preparando com paciência. O moreno dobrou o dedo como um anzol e acertou um ponto sensível e especial no loiro que gemeu muito alto assustando a si mesmo.

─ Ah, encontrei, maravilhoso... ─ Gemeu o moreno, pois o gemido de Rogers havia sido tão extremamente excitante que ele sentia que poderia desfazer-se em prazer só de ouvir o loiro gemer.

─ Tony, o que... Oh, Deus... ─ Tony enlouqueceu ao ouvir aquela voz grave e sussurrada chamando seu nome de forma tão necessitada.

O Stark permitiu-se enfiar mais um dedo, proporcionando um prazer intenso no loiro. Ainda ia devagar, sabia como aquilo podia machucar numa primeira vez e jamais se perdoaria se o ferisse naquele momento. Então continuou acariciando a próstata do capitão com seus dedos curvados. Cobriu novamente o membro do loiro com seus lábios enquanto abria espaço em sua entrada.

Steve estavam estarrecido, nunca imaginou ser capaz de sentir tanto prazer naquele local tão íntimo e imaculado. Ele sentiu seu ventre queimando quando foi, novamente, abrigado dentro da boca do menor. Teve medo, sabia que não aguentaria muito tempo com aqueles estímulos em sua entrada e membro e ainda queira sentir moreno em si, queira isso, precisava disso.

─ Tony, v-vem... Por favor, eu não vou a-aguentar mais...

─ Ahn... Certeza, capitão? ─ Abriu os dedos dentro do maior, o fazendo lacrimejar excitado e necessitado.

Rogers moveu sua cabeça afirmativamente e abriu um pouco as pernas dando espaço para o moreno encaixar-se perfeitamente, pois eram assim afinal, encaixavam-se como um quebra-cabeça.

─ Vem, meu a-amor... ─ Tony tirou os dedos de seu interior e deu-lhe um selinho doce nos lábios róseos.

─ Eu devo lhe dizer que isso vai doer, muito. ─ Falou receoso, sabia que o loiro jamais desistiria, mas não podia mentir quanto a dor. ─ Mas vai ficar bom, eu só vou lhe dar prazer...

O loiro confirmou com um aceno de cabeça e o moreno posicionou-se, masturbou-se por uns instantes com o lubrificante de aroma doce e despejou um pouco no primeiro vingador. Delicadamente encaixou sua glande na entrada apertada, forçou um pouco até conseguir entrar e o loiro gemeu arrastado. Tony buscou as mãos do soldado e as entrelaçou com as suas.

─ C-Calma... ─ Sussurrou rente o ouvido do outro, mordendo seu lóbulo logo em seguida. Com muito esforço, colocou-se todo lá dentro, estava completo. Sentia as contratações involuntárias do canal apertado do loiro que gemia dolorido. ─ E-eu... Sonhei com isso tantas vezes... ─ Sorriu sincero. ─ A realidade é ainda melhor... ─ Sua pelve tocou suavemente as nádegas definidas do maior, ele sabia que precisava esperar mesmo a tarefa sendo árdua. ─ Como se s-sente, amor?

Steve poderia chorar ali mesmo por ouvir o moreno chamando-o de amor, mas guardou suas lágrimas, sorriu sereno e um pouco dolorido. ─ Eu sinto calor, sinto um p-pouco de dor também...

─ Me desculpa...

─ Não, não se desculpe. ─ Pediu. ─ Eu posso sentir cada pedaçinho seu em mim... Sinto seu pulsar e seu calor... Estou tão feliz... Eu sinto você, Tony, você...

Tony sorriu com a declaração do outro, estava tão apaixonado por Steve que nem se lembrava da maldita guerra, não havia dor, não havia mágoa. Só existiam eles, juntos, de todas as formas possíveis, porque eram dois corpos unidos e duas almas que se tornavam uma só.

Stark esperou com paciência Steve acostumar-se com a sensação de outro corpo em si, até que o loiro moveu levemente seus quadris e deu-lhe a permissão necessária para mover-se. O moreno, por sua vez, moveu-se em seguida, sem pressa. Até que em um momento o ritmo lento não era mais o suficiente para nenhum dos dois, Steve enrolou suas pernas na cintura do moreno e juntos foram criando seu novo ritmo. Alternando em movimentos ora rápidos, ora lentos, apenas buscando a velocidade que trouxesse não só o prazer de um, mas de ambos.

Rogers queria que Tony soubesse o que sentia, como sentia-se quente e feliz com ele. Como seus sussuros eram encantadores, como seus movimentos eram perfeitos e certeiros. ─ Tony, você... AHN! ─ Gritou quando, pela segunda vez na noite, Tony tocou aquele ponto incrível de outrora. ─ Ahn, i-isso é...

Os olhos do moreno nublaram-se de desejo.

─ Incrível... ─ Tony percebeu o esforço que o loiro fazia pra tentar falar e logo intercedeu. ─ Não, precisa falar mais nada, pode deixar que eu faço o resto, Cap...

Tony agarrou as coxas do loiro com suas mãos fortes e inclinou-se para estocar apenas naquele ponto. Descobriram juntos que quanto mais forte, melhor. Os corpos se chocavam com força e o único arrependimento presente era não terem feito isso antes. Continuaram com movimentos firmes e intensos até alcançarem juntos o ápice de sensações, sentimentos, e do prazer. Stark veio primeiro derramando-se no interior aconchegante do loiro. E Steve não resistiu mais nenhum minuto ao sentir-se preenchido pelo esperma morno do outro, liberou seu prazer entre os dois corpos suados e suas pernas caíram pesadas da cintura do moreno.

O filantropo removeu seu membro fustigado com cuidado, suspirando com o arrepio que sentiu. Deitou-se ao lado do loiro e encarou o rosto rubro e cansado. Ele sorriu exausto e encantado, o loiro tinha os olhos azuis brilhantes e quase fechando.

─ Ste?

O capitão respirou fundo e soltou o ar dos pulmões antes de responder ─ Sim, Tony?

─ O que vamos fazer agora? ─ Inquiriu temeroso, não queria mais ficar longe do Rogers e temia que o outro não pensasse da mesma forma em relação a si.

Steve pareceu pensar, o coração do moreno quase parou ao ver aqueles olhos cerúleos receosos novamente. Rogers pigarreou antes de falar.

─ Eu assino o tratado.

─ O quê? Tá brincando... ─ Steve o olhou e Tony notou seriedade. ─ Então eu ganhei por desistência, não é? ─ Falou com um sorriso ladino.

─ É, eu acho que sim. ─ Falou pensativo, mas logo sorriu. ─ Mas eu não quero falar sobre o tratado, ou sobre os vingadores, quero apenas ficar aqui com você... ─ Disse deitando o moreno em seu peito.

─ Steve, eu estou feliz.

─ Eu também, Tony. Eu também... ─ Respondeu com carinho.

Para muitos esse pode parecer o fim de mais uma história, mas para eles, aquele era o início de uma vida juntos. Em meio a sussuros, beijos apaixonados e vários "eu te amo" realmente sinceros, Tony soube que Steve não iria abandoná-lo. Erros? Haveriam com total certeza, ainda eram humanos, mas buscariam uma forma de resolvê-los juntos.

E depois de tanta dor e sofrimento, os super-heróis encontraram um no outro, a mais plena e perfeita felicidade.



                              The end.


Notas Finais


Prontinho, os que leram a antiga versão dessa fic, comentem quais foram as mudanças que mais gostaram e as que menos gostaram. E os que não leram, fiquem a vontade para expressarem-se!
Sua opinião é de extrema importância.
Espero do fundo do coração (que eu roubei de uma criança na rua) que tenham gostado, nos vemos na próxima história, beijão! <3


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