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História Constelações - Dramione - Prometeu para si mesma que iria se lembrar


Escrita por: ReidGray

Capítulo 17 - Prometeu para si mesma que iria se lembrar


Fanfic / Fanfiction Constelações - Dramione - Prometeu para si mesma que iria se lembrar

" Para aquele momento poderia descrever uma única palavra: doloroso.

Hermione sentia tanta dor que em alguns momentos não saberia dizer se seus gritos realmente escaparam de sua garganta. Ela se segurava na maca ouvindo ordens para empurrar.

Tinha que colocar seu filho para fora.

Mesmo diante da dor queria chorar.

Onde estava Draco?

Por que ele não estava ali?

O que Narcisa havia dito? 

Hermione só queria que seu namorado estivesse ao seu lado segurando sua mão enquanto ouvia o primeiro choro de Scorpius. Ela abriu os olhos cansada, mesmo assim acompanhou seu pequeno durante o processo que a medibruxa estava fazendo, Hermione só desejava segurá-lo.

Quero vê-lo.

A medibruxa olhou por cima de sua cabeça, ela viu algo, então se aproximou deixando que Hermione segurasse seu filho por alguns segundos. Hermione desejava mantê-lo por perto para protegê-lo, mas a medibruxa deixou claro que precisava levá-lo.

— Depois poderá vê-lo, precisamos cuidar de você.

Hermione concordou relutante. 

Durante as próximas horas, Hermione passou pelo processo de pós-parto, foi levada para uma sala individual, foi limpa e alimentada. E a única coisa que pensava era em seu filho, ela estava deitada em seu leito quando a porta abriu e Narcisa entrou.

— Onde está Scorpius?

— Ele está bem, Granger. Dormindo.

Hermione não conseguia relaxar, talvez fosse seu instinto que avisava que algo estava errado. Ela observou Narcisa que trancou a porta, então andou pelo cômodo devagar, durante toda a gestação elas não trocaram mais do que algumas palavras de educação.

Narcisa não queria contato e Hermione respeitava essa decisão, o importante realmente era apenas o filho dela. Então, naquele dia especial foi Narcisa que lhe acompanhou.

— Onde está Draco? — novamente perguntou.

Durante todas as três horas que estava no hospital, não havia sinal de Draco, ele deveria estar ali, Hermione tinha certeza que algo aconteceu. Ele não iria sumir daquela forma.

— Ele está bem.

Hermione respirou fundo reunindo paciência para não brigar com a mulher, estava exausta, precisava descansar mas não conseguia, tinha que ver Draco e Scorpius.

Antes que pudesse fazer mais uma pergunta, batidas na porta ecoaram, Narcisa caminhou em direção dela como se estivesse esperando pela visita, e a surpresa foi nítida quando encarou Ronald.

— O que está fazendo aqui? — perguntou confusa e quando as antigas memórias chegaram, ela se irritou.

— Vim te levar para casa.

Hermione sabia o que iria acontecer.

Durante os meses de gestação, ela se lembrou do seu antigo relacionamento com Draco e quando sua memória foi apagada. Ela olhou para Narcisa entendendo que a mulher também fazia parte daquele grupo.

— Vá embora!

— Não. 

Ela estava sem sua varinha, mesmo assim tentou se levantar da cama para fugir daquelas pessoas, eles não poderiam apagar sua memória novamente, quando suas pernas tocaram o chão, sentiu seu corpo exausto cambalear e a tontura a fazer se segurar na cama. Mesmo assim conseguiu raciocinar, ela olhou para Narcisa como se compreendesse a ausência de Draco.

— Você apagou a memória dele?

— Sim, agora é sua vez.

Hermione estava muito fraca para lutar.

Prometeu para si mesma que iria se lembrar.

Prometeu que iria se encontrar com Draco novamente enquanto sua memória era apagada."

Hermione abriu os olhos repentinamente.

A lembrança recuperada estava viva em sua mente, havia sido mãe aos vinte e um anos de idade. Queria chorar, fazia dez anos desde que ela passou pelo parto de Scorpius para então ter sua memória apagada novamente. Ela tinha perdido dez anos do seu filho e seis anos da sua filha.

Percebeu que estava num quarto, em algum momento ela tinha ido parar ali, talvez tivesse desmaiado, sinceramente, não se importava. Madeline dormia no meio dos pais, Draco segurava o corpo da filha e pela expressão dele, talvez estivesse tendo mais um pedaço da sua memória recuperada.

Tinha que conversar com Harry para entender o que tinha acontecido depois que Narcisa roubou seu filho, no entanto, não tinha forças para mais revelações. 

Não sabia se conseguiria suportar mais dor.

Como doía.

Insuportavelmente cruel tudo o que estava descobrindo. Notando que toda sua vida foi uma completa mentira, ela não se casou com Ronald, ela também não o amava. Viveu ao lado de uma pessoa que mentiu e a enganou sem se preocupar com seus sentimentos.

Por que?

Apenas por que nunca poderia amá-lo?

Ronald fez tudo isso apenas por capricho?

Não aguentou não ser escolhido?

Hermione soltou uma risada amarga quando levantou-se da cama, durante seu tempo em Hogwarts e sua pequena paixão pelo Weasley, ela não foi escolhida, ele deixou claro que não a queria, decidindo iniciar um romance com outra pessoa. Então, quando ela encontrou alguém que amava e sentia profundamente que era retribuída, ele se sentiu "mal" por não ser aquele que ela escolheu para sua vida?

Deveria ter batido muito mais em Ronald.

Maldito egoísta que só pensou nos próprios sentimentos de posse. 

Hermione abriu a segunda porta que havia no quarto, ligou a luz do ambiente se aproximando do espelho que tinha no banheiro para encarar seu reflexo. Notou como sua expressão era de exaustão, as marcas das noites que não dormiu direito, como seu cabelo estava sem brilho e cheios de nós, de como seus lábios estavam ressecados.

O que Ronald Weasley havia visto nela para achar que poderia ser seu dono? 

O que tinha naquela maldita cabeça para achar que tinha algum direito de ser possessivo com ela?

Era dolorosamente difícil entender, observar e descobrir que Ronald nunca a amou nem como amiga, era impossível dele desejar a felicidade de outra pessoa quando ele não era o centro desse sentimento.

E naquele momento ela estava com medo.

Muito medo.

Hermione observou seu corpo dentro daquela roupa "comum", fazia um bom tempo que não usava uma calça jeans e uma camisa fina sem detalhes. Desde que morava na França suas roupas se transformaram em algo próximo do estilo elegante por causa do emprego, e observando seu reflexo naquelas roupas, naturalmente pensou na época na qual estudava quando vestimentas como aquelas estavam sempre no seu baú de roupas e o sentimento que a dominava naquele momento foi os mesmos que sentiu durante toda sua adolescência: medo, insegurança, felicidade, tristeza e dúvida.

A dúvida que sentia era se aguentaria sobreviver a todas aquelas descobertas sem enlouquecer.

A tristeza era tão sufocante que Hermione desejava desistir de toda aquela jornada e fugir. 

A felicidade era por saber que não importava quantas vezes sua memória era apagada, ela sempre se apaixona pelo mesmo homem e a confirmação que era amada de volta causava um sabor de felicidade em todo aquele sentimento amargo que nutria.

A insegurança era com as novas novidades, um dia ela não desejava ser mãe, e no outro tinha dois filhos. Sua intuição estava lhe avisando que ela não desejava ser mãe do filho de Ronald por que ela já tinha dois? Era difícil esquecer de como ela relutava até para transar com Ronald, de como se recusava a ter qualquer filho dele para no final temer ser uma péssima mãe. Como ajudaria Draco a criar e cuidar dos seus filhos? Como lidar com o fato de que ela estava feliz ao saber que era mãe?

Felizmente, ela não odiava ser mãe, ela só odiava quem queria ser o pai. E com Draco, ela abria um sorriso pensando na possibilidade de ter um bebê que ambos pudessem realmente cuidar desde do nascimento.

E por fim existia o medo.

Tinha medo de que Harry pudesse estar junto daquele grupo, tinha medo que até seu melhor amigo e sua melhor amiga tivesse de alguma forma compactuando com tudo aquilo. Não saberia lidar se Harry também participasse de toda sua dor, ela poderia não aguentar tantas decepções.

— Tudo bem? 

Hermione olhou para porta observando Draco que passava a mão em seus olhos devido a claridade. Ela não respondeu, pois observou como ele também não parecia nada bem, tinha a sensação de estar olhando para um reflexo de si mesma. 

Draco se aproximou enlaçando sua cintura, Hermione deitou a cabeça em seu peito adorando sentir aquele corpo próximo ao seu, Draco conseguia silenciar sua mente apenas com sua presença. E isso era totalmente viciante.

O silêncio que prosseguiu foi tão encantador que Hermione esqueceu de onde estava por alguns minutos, permitindo-se apenas sentir as carícias de Draco em suas costas, em seus cabelos e como os lábios dele beijavam sua testa enquanto a esquentava em seus braços.

Draco não disse nada quando a puxou novamente para fora do banheiro, desligando a luz, ele colocou Madeline para dormir de um lado quando a fez deitar-se ao lado da filha e simplesmente ficou de conchinha, Hermione relaxou em seus braços fechando os olhos e segurando o corpo de Madeline próximo do seu.

" Tentava ignorar o sentimento de arrependimento quando leu mais uma manchete do Profeta Diário informando sobre o seu casamento que tinha acontecido há dois meses. Mesmo depois de tanto tempo as pessoas encaravam tudo aquilo como uma grande novidade que deveria estar nas manchetes durante meses.

Realmente quem deveria estar nas manchetes era Harry, seu melhor amigo, tinha decidido passar um tempo no mundo trouxa. Hermione sentia falta dele, principalmente, quando só tinha seu marido como companhia, já que Gina também tinha ido com Harry. Ela estava perto de dar a luz a James, e Hermione ficou contente com o pedido para ser madrinha do primeiro filho deles.

Harry havia se mudado fazia quatro meses e só tinha recebido uma carta dele, na realidade, Ronald havia apenas informado o que seu melhor amigo estava pedindo, e não conseguiu de fato ler o que Harry queria isso a fez se sentir irritada com Ronald que não deveria mexer nas suas cartas.

Iria marcar um final de semana para visitar Harry sem que ele saiba, nunca pensou ter que lidar com o ciúmes ridículo de Ronald. Era um absurdo e precisava cortá-lo antes que começasse a criar asas e quando viesse perceber estaria numa situação tão horrível que não teria forças para sair sozinha.

Hermione jogou o jornal dentro da lata de lixo que tinha em frente a uma das lojas do Beco Diagonal. Se sentia tão sufocada que acabou saindo mais cedo do Ministério da Magia apenas para andar um pouco e se distrair, ainda mais quando precisava entender por qual motivo o chefe do setor de " Serviços Administrativos da Suprema Corte" pedia para vê-la o tempo todo.

Há quatro meses decidiu realmente trabalhar no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Tinha demorado para decidir o setor, mas estava contente com sua escolha.

Ela estava tão atarefada que mal conseguia sair do Ministério da Magia sem deixar nenhum serviço incompleto para trás, e por causa disso ainda não descobriu o que o chefe do outro setor queria, no entanto, algo dizia que seria uma boa descobrir.

Hermione olhou para Floreios e Borrões, sorriu, fazia um tempo que não comprava um livro, talvez fosse necessário ter algo para distrair sua mente. Enquanto andava pelo beco lotado prestava atenção nas pessoas ao redor e ficou claramente surpresa ao ver Narcisa e Pansy saindo de dentro da Sorveteria Florean Fortescue, bom, não estava surpresa por vê-las juntas e sim por causa do bebê de uns quatro meses que Pansy segurava.

Será que Draco Malfoy já era pai?

Estava longe demais para observar o bebê, mas duvidava que Narcisa iria passear com um bebê que não fosse seu neto. Hermione permaneceu curiosa até chegar na livraria, ela entrou no comércio observando o interior completamente animada para explorar.

Ela rapidamente cumprimentou o dono da livraria e começou a caminhar pelos corredores analisando os títulos de livros e suas sinopses. Tinha em mente comprar um que fosse grande o suficiente para ter o que ler durante os próximos dias. Quando encarou um livro de capa dura, se interessou, estava em cima de uma mesa redonda no meio do sexto corredor, o vermelho escuro do livro atraiu sua atenção exclusivamente, ela desviou de duas pessoas para se aproximar da mesa bagunçado de livros e assim que o segurou sentiu o peso de mais de seiscentas páginas que seria a escolha ideal.

— Desculpe, eu já escolhi esse Granger.

 Hermione se arrepiou completamente, rapidamente virou sua cabeça para encarar Draco Malfoy parado atrás de si, os olhos azuis acinzentados dele desviavam do seu rosto para o livro nas suas mãos. Ela engoliu em seco ignorando seu coração que palpitava rapidamente e tentou não prestar atenção na forma charmosa que aqueles fios platinados caíam sobre seus olhos.

— Ah! Tudo bem. — Hermione estendeu o livro para Draco, ela não entendeu sua ação automática, duvidava que desistiria de um livro se alguém como Malfoy falasse e comprovasse que ele escolheu primeiro.

Hermione o viu pegar o livro devagar sem tirar os olhos do seu rosto causando ainda mais rebuliço em seu estômago.

— Acho que podemos perguntar se tem outro livro desses.

Hermione concordou, mas eles não se mexeram, poderia ser ilusão da sua mente mas havia uma energia tão forte que dificultava seus pensamentos. Ela deveria se afastar para procurar outro livro, mas seus pés não se mexiam, e ela não queria se afastar.

Ela balançou a cabeça confusa.

— Tudo bem, eu vou lá perguntar… — ela deu alguns passos para se distanciar quando Draco segurou seu pulso, Hermione se virou para encará-lo.

— Não precisa, acho que só tem esse mesmo. — Draco disse soltando seu pulso relutante. — Você pode ler primeiro, mas preciso que me encontre aqui na próxima sexta-feira nesse mesmo horário para me entregar o livro, tudo bem?

— Claro.

Draco devolveu o livro, ele se afastou devagar até sumir dentro da livraria, Hermione se encostou na prateleira e ficou parada por alguns minutos esperando seu corpo e mente voltar a funcionar. E quando retornava para casa percebeu que não havia necessidade de se encontrarem numa livraria para trocar um livro, ela poderia ler e deixá-lo lá, então Draco buscaria, no entanto, ela ficou ansiosa para revê-lo mesmo sem entender exatamente por qual motivo o pensamento de retornar no dia seguinte começou a ganhar força.

Conseguiria ler todo aquele livro numa única noite?"

 



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